A vida só tem um sentido, e o único sentido que a vida tem é quando investimos nossa vida na vida dos outros, ou quando encarnamos a luta dos outros como se ela fosse nossa, a luta do coletivo. Esta é a lida do Promotor de Justiça: lutar pela construção contínua da cidadania e da justiça social. O compromisso primordial do Ministério Público é a transformação, com justiça, da realidade social.



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17 de outubro de 2010

Comentário Destacado (Velker)


Amiudadamente, o editor dos blogues Cartas de Política e Cartas no Dia, Velker, nos dá a honra de visitar este blogue e lançar comentários nas postagens. Os comentários são sempre lúcidos, banhados de sinceridade e inteligência ímpares. Um desses se deu em relação ao texto Impunidade para Traficantes. Ei-lo:

Infelizmente a progressão da pena ou melhor dizendo, a progressão social, jurídica e legislativa dos traficantes caminha a passos largos aqui no Brasil, resultado da postura já notoriamente suspeita das leis redigidas pelos políticos de hoje e da "intelectualidade" brasileira, com sua postura pública leniente, quando não conivente com o consumo e por consequência com o tráfico de drogas.

A violência aplaudida pelos espectadores nos cinemas ao verem o Capitão Nascimento resolver tudo na bala em Tropa de Elite é vista pelos nossos cronistas sociais como postura "atrasada". Moderno mesmo é passar a mão na cabeça do micro-traficante, que detido com uma pequena porção de drogas na esquina tem que ser liberado pelos policiais. Depois nossos cronistas sociais falam em confortáveis estúdios de televisão sobre "políticas do estado para assistência psicológica aos dependentes químicos". Afinal fica feio chamar o próprio filho de viciado.

Estúdio de televisão com ar condicionado é melhor do que ficar embaixo do viaduto, na região do crack das grandes cidades fazendo um trabalho de recuperação dos viciados. Isso é para o Estado. Tem até ex-presidente dizendo isso. Olha como é bonito defender viciados até nos corredores de faculdades.

A decisão do STF veio em boa hora e em boa forma. Melhor já pôr tudo às claras e deixar dito com esses entendimentos jurídicos que o crime já tomou conta de quase tudo aqui no Brasil. Na hora de julgar o Ficha Limpa, um empate e uma indecisão providencial. Na hora de deixar traficantes soltos, aí não tem hesitação, "teje solto" e pior, na escola, aliciando menores para o tráfico.

Que mais resta ao povo brasileiro? Ver o Capitão Nascimento no cinema e sonhar com ele nas ruas mesmo, resolvendo tudo como tem que ser resolvido.

Um comentário:

Anônimo disse...

Resolvendo tudo que tem que ser resolvido .....kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
(me desculpe o importuno), mas a policia é vitima do mesmo sistema, e é ela própria veneno a si mesma.
O trafico é crime, trabalho infantil escravo e morte.
Mas o alcool e o tabaco causam mais mortes e exploração que o mercado ilicito de entorpecentes.
Vamos começar pelas causas e não pelos efeitos, POR FAVOR!

Yago Donatello

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Paradigma

O Ministério Público que queremos e estamos edificando, pois, com férrea determinação e invulgar coragem, não é um Ministério Público acomodado à sombra das estruturas dominantes, acovardado, dócil e complacente com os poderosos, e intransigente e implacável somente com os fracos e débeis. Não é um Ministério Público burocrático, distante, insensível, fechado e recolhido em gabinetes refrigerados. Mas é um Ministério Público vibrante, desbravador, destemido, valente, valoroso, sensível aos movimentos, anseios e necessidades da nação brasileira. É um Ministério Público que caminha lado a lado com o cidadão pacato e honesto, misturando a nossa gente, auscultando os seus anseios, na busca incessante de Justiça Social. É um Ministério Público inflamado de uma ira santa, de uma rebeldia cívica, de uma cólera ética, contra todas as formas de opressão e de injustiça, contra a corrupção e a improbidade, contra os desmandos administrativos, contra a exclusão e a indigência. Um implacável protetor dos valores mais caros da sociedade brasileira. (GIACÓIA, Gilberto. Ministério Público Vocacionado. Revista Justitia, MPSP/APMP, n. 197, jul.-dez. 2007)