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Locomotiva 332

332 na Estação de São Lourenço, Trem das Águas

Fabricante: The Baldwin Locomotive Works 
Ano de fabricação: 1925
Placa: 58852
Tipo: Pacific (4-6-2)
Bitola: 1,00m (3′ 3 3/8″)
Expansão do vapor: Simples
Produção de vapor: Superaquecido
Combustível: lenha (madeira) ou carvão.
Procedência: Estrada de Ferro Oeste de Minas, Rede Mineira de Viação e Viação Férrea Centro Oeste.

A locomotiva 332 é uma Baldwin Pacific (rodagem 4-6-2) construída em 1925 para a Estrada de Ferro Oeste de Minas, que mais tarde passou a ser Rede Mineira de Viação e na sequência VFCO (Viação Férrea Centro Oeste).

Com o fim da era do vapor provavelmente ficou abandonada em algum pátio da RFFSA até ser transferida para ABPF, no inicio dos anos 80, tendo ficado guardada em Jaguariúna e posteriormente na estação Carlos Gomes, na regional de Campinas da ABPF.

Da série da locomotiva 332 existiam oito locomotivas, numeradas originalmente de 163 a 170 (sendo a 332 originalmente a número 164), todas adquiridas pela EFOM (Estrada de Ferro Oeste de Minas). Na fase RMV (Rede Mineira de Viação) foram renumeradas de 331 a 338, quando a 332 veio então a receber o número que mantém até os dias de hoje.

Do mesmo modelo e série da 332 existiam as locomotivas 331, 333, 334. 335 e 336. Destas locomotivas, foram transferidas em 1960 para EFSC (Estrada de Ferro Santa Catarina) as locomotivas 331, 333, 334 e 336, que por lá operaram todos os tipos de trem até 1971, data na qual a ferrovia foi fechada. As locomotivas foram sucateadas em 1973. Não se sabe o porque da 332 e 335 não terem sido transferidas, sendo que a locomotiva 335 acabou sendo sucateada pela própria VFCO na década de 70.

As locomotivas 337 e 338 são de um modelo ligeiramente diferente, pois possuem três cilindros ao invés de dois. Destas duas locomotivas, apenas a locomotiva 338 ainda existe, hoje preservada pela ABPF na regional de Campinas, onde opera trens na Viação Ferrea Campinas Jaguariúna.

Nos primeiros anos da década de 90 a ABPF em parceria com o governo de SP deu inicio ao projeto da núcleo de Pedregulho, que era administrado pela regional de Campinas, assim o governo de SP re-construiu a linha entre Pedregulho e Rifaina criando a Estrada de Ferro Vale do Bom Jesus. No mesmo projeto, ocorreu a reforma da Locomotiva 332, 338 e 302 (hoje a 338 e a 302 encontram-se na Regional de Campinas), ambas reformadas em oficinas da Fepasa e consequentemente foram operar no núcleo de Pedregulho.

As locomotivas 332 e 302 foram reformadas nas oficinas de Campinas, enquanto a 338 foi reformada nas oficinas de Itapetininga, ambas oficinas da Fepasa que hoje encontram-se fechadas e abandonadas. Todas locomotivas foram reformadas sob supervisão e assessoria da ABPF regional de Campinas, inclusive nos testes de via. A locomotiva 332 foi testada no trecho Campinas – Boa Vista, causando grande repercussão na época ao trafegar sobre a rodovia Anhanguera.

Em 1996 devido a problemas técnicos de manutenção da via e falta de apoio a regional de Pedregulho encerrou suas atividades. O seu material foi dividido entre a regional de Campinas e a regional de Cruzeiro (que era o nome oficial da Regional Sul de Minas na época).

Trem da Serra

A regional Sul de Minas recebeu então a locomotiva 332, um carro da mogiana e uma prancha do tipo PMC com bancos, a famosa jardineira, como foi apelidada, e tiveram inicio as operações do Trem da Serra (hoje desativado).

O Trem da Serra era o trem que fazia o trajeto Cruzeiro – Túnel (hoje ponto final do Trem da Serra da

Mantiqueira). Inicialmente as operações eram de Cruzeiro a Rufino de Almeida, primeira estação após Cruzeiro, localizada no km 6 aos pés da Serra da Mantiqueira.

Trem Especial do Exército, próximo ao Túnel Grande, km 23, Cruzeiro - SP
Trem Especial do Exército, próximo ao Túnel Grande, km 23, Cruzeiro – SP

Quando a administração atual da regional tomou posse, esta logo estabeleceu  viagens regulares a Rufino de Almeida e deu inicio aos trabalhos de restauração da linha após o km 6.

A regional então assinou um convênio com a prefeitura de Cruzeiro, administração Fábio Guimarães, que passou a custear a manutenção da via, ficando a cargo da ABPF coordenar os trabalhos e operar o trem. Parceria esta saudável, pois cada entidade podia focar na sua especialidade: a prefeitura fornecendo os meios para o trem funcionar e a ABPF cuidando da manutenção e da operação.

Pouco a pouco as operações foram se expandindo, primeiro indo até o km 13, depois a estação do Perequê, em seguida Km 17 e finalmente em 1998 foi feita a primeira viagem em décadas de Cruzeiro ao Túnel Grande (km 24) com uma locomotiva a vapor.

Este foi o auge das operações em Cruzeiro. O trem fazia viagens regulares todo domingo de Cruzeiro ao Túnel e eram comuns “sobrarem” passageiros na estação devido a lotação restrita do trem na Serra, importante ressaltar que a maioria absoluta dos passageiros eram de fora da cidade, dessa forma, a ABPF conseguia todo final de semana trazer para cidade em torno de 130 turistas, que com a divulgação do município e o consumo na cidade, pagavam com juros, dividendos, lucros e tudo mais o pequeno investimento que a prefeitura fazia no trem.

Locomotiva 332 na Ponte Estrela em Passa Quatro MG, Trem da Serra da Mantiqueira
Locomotiva 332 na Ponte Estrela em Passa Quatro MG, Trem da Serra da Mantiqueira

Na virada do ano de 1999 para 2000 fortes chuvas assolaram a região e causaram grandes danos ao trecho de serra da linha e o passeio ficou restrito novamente ao Km 13, apesar do choque, a regional logo começou a se preparar para começar novamente os trabalhos de restauração.

As mesmas chuvas causaram grande estrago a cidade de São Lourenço – MG, que decidiu que precisava de uma outra atração turística para a cidade, que dependia exclusivamente do Parque das Águas. A cidade procurou então a ABPF e teve inicio os trabalhos para criação do Trem das Águas.

De qualquer forma as operações em Cruzeiro continuaram, mas com a mudança do governo municipal no ano de 2001 o convênio com a ABPF foi rompido, a partir de então a ABPF teve que arcar com todos os custos de manutenção da via ( que é hoje o maior custo para se operar um trem desse porte). Devido a pouca demanda de passageiros na região e a lotação limitada do trem, ficou difícil para a ABPF manter o trem (nessa época, já operando com a locomotiva 327), mas mesmo assim a ABPF ainda persistiu por um ano mantendo o trem em operação regular na esperança de reavivar o convênio ou fazer alguma outra parceria. Como isso não ocorreu, no ano seguinte foram encerradas as operações de trem turístico na cidade de Cruzeiro.

Trem das Águas

Locomotiva 332 na Estação de São Lourenço em 2002
Locomotiva 332 na Estação de São Lourenço em 2002

Como foi mencionado, as chuvas do inicio de 1999 prejudicaram em muito o turismo em São Lourenço e nasceu então o conceito do Trem das Águas.

A regional de Cruzeiro iniciou então o árduo trabalho de restaurar 5 carros de madeira (sendo 4 carros da EFCB resgatados no estado do Rio de Janeiro pela regional alguns meses antes), os carros foram restaurados em tempo recorde de poucos meses no antigo galpão de baldeação da estação de Cruzeiro.

Infelizmente, pouco antes do final dos trabalhos um incêndio criminoso teve inicio no galpão, que resultou na destruição de um dos carros (estrado de carro) e danos a um segundo carro, que foi heroicamente salvo pelos voluntários da regional e “curiosos”, que entraram no galpão em chamas e tiraram o carro, que já estava começando a se incendiar, empurrando este para fora do galpão  com as próprias mãos.

Mesmo com os contra-tempos o Trem das Águas foi inaugurado e a locomotiva 332 foi escolhida para dar inicio aos trabalhos.

A 332 operou então em São Lourenço até o ano de 2003 aproximadamente, quando se teve inicio o projeto do Trem da Serra da Mantiqueira.

Trem da Serra da Mantiqueira

Trem da Serra da Mantiqueira, viagem de testes no Túnel Grande
Trem da Serra da Mantiqueira, viagem de testes no Túnel Grande

O trem da Serra da Mantiqueira começou a operar no ano de 2004 e a locomotiva escolhida foi a 332, devido a ela um desempenho ligeiramente melhor que a 327 nas operações de Serra.

A locomotiva 332 tem mantido o trem em operação ininterrupta desde então, realizando 3 passeios todo final de semana, sendo a única locomotiva da regional a ter percorrido todo o trajeto Cruzeiro – Passa Quatro na administração da ABPF, sendo inclusive a única a ter atravessado o Grande Túnel.

Atuações

Gravação Mad Maria
Gravação Mad Maria

A 332 de vez em quando faz “bicos” como atriz, sendo suas principais atuações listadas abaixo:

Na minissérie Mad Maria a 332 atuou como sendo a locomotiva 5 da Estrada de Ferro Madeira Mamoré e Passa Quatro foi por 7 dias a cidade de Porto Velho.

Projetos Futuros

Até o presente momento os planos são de que a 332 continue trabalhando no Trem da Serra da Mantiqueira, que a partir do ano que vem deve receber a locomotiva 522 e depois que esta estiver trabalhando regularmente a meta é levar a 332 para Cruzeiro para passar por uma revisão geral e reforma, para depois voltar a operar trens, provavelmente o Trem da Serra da Mantiqueira.

Vídeos

A locomotiva 332 foi a estrela do comercial de natal do Boticário em 2011:

Links

Colaboraram

  • Bruno Crivelari Sanches
  • Felipe Crivelari Sanches
  • Helio Gazetta
  • Jonas Martins
  • Julio Moraes
  • Marcelo Frotscher
  • Rodrigo Cunha
  • Welber Santos
 

56 Respostas para “Locomotiva 332

  1. Julio Moraes

    21 de agosto de 2011 at 18:42

    É muito oportuna esta iniciativa de abrir páginas para cada locomotiva, carro e vagão da ABPF-Sul de Minas, pois a preservação ferroviária já tem uma longa história, iniciada pela ABPF nas décadas de 1970 e 1980, ampliada nas décadas seguintes, e que deve ser registrada.

    A locomotiva 332 fez parte de um lote bastante grande de máquinas da antiga VFCO, que foi localizado em algumas cidades dos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro pelos associados da ABPF, ocorrendo fatos como aquele em que Patrick Dollinger, o fundador da ABPF, literalmente apagou o maçarico com que se ia iniciar o corte de uma locomotiva rara, se não me engano a 505, no pátio de Barra Mansa. O objetivo era conseguir material rodante para dar vida ao trecho Campinas-Jaguariúna, que havia sido recentemente obtido em comodato da FEPASA. Na época eu era diretor de patrimônio da ABPF e como tal me coube redigir o pedido de cessão das locomotivas à RFFSA, que foi atendido em inícios de 1980. Que me recorde, o lote era composto pelas locomotivas 205, 210, 215, 232, 235, 236, 332, 338, 431 (atual 222), 505, 520 e 522, e se encontravam em Divinópolis, Ribeirão Vermelho e em mais uma cidade que já não recordo, talvez Barra Mansa.

    Empreendeu-se então uma verdadeira epopéia, em que os associados viajavam de ônibus a estas cidades, onde as locomotivas eram engatadas a trens cargueiros e trazidas até Jaguariuna, onde ainda existia ligação férrea com a linha da antiga Mogiana. Recordo os nomes de alguns desses “heróis”: Coaraci Camargo, Sérgio José Romano, Pedro Sérgio Vidulich Andrade, dentre outros que infelizmente não lembro. A viagem levava muitos dias, sem previsão de horário nem datas, e os associados da ABPF aproveitavam cada parada para lubrificar braçagens e tentar se alimentar em cidades como Maria da Fé, Cristina e outras onde hoje já não existem trilhos. É um grande prazer ver que todo o esforço daquela época não foi em vão, e que estas preciosas máquinas estão sendo cuidadosamente preservadas e a serviço da população.

    Julio Moraes.

     
    • bcsanches

      21 de agosto de 2011 at 18:45

      Julio, posso adaptar esse texto e inserir no artigo? Preenche uma das lacunas da história dela.

      Obrigado!

       
      • Julio Moraes

        30 de novembro de 2011 at 19:12

        Ora, Bruno, claro que pode. Para mim será uma honra. Desculpe só te responder agora, fazia muito tempo que eu não abria a página da 332. Julio.

         
      • bcsanches

        30 de novembro de 2011 at 19:17

        Obrigado Julio!

         
    • Rômulo Fávero

      20 de junho de 2018 at 18:59

      Sempre procurei esses relatos sobre o translado dessas locomotivas via ramal do Sapucaí, Julio Moraes. Obrigado por postar!

      A propósito, não sei onde li que a 505 estava em Itajubá, confere?

       
      • Julio Moraes

        27 de junho de 2018 at 3:27

        Caro Rômulo, infelizmente não sei te dizer isso. Lembro, sim, de mencionarem o nome desta cidade, mas não recordo se veio alguma locomotiva de lá ou não.

         
  2. Eni

    15 de novembro de 2011 at 19:24

    Eu amo Passa Quatro e tudo aqui é muito harmonioso; Por isso vim morar aqui, pelo clima e a beleza natural e a simpatia de todos aqui.

     
  3. Breno

    30 de novembro de 2011 at 16:34

    Fiquei com medo desse “provavelmente” … Passa Quatro não pode perder um tesouro desse

     
    • bcsanches

      30 de novembro de 2011 at 17:04

      A cidade não corre o risco de ficar sem locomotiva a vapor. As locomotivas são trocadas conforme a necessidade de reparos e manutenção. O Trem das Águas em São Lourenço por exemplo já teve 3 locomotivas diferentes (332, 327 e 1424). A meta é no ano que vem a 522 assumir o trem em Passa Quatro e a 332 entrar em manutenção.

       
  4. milton tavares

    30 de novembro de 2011 at 22:22

    É certo q a locomotiva a vapor é a história, é a origem e a tradição, mas, ela uma grande mão de obra se comparada com a diesel, só o tempo q se leva p,ra ascender o fogo e aquecer a água, misericordia, só mesmo em passeios turísticos como um museu a céu aberto p,ra contar a história da ferrovia, mas, p,ra trabalho ou passageiros, ela hoje em dia é totalmente inviável, só a outra mão de obra de 50 em 50 km ter que abastecer de água. A Madeira-Mamoré precisa colocar diesel tambem, isso não quer dizer botar as vapor fora

     
  5. almyr pereira de rezende

    10 de dezembro de 2011 at 19:32

    a locomotiva 520 não conheço.
    onde anda esta loco?
    abraços
    almyr/brasília df

     
    • bcsanches

      11 de dezembro de 2011 at 8:24

      Almyr, a 520 esta em Cruzeiro também, aguardando reparos. É provável que após a 522 sejam iniciados os reparos da 221 e da 207 (Hartmann), o que esta por vir depois ainda é indefinido :).

       
      • estevao

        18 de agosto de 2012 at 19:52

        Bc sanches, sabe onde está a locomotiva 221?

         
      • bcsanches

        20 de agosto de 2012 at 9:46

        Se for a 221 consolidation (2-8-0) da Leopoldina, que depois foi vendida para usinas de açucar na região de Campos RJ e posteriormente vendida para a ABPF esta em Cruzeiro SP aguardando restauração.

         
  6. kaique augusto análio

    26 de abril de 2012 at 19:58

    adorei saber a história desta locomotiva que sou apaixonado por ela. Me encantei com a 332 deisde o dia que ela chegou em Passa Quatro,e me lembro como se fosse hoje. Desde de então comecei a me enteressar por locomotivas a vapor (maria fumaça) e acabei virando um fã das marias fumaças , adoro ouvir historias sobre o tempo que essas locomotivas circulavam por nossa região , pelo amor de seus condutores (maquinistas) e o cuidado com as máquinas que eles tinham e que realmente se construia uma relação de amor com seu instrumento de trabalho tão adorado. fiquei muito feliz em saber que virá pra Passa Quatro mais uma locomotiva , mas também fiquei preocupado em perder a 332 , espero realmente que após os reparos feitos na 332 ela volte a circular em Passa quatro afinal ela foi e é o meu grande amor!

     
    • bcsanches

      26 de abril de 2012 at 23:18

      Não vão perder a 332, ela vai ficar em São Lourenço ou quem sabe volta para Passa Quatro, esses planos não são sacramentados. Depende muito da necessidade de cada trem.

       
  7. kaique augusto análio

    8 de maio de 2012 at 13:41

    obrigado por responder , e estou rezando pra que ha 332 fique em passa quatro! Gostaria de saber se por um acaso voce tem algumas fotos ou a filmagem do dia que ha 332 chegou em Passa Quatro , ou aonde eu posso encontrar esses artigos . Obrigado desde já!

     
    • bcsanches

      8 de maio de 2012 at 14:24

      Fotos do dia que ela chegou tem que procurar no arquivo aqui, deve ter algumas, mas como não tínhamos câmeras digitais na época, da trabalho para encontrar :).

       
  8. kaique augusto análio

    15 de maio de 2012 at 22:18

    Olá Bruno tudo bem. gostaria de te perguntar uma coisa. Eu gostaria de saber se posso e como faço pra fazer o curso de maquinista para trabalhar na máquina de Passa Quatro. Tem uma idade especifica? Obrigado desde já.

     
    • bcsanches

      16 de maio de 2012 at 14:48

      Oi Kaique,

      a principio são dois caminhos:
      1 – Entrar como funcionário em Passa Quatro, nesse caso começa-se como ajudante geral e conforme for ganhando experiência vai subindo para foguista e depois maquinista. Esse processo todo leva alguns anos, pois demora para se conseguir toda experiência para poder conduzir o trem. Além de que esta sujeito a disponibilidade de vagas (que não existem no momento).
      2 – Entrar como voluntário, o processo é praticamente o mesmo, mas é mais simples de iniciar.

      Curso para locomotiva a vapor não existem mais, então tem que se aprender com o pessoal mais experiente.

      De qualquer forma, é preciso ter pelo menos 18 anos, menos do que isso apenas como voluntário e com bastante restrições. Me mande um email se quiser discutir isso melhor.

       
      • davi

        10 de agosto de 2013 at 21:40

        queria me candidatar a maquinista voluntário para fins de semana. meus dois vôs eram maquinista e tem história nessa malha férrea… inclusive um deles foi o ” professor ” de um dos maquinista atuais de Passa Quatro

        antes de meu vô partir em 2009, tive a oportunidade de escutar várias histórias como

        Em uma de suas viagem a Aparecida, ele como passageiro deparou com um maquinista novato com dificuldades de encaixar a máquina no viradouro próximo ao túnel na serra. Experiente na profissão meu vô se levantou e ajudou o maquinista a virar a Maria Fumaça.

        a vez que a tromba d água na serra derrubou a ponte próximo ao manaca e a maquina sem saber descia a serra sem saber que viria uma tragedia em frente

         
      • bcsanches

        12 de agosto de 2013 at 11:24

        Oi Davi,

        bacana! Olha o que recomendamos é sempre que a pessoa que tenha interessa comece a participar do trem e assim ir se envolvendo. A jornada até maquinista é longa e primeiramente quando a pessoa tem interesse é ela começar a participar no trabalho do trem, para ir se familiarizando com a operação ferroviária, depois começa a se envolver com os trabalhos na locomotiva para ir aprendendo e começar a ser treinada como maquinista, processo que leva um bom tempo (alguns anos).

        Se tiver interesse mesmo, entre em contato através do email suldeminas@abpf.com.br para nos conhecermos e eu ir lhe apresentando tudo e todos.

         
  9. Luciano

    29 de maio de 2012 at 4:11

    OI adorei conhecer essa pagina sou aqui da região de Campinas e as locomotivas aqui me encantam, estou louco para conhecer Passa Quatro, o de São Lourenço ja andei é perfeito…mas gostaria de saber pq no passeio o trem naum atravessa o tunel ligando a Cruzeiro?
    abraço!

     
    • bcsanches

      29 de maio de 2012 at 9:50

      olá Luciano, ficamos felizes em saber que gostou do passeio em São Lourenço.

      Em Passa Quatro nossa maior dificuldade é a extensão do túnel, que é de 997m (praticamente 1km) em rampa e em curva. Com a locomotiva a vapor isso traz o problema da fumaça, a cada travessia, o túnel fica em torno de 20 minutos soltando fumaça.

      No passado isso era rotina e não existia outro modo, hoje, muitas pessoas se incomodam com isso. Outro problema que temos é limitação da própria locomotiva 332, que trabalha de velocidade mais lenta na serra e perto do limite, então o que estamos planejando é começar a operação com a locomotiva 522 (https://abpfsuldeminas.com/locomotiva-522/) que esta em reformas em Cruzeiro. A 522 por ser mais potente vai permitir uma operação mais tranquila dentro do túnel.

      Outra opção em estudo é usar uma locomotiva diesel apenas no trecho do túnel.

      a boa notícia é que se tudo correr bem, ainda este ano devem ser iniciadas as operações pelo túnel, em breve espero poder postar notícias oficias sobre isso aqui no blog.

       
      • Luciano

        29 de maio de 2012 at 11:25

        Que maravilhosa noticia, espero que realmente tudo corra conforme o planejado e logo estarei aew para conhecer esse lindo trajeto obrigado por satisfazer minha curiosidade.
        abraço!

         
  10. Gilmar

    27 de março de 2013 at 9:54

    Alguem sabe onde está esta locomotiva? O número dela é 236 e trabalhou na Leopoldina no ramal de Santana de cataguases http://www.facebook.com/photo.php?fbid=324259800963426&set=a.324250897630983.77050.324178644304875&type=1&theater

     
    • bcsanches

      27 de março de 2013 at 9:56

      Oi Gilmar,

      infelizmente não temos ideia do paradeiro dela.

       
  11. Gilmar

    27 de março de 2013 at 10:00

    O Júlio Moraes citou ela em um comentário. Vou continuar a minha procura… Se é que ela ainda existe

     
    • bcsanches

      27 de março de 2013 at 10:04

      Cada ferrovia possuía sua própria numeração, essa 236 que você postou foto me parece ser uma locomotiva da Leopoldina e as que o Julio comenta, no meu entendimento são locomotivas da RMV, logo são locomotivas diferentes.

       
  12. Julio Moraes

    27 de março de 2013 at 13:15

    Sim, eu comentei sobre a 236 da RMV, que foi para Campinas e está estática em Jaguariúna. abcs, Julio.

     
    • bcsanches

      27 de março de 2013 at 13:34

      Obrigado Julio!

       
  13. marcio

    12 de junho de 2013 at 21:02

    quando a abpf vao restaurar a locomotiva diesel eletrica lew po queria ver uma restaurada abracos e muito bom o trabalho de vcs

     
    • bcsanches

      12 de junho de 2013 at 22:53

      Depende de diversos fatores. Já temos uma Cooper Bressemer, U5 e diversas outras diesels, como a GE 15Ton que esta conosco, que é única e extremamente rara no mundo todo. É uma questão de tempo.

       
  14. Rodrigo

    8 de outubro de 2013 at 11:46

    A prefeita de cruzeiro não se interessa nem um pouco no fator turístico vou dar uns exemplos;
    Nossa estação ferroviária está sem telha, os trilhos que fizeram história na nossa cidade correm o risco de serem tirados pois já existe um projeto de urbanização que dará lugar a uma grande avenida. Como se não bastasse tem vereadores e Empresários de olho no próprio bolso por isso se alguém deseja ver novamente um dia o trem partindo de nossa estação rumo a linda serra da mantiqueira compartilhe nas redes sociais uma maneira de fazer com que nossa história não seja arrancada pela raiz sonho que se sonha só é apenas um sonho mas em conjunto vira realidade e traz prosperidade para o coletivo que tenho certeza ira ler e passar a frente . Mais um amante!

     
    • bcsanches

      8 de outubro de 2013 at 11:48

      Cabe a cidade e a população se mobilizar a favor do trem. Enquanto a população estiver conformada, a prefeitura não vai fazer nada a favor do trem.

       
  15. David Lobão Murray

    10 de novembro de 2013 at 18:59

    É possível recuperar o girador da Estação Coronel Fulgêncio ? As manobras ferroviárias de inversão, girador e triângulo, muito as aprecio.

     
    • bcsanches

      11 de novembro de 2013 at 9:39

      Olá David,

      é algo cogitado para o futuro, mas no momento temos outras prioridades no trem de Passa Quatro. A única coisa que não vai ser possível recuperar é o triângulo em Passa Quatro, pois já invadiram parte do leito dele, assim, vai ser construído um outro girador em Passa quatro. Mas no momento não existe previsão para se começar esse trabalho.

       
  16. newburr

    22 de agosto de 2014 at 23:32

    Olá Bruno,

    Muito boa sua iniciativa, parabéns!
    Sabe se é a mesma locomotiva 332 que aparece nessa imagem?(http://www.casadalapa.com.br/img/416875_386362354775453_37204127_n.jpg)

    A foto foi tirada na oficina da EFS em botucatu, provavelmente década de 40
    Ela parece um pouco diferente mas acho que pode ser a própria…

    abraços,
    newber

     
    • bcsanches

      25 de agosto de 2014 at 9:40

      Olá,

      obrigado pela visita.

      Não, essa locomotiva da foto é outra, não tem relação com a 332 que esta com a ABPF – SUl de Minas.

      O número das locomotivas era apenas usado para identificar elas dentro da ferrovia, então era comum ocorrer de se ter mais de uma locomotiva com o mesmo número, mas em ferrovias distintas.

       
  17. almyr pereira de rezende

    17 de janeiro de 2015 at 21:02

    Alô Sanches ! Estive um tanto afastado, já estamos por aqui novamente.
    Bem, gostaria de notícias da mk 522 que andava em manutençao.
    Me parece que estava dando muito trabalho devido o seu estado, não é?
    Abs

     
    • bcsanches

      20 de janeiro de 2015 at 8:38

      Oi Almyr,

      seja bem vindo de volta. A 522 esta complicada mesmo, mas devagar o trabalho tem caminhado. No momento estamos mais focados na locomotiva 327.

       
  18. Marcelo Palmares

    22 de maio de 2015 at 17:08

    Caro Bruno aqui quem escreve é um filho de um ex-funcionário da extinta Cobrasma em Osasco, e que sou aficionado pelas nossas Locomotivas a vapor. Tenho aqui um pedido especial a fazer. Você saberia me dizer o que aconteceu com a locomotiva Sorocabana nº 215 (uma Baldwin 4-6-2 Pacific), que foi mencionada aqui pelo Julio no pedido de cessão das locomotivas à RFFSA. Ela ainda existe ? Tenho duas fotos dela inclusive rebocando uma composição em frente ao frigorífico Wilson (Já demolido), aqui em Osasco. e outra estacionada na estação Julio Prestes engatada em uma composição de passageiros.

     
    • bcsanches

      25 de maio de 2015 at 11:26

      Oi Marcelo,

      no meu entender a 215 que o Julio menciona era RMV, que foi a primeira locomotiva restaurada pela ABPF. Hoje ela se encontra em Campinas, na VFCJ.

       
  19. Fabio Marchioro

    17 de julho de 2015 at 19:07

    olá bruno, só para ter uma informação, qual é o processo que é realizado para colocar uma locomotiva a vapor que está como monumento estático em circulação novamente?

     
    • bcsanches

      21 de julho de 2015 at 10:38

      Oi Fábio,

      não existe um processo definido. Nesse caso existem dois problemas: técnico e burocrático.

      Primeiro você tem que resolver o burocrático com o “dono” da locomotiva para ele autorizar você a mexer nela e levar ela para onde possa ser usada.

      Na parte técnica, cada locomotiva é única, tem que ser feita uma análise dela e uma revisão completa, semelhante ao que relatamos aqui com a 415: https://abpfsuldeminas.com/2012/06/15/renascimento-da-locomotiva-415/

       
  20. Edson

    11 de março de 2016 at 12:33

    GOSTARIA DE SABER SE A LOCOMOTIVA 236 OU A LOCOMOTIVA 222 QUAL DELAS SERÁ A QUE VAI TRABALHAR COMO MARIA FUMAÇA EM PETRÓPOLIS RJ. SEJA EM 2016 OU 2017 COMO EXPRESSO IMPERIAL DE PETRÓPLOS RJ . RESPONDA POR FAVOR . BOM FIM DE SEMANA

     
    • bcsanches

      11 de março de 2016 at 12:57

      Olá, a ABPF não esta envolvida neste projeto e não temos planos para enviar parte do nosso acervo para este projeto.

       
      • Edson

        22 de março de 2016 at 22:57

        OLÁ BSANCHEZ VIU UMA NOVA PERGUNTA NO DIA 11 MARÇO E VC NÃO TEVE A HUMILDADE DE RESPONDER!!!! QUERO RESPOSTA HOJE POR FAVOR LEIA A PERGUNTA A RESPONDA ESTOU AGUARDANDO

         
      • bcsanches

        22 de março de 2016 at 23:46

        Olá,

        “quero resposta hoje”, sinceramente, e eu com isso? Não sou seu empregado e respondo as perguntas quando eu puder e tiver tempo para tal.

         
  21. Edson

    11 de março de 2016 at 14:01

    QUERO SABER QUAL MARIA FUMAÇA VAI TRABALHAR NO RAMAL DO POÇOS DE CALDAS EM MINAS GERAIS POR FAVO PODE ME RESPONDE HOJE AGORA. OBRIGADO PELA RESPOSTA ANTERIOR

     
    • bcsanches

      22 de março de 2016 at 23:47

      A ABPF Sul de Minas não esta envolvida neste projeto também, então por favor pergunte a entidade correta e talvez você obtenha a resposta hoje ou no dia que quiser. Grato.

       

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