Por Felipe Lima e Gabrielle Cotrim

O universo dos shows e festivais musicais tem sido um dos principais motores da economia global, gerando empregos, receitas fiscais e fomentando uma ampla gama de indústrias associadas. Os números são impressionantes e deixam claro que a música não é apenas uma forma de arte, mas também um impulsionador significativo do crescimento econômico em todo o mundo.

Esses eventos se estabeleceram como pilares essenciais da economia global, com números impressionantes que evidenciam seu impacto profundo. Em termos de arrecadação financeira, em 2019, a indústria da música gerou uma receita global de mais de US$ 21 bilhões (cerca de R$ 100 bilhões), de acordo com a International Federation of the Phonographic Industry (IFPI). Essa quantia gigantesca representa não apenas a venda de ingressos, mas também inclui o comércio de mercadorias, transmissões ao vivo, direitos autorais e, de forma crescente, a influência das plataformas de streaming.

Mas os números não param por aí. Quando consideramos o número de pessoas impactadas, a escala se torna ainda mais impressionante. Em 2019, os shows ao vivo atraíram um público de mais de 3,9 bilhões de pessoas em todo o mundo. Isso significa que uma parcela significativa da população global participou de algum tipo de evento musical ao vivo durante o ano. A música transcende fronteiras culturais e geográficas, conectando pessoas em uma experiência compartilhada.

Os festivais de música, em particular, têm se destacado como destinos globais. Festivais icônicos como o Coachella, nos Estados Unidos, e o Tomorrowland, na Bélgica, atraem multidões de amantes da música de todas as partes do mundo. Esses eventos não apenas proporcionam experiências memoráveis, mas também injetam bilhões de dólares nas economias locais por meio de hospedagem, alimentação e compras.

Além disso, a música gravada, impulsionada pelo streaming, continua a ser uma fonte lucrativa de receita. Em 2021, o mercado global de música gravada atingiu um valor de US$ 23,1 bilhões (cerca de R$ 113 bilhões), com o streaming representando a maior fatia dessa receita. Isso demonstra a vitalidade contínua da música como um produto comercial, mesmo em um cenário digital em constante evolução.

Brasil dando show

O setor de shows e eventos é um dos pilares fundamentais da economia brasileira, gerando impactos significativos em diversas frentes. Com números expressivos, fica evidente a força desse setor que vai muito além do entretenimento. Em 2019, por exemplo, a indústria de eventos movimentou cerca de R$ 209 bilhões no Brasil, de acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Eventos (ABEOC). Esse valor abrange desde grandes festivais de música até conferências corporativas e eventos sociais.

Um dos principais impulsionadores econômicos desse setor é a geração de empregos. Os eventos envolvem uma rede complexa de profissionais, desde produtores, técnicos de som e luz, até seguranças, fornecedores de alimentos e bebidas, entre outros. Em 2019, mais de 7 milhões de empregos diretos e indiretos foram gerados por eventos no Brasil, de acordo com o Instituto Datafolha. Isso contribui para a redução do desemprego e o aumento da renda de muitas famílias.

Outro aspecto importante é a arrecadação de impostos. O setor de eventos contribui significativamente para a receita pública por meio de impostos sobre ingressos, serviços, alimentos e bebidas, entre outros. De acordo com a Receita Federal, em 2019, foram arrecadados aproximadamente R$ 10 bilhões em impostos diretos relacionados a eventos no Brasil. Essa receita é fundamental para financiar serviços públicos e programas governamentais.

No âmbito cultural, os shows e eventos desempenham um papel essencial na promoção da diversidade e da identidade brasileiras. Eles proporcionam um espaço para artistas de diferentes gêneros e regiões do País mostrarem seus talentos, contribuindo para a preservação e o enriquecimento da cultura brasileira. Além disso, eventos culturais atraem um público diversificado, promovendo a integração social e o fortalecimento dos laços comunitários.

A indústria de eventos também tem um impacto direto sobre outros setores da economia. Por exemplo, a construção de locais de eventos e a infraestrutura relacionada geram investimentos significativos. A modernização e manutenção desses espaços impulsionam a indústria da construção civil e fornecem oportunidades de emprego em diferentes regiões do País.

Em relação à música, o Brasil é um dos maiores mercados do mundo. Shows e festivais musicais representam uma parcela considerável desse mercado. Segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Discos (ABPD), em 2020, a indústria da música no Brasil gerou cerca de R$ 1,4 bilhão em receita, com o streaming de música representando uma fatia significativa desse montante. Os shows ao vivo também desempenham um papel importante nesse cenário, não apenas como uma fonte de receita para os artistas, mas também como uma forma de promover novos talentos.

Com a tão esperada volta dos festivais de música presenciais, o Mapa dos Festivais, uma plataforma de referência para os amantes da música e eventos, retomou seu trabalho de catalogar essas experiências culturais. Em 2022, a plataforma já registrava com entusiasmo a presença de 125 festivais em sua plataforma. No entanto, foi em 2023 que testemunhamos um crescimento ainda mais vertiginoso na quantidade desses eventos realizados no Brasil.

Até junho de 2023, mês em que esta pesquisa foi realizada, foram mapeados impressionantes 183 festivais que ocorreram ou estão previstos para ocorrer até dezembro deste ano. Para se ter uma ideia do aumento exponencial, apenas no mês de maio, foram registrados 35 festivais. Em comparação com 2022, o primeiro semestre contou com o aumento de 46% no número desses eventos. 

Viagem aos festivais

Após a pandemia, foi notável a ansiedade dos viajantes em retomarem os planos que tiveram que ficar na gaveta, e os festivais de verão se tornaram a grande alternativa de lazer para os viajantes em 2022. Isso foi o que revelou um inquérito realizado pela Travellyze, que ouviu mais de 20 mil pessoas em todo o continente. Com a indústria de eventos atingindo plena recuperação à medida que a vida volta ao normal, os destinos de festivais europeus estão se tornando cada vez mais atraentes para os amantes da música ao vivo ao ar livre.

De acordo com o estudo, a demanda por essas experiências cresceu significativamente em comparação com 2021, com um aumento notável de 71,26% em junho, 91,9% em julho e 85,7% em agosto. A plataforma europeia de informação turística International Tourism Group (ITG) elaborou um perfil dos viajantes que frequentam festivais. Os dados coletados refletem diferenças em relação aos anos anteriores, com um aumento de 25,4% no segmento de idade de 18-24 anos em comparação com 2021. A maioria dos festivaleiros (42,6%) está na faixa etária dos 18 aos 44 anos, indicando um público jovem em geral.

Já no âmbito financeiro, os números demonstraram que os viajantes já estavam dispostos a gastar mais em suas viagens para viagens para os festivais de 2022. No ano passado, o orçamento médio aumentou 15,8%, com a maioria planejando gastar até 1 mil euros por pessoa. Além disso, um grupo significativo (19%) planeja gastar entre 1 mil e 3 mil euros em festivais neste verão.

A escolha pelos festivais é, cada vez mais, uma escolha influenciada pelas experiências de amigos e familiares, com 65,9% dos viajantes admitindo que se inspiram nas experiências de seus entes queridos, segundo a pesquisa de 2022. Essa tendência cresceu 12,4% em relação ao ano anterior. Além disso, a busca por experiências culturais em motores de busca, como o Google, também aumentou 7,8% em relação a 2021.

Quanto às acomodações, as casas rurais registraram o maior crescimento, com um aumento de 15,1% em comparação com o ano anterior. No entanto, os hotéis de três e quatro estrelas lideram a preferência (17%), seguidos por alojamentos locais (10%) e albergues (7,8%). Para chegar aos destinos dos festivais, 52,1% dos viajantes preferem usar seus próprios veículos. Em segundo lugar, uma parcela substancial (40,5%) opta por voos, enquanto 20,6% escolhem trens e 13,1% utilizam ônibus.

E quanto ao Brasil? A tendência é que o movimento seja bem semelhante.  De acordo com um levantamento realizado pela plataforma de contratação de serviços GetNinjas, a procura por profissionais que atuam na área registrou um crescimento extraordinário de 179% no segundo trimestre de 2022, em comparação com o mesmo período de 2021. 

O panorama traçado pela GetNinjas encontra eco nas observações da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape). A entidade, que tem um papel fundamental no setor, também relatou um crescimento acentuado nas vendas, especialmente quando comparado ao período pré-pandemia. O cenário, embora desafiador durante os momentos mais críticos da pandemia, está agora se transformando em um quadro promissor para a indústria de eventos e entretenimento, sinalizando a retomada de uma parte vital da economia brasileira.

Os gigantes dos festivais brasileiros

Uma prova concreta deste movimento de reanimação cultural e econômica foi testemunhada na edição de 2022 do prestigiado Rock in Rio. Durante sete efervescentes dias, o festival abriu suas portas a uma audiência colossal, totalizando a marca notável de 700 mil pessoas. Dentre eles, expressivos 60% atravessaram as fronteiras do Rio de Janeiro, carregando consigo uma energia contagiante e um desejo insaciável por experiências musicais inigualáveis. 

A retomada triunfal deste evento icônico reverberou muito além das notas musicais, gerando uma sinfonia de empregos – um total significativo de 28 mil oportunidades laborais foram tecidas. Entrelaçando-se harmoniosamente com esse crescendo de ocupações, emergiu um impacto econômico que ecoou respeitosamente na casa dos R$ 2 bilhões, enriquecendo os cofres da cidade maravilhosa. A grandiosidade desses resultados ecoa ainda mais quando comparada à última ocorrência do festival em 2019, superando-a em todos os compassos.

No período entre 2 e 11 de setembro de 2022, a atmosfera do Rock in Rio 2022 permeou o ar, deixando para trás um rastro de impacto econômico substancial que atingiu a cifra notável de R$ 1,7 bilhão. A organização do evento reportou que este feito não foi apenas o resultado da celebração musical, mas também a soma de esforços que culminaram em um ecossistema efervescente de atividade financeira, empregabilidade e turismo.

Já o Lollapalooza de 2022 – que ocorreu entre os dias 25 e 27 de março em São Paulo (SP) – se transformou em um epicentro enérgico. O festival, além de proporcionar a vivência de apresentações de bandas e artistas adorados, instigou uma onda significativa de dinamismo comercial, redesenhando o tecido da cidade.

Os influxos provenientes de várias localidades reverberaram de maneira palpável nas artérias da metrópole. Os visitantes, impulsionados pelo magnetismo do evento, exploraram São Paulo de maneira holística, enriquecendo sua experiência no festival por meio de incursões pelas artérias urbanas.

Neste turbilhão de interação, São Paulo viu um florescer singular em diversos segmentos de sua paisagem comercial. As praças de alimentação tornaram-se o epicentro de sabores variados e estimulantes, experimentando um aumento notável de movimentação, com um salto significativo de 552%. Uma sinfonia de risadas e conversas animadas ecoou nos bares, que testemunharam uma ascensão de 381% na procura, enquanto as casas noturnas pulsaram com uma energia renovada, refletindo um acréscimo de 356% na frequência.

O público ávido por música e cultura que frequentou o festival não apenas se contentou com os ecos dos palcos, mas também ansiou por abraçar a riqueza gastronômica e de entretenimento que a cidade oferece. A simbiose entre a arte e a vida cotidiana, entre os ritmos cativantes e os prazeres culinários, desencadeou uma nova sinfonia urbana, pintando um retrato multifacetado da efervescência cultural que São Paulo representa.

Neste ano, a organização do evento se superou e reuniu uma legião de fãs de diversos artistas para comemorar sua décima edição. O evento bateu recorde de público total com 302,6 mil ingressos comprados. Se engana aqueles que acreditam que sábado e domingo são os dias preferidos pelos festeiros. De acordo com a pesquisa do festival, a sexta-feira (24) bateu recorde diário com mais de 103 mil pessoas.

Ocupação alta fora de época

O fluxo de visitantes ansiosos para mergulhar nas experiências musicais e culturais oferecidas pelos shows e festivais gera um aumento palpável na demanda por acomodações. Os hotéis, que muitas vezes se tornam um refúgio confortável para aqueles que buscam uma pausa revigorante entre os atos, testemunham um aumento considerável na ocupação durante esses períodos de agitação cultural.

O efeito sobre a receita também é notável. As reservas aquecidas impulsionam os números financeiros, amplificando o impacto econômico da cidade anfitriã. Os hotéis conseguem reajustar suas tarifas de acordo com a demanda sazonal, aproveitando a oportunidade para otimizar seus retornos e maximizar sua presença no cenário turístico.

“Em relação a festivais e shows de 2023, o que é mais plausível de ser estudado são os eventos do Coldplay e Lollapalooza. A curva acentuada do período do show do Coldplay, devido às inúmeras datas confirmadas em São Paulo, fizeram com que a cidade tivesse recordes de ocupação por uma semana completa. O Lollapalooza é outro evento que conseguimos mensurar pois se torna um dos poucos atrativos durante o final de semana”, revela Antônio Britto, gerente geral do Laghetto São Paulo.

Segundo dados fornecidos pela Accor, o cenário paulistano no segundo semestre se anuncia em ebulição, abrindo caminho para uma demanda intensa e atividades fervilhantes. O destaque recai sobre os meses de setembro, que recebeu o aguardado evento The Town, e novembro, marcado por uma série de shows de magnitude, como os da cantora norte-americana Taylor Swift. 

Em relação ao Festival The Town, que teve sua primeira edição no autódromo de Interlagos, nos dia 02, 03, 07, 09 e 10 de setembro, é possível perceber o potencial econômico significativo, já que o evento reuniu cerca de 100 mil pessoas por dia e influenciou o comércio local, hotéis e restaurante da capital paulistana. O festival fez a taxa de ocupação do setor hoteleiro subir para 85% para o mês de setembro. Em seis palcos, o público teve programação garantida em mais de 360 mil m².

O Novotel Itu Golf & Resort foi escolhido como resort oficial do maior festival de música eletrônica do mundo, o Tomorrowland, que acontecerá em outubro em Itu, interior de São Paulo. A notícia foi recebida com tanto entusiasmo pelo público do festival que, em menos de duas horas após o anúncio, o resort atingiu sua totalidade de reservas para o período da atração, de 12 a 14 de outubro de 2023. São aguardados cerca de 650 hóspedes.

Um dos cases de maior repercussão em shows, festivais e eventos é a Parada LGBTI+ de São Paulo. As regiões da Paulista, Jardins e Centro experimentam um crescimento significativo em termos de receita. Durante o fim de semana de fervor, a última edição do evento em 2023 reuniu cerca de 3 milhões de pessoas, número muito superior ao ano passado que reuniu 100 mil pessoas. No período foi registrada ocupação média de 75% em toda a capital paulista.

“Com a retomada do setor de Turismo e Entretenimento, os números são muito positivos. Os grandes eventos atraem público de diferentes lugares do Brasil. E, para o segundo semestre deste ano, notamos uma grande demanda e maior antecedência de reservas em nossos hotéis, em comparação ao mesmo período de 2022. Além disso, em todos os meses à frente já temos mais reservas do que ano passado, principalmente para setembro e novembro devido aos shows internacionais. Isso ressalta a importância desses eventos para impulsionar o turismo e a economia local”, comenta Guilherme Marques, diretor de Revenue Management & Distribuição da Accor Américas na divisão Premium, Midscale & Economy.

Trajeto aos shows

A dança sincronizada entre a busca por experiências culturais e a mobilidade tem orquestrado um efeito significativo no aumento da demanda por veículos alugados. Os festivais musicais geram uma sinergia que impacta diretamente o mercado de aluguel de carros. Os visitantes, ansiosos por vivenciar as batidas e os acordes de seus artistas favoritos, muitas vezes optam por alugar um veículo para se deslocarem até o local do evento. Esse aumento na demanda por aluguel de carros pode ser atribuído a diversos fatores.

Primeiramente, a comodidade e a flexibilidade proporcionadas por um carro alugado permitem que os participantes se desloquem com facilidade, sem depender de opções de transporte público, horários restritos ou desafios logísticos. Além disso, a oportunidade de compartilhar o veículo com amigos ou grupos contribui para a economia de custos individuais e proporciona uma experiência mais colaborativa.

Em segundo lugar, a natureza muitas vezes itinerante dos festivais – que podem ocorrer em diferentes cidades ou locais distantes – incentiva os participantes a explorarem novas áreas e a estenderem sua estadia para além dos dias do evento. Isso gera um impulso adicional na necessidade de mobilidade, levando ao aluguel de carros como uma solução prática.

“O The Town, por conta de seu volume de visitantes, proporcionou um aumento na procura pela locação de automóveis. Inclusive, a Movida é a locadora de carros oficial do festival, justamente por ser uma empresa que está presente no cotidiano paulistano e que facilita a locomoção com mais segurança e comodidade na maior cidade do Brasil. O mesmo ocorreu, por exemplo, com o Rock in Rio no Rio de Janeiro (RJ), que também contou com o apoio da Movida no último ano. Além dos shows e festivais, grandes eventos esportivos, como a Fórmula 1, também estimulam o segmento”, detalha Jamyl Jarrus, vice-presidente de RAC da Movida.

Box

Próximas possibilidades de negócios

Mais eventos estão a caminho e são aguardados pelos entusiastas de shows e festivais. Os profissionais podem aproveitar o movimento e já preparar novos produtos e serviços para atender este público que é fiel à diversão e ao entretenimento. Confira!

OUTUBRO 

  • The Weeknd – 07 de outubro no Rio de Janeiro (RJ) e 10 e 11 de outubro em São Paulo (SP)
  • Tomorrowland Brasil – 12, 13 e 14 de outubro em Itu (SP)
  • Evanescence -19 de outubro em Curitiba (PR), 23 de outubro no Rio de Janeiro (RJ), 25 de outubro em Belo Horizonte (MG) e 28 de outubro em Recife (PE) 
  • Roger Waters – 24 de outubro em Brasília (DF), 28 de outubro no Rio de Janeiro (RJ), 01 de novembro Porto Alegre (RS), 04 de novembro em Curitiba (PR), 08 de novembro em Belo Horizonte (MG) e 11 e 12 de novembro em São Paulo (SP)

NOVEMBRO 

  • Maneskin – 01 de novembro no Rio de Janeiro (RJ) e 03 novembro em São Paulo (SP)
  • Rauw Alejandro – 02 de novembro em São Paulo (SP)
  • GPWeek – 04 e 05 de novembro em São Paulo (SP)
  • Red Hot Chilli Peppers – 04 de dezembro no Rio de Janeiro (RJ), 07 de novembro em Brasília (DF), 10 de novembro em São Paulo (SP), 13 de novembro em Curitiba (PR) e 16 de novembro em Porto Alegre (RS)  
  • RBD – 09 e 10 de novembro no Rio de Janeiro (RJ), 12 e 13, 16, 17 e 18 de novembro em São Paulo (SP)
  • Alanis Morissette – 14 de novembro em São Paulo (SP)
  • Taylor Swift – 17, 18 e 19 de novembro no Rio de Janeiro (RJ) e 24, 26 e 26 de novembro em São Paulo (SP)
  • Mel C – 25 de novembro em São Paulo (SP)

 DEZEMBRO 

  • Primavera Sound – 02 e 03 de dezembro em São Paulo (SP)
  • Colbie Caillat – 07 de dezembro em São Paulo (SP), 08 de dezembro em Porto Alegre (RS) e 09 de dezembro no Rio de Janeiro (RJ)