Campomanesia hirsuta / guabiroba-peluda-gigante

Frutos de mais de 8 cm de diâmetro, os maiores entre as quase 30 espécies de Campomanesia. O formato é arredondado, muito achatado nos polos, de superfície profundamente sulcada (costada) [ver foto]. A casca é finíssima, e a polpa de consistência firme-carnosa, com pouquíssimas sementes, muito suculenta e aromática, de sabor acidulado. Assemelha-se neste quesito ao cambuci, mas de longe o supera, pela total ausência de taninos (adstringência ou “cica”). A guabirobeira-gigante é uma arvoreta de 2-4 m, de copa estreita, de folhagem semi-decídua (perde parcialmente as folhas no inverno).


Usos: Já no século XIX os colonos ingleses a empregavam para o preparo de deliciosas geléias. Presta-se igualmente para o preparo de ótimos sucos e sorvetes. Por ser uma espécie altamente ameaçada de extinção, deve ter seu plantio incentivado em áreas de preservação permanente, especialmente em regiões de Mata Atlântica.


Cultivo: Climas subtropicais ou tropicais de altitude, sempre próxima a florestas ou cursos dágua. Solos bem drenados e férteis, ricos em húmus, à meia-sombra. Na fase de frutificação, beneficia-se amplamente de adubação fosfatada (farinha de osso ou superfosfato).


Origem: Serra dos Órgãos (RJ)


Família: Myrtaceae.


Observações: Desaparecida desde a década de 1950, foi reencontrada recentemente graças aos esforços de Antonio Morschbacker e equipe do Instituto Plantarum.


 

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