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Semana de Prevenção à Automutilação inclui pesquisa em escolas da 4ª CRE

Iniciativa visou construir estratégias e mecanismos para entender os sentimentos dos estudantes

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Cartaz da semana de prevenção
Mais de 1,8 mil adolescentes responderam ao formulário - Foto: Seduc
Por Isabella Sander

Começou na terça-feira, 1º de setembro, a 3ª Semana Municipal de Prevenção, Conscientização e Combate à Automutilação de Caxias do Sul. O evento, totalmente online, ocorre até sexta-feira, 4 de setembro, e é realizado pela prefeitura da cidade, em parceria com a 4ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE). A iniciativa começou com a realização de uma pesquisa junto a mais de 1,8 mil adolescentes que cursam o Ensino Médio da Rede Pública.

Os jovens responderam perguntas que buscaram entender mais sobre questões de saúde mental neste período de pandemia. O formulário foi criado pela Coordenadoria da Juventude de Caxias do Sul e distribuído pela 4ª CRE às escolas que tivessem interesse de participar, visando construir estratégias e mecanismos para que os estudantes falassem sobre seus sentimentos, seus medos e angústias, além dos impactos da educação a distância, e posteriormente, serem direcionados para os profissionais e instituições do município competentes para desenvolver um trabalho de atendimento e acompanhamento aos mesmos.

O resultado da pesquisa, tabulado posteriormente pela Coordenadoria da Juventude de Caxias, apontou a necessidade de falar sobre assuntos relacionados ao sofrimento emocional. Foi para atender à demanda que o evento foi idealizado, com a disponibilização de vídeos com profissionais especializados no assunto. Em cada vídeo é abordado um tema envolvendo o sofrimento psíquico, que pode resultar em automutilação ou sintomas mais graves. Os vídeos estão disponíveis no canal de YouTube da prefeitura de Caxias.

Entre os participantes do vídeo, estão as profissionais da rede de atenção psicossocial Jordana Tonezer Tedesco, Elenise Vaccari Knaack e Patrícia Nicoletti. As profissionais falam das ferramentas e serviços disponíveis para o acolhimento e acompanhamento dessas demandas. O segundo e o terceiro vídeo contam com a participação da psicóloga Sônia Rossetti, que fala sobre o uso das tecnologias em tempos de pandemia e os reflexos dessa exposição nas nossas vidas, além de abordar sobre a organização do dia a dia e o impacto na qualidade de vida. Para finalizar, o psicólogo clínico Filippo Pezzini trata dos sintomas de autoagressão e os reflexos no contexto familiar, trazendo para essa reflexão as responsabilidades e anseios dos familiares frente a esta realidade.

Segundo Marivane Carvalho, assessora da Comissão Interna de Prevenção à Violência Escolar (Cipave) na 4ª CRE, a pesquisa foi criada com a intenção de se criar um diagnóstico sobre como os adolescentes estão lidando com a pandemia. Chamou a atenção o fato de que mais de um terço dos respondentes disseram ter interesse em saber mais sobre saúde mental. “Decidimos procurar parceiros que gravassem vídeos com informações sobre o assunto para eles. Por enquanto, recebemos retornos de professores, e a repercussão entre eles tem sido muito grande”, comenta.

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