O pensamento norte-americano

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“O poder que reside nele é novo na natureza, e nenhum, mas ele sabe o que é que ele pode fazer”

 

O pensamento norte-americano 

Puritanismo

No início do século 17, grupos de puritanos separaram-se da Igreja da Inglaterra. Dentre esses, os peregrinos que, em 1620, fundaram a colônia Plymouth. Dez anos depois, migraram para a Nova Inglaterra. Os puritanos acreditavam que eles, como eleitos de Deus, tinham o dever de dirigir os assuntos políticos segundo o desejo de Deus revelado na Bíblia.

Quakers

A Sociedade de Amigos, chamada de Quakers, tem sua origem no cristianismo inglês do século 17. Nos Estados Unidos (ainda colônia), se estabeleceu em Rhode Island, Carolina do Norte, Pensilvânia e Nova Jersey. Na história norte-americana, esteve sempre presente nos debates sobre o direito dos índios, sobre a reforma das prisões, sobre a educação ou sobre o direito das mulheres. Acredita no amor de Deus que fala diretamente à alma de cada penitente e oferece, livremente, a salvação.

Unitarismo

Corrente do cristianismo que nega a Santíssima Trindade. Deus seria, então, uma única pessoa, o Pai. Se opõe ao transcendentalismo.

Transcendentalismo – Movimento religioso, literário e filosófico que floresceu entre 1836, com a publicação de Nature, de Ralph Waldo Emerson, e 1844, quando o jornal The Dial, voz do transcen-den-talismo, chegou ao fim. Seus membros negavam a existência de milagres e muitos vinham das universidades do país, como Harvard. Apoiavam a reforma educacional, o abolicionismo, o feminismo nascente. Acreditavam na intuição como método de conhecimento, no individualismo e nos aspectos divinos do homem e da natureza.

Pragmatismo

Movimento filosófico desenvolvido nos EUA que acredita estarem o significado e a verdade de qualquer idéia na prática. O que é fundamental para o pragmatismo é a forte crença em um antiabsolutismo: a convicção de que todos os princípios devem ser entendidos como hipóteses de trabalho mais do que como axiomas metafísicos. Uma expressão moderna do empirismo, o pragmatismo foi muito influente na América da primeira metade do século 20.  Charles Sanders Peirce é considerado o fundador do pragmatismo. William James foi um dos filósofos que mais ajudaram no desenvolvimento do movimento. John Dewey foi outro líder do pragmatismo, e seu pensamento tem influenciado a teoria social e educacional na so-ciedade norte-americana.

Fonte: The Radical Academy (www.radicalacademy.com ) 

O poder que reside nele é novo na natureza e nenhum, mas ele sabe o que é que ele pode fazer.

Transcendentalism, Transcendence –  Informações Gerais

            O conceito filosófico geral da transcedência, ou crença em uma realidade mais elevada não validados pela experiência sentido ou razão pura, foi desenvolvido em tempos antigos por Parmênides e Platão.

            Platão referiu-se a um domínio de ideal formulários que foi unknowable (incognocível – o que não se pode conhecer) através dos sentidos, e desde teólogos têm falado de Deus, da mesma forma.

            Ralph Waldo Emerson – Filósofo, ensaísta e poeta norte americano, nascido em 180s e falecido em 1882 é considerado o expoente do Transcendentalismo. Foi também o fundador e o principal dinamizador do periódico The Dial, onde era divulgado o ideário do grupo  transcendentalista. Os ensaios de Emerson e a sua ação no contexto do Transcendentalismo tiveram um papel determinante na emergência de uma consciência cultural nacional nos planos literário, filosófico, religioso etc, nos EUA de meados do séc. XIX.

O movimento transcendentalista, representado pelos ensaístas Ralph Waldo Emerson e Henry David Thoreau, foi uma reação contra o racionalismo do século 18 e estava intimamente ligado ao movimento romântico. Está bastante associado à Concord, no estado de Massachusetts, cidade perto de Boston, onde viveram Emerson, Thoreau e um grupo de outros escritores.

Em geral, o transcendentalismo foi uma filosofia liberal que privilegiou a natureza em lugar da estrutura religiosa 13 formal, a percepção individual em lugar do dogma e o instinto humano em lugar da convenção social. Os românticos transcendentalistas americanos levaram o individualismo radical ao extremo. Os escritores americanos — de então ou que vieram depois — viam-se com freqüência como exploradores solitários fora da sociedade e das convenções. O herói americano — como o capitão Ahab, de Herman Melville, ou Huck Finn, de Mark Twain — tipicamente enfrentava riscos ou mesmo certa destruição em busca da autodescoberta metafísica. Para o escritor romântico americano, nada era dado. As convenções literárias e sociais, longe de serem úteis, eram perigosas. Havia grande pressão para encontrar uma forma, voz e conteúdo literários autênticos. ralph Waldo emerson, a figura eminente de sua época, tinha um sentido de missão religiosa. Embora muitos o tenham acusado de subverter o cristianismo, ele explicou que, para ele, “era necessário deixar a igreja para ser um bom pastor”. O discurso que proferiu em 1838 em sua alma mater, a Faculdade de Estudos Religiosos de Harvard, fez com que ele não

fosse bem-vindo em Harvard por 30 anos. Nele, Emerson acusou a igreja de enfatizar o dogma enquanto sufocava o espírito.

 

Ralph Waldo Emerson – 1803-1882Imagem

Emerson é extraordinariamente consistente em seu apelo pelo nascimento do individualismo americano inspirado pela natureza. O ensaio “A Natureza” (1836), sua primeira publicação, começa assim: Nossa época é retrospectiva. Constrói sepulcros para os antepassados. Escreve biografias, histórias e críticas. As gerações passadas contemplaram Deus e a natureza face a face; nós por meio dos seus olhos. Por que não poderíamos desfrutar, também, de uma relação original com o universo? Por que não poderíamos ter uma poesia de intuição e não de tradição e uma religião revelada a nós em vez da história da sua religião? Encerrados por um período de tempo na natureza, de onde jorram torrentes de fluxo vital à nossa volta e dentro de nós, e nos convidam à ação, pelos poderes que fornecem, na proporção da harmonia com o cosmo, por que deveríamos andar às cegas entre os ossos ressequidos do passado? Muito dessa percepção espiritual vem do hinduísmo, do confucionismo e do sufismo islâmico. henry david Thoreau nasceu em Concord e fez da cidade sua residência permanente. Vindo de uma família pobre como Emerson, construiu seu caminho para Harvard. A obra-prima de Thoreau, Walden ou a Vida nos Bosques (1854), é fruto de dois anos, dois meses e dois dias (de 1845 a 1847) passados em uma cabana 15 Henry David Thoreau 1817-1862 de madeira construída por ele no Lago Walden, perto de Concord. Esse longo ensaio poético desafia o leitor a olhar para a sua vida e vivê-la de forma autêntica.

O ensaio de Thoreau “A Desobediência Civil”, com sua teoria de resistência passiva baseada na necessidade do indivíduo justo de desobedecer a leis injustas, serviu de inspiração para o movimento de independência da Índia de Mahatma Gandhi e para a luta de Martin Luther King pelos direitos civis dos negros americanos no século 20.

Nascido em Long Island, Nova York, WalT WhiTman foi carpinteiro em tempo parcial e homem do povo, cujo trabalho brilhante e inovador traduziu o espírito democrático do país.

Whitman foi em grande parte autodidata; aos 11 anos abandonou a escola para trabalhar, não freqüentando o tipo de educação tradicional que fez com que a maioria dos autores americanos se tornasse respeitáveis imitadores dos ingleses. Suas Folhas de Relva (1855), que ele reescreveu e revisou por toda a vida, contém “Canção de Mim Mesmo”, o poema mais original e formidável já escrito por um americano.

Walt Whitman – 1819-1892Imagem

A forma inovadora, sem rima e com verso livre do poema, a franca celebração da sexualidade, a sensibilidade democrática vibrante e a declaração romântica extremada que o eu do poeta era um só com o universo e o leitor alteraram para sempre o curso da poesia americana.

emily diCkinson é, de certa forma, elo de ligação entre sua época e as

sensibilidades literárias do século 20. Individualista radical, ela nasceu e passou sua vida em Amherst, pequeno povoado no estado de Massachusetts. Nunca se casou e levou uma vida não convencional sem g     randes acontecimentos externos, mas cheia de intensidade interior. Ela amava a natureza e encontrou inspiração profunda nos pássaros, nos animais, nas plantas e nas mudanças de estação na zona rural da Nova Inglaterra. Emily Dickinson viveu a última parte da sua vida em reclusão devido a uma psique extremamente sensível e possivelmente para conseguir tempo para escrever.

O estilo conciso, normalmente imagístico da poeta é ainda mais moderno e inovador do que o de Whitman. Há ocasiões em que ela mostra uma consciência existencial terrível. Sua poesia limpa, clara e bem delineada, redescoberta nos anos 1950, traz alguns dos mais fascinantes e desafiadores poemas da literatura americana.

 

Biografia de Ralph Waldo Emerson

Pensador, ensaísta, poeta, conferencista, filósofo e orador norte-americano nascido em Boston, Massachusetts, fundador do transcendentalismo, movimento ideológico que exerceu notável influência na formação da identidade cultural de seu país e que lhe trouxe grande prestígio internacional.

O início de sua vida foi marcado pela pobreza, pela frustração e pela doença. Órfão ainda criança de um pastor da Igreja Unitária, foi educado em Harvard e tornou-se pastor (1829). Após se casar, foi nomeado ministro da Segunda Igreja Unitária de Boston (1829), porém enviuvou dois anos depois, o que lhe provocou uma crise espiritual e o levou a deixar a igreja (1832). A seguir, viajou durante um ano pela Europa, esteve na Inglaterra e conheceu os pensadores britânicos William Wordsworth, Samuel Taylor Coleridge e Thomas Carlyle, o que o levou a iniciar sua própria filosofia idealista.

Ao voltar, iniciou sua carreira como escritor e conferencista e, novamente casado (1835), criou um grupo que se reunia no Transcendental Club, o que deu origem ao nome do movimento, o transcendentalismo. As fontes do seu pensamento podiam ser identificadas em muitos movimentos intelectuais como o latinismo, neoplatonismo, puritanismo, poesia do Renascimento, misticismo, idealismo, ceticismo e romantismo.

Reuniu elementos do passado e deu-lhes forma literária, exercendo importante influência nas obras de vários autores norte americanos, como Henry David Thoreau, Herman Melville, Walt Whitman, Emily Dickinson, Henry James e Robert Frost. Seus livros mais famosos foram Nature (1836), o primeiro deles e muito bem recebido sobretudo pela juventude de seu tempo, Essays (1841/1844), Poems (1846) e Em The Conduct of Life (1860).

Os dois volumes de poesia que apareceram durante sua vida, Poemas (1846) e Dia de maio (1867) contêm alguns dos melhores versos da poesia norte-americana do séc. XIX. Após nova permanência na Europa, aposentou-se (1873) e retirou-se para sua casa de campo de Concord, Massachusetts, onde faleceu.
Fonte: http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/

 

Algumas frases de Ralph Waldo Emerson:

“Nada se obtém sem esforço; e tudo se pode conseguir com ele.

 

Direi só o que souber de bem de um homem.

 

A recompensa de uma coisa bem feita é a de te-la feito.

 

À maneira que o rio faz suas próprias ribeiras, assim toda idéia legítima faz seus próprios caminhos e condutos.

 

As nações mais progressistas são sempre as que navegam mais e têm mais navios.

 

Toda reforma foi em algum tempo uma simples opinião particular.

 

Quando um homem encontra seu par, começa a sociedade.”

 

Walt Whitman
BIOGRAFIA

 

Walt Whitman nasceu no dia 31 de Maio de 1819, em West Hills, Long Island. Criança solitária, era neto de camponeses e filho de um carpinteiro de Brooklyn, então uma simples aldeia dos arredores de Nova Iorque.
Exerceu várias profissões: tipógrafo, professor, jornalista, operário agrícola, enfermeiro, empregado de escritório…
Percorreu Nova Iorque ao lado de um cocheiro da Broadway, e aí, curioso de tudo, descobriu a multidão, omusic-hall, o teatro popular e a ópera italiana. Leu Dante em plena floresta e a Ilíada a bordo, em pleno Atlântico. Recebeu a influência de Robert Owen, de Fanny Wright, de Ralph Waldo Emerson, e do movimento Quaker. Deu conferências, frequentou a boémia literária, o meio dos operários das docas. Desceu o Ohio e o Mississipi, contactou índios no mercado francês de Nova Orleães, teve breves e fogosos amores na Louisiana…
De regresso ao norte, em 1854, definiu num longo e permanentemente inacabado poema, aquilo que pretendia vir a ser a bandeira de um novo espírito. Sentindo-se na posse de novas verdades que queria comunicar ao mundo, em 1855 publicou, pagando a edição do seu próprio bolso, a primeira versão de Leaves of Grass (Folhas de Erva), oitocentos exemplares que na altura não conseguiu vender e que lhe valeram a maledicência e o repúdio da crítica: o tom era demasiado livre, demasiado novo, insuportável para a sensibilidade dominante. A obra introduzia o verso livre e dava tratamento poético a coisas quotidianas, como o progresso técnico ou o sexo. Esta primeira edição não mencionava o nome do autor e continha apenas 12 poemas e um prefácio.
A segunda edição (1856) já ostentava na capa o nome do seu autor e foi recebida com entusiasmo por poucos críticos, a grande maioria continuaria e repudiar a obra. Esta segunda edição tinha 32 poemas.
Em 1871 (depois de já ter publicado 5 edições de Leaves of Grass, a última já com 71 poemas) expôs os seus pontos de vista políticos no ensaio Democratic Vistas, que teve grande repercussão.
Durante anos, Leaves of Grass foi aumentando constantemente. Whitman cantou nele a natureza, o futuro, a democracia, os barcos de Brooklyn, os índios, as cidades, as estradas, os grandes espaços, a América…
Em 1873 uma doença vascular deixou-o parcialmente paralítico. Foi viver para Camden, Nova Jersey, com a família, continuando a escrever, sempre obcecado pela sua única obra (a sua edição definitiva, a nona, contém muitos milhares de poemas), até ao fim da vida. Provavelmente sem suspeitar do impacto que esta viria a ter no novo século que se aproximava.
Em fins de 1891 publicou essa última edição de “Leaves of Grass” e morreu poucos meses depois (em 26 de Março de 1892).
Cinco anos depois foi publicada a décima edição de Leaves of Grass, onde se juntaram os poemas póstumos “Old Age Echoes”.
A influência de Walt Whitman, um corajoso experimentalista tanto na vida pessoal como na sua arte, tem sido imensa, quer na prática de muitos activistas sociais quer na obra de numerosos poetas e de outros escritores do século XX.
Revolucionário na forma e na temática da sua poesia, defendia a abolição da escravatura, os direitos da mulher, o amor livre e o desenvolvimento tecnológico.
Walt Whitman foi um dos maiores poetas da América e considerado um bardo ao serviço da democracia. Ninguém como ele até então tinha enaltecido, com versos soberbos, o regime dos Estados Unidos da América, além de ter iniciado a emancipação da literatura do seu país, acostumado a imitar os europeus.
O poeta exerceu um profundo e merecido fascínio em Fernando Pessoa (que lhe dedicou a «Saudação a Walt Whitman»).

 

 

Walt Whitman
OBRA

 

Sou o poeta do Corpo

Sou o poeta do Corpo e sou o poeta da Alma,
As aventuras do Céu estão em mim e as penas do Inferno estão em mim,
As primeiras enxerto e reforço em mim mesmo, as últimas traduzo para uma nova língua.

Sou o poeta da mulher e do homem.
E digo que é tão grande ser mulher como ser homem.
E digo que não há nada maior que a mãe dos homens.

Canto o canto do crescimento ou do orgulho,
Já baixámos bastante a cabeça, já implorámos,
Provo que a medida é apenas desenvolvimento.

Já excedeste o resto? És o Presidente?
É uma ninharia, eles excederão isso e muito mais.
Eu sou o que caminha entre a crescente e terna noite,
Convoco a terra e o mar meio abraçado pela noite.

Aperta-me, noite, no teu peito nu — aperta-me, noite magnética e abundante!
Noite silenciosa e sonolenta — louca e nua noite de Verão!

Sorri, oh voluptuosa terra fresca!
Terra das árvores adormecidas e cintilantes!
Terra do sol-posto — terra das montanhas cobertas de névoa!
Terra do fluir vítreo da lua cheia e azul!
Terra de luz e sombra derramadas sobre a maré do rio!
Terra de límpidas nuvens pálidas resplandecendo para mim!
Terra de braços arrebatados ao longe – rica terra de macieiras em flor!
Sorri, que aí vem o teu amante.

Pródiga, deste-me amor — e assim te dou amor!
Oh, indizível e apaixonado amor.
(tradução de José Agostinho Baptista)


Separando a erva dos prados

Separando a erva dos prados, aspirando o seu raro aroma,
Dela reclamo a espiritualidade,
Exijo o mais íntimo e abundante companheirismo entre os homens,
Peço que ergam as suas folhas as palavras, actos, seres,
Esse de límpidos ares, rudes, solares, frescos, férteis,
Esses que traçam o seu próprio caminho, erectos e livres avançando, conduzindo e não conduzidos,
Esses de indomável audácia, de doce e veemente carne sem mácula,
Esses que olham de frente, imperturbáveis, o rosto dos presidentes e governadores como se dissessem Quem és tu?
Esses de natural paixão, simples, nunca constrangidos, insubmissos,
Esses de dentro da América.
(tradução de José Agostinho Baptista)


Sento-me e observo
Sento-me e olho para todos os sofrimentos do mundo, e para toda a opressão e vergonha;
Ouço secretos e convulsivos soluços de jovens homens, angustiados, cheios de remorsos após os actos cometidos;
Vejo a triste vida da mãe maltratada pelos seus filhos, morrendo, negligenciada, desolada, desesperada;
Vejo a esposa abusada pelo marido — Vejo o pérfido sedutor de jovens mulheres;
Registo a raiva do ciúme e do amor não correspondido, que se tenta esconder — vejo estas visões na Terra;
Vejo o desenrolar das batalhas, peste, tirania — Vejo mártires e prisioneiros;
Observo a fome no mar — Observo os marinheiros sorteando quem será morto, para preservar a vida dos demais;
Observo o desprezo e a degradação lançados pelos arrogantes contra os operários, os pobres, e sobre os negros, e outros discriminados;
Tudo isto — Toda a mesquinhez e agonia sem fim, Sento-me, observo,
Vejo, ouço e silencio.


VI UMA AZINHEIRA QUE CRESCIA NA LOUISIANA

Vi uma azinheira que crescia na Louisiana,
Aí estava, só, e o musgo pendia dos seus ramos,
Aí crescia, sem um companheiro, e oferecia alegres folhas verde escuro,
E o seu aspecto rude, inflexível, robusto, fez me pensar em mim,
Mas admirei me que fosse capaz de dar folhas como essas, tão só que estava, em um amigo junto a si: eu sabia que não podia fazer o mesmo,
Arranquei um pequeno ramo com algumas folhas e à volta entreteci um pouco de musgo,
E levei o e coloquei o bem à vista no meu quarto,
Não preciso dele para lembrar me os amigos queridos,
(Pois sei que ultimamente quase só penso neles,)
Mas é para mim um símbolo curioso, faz me pensar no amor viril;
Apesar disso, e embora a azinheira resplandeça na Louisiana, solitária na grande planície,
Oferecendo sempre alegres folhas, longe de um amigo ou de um amante,
Eu sei muito bem que não podia fazer o mesmo.

 

One response to this post.

  1. Esta matéria induz-nos ao prazer de ler e conhecer a Literatura Norte Americana. Parabéns pela postagem.

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