OS PEIXES

OS PEIXES

O estudo dos peixes, designado como Ictiologia, está associado com a biologia marinha, a limnologia e a oceanografia. Derivado do grego Ιχθυολογία, é o ramo da zoologia devotado ao estudo da fauna marinha e Inclui os peixes com ossos Osteichthyes, os peixes cartilaginosos Chondrichthyes como os tubarões e as arraias, e os peixes sem mandíbula ou Agnatha. O número total das espécies de peixes iguala o de todos os outros vertebrados juntos, e como eles estão em processo de evolução há muito tempo, existe uma variedade de peixes tão grande que, se é certo que a maioria das espécies provavelmente foi descoberta e descrita, a biologia e o comportamento dos peixes ainda não estão totalmente identificados.

A Ictiologia origina-se na Revolução do Paleolítico Superior e, até aos dias atuais, desenvolveu-se em várias épocas interconectadas, cada uma com vários avanços significativos.

Recuando à Era Pré-Histórica (38000 a.C.–1500 a.C.), acredita-se que o estudo dos peixes teve sem dúvida a sua origem, na necessidade do ser humano de se alimentar, vestir e equipar, mas ao mesmo tempo conhecer a origem dos meios que satisfazem essas necessidades. Os primeiros ictiologistas devem ter sido caçadores e coletores que aprenderam a utilidade da pesca, onde consegui-la em abundância, e em que épocas ela estava disponível. Essas ações das primeiras culturas foram manifestadas em expressões artísticas.

Na Era Judaico-Cristã (1500 a.C a 40 d.C) descrições relacionadas aos peixes são representadas dentro da tradição Cristã e Judaica. Moisés, no desenvolvimento do kashrut, proibiu o consumo de peixes sem escamas ou aos quais faltasse parte do corpo (barbatanas). Teólogos e ictiologistas assinalam que o apóstolo Pedro e os seus companheiros coletavam peixes que ainda hoje são pescados e vendidos pelas indústrias modernas ao longo do mar da Galileia, agora conhecido como lago Kinneret em Israel. Estes peixes incluem os ciprinídeos do género barbus e mirogrex, ciclídeos da família sarotherodon, e mugil cephalus da classe mugillidae.

O consumo de peixe é benéfico para a saúde, pois a sua carne contém gordura favorável ao colesterol, com alta concentração de ômega 3, um tipo de gordura conhecido como ácido graxo essencial, muito importante para uma boa saúde e que o corpo humano não é capaz de produzir, tendo que obtê-lo da alimentação. Um grande número de pesquisas vêm demonstrando os benefícios do ómega 3 para o coração e todo sistema circulatório, os quais comportam:

    •Actividade anti-inflamatória;

    •Actividade anti-trombos (entupimento dos vasos sanguíneos);

    •Redução dos níveis de colesterol e triglicerídeos e

    •Redução da pressão arterial.

   E estendem-se para a redução do risco de desenvolver diversas doenças, incluindo:

    •Diabetes;

    •Acidente vascular cerebral (derrame);

    •Artrite reumatóide;

    •Asma;

    •Síndromes inflamatórias intestinais (colites);

    •Alguns tipos de câncer;

    •Declínio mental.

    Alguns estudos indicam também que o ómega 3 traz benefícios para o humor, o aprendizado e para o sistema imunológico no combate à depressão.

    As melhores fontes de ómega 3 são os peixes, que algumas espécies possuem em maior quantidade, e também a linhaça.

    Peixes ricos em ómega 3: cavala, arenque, sardinha, salmão, atum, e bacalhau.

Devido à grande quantidade de espécies e famílias, o estudo e análise dos peixes é um trabalho complicado que toma muito tempo aos interessados.

Uma forma de simplificar esse trabalho, porém, pode ser a análise dentro de grupos mais simples, como por exemplo:

•         Peixes do mar ou de água salgada

•         Peixes de rio ou de água doce

•         Peixes magros (menos de 5% de gordura). Têm carne branca e pouca gordura. São ideais para dietas e para pessoas idosas, por serem de fácil digestão. Alguns desses peixes são: a azevia, o besugo, o badejo, o cherne, o cachucho, o carapau, o congro-safio, a corvina, o cação, a carpa, o cantarilho, a dourada, a faneca, a garoupa, o goraz, o imperador, o linguado, o lúcio, a pescada, a pescadinha, o pampo, o peixe-espada, o pargo, o pregado, a raia, o ruivo, o rodovalho, o robalo, a solha, o salmonete, o tamboril, e a truta.

•         Peixes meio-gordos (entre 5 a 10% de gordura)

•         Peixes gordos (mais de 10% de gordura). Têm a carne escura, mais gordura e mais calorias. A gordura destes peixes pelo seu elevado teor de ácidos é importante na prevenção de doenças cardiovasculares e alguns tipos de cancer. Incluem-se nesta seleção, o atum, a cavala, a enguia, o espadarte, a lampreia, o salmão, o sável, a sardinha, e a tainha.

•         Peixes tropicais: espécies cujo ambiente natural se encontra nos trópicos, ou seja, nas águas interiores e costeiras da África, das Américas Central e do Sul, da Índia e do sudeste da Ásia.

Apesar da sugestão, não faremos a nossa apresentação dentro desse critério, mas apenas numa sequência nominal.

 Abotoado - Peixe de água doce encontrado nas regiões quentes. Alimenta-se com praticamente tudo o que encontra e a sua carne é muito apreciada. Pode atingir até um metro de cumprimento. No Brasil é também conhecido como armau, armado, bacu-pedra ou botoado.

Arenque - Pequenos peixes gordurosos (a gordura está dispersa por toda a carne e pele) do género clupea encontrados nas águas temperadas e rasas do Atlântico Norte, do Mar Báltico, do Pacífico Norte e do Mediterrâneo. Há 15 espécies de arenque, das quais a mais abundante é a do arenque do Atlântico, o clupea harengus. Os arenques deslocam-se em grandes cardumes, e chegam na primavera às costas da Europa e da América do Norte onde são capturados, salgados e defumados em grandes quantidades. As latas de "sardinhas" vendidas em supermercados de muitos países podem, na verdade, ser de espécies de arenques pequenos. Nos Países Baixos, o arenque tem desempenhado um papel importante no desenvolvimento económico e histórico do país, desde antes do século XIV.

Agulha - O peixe agulha tem esse nome devido ao seu corpo alongado com numerosas vértebras. É um parente muito próximo do peixe voador; não plana, como ele, mas dá grandes saltos fora da água, para tentar escapar dos seus principais inimigos, o atum e o delfim. Por outro lado, ele é capaz de nadar com o corpo quase inteiramente fora da água, curvado para a frente e movimenta-se com a ajuda da nadadeira caudal.

Existem 60 espécies de peixes-agulha distribuídas por todos os mares quentes e temperados. Algumas vivem em água salobra, e é conhecida na Amazónia uma espécie de água doce. Curiosamente, o esqueleto dos peixes agulha é azul-turquesa, assim como os músculos, em algumas espécies.

As suas escamas são pequenas e lisas, o seu "bico" robusto e os dentes fortes. É um carnívoro voraz que ataca os cardumes de peixes que nadam em águas superficiais, como as sardinhas e os arenques. Os peixes adultos têm duas maxilas iguais. Os mais jovens, porém, têm maxila superior mais curta. A espécie principal da família é o belone belone, peixe gregário e migratório.

As especificações zoológicas são: Filo: Chordata; Superclasse: Pisces; Classe: Osteichthyes; Ordem: Atheriniformes; Família: Belonidae; Características: (belone belone); Comprimento: 70 cm; Peso: 1 kg.

Agulhão - Peixe do mar comum na costa brasileira, do Norte até ao Rio de Janeiro, sendo mais constante na costa de Pernambuco. Atinge até um metro de comprimento e a carne é de excelente qualidade.

Aireba - Arraia marinha muito comum no litoral brasileiro, da família da arraia-lixa. Possui um perigoso ferrão na cauda, capaz de causar ferimentos graves.

Albacora - Peixe marinho, também chamado de atum brasileiro, com porte acima de mediano que habita na costa do Nordeste, especialmente na Paraíba e Rio Grande do Norte. É muito parecido com o atum e pode chegar a mais de 30 kg. A época ideal para a sua pesca é de Setembro até Fevereiro. Também conhecido como bandolim, ervacora, e atum-branco.

Anchova – O pomatomus saltatrix ou pomatomus saltator é um peixe marinho muito voraz, verdadeiro devorador de sardinhas, que come diariamente duas vezes o seu próprio peso. O seu tamanho médio é de 60 cm, mas pode atingir até 1 metro. Na nossa costa de Cascais, já houve anos em que entraram com alguma abundância perseguindo cardumes de petinga, no entanto de alguns anos para cá raramente se capturam anchovas. Designado também como “enchova”. Em inglês diz-se Bluefish.·.

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Arraia - Peixes de esqueleto cartilaginoso achatados verticalmente, dos quais apenas algumas espécies são comestíveis, pois a maior parte possui um muco tóxico na cauda, que usam para se defenderem.

Atuarro - Variedade de atum (Thunnus thynnus).

Atum - Peixe marinho, comum no Sul de Portugal que pode chegar a pesar quatrocentos kg. São peixes destinados a rápida extinção, pois a sua pesca para industrialização costuma acontecer justamente durante as suas migrações para a desova.

Babosa - Pequeno peixe de aguas salobras cujo nome é também usado para outras espécies parecidas, como a amoreia, a barbosa, a moreia e o muçurango.

Bacalhau - Este é o nome comum de uma família de peixes valorizados pela qualidade da sua carne e pelo óleo extraído do seu fígado, o género Gadus, pertencente à família Gadidae, sendo o dito "original", ou "verdadeiro", o bacalhau encontrado no mar Atlântico, chamado (gadus morhua), que é uma das cerca de 60 espécies da mesma família de peixes migratórios. O gadus vive nos mares frios do norte, sendo geralmente de tamanho pequeno, embora alguns exemplares possam chegar a pesar 100 kg e medir cerca de dois metros. Alimenta-se de outros peixes menores, como o arenque e empreendem longas migrações, pelo que estão representados em muitas outras famílias pelos diversos oceanos.

A origem do vocábulo é pouco clara. Talvez assente nas formas dialetais do basco bakailao (bakailo, makailao, makailo), mas é possível que tanto o basco bakailao como o português “bacalhau”, o espanhol bacalao e o italiano baccalà sejam provenientes do baixo alemão e do escandinavo bakkeljau ('bastão peixe'). Já o gascão cabilhau e o francês antigo cabellau (depois cabillau) teriam evoluído a partir de cabellauwus - forma alatinada do neerlandês kabeljauw, esta, derivada por metátese, do neerlandês antigo bakeljauw, até chegar ao francês moderno cabillaud (em 1762), termo que se aplica ao bacalhau fresco, em oposição ao seco, denominado morue.

Dentre as várias espécies de peixes comercializados como bacalhau destacam-se duas: a gadus morhua, que habita as águas frias do Oceano Atlântico, nas regiões do Canadá e do Mar da Noruega, e a Gadus macrocephalus que habita o Oceano Pacífico na região do Alaska.

Outros peixes salgados e secos também são comercializados com o nome genérico de bacalhau como o gadus virens ou pollachius virens (Saithe), o molva molva (Ling) e o brosmius brosme (Zarbo). Já em Moçambique e na Guiné-Bissau, chama-se bacalhau ao rachycentron canadum (Beijupirá), uma espécie de peixe da ordem Perciformes.

No rio Amazonas encontra-se o arapaima gigas (pirarucu), que é conhecido também como “bacalhau-da-amazónia”.

O bacalhau foi inicialmente introduzido na alimentação pelos portugueses, que durante as grandes pescarias, já realizavam o processo comum de salga do pescado desde o século XIV, época das grandes navegações.

Bacamarte – Este peixe, cujo similar em Portugal é conhecido como ruivo, é um acanthopterous pertencente à família dos sclerogenidoe ou “bochechas”, caracterizada por um prolongamento dos ossos suborbitais para a frente em todo o focinho, o qual é inamovível, e articulado por trás com o pré-opeculum. O focinho é também formado por uma firme união dos ossos frontais e todas estas peças apresentam uma aparência granulada difícil, muitas vezes armada com espinhos. Os bacamartes, ditos gurnards em inglês, pertencem ao género trigla e prionotus, sendo este último peculiar na América. No género trigla, para além dos caracteres da família, o corpo é escamoso e tem duas aletas dorsais, uma espinhosa primeiro, a segunda flexível; com peitorais moderados, e por baixo deles, na base, são destacados três raios articulados em cada lado e sete raios branquiostégios; a cabeça tem uma forma de paralelepípedo; os dentes pequenos nas mandíbulas e faringe; são armados com escamas espinhosas. O gurnard cinzento ou grunter (trigla gurnardus, Linn) cresce a um comprimento de 35 a 50 centímetros, e raramente a 70 centímetros, tem o corpo mais alongado, a cabeça e os laterais granulados e armados com espinhos; a linha lateral fortemente serrilhada, e as escamas ásperas.

A cor é cinza, manchada no dorso com castanho, e pintalgado com branco, preto e amarelo; algo prateado. É comum nas costas inglesas, e é encontrado da Noruega ao Mediterrâneo. Mantém-se perto do fundo, e alimenta-se de crustáceos e moluscos; desova em Maio e Junho. Quando retirado da água faz uma espécie de grunhido. Apesar da sua aparência pouco agradável, a sua carne é branca, firme e saudável.

Os bacamartes ou gurnards americanos são do género prionotus, distinguindo-se do género anteriormente descrito, pelas aletas peitorais maiores, e pelos dentes sobre os ossos do palato. O gurnard cresce a um comprimento de 12 a 18 polegadas, é castanho avermelhado, coberto com numerosos pontos pretos, e com abdómen branco. É encontrado na costa de Massachusetts e dos Estados centrais. É chamado também grunter e sea robin em inglês.

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1 – Salmonete 2 – Timale (truta) 3 – Cherne 4 – Carapau 5 – Bacalhau 6 – Pescada  

7 –Salmão   8 – Arenque   9 – Pregado   10 – Solha  11 – Ruivo  12 - Lagostim

Bacu - Pequeno bagre, dos rios no Norte brasileiro.

Badejete - Pequeno badejo das costas brasileiras que em algumas regiões é também conhecido como mira.

Badejo - Badejo é um nome comum dado a várias espécies de peixe da família dos Serranídeos, que têm com o original uma grande semelhança. Tem porte moderado e excelente sabor. São peixes de escamas; coloração escura (castanho ou cinza, dependendo da espécie), com manchas cujo padrão e coloração também variam. A mais comum é o badejo-mira mycteroperca rubra que apresenta manchas claras e irregulares no corpo. Os badejos são peixes típicos de costões rochosos e recifes de corais, mas também podem ser encontrados em estuários, e locais onde existam tocas. Nunca são encontrados em águas com baixa salinidade. Vivem sozinhos ou em pequenos grupos de 5 a 10 indivíduos. São peixes carnívoros, que se alimentam de peixes, moluscos, crustáceos e equinodermos. São muito apreciados tanto pelos pescadores desportivos como pelos comerciais.

Bagre - Todas as espécies de peixes da ordem Siluriformes são designadas como “bagre”, principalmente na América do Sul. Nas regiões de cultura norte-americana e demais países anglo-saxões, o termo utilizado para esta espécie é “catfish”, em português “peixe-gato”, em referência aos adornos peculiares das suas mandíbulas, similares aos de um felino, para uso sensorial do animal. São quase 40 as famílias desta espécie em várias regiões do mundo e mais da metade das espécies conhecidas são nativas da América do Sul.

Baiacu - Peixe de vísceras venenosas, especialmente o fígado e as ovas, que tem a faculdade de engolir o ar e duplicar de tamanho.

Barbo Barbus. Peixes que recebem este nome devido aos bigodes ou barbas que têm na fronte superior, utilizados para procurar o alimento e são encontrados no Oceano Atlântico.

Barracuda – Denominação aplicada a 18 espécies de peixes marinhos predadores, com corpo delgado, que apresentam mandíbulas proeminentes e dentes em forma de caninos, também conhecidos como “bicudas”. Encontram-se em águas tropicais e subtropicais dos oceanos Atlântico, Índico e Pacífico.

Barrigudinho - Peixes de pequeno porte, muito comuns nos igarapés e riachos do Brasil, cuja fêmea tem o ventre permanentemente dilatado pelas gestações contínuas, daí o seu nome.

Bicuda - Peixe marinho que pode chegar a 3 metros de comprimento. Carnívoro, de boca enorme e armada de longos e afiados dentes, ataca tudo que se mova dentro da água, sendo mais perigosa que o tubarão. A sua carne não é apreciada e em certas regiões são-lhe atribuídas propriedades tóxicas. Também é conhecido como carana, goirana, guarana e barracuda.

Bicudo - Pequeno cação muito comum no litoral brasileiro, também conhecido como cucuri.

Bodião - Espécie sedentária, da classe actinopterygii ordem perciformes e família labridae comum nas águas portuguesas, que habita preferencialmente em zonas resguardadas, de rocha ou com ervas marinhas, até aos 25 metros de profundidade. Muito ativos durante o dia, altura em procuram alimento, são solitários, extremamente territoriais e hermafroditas, já que todos nascem fêmeas e algumas mudam numa fase posterior para machos. Apresentam olhos salientes, boca pequena em relação ao tamanho do corpo e este revestido de pequenas e finas escamas, com barbatanas pouco desenvolvidas. As suas cores mais vulgares são o castanho e o verde, podendo variar entre cores únicas, manchas de cores variadas, cores do arco íris e outras típicas dos peixes tropicais. As espécies encontradas em Portugal, que chegam em alguns casos a atingir 1 metro de comprimento e 4 a 5 quilos de peso, são divididas pelas diferentes cores e morfologias do corpo, nas seguintes espécies:

Bodião vulgar (Labraus bergylta) – com tamanho de 15 a 25 cm

Bodião-cauda-de-vassoura (Cheilinus lunulatus) - tamanho: 11-25 cm

Bodião-palhaço (Coris formosa) – com tamanho de 11 a 25 cm

Bodião-trompeteiro (Gomphosus caeruleus) - tamanho: 26-50 cm

Bodião-limpador (Labroides dimidiatus) - tamanho: até 10 cm

Bodião-verde (Labrus viridis) – com tamanho de 11 a 25 cm.

Bodião canário (Labrus bimaculatus) (Labrus bergylta) - tamanho: 26-50 cm

Bodião-cinzento (Symphodus cinereus) - tamanho: 11-25 cm

Bodião-manchado (Symphodus roissali) - tamanho: 11-25 cm

Bodião-diana (Bodianus diana) – com tamanho de 11 a 25 cm.

Bodião-de-sela-negra (Bodianus bilunulatus) - tamanho: 51-100 cm

Bodião-cauda-de-lira (Bodianus anthioides) - tamanho: 11-25 cm

Bodião-lua (Thalassoma lunare) – com tamanho de 11 a 25 cm.

Bodião-dourado (Thalassoma hebraicum) – tamanho de 11 a 25 cm

Bodião-raiado (Cheilinus fasciatus) (Chaetodon xanthurus) com 26 a 50 cm

Bodião-de-seis-bandas (Thalassoma hardwicke) – tamanho de 11 a 25 cm

Boga - A boga, da família cyprinidae, classe actinopterygi, boops boops, box boops, ou box vulgaris, é relativamente abundante na costa portuguesa (atlântica e mediterrânica) e também nos Açores e Madeira, sendo mais frequente perto da costa, tanto em fundos de rocha como de areia. Tem corpo fusiforme e alongado, muito brilhante. É um peixe omnívoro, mas prefere moluscos e larvas para a alimentação, bem como algumas espécies de algas. Não tem qualquer valor comercial, sendo usada muitas vezes como isco. Exala um cheiro característico, e muitos pescadores rejeitam esta espécie, que, no entanto, tem verdadeiros apreciadores, depois de frita.

Pode atingir os 35 cm. É hermafrodita e atinge a maturidade sexual com um ano vida.

Bonito - Peixe marinho de porte médio, da família do atum, com o qual muito se parece. Embora a sua carne seja excelente, a sua cotação no mercado é inferior à do atum, Também conhecido no Brasil como curuatá.

Cação – Veja Tubarão.

Capineiro - Erroneamente chamado de campineiro, este peixe é vegetariano e alimenta-se de plantas aquáticas e brotos de vegetação das margens dos rios.

Cangoá - Peixe do mar de pequeno porte que vive em grandes cardumes, frequentando águas costeiras em quase toda a costa brasileira. Mede em torno de 15 a 20 cm e apesar de pequeno, é saboroso e a sua carne é aceitável. Por emitir roncos quando sai da água, é também chamado roncador.

Cangulo - Peixe marinho, apreciador de águas quentes e rasas, que frequenta locais de fundo arenoso, podendo também ser encontrado nas praias, geralmente próximas a costões de pedra. Tem tamanho médio, de 20 a 30 cm, e pesa de 300 a 500 gramas. Tem carne saborosa, apesar de algumas queixas de causar intoxicações.

Cantarilho – Veja Rascasso.

Capatão - Vulgarmente conhecido como pargo capatão, este peixe da família dos esparídeos caracteriza-se por uma proeminência volumosa na cabeça e pela sua coloração avermelhada. Habita em fundos rochosos ou mistos, quase sempre associado a barcos naufragados ou a grandes formações no relevo submarino. É um peixe muito potente, sendo considerado um troféu na pesca desportiva. A família do pargo é extensa e nela se incluem, o pargo dourado (dentex dentex), o pargo raiado ou semear (pargus auriga ou sparus auriga) e o pargo comum ou legítimo (pargus pargus ou sparus pargus). Vive aproximadamente 20 anos e atinge o comprimento de 1mt e o peso de 15 kg. Encontra-se no Mediterrâneo, na Grã-Bretanha e em todo o Atlântico Este, desde Portugal a Angola, Ilhas Canárias, e Ilhas de S. Tomé e Príncipe. A base da sua alimentação são os crustáceos, moluscos, cefalópodes e peixes do género diplodus e afins.

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Caranha - Peixe marinho, comum no litoral brasileiro. Pode atingir até 60 kg. É uma espécie voraz e agressiva, também conhecida como cará-aia e dorminhoco.

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Carapau – Veja Chicharro.

Carapicu - Pequeno peixe marinho, prateado e brilhante, que mede de 10 a 15 cm. Tem uma boca sanfonada que se projeta para a frente para apanhar os alimentos. Forma grandes cardumes nos canais e desembocaduras dos rios, ou em praias próximas a esses locais.

Carpa – A carpa-comum (cyprinus carpio) é um peixe teleósteo da família Cyprinidae, de coloração cinza prateado. Originária dos grandes lagos e rios da Ásia e da Europa, onde as populações selvagens enfrentam risco de extinção, é muito difundida como peixe de criação em vários ambientes nos quais pode ser considerada espécie invasora.

Com boca pequena, sem dentes verdadeiros, rodeada de barbilhões curtos, alimenta-se de vegetais e outras substâncias. É ovíparo. Pode ter até 100 centímetros de comprimento. Possui carne de qualidade regular e é muito servida em restaurantes da especialidade.

Esta espécie de peixe de água doce, originária da China, é muito usada na piscicultura do Velho Mundo, tendo sido introduzida na América do Sul. É também muito popular em aquariofilia, vivendo bem em tanques externos e em grupos.

Cascudo - Nome dado a mais de 200 espécies de peixes fluviais. Algumas espécies atingem mais de meio metro de comprimento. O seu corpo é revestido de grandes placas ósseas, de onde lhe vem o nome. São vegetarianos e alimentam-se de limos e detritos vegetais. A carne do cascudo é extremamente saborosa e a sua reprodução já foi obtida em cativeiro.

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Cavala - Designação comum dos peixes teleósteos perciformes da família dos escombrídeos, do género scomberomorus. Geralmente são peixes pelágicos e migratórios, que possuem corpo alongado, pouco comprimido, cabeça afilada e focinho pontudo. É um peixe marinho e pode atingir até um metro e meio de comprimento. A sua carne é apreciada, ainda que alguns a considerem de digestão lenta e pesada.

Ceguinho - Pequeno bagre de água doce, habitante dos riachos nas grutas de Santa Catarina, no Brasil, onde a escuridão é total. Em vista disso, os seus olhos se atrofiam a tal ponto, que praticamente desaparecem sob a pele.

Cernambiguara - Peixe marinho, parente próximo do apreciado pampo, que pode chegar a 80 cm e até 15 kg de peso. Costuma nadar próximo à superfície, sob a espuma das ondas. Gosta de mar batido e incursiona pela arrebentação, lajes e costões.

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Cherne - Peixe de escamas, com corpo grande, alto e comprimido. A sua coloração é castanho avermelhada, algumas vezes mais clara no ventre. A margem da parte espinhosa da nadadeira dorsal é escura. Indivíduos jovens apresentam manchas brancas distribuídas regularmente em fileiras verticais e uma grande mancha escura no pedúnculo caudal, que se origina no dorso e atravessa a linha lateral. Alcança 2 m de comprimento total e 380 kg de peso. Tem grande valor comercial. Considerado peixe de carne nobre, branca e levemente gorda, pode ser grelhado ou cozido num bom caldo aromatizado. É semelhante ao pargo, mas o seu sabor é muito superior.

Chicharro - Estes peixes, os trachurus trachurus da família caranx (carangidae carangoides) ordem dos perciformes, aparecem principalmente nos mares tropicais e são relativamente abundantes na costa portuguesa e francesa, aparecendo também no Verão, nas Ilhas Britânicas. Vive em cardumes em mar aberto, até aos 200 metros de profundidade, aproximando-se das costas em busca de alimento, quando as águas estão mais quentes. Peixe comum, com o corpo em forma de fuso alongado, focinho nu e boca larga, com a linha lateral guarnecida em todo o comprimento por escudos providos de um espinho forte e acerado (escamas mais altas que largas), mais salientes na zona da cauda. O seu comprimento pode chegar aos 70 cm. Normalmente forma cardumes a meia água, ocasionalmente junto à superfície (no caso dos cardumes a água parece ferver). Grandes predadores e muito agressivos alimentam-se geralmente de peixes mais pequenos (que atacam violentamente), crustáceos e inveterados. De sexos separados, atingem a maturidade sexual com 20 centímetros, sendo a reprodução feita na Primavera/Verão, sempre em mar aberto. Carne óptima e muito apreciada no nosso País, que tem visto decrescer as capturas deste peixe devido à pesca contrária à lei de exemplares juvenis, (os apreciados joaquinzinhos). Quando pequeno é conhecido como carapau. Em inglês diz-se horse mackerel.

Choupa - A spondyliosoma cantharus da família sparidae é uma espécie vulgar e frequente na costa portuguesa (Mediterrâneo e Atlântico) e também na Madeira. Vive preferencialmente em zonas de fundo rochoso e com algas, até 300 metros da costa. Os adultos, solitários ou em cardume, nadam em águas mais expostas, mas sempre nas imediações de rochas ou pradarias de erva-marinha, até aos 50 m. A espécie adopta uma estratégia alimentar generalista, com fortes afinidades ao alimento disponível no meio.

Peixe de hábitos gregários, costuma aparecer em grandes cardumes. Reproduz-se entre Janeiro e Maio, sendo hermafrodita. Em inglês é conhecida como black seabream.

Congro - Peixe de feitio esguio, da família congridae que habita normalmente junto à costa e em fundos rochosos, vive em buracos de onde sai para caçar durante a noite, patrulhando o seu território em busca de alimentação, É parente próximo da enguia, mas vive apenas na água salgada. Atinge a maturidade sexual entre os 5 e os 15 anos de idade. De grande porte, tem uma boca grande com bordos grossos e maxilas muito poderosas com duas fileiras de dentes pontiagudos. Pode atingir entre 75 e 100 quilos e 2 a 3 metros, não sendo invulgar na nossa costa a captura de exemplares com mais de 10 quilos. A sua cor varia de acordo com o habitat. Não gosta da luz do dia, mantendo-se escondido em fendas, só saindo para caçar à noite. Mantém-se vivo por muito tempo fora da água. Em inglês é conhecido como european conger.

Corcoroca – Pequeno peixe marinho, muito conhecido dos pescadores de caudal, onde forma numerosos cardumes. Frequenta habitualmente águas rasas e calmas de baixa salinidade, ocorrendo também nas praias próximas a canais e desembocadura de rios.

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Corvina - Peixe de água salgada que se adapta facilmente à água doce. Tem carne muito saborosa e algumas espécies atingem grande tamanho. A corvina legítima argyrosomus regius espécie essencialmente carnívora, aparece em pequenos cardumes. Vive junto ao fundo, preferencialmente arenoso ou de lama, até aos 100 metros de profundidade, onde muitas vezes se encontram apenas pousadas. Também aparecem em zonas de água salobra, como estuários e braços de mar. Pode ser encontrada por toda a costa portuguesa, indo até ao Golfo da Gasconha. Aparece com alguma regularidade no estuário do Rio Tejo, junto a Lisboa, onde são capturados exemplares entre os 6 e os 25 quilos. Aparecem na costa portuguesa vários tipos de corvinas: pogonias cromis, pristiophorus schroederi, argyrosomus hololepidotus, a corvina africana; atractoscion aequidens ou corvina de boca amarela; pentheroscion mbizi, a corvina de boca negra; miracorvina angolensis, corvina de olhos grandes; cynoscion arenarius e corvinata, atractoscion nobilis; a corvinata branca e outras. Em inglês é dita Meagre.

Diabo Marinho - Peixe marinho, carnívoro, de aspecto repulsivo e boca de grandes dimensões. Apesar disso, a sua carne é considerada saborosa pelos gastrónomos. Pode atingir até 2 metros de comprimento.

Dourada - As douradas, chrysophrys aurata, ou sparus auratus, da família: sparidae (pertencem à espécie dos sargos, pargos, bogas e gorazes), têm o corpo oblongo, coberto de escamas geralmente dentadas, com três espinhos na barbatana caudal. O céu da boca é liso com uma dentição característica, de dentes incisivos cortantes (4 ou 6 em cada maxila) e os posteriores arredondados (em três fiadas). Esta dentição permite-lhe partir as conchas grossas dos moluscos de que se alimentam. Habitam os mares tropicais e temperados (nas partes mais quentes), sendo relativamente abundantes no Mediterrâneo e Atlântico, na costa portuguesa. Peixe sedentário e solitário, pode também enquadrar-se em pequenos cardumes. Vive normalmente próximo das costas e desova no Verão; é um peixe essencialmente carnívoro, mas muito tímido. Pode atingir 1 metro ou mais de comprimento e mais de 15 quilos de peso. A sua carne é um pouco seca, mas de um gosto excelente. Aparece até aos 150 metros de profundidade, mas é entre os 25 e 30 metros que se sente mais à vontade. O peso máximo registado é de 19 quilos - Comprimento - 1m 50 cm - Idade - 11 anos. Em inglês é conhecida como Gilt-head ou seabream.

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Dourado - Considerado o rei dos rios brasileiros, pode chegar até 30 kg e a sua carne é uma das mais saborosas e procuradas. Uma fêmea de dourado pode depositar até três milhões de ovos, embora pouquíssimos filhotes cheguem à idade adulta.

Dourado do Mar - Peixe marinho comum em águas quentes, com carne muito apreciada, apesar de terem sido citados casos de desinteria pela sua ingestão.

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Enguia - Peixes de corpo normalmente cilíndrico, pertencem à ordem dos anguilliformes que inclui também as moreias. São peixes de esqueleto ósseo, e na classificação científica tradicional pertenciam ao grupo dos osteichthyes. O seu maxilar inferior é ligeiramente proeminente. Os dentes são pequenos e estão dispostos em várias filas, nas maxilas e palato As barbatanas dorsal e caudal apresentam-se fundidas numa só, formando uma faixa estreita que envolve a metade posterior do corpo. As barbatanas peitorais são de pequenas dimensões. As fendas branquiais são estreitas e dispõem-se verticalmente. O ciclo de vida da enguia permaneceu um grande mistério durante muito tempo e, em vários aspectos, ainda o é hoje. O primeiro estudo conhecido sobre as enguias foi realizado por Aristóteles. Segundo este, as enguias nasciam dos "vermes da terra", que emergiriam da lama sem a necessidade de qualquer tipo de fertilização - nasceriam, simplesmente, das "entranhas do solo húmido". Durante muito tempo ninguém conseguiu provar que Aristóteles estava errado, tendo tal acontecido apenas no século XIX. É um peixe de carne gorda e muito nutritiva, que permite diversas preparações, a mais apreciada das quais é a caldeirada. No sul do Brasil, as enguias são também chamadas “muçum”.

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Espadarte - Estes tipos de peixes da classe actinopterygii e do género strongylura são caracterizados por uma mandíbula parecida com uma espada, na parte superior ou bico, que pode ser usada para atordoar presas durante a alimentação, e embora essa ação tenha sido utilizada também na agressão aparente de objetos, incluindo barcos, não é deliberadamente utilizada para espetar a presa. Estas espécies são pelágicas migratórias, e encontradas em todos os oceanos. São considerados um importante predador, caracterizado pelo seu grande tamanho (o espadarte pode ser superior a 4 metros de comprimento) e pela sua espada, semelhante a um projéctil longo. O peixe agulha, o veleiro e o marlin, que formam a família istiophoridae, e o espadarte, único membro da família xiphiidae, alimentam-se de uma grande variedade de pequenos peixes e cefalópodes. Enquanto o peixe agulha é mais comum em águas tropicais e subtropicais, o espadarte é às vezes encontrado também em águas temperadas. Estes peixes são explorados tanto como alimento como para pescas desportivas. Os marlin, o espadarte e o veleiro são consumidos em muitas partes do mundo, e a pesca desportiva é alvo importante dessas espécies, tanto em Sesimbra, Portugal, por exemplo, como fora do Atlântico na costa da Flórida.    Devido a preocupações com as populações em declínio, os pescadores desportivos e os conservacionistas trabalham agora em conjunto, para reunir informações sobre as populações mundiais destas espécies e implementar programas como o pesque e solte, onde os peixes são devolvidos ao mar depois de terem sido capturados. Os espadartes são grandes e têm uma carne firme e saborosa, pelo que estão sujeitos a intensa pressão de pesca, e em muitos lugares onde antes eram abundantes, hoje são relativamente raros.

Esturjão – Este é o nome comum usado para designar as espécies de peixes da família Acipenseridae, incluindo os géneros Acipenser, Huso, Scaphirhynchus e Pseudoscaphirhynchus. O termo inclui mais de 20 espécies que são comumente conhecidas como esturjões e 150 espécies de peixes ósseos de águas doces, caracterizados por apresentarem duas nadadeiras dorsais, a dianteira espinhosa e a traseira flexível, aparentadas, mas que possuem nomes comuns distintos, sendo as mais notáveis o sterlet, o kaluga e o beluga. Coletivamente, a família é também conhecida como “esturjões verdadeiros”. O termo esturjão é algumas vezes utilizado para designar espécies dos dois géneros mais conhecidos: Acipenser e Huso. Os esturjões compõem uma das mais antigas famílias de peixes ósseos existentes, e são nativos de rios, lagos e costas litorâneas subtropicais, temperadas e subárticas da Eurásia e da América do Norte. Eles têm uma aparência distinta, com os seus corpos alongados, ausência de escamas, e às vezes grande porte: esturjões de comprimento entre 2 e 3,5 metros são comuns, e algumas espécies chegam a 5,5 metros. A maioria deles sobem rios para se reproduzir e alimentam-se em deltas e estuários. Alguns deles são exclusivamente de água doce, mas, dentre os que vivem no mar, são pouquíssimas as espécies que se distanciam das áreas costeiras. Várias espécies de esturjão são pescadas para a extração das ovas, das quais se faz o caviar, um produto de luxo que faz do esturjão o peixe comercialmente mais valioso. Devido ao seu crescimento vagaroso e ao longo período necessário para alcançar a maturidade, os esturjões são particularmente vulneráveis à pesca excessiva e a outras ameaças, incluindo a poluição e a fragmentação de habitats. A maioria das espécies de esturjão é atualmente considerada ”vulnerável”, “em perigo” ou em “perigo crítico”.

Esturjão Beluga - O esturjão branco ou esturjão beluga (huso huso) é um peixe da família Acipenseridae (esturjões). É natural do mar Negro e do mar Cáspio e dos seus rios tributários. A espécie está sujeita a intensa pesca nestas zonas visando a colheita das suas ovas para a produção do caviar “beluga”. Ele se orienta pelos bigodes nele localizados, vive em aguas profundas, pula bem alto e chega a viver mais de cem anos.

Os stocks de caviar beluga de esturjão do Cáspio caíram mais de 90% nos últimos 20 anos (informação obtida em 2001) por causa da destruição dos locais de desova, poluição e fim das leis rígidas protectoras da pesca, da era soviética.

O Esturjão é um peixe primitivo que provavelmente existe na terra desde a época em que os dinossauros desapareceram. São cobertos por placas ósseas que se parecem com armadura e podem alcançar até 6 metros e meio de comprimento. Eram considerados os reis dos peixes entre os nativos americanos que habitaram a região dos Grandes Lagos.

Faneca - Espécie de natureza gregária, a trisopterus luscus da família gadidae, encontra no cardume a segurança e a defesa contra os predadores. Vulgar ao longo da costa portuguesa, o seu número tem vindo a decrescer gradualmente, possivelmente devido à contaminação dos estuários. Apresenta uma boca grande com pequenos dentes e a maxila inferior proeminente com barbilho, utilizado como órgão sensitivo, olhos grandes e salientes adaptados à visão em águas profundas, onde a iluminação é escassa. Cresce só até aos 40 cm, tem cor de cobre com manchas escuras no dorso e uma mancha preta na base das barbatanas peitorais. Corpo fusiforme, barbatanas sem raios espinhosos, e excelente nadadora, alimenta-se preferencialmente à noite e de uma forma muito rápida. A carne da faneca é muito saborosa, embora não muito rija, e a sua conservação é difícil, pelo que requer alguns cuidados. Em inglês é designada por bib, pouting, pout, whiting, ou poor cod.

Garoupa - Peixe marinho muito procurado pela excelência da sua carne. Quando adultos são muito corpulentos, podendo chegar a medir um metro e meio de comprimento. As garoupas são peixes muito apreciados na culinária, devido à sua carne magra e branca, firme. Com espinhas fáceis de retirar e um sabor especial, cozinham-se de maneira idêntica à pescada. A carne de garoupa é, no entanto, mais rija e menos saborosa. Têm grande importância para a pesca e algumas espécies são inclusivamente criadas em instalações apropriadas, em zonas costeiras. São habitantes dos oceanos tropicais e subtropicais, e vivem geralmente em fundos coralinos ou rochosos, onde têm o hábito de se esconder. São predadores ativos - a maior parte tem uma boca grande e dentes aguçados, por vezes, mesmo no céu-da-boca. Algumas espécies atingem tamanhos até 2,40 m e mais de 300 kg de peso. Muitas têm cores brilhantes e padrões de coloração especiais.

Galhudo - Peixe marinho que habita em todo o litoral brasileiro e é o menor da espécie dos pampos. Prefere as águas cálidas. A sua carne é excelente. Com tamanho médio de 30 cm, é um peixe de superfície ou de meia-água, nas praias, mas aparece também no fundo.

Goraz – Designado como goraz em português, o pagellus bogaraveo ou pagellus centrodontus pertence à família sparidae. Conhecem-se somente sete espécies do género pagellus e seis delas encontram-se no espaço compreendido entre o Mar Mediterrâneo, subindo ao longo da costa Atlântica até à Dinamarca, que é o seu limite a Norte. São normalmente peixes solitários, embora por vezes apareçam em pequenos cardumes. Não têm dentes caninos e os anteriores são todos em cardas, finos, com molares mais pequenos que os dos pargos. A sua alimentação é constituída maioritariamente por moluscos e crustáceos, embora também ocasionalmente consumam plantas marinhas. Desovam no princípio do Inverno, próximo dos estuários e embocaduras. O tamanho máximo registado é de 70 cm e o peso é de 4 kg. Em inglês é dito blackspot ou seabream.

Grumatã - Mais conhecido como corimba ou curimbatá, é muito comum nos rios brasileiros. A sua carne é medíocre em termos de sabor, embora o seu consumo seja grande devido ao baixo preço. Também é conhecido como crumatá, curumatá, guru, gurumatá.

Halibut - Nome comum de duas espécies de peixes chatos aparentados com a solha, que vivem em zonas frias dos oceanos Atlântico e Pacífico. É mais comprido, grosso e pesado que qualquer outro peixe chato.

Imperador – O peixe deste tipo que conhecemos e utilizamos em culinária é o berix decadactylus, de cor vermelha e carne muito saborosa, da mesma família Pomacanthidae do conhecido Peixe-anjo-imperador (Pomacanthus imperator) cujo tamanho varia de 26 a 50 cm. e é, sobretudo, um peixe de aquário. Estes peixes-anjo são hermafroditas e começam a vida como fêmeas que, eventualmente, podem transformar-se em machos. Cada macho controla um harém de 2 a 5 fêmeas, dentro de um espaço em relação ao qual é extremamente territorial. Alimentam-se de esponjas, ovos de outros peixes, vermes e algas que raspam dos recifes de coral, com os dentes pequenos e semelhantes a uma escova. Os juvenis, solitários e tímidos, escondem-se em buracos e fendas de áreas mais resguardadas de recifes, lagoas ou canais. Apresentam um padrão de riscas e círculos brancos sobre fundo azul, completamente diferente dos adultos.

Jamanta - A maior das arraias. Pode chegar até 1.500 kg. Totalmente inofensiva para o homem, pode no entanto virar uma embarcação de tamanho regular, quando arpoada. Costuma dar saltos para fora da água, deixando-se cair com grande estrondo, para tirar os parasitas agarrados no seu dorso. Alimenta-se de sardinhas e pequenos peixes. É vista com mais frequência nas praias e costões entre os meses de Abril e Maio.

Jaú - Um dos maiores bagres brasileiros, atinge com facilidade o peso de 150 kg e o comprimento de 1,5 metros. É encontrado em quase todos os grandes rios do Brasil, principalmente na bacia do rio Paraná. Quando adulto, tem cor acinzentada no dorso, com grandes manchas escuras, com o ventre cinza esbranquiçado. Tem grande apetite e desestimula investidores de criação em cativeiro, tal a quantidade de alimentos que necessita para sobreviver. Também conhecido como jundiá-de-lagoa e manguriú.

Jurupoca - Peixe fluvial de tamanho médio, cuja carne é muito saborosa. Também conhecido como jurupensém, jurupoca e boca-de-colher.

Lambari - Existem mais de 150 espécies de lambaris e algumas espécies são chamadas canivete. É um dos peixes mais importantes para o ecossistema, pois serve de alimento para quase todos os demais. Embora pequenos, a sua carne é muito apreciada quando fritos.

Lampreia de rio – A lampetra fluviatilis da classe agnatha ordem petromyzoniformes e família petromyzontidae, é um ciclóstomo de esqueleto cartilaginoso, que forma uma coluna vertebral incompleta, no qual o encéfalo e o crânio são rudimentares. Não possui barbatanas pares nem escamas pois tem a pele lisa. São animais marinhos quando adultos, mas na época da reprodução voltam às águas continentais com correntes de água doce. A larva permanece nas águas continentais e as lampreias adultas vivem próximo da costa onde nasceram em pequenas profundidades ou regiões costeiras temperadas. Os ovos são depositados em águas de salinidade menor que a água do mar, e o período larval dura de 3 a 7 anos. As adultas morrem após a desova. São ectoparasitas pouco seletivos, alimentando-se de sangue e de fluídos corporais de outros peixes e até de mamíferos marinhos. Têm uma boca em forma de ventosa, com dentes e língua cartilaginosa com cerca de 100 dentículos de queratina que são utilizados para raspar a pele do hospedeiro, para a perfurarem e lhe sugarem o sangue. Nesta fase, uma glândula salivar produz uma substância anticoagulante que é aplicada na ferida, mantendo-a aberta. A boca e os dentes formam um funil, o tubo digestivo é linear sem formação de estômago, e apresenta uma glândula digestiva (pré-fígado) não existindo pâncreas. Devido ao facto de ser fraca nadadora, utiliza a boca para se fixar às rochas, quando a corrente é demasiado forte, o que também faz quando tem necessidade de transpor obstáculos durante as migrações. Possuem no topo da cabeça um "olho pineal" translúcido e, à frente, uma única "narina", o que é um caso único entre os vertebrados actuais (embora se encontre em alguns fósseis). Esta "narina", é também chamada abertura naso-hipofisial, uma vez que liga ao órgão do olfacto e a um tubo cego que inclui a glândula pituitária ou hipófise. Os olhos são relativamente grandes e estão equipados com cristalino, mas não possuem músculos oculares intrínsecos, como os restantes vertebrados. Atrás, abrem-se sete fendas branquiais. Uma outra característica deste grupo de peixes é a inexistência de verdadeiros arcos branquiais – a câmara branquial é reforçada externamente por um cesto branquial cartilagíneo. Os sentidos do tacto e olfacto estão extremamente desenvolvidos. A pesca da lampreia é feita apenas com redes e aparelhos, principalmente com tresmalho derivante e estacada (rede mantida na posição vertical por estacadas de fundo até à superfície com um comprimento de cerca de 50 metros). A população de lampreias tem vindo a diminuir regularmente, devido não só à só pesca mas, fundamentalmente, aos obstáculos à migração reprodutora, à destruição dos locais de postura, à poluição e às alterações dos caudais dos rios. É encontrada em Portugal no Rio Minho, e o interesse gastronómico que desperta, nomeadamente o famoso Arroz de Lampreia, faz com que o seu preço atinja valores altíssimos. Em inglês é dita river lamprey.

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Linguado - Peixe marinho, achatado lateralmente, com os dois olhos numa das faces do corpo, vive deitado sobre a face cega. Quando nasce, é simétrico, verificando-se mais tarde a translação de um dos olhos. Pode atingir até 1 metro de comprimento e cerca de 12 kg. Vive na desembocadura de rios e lagoas. É considerado culinariamente, como o peixe de melhor carne, sendo também designado como pescado-real e atingindo em Portugal preços muito elevados. A sua pesca é feita ao fundo, preferencialmente com vermes (minhoca, ganso ou casulo), embora não desdenhe outros iscos.Como curiosidade, citamos que nesta espécie (os pleuronectídeos) existe no Mar do Norte um peixe gigante, que pode atingir mais de 2 metros de comprimento e mais de 60 quilos de peso que são fumados e salgados para consumo na Noruega e Islândia.

Linguado Folha de Louro – Pequenos linguadinhos que normalmente não ultrapassam os 6 ou 7 cm de tamanho, comuns no estuário do Tejo e que são excelentes quando fritos.

Lingue ou Maruca - Peixe de corpo comprido, que parece um cruzamento entre o bacalhau e a enguia, mas mantem as características dos gadídeos. Vivendo a uma profundidade de 60 a 100 metros, o Lingue encontra-se na costa norueguesa entre Stad e Vesteralen. Ao atingirem o período de maturidade sexual migram para a região norte das ilhas Britânicas onde desovam. De carne branca, firme e saborosa, o Lingue é rico em proteínas e selénio, podendo ser consumido fresco, congelado ou salgado seco. Com um sabor semelhante ao do bacalhau, o Lingue pode ser preparado da mesma forma.

Lúcio - A carne deste peixe é branca, magra e de fácil digestão. Não deve ser consumido nos meses de Fevereiro a Abril. Pode ser preparado de diversas maneiras: cozido, grelhado ou assado no forno.

Mandí - Nome popular no Brasil, de quase todos os bagres de pequeno porte.

Mandiaçu - Bagre de porte médio, ocorrente no rio São Francisco e afluentes.

Mandi-chorão - Pequeno bagre, habitante nos rios do centro e sul do Brasil.

Mandijuba - Bagre de porte médio encontrado nas bacias dos rios São Francisco e Paraíba, em razão de experiências de piscicultura para a alimentação humana. Pode chegar até 2 kg e atingir até meio metro de comprimento.

Manjuba - Pequeno peixe do mar, com formato muito parecido ao da sardinha, com larga ocorrência no litoral brasileiro. Também é conhecido como pipitinga, pititinga, ou aletria e pode adaptar-se a rios ou água doce.

Marlin – Veja Espadarte.

Marmota - A pescada não adulta, também chamada pescada-marmota ou  simplesmente marmota.

Maruca - A maruca ou lingue, é um peixe de carne firme, cujo consumo em Portugal se vulgarizou recentemente, graças à indústria de congelados. Trata-se de um peixe de preço acessível, que quando congelado pode ser utilizado em vários tipos de pratos, nomeadamente sopas, arroz de peixe, caldeiradas e estufados em geral. Na realidade, a melhor forma de valorizar a carne um pouco seca da maruca consiste em estufá-la, com gambas, ervilhas e cenouras, igualmente congeladas, o que possibilita a preparação rápida de um agradável prato de última hora.

Matrinxão - Peixe de água doce parecido com o dourado, muito comum nos rios do Brasil. Também conhecido como mamuri e matrinxã.

Merluza – Variante da pescada e da família do bacalhau, é encontrada nas costas sul do Brasil e mar da Argentina, e chega a atingir até 4 kg.

Mero - Peixe marinho que, quando novo, é encontrado nas baías e enseadas. Adulto, vive solitário em tocas ou pedras, em lugares não muito profundos. Pode chegar a 400 kg de peso. É apanhado muito facilmente com arpão por pescadores submarinos, pois é um peixe dócil e lento que se aproxima bastante dos pescadores. Alimenta-se de polvos e caranguejos.

Moreia - As moreias são peixes ósseos, anguiliformes, da família dos murenídeos (Muraenidae), tendo como uma das suas principais características o corpo longo e cilíndrico. Há cerca de 200 espécies distribuídas por 15 géneros, das quais a maior mede 4 metros de comprimento. Habitam cavidades rochosas e são animais carnívoros, que caçam com base num sentido de olfacto apurado. Não têm escamas para protecção e algumas espécies segregam da pele um muco que contém toxinas. A maior parte das moreias não tem barbatanas peitorais nem pélvicas. A sua pele tem padrões elaborados que servem como camuflagem.

As moreias recebem o nome de Caramuru, do povo indígena brasileiro Tupinambá, alcunha dada por eles ao português Diogo Álvares Correia, náufrago que viveu com estes índios.

Em Portugal, as moreias são pescadas para alimentação e as espécies mais comuns de moreia na costa portuguesa são:

·        Moreia-pintada (Muraena helena)

·        Moreão (Gymnothorax unicolor)

·        Moreia-serpente (Enchelycore anatina)

·        Moreia-preta (Muraena augusti)

·        Moreão-amarelo (Gymnothorax vicinus)

·        Moreia-pintada-de-natura (Gymnothorax polygonius)

Muçum – Designação dada em alguns lugares do Brasil à enguia, que chega aqui a quase um metro de comprimento. A sua carne, embora seja considerada saborosa, não é habitualmente consumida, pois devido ao formato, as pessoas colocam restrições ao seu consumo. A fêmea tem três vezes o tamanho do macho. Vive enterrada no lodo com a cabeça de fora. Também conhecida no Brasil como enguia, muçu e peixe-cobra.

Namorado - Peixe marinho muito procurado pelo sabor de sua carne, é abundante do Norte até ao litoral do Rio de Janeiro.

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Olho de boi

Da espécie Seriola dumerili (Risso, 1810) apresenta o dorso com coloração acobreada, e tem uma característica marcante, uma máscara negra que corta a cabeça do focinho até a região da nuca.A carne é firme e muito apreciada na culinária japonesa, especialmente em sashimi. Carnívoro, com preferência por consumir peixes e lulas. Vive na coluna d´água, da superfície até o fundo, em regiões com fundos de pedra ou coral, sempre na água mais funda, ao redor de ilhas costeiras afastadas e ilhas oceânicas, podendo se aproximar de costões rochosos na costa. Os pequenos cardumes têm peixes com tamanhos homogêneos. Melhor época para pesca: O ano todo, mas principalmente nos meses do verão. (peixe de água salgada)

Olho de cão - Pequeno peixe marinho de cor vermelha intensa e olhos enormes. De valor culinário alto e preço caro, é vendido nas feiras como sendo o vermelho, outro peixe muito procurado. Também conhecido como piranema e olho de vidro.

Pacu - Peixe de água doce com carne de sabor excelente, que pode atingir até 20 kg. Gosta de pequenas frutas e costuma ser pescado em lugares dos rios onde existem galhos de árvores nos barrancos que soltam frutos na água. Adapta-se facilmente à criação em cativeiro.

Pacupeba - Grande pacu com larga nadadeira caudal, habitante na bacia amazónica.

Palmito - Pequeno bagre dos rios do norte do Brasil, com carne tão branca que lhe valeu o nome. É parente próximo do mandubi.

Papagaio - Peixe marinho, que chega no máximo a 60 cm de comprimento e de carne de pouco valor. Possuí poderosos dentes que quebram mariscos, o seu alimento preferido.

Papa-Terra - Pequeno peixe marinho de carne saborosa, habitante das praias arenosas. Possui uma espécie de cavanhaque na parte inferior do queixo.

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Pargo - Nome comum de uma família de numerosas espécies de peixes marinhos distribuídos pelos litorais intertropicais do Atlântico e do Pacífico, o pagrus pagrus da família sparidae pode pesar entre 1 e 2,2 quilos e a sua carne é muito apreciada.

Da mesma família do sargo e da dourada, o pargo é uma das espécies preferidas pelos apreciadores de peixe. Há muitas variantes de pargo, sendo mais vulgar nas nossas costas o pargo de cor avermelhada ou pargo rosa. Frequente no nosso litoral atlântico, Açores e Madeira, prefere fundos de pedra ou coral e vive normalmente desde a costa até aos 250 metros de profundidade. Vive em cardumes e tem o dorso avermelhado com o ventre mais claro - muitas vezes quando capturados ficam com o corpo malhado. Atingem os 8 ou 10 quilos e os 60 cm. Peixe de fundo, alimenta-se de crustáceos e moluscos. Tem valor comercial em Portugal, onde é muito apreciado. Em inglês é dito common seabream.

Pegador - Peixe marinho, que lembra vagamente uma anchova. Possui na cabeça um disco, modificação da nadadeira dorsal, com o qual pode aderir a superfícies lisas, usando esse estratagema para percorrer grandes distâncias, pendurado em barcos ou grandes peixes.

Peixe-Cachorro - São peixes de água doce, pequenos e vorazes, que podem chegar a até 60 cm. Podem também ser chamados anicauera, bocarra, icanga e peixe-cadela, ou ainda peixe-cigarra, por serem portadores de um parasita na boca, parecido com uma cigarra.

Peixe-cofre - Nome comum de pelo menos quatro espécies de peixes marinhos da família dos Ostracídeos. Vivem em águas tropicais de todo o mundo e alimentam-se de pequenos invertebrados e algas marinhas. As espécies maiores alcançam 50 cm de comprimento.

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Peixe-Espada - Peixe marinho, de formato característico, comprido e achatado lateralmente, parecendo uma espada. A sua carne é excelente. Muito comum em Sesimbra e na Ilha da Madeira, onde o peixe-espada preto, gordo e saboroso é um excelente prato. No Brasil aparece na Baia da Guanabara, em certas épocas do ano.

Peixe-Folha - Peixe de água doce da Amazónia, cujo aspecto lembra uma folha morta carregada pela leve correnteza dos igarapés onde vive. Possuidor de boca muito grande, é capaz de devorar um peixe do seu tamanho. Muito procurado para aquários.

Peixe-Galo - Peixe marinho, de formato estranho, muito procurado pela óptima qualidade da sua carne. Também conhecido como abacatuaia, aracanguira e galo-bandeira.

Peixe Lua - Grande peixe marinho, que parece ser apenas uma cabeça com barbatanas. Pode pesar até 900 kg. Costuma dormir tão profundamente deitado de lado na superfície da água que é facilmente capturado. Também conhecido como peixe-roda.

Peixe-Porco – Peixe-porco ou peixe-burro é o nome comum desta curiosa espécie de peixe da família balística (triggerfishes), os balistes capriscus, balistes carolinensis e balistes vetula ,cujo nome em português se presume derivado dos roncos que emite, e ao qual muitos pescadores ainda chamam, erradamente, pampo. De hábitos diurnos, tem um corpo comprimido em feitio de diamante, com escamas ásperas e consegue rodar cada um dos olhos independentemente. São essencialmente carnívoros e alimentam-se de invertebrados, crustáceos e moluscos. Aparecem em pequenos cardumes, embora seja vulgar encontrar-se indivíduos solitários, ou grupos de até 5 adultos, e preferem fundos arenosos. A sua carne é muito saborosa e é usada para óptimos filetes; depois de esfolado, a pele pode também ser aproveitada. O peixe porco não é comercializado em Portugal, mas em algumas regiões do Brasil é largamente procurado e consumido, pois é comum no litoral brasileiro. Apesar do seu feio aspecto, é comestível e saboroso. Há quem o acuse de ser venenoso em algumas épocas do ano, possivelmente no período de reprodução. No Brasil é também conhecido como negro-mina, gudunho e esfaldado. Em inglês designa-se como Triggerfish.

Peixe-Rei - Peixe costeiro vulgar em Portugal, da família atherinidae

que vive em grandes cardumes, preferencialmente em locais de fundo arenoso. É carnívoro, alimentando-se de pequenos crustáceos. Tem o corpo fusiforme, com a parte da barriga transparente. Tem muitos apreciadores que o usam frito, do mesmo modo que o carapau pequeno. Costuma ser utilizado como isco vivo, sendo um dos alvos preferidos do robalo. Em inglês é dito big-scale e sand smelt.

Peixe-trombeta - Peixe do litoral brasileiro, aparentado aos cavalos-marinhos. Aparece em duas espécies que atingem 2 m de comprimento e têm o corpo longo e arredondado, com uma cabeça muito comprida. São peixes encontrados em todos os mares tropicais

Peixe Voador - Pequeno peixe de alto mar, comum nos mares quentes. O seu corpo lembra o de uma sardinha, mas possui nadadeiras peitorais extraordinariamente desenvolvidas e com elas pode realizar pequenos voos planados. Também conhecido como tainhota.

Peixe Zebu - Nome dado no Brasil ao tucunaré macho na época da reprodução, devido à protuberância carnosa que desenvolve no alto da cabeça.

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Pescada - O termo pescada é uma designação comum para diversos tipos de peixes teleósteos.No Brasil, a maioria pertence à ordem Perciformes, da família dos cienídeos, especialmente os do género Cynoscion. Algumas espécies são muito capturadas em redes e arrastões de pesca. Em Portugal, o termo é mais utilizado para as espécies da família Merlucciidae.

Pescadinha – Apesar de aparentemente ser uma pecada não adulta, o que muitas vezes se vende como pescadinha, sobretudo no Brasil, é o Isopisthus parvipinnis, uma espécie sul-americana de peixe teleósteo, perciforme, da família dos cienídeos. Tais animais medem cerca de 25 cm de comprimento, contando com um par de caninos anteriores bem desenvolvidos no maxilar superior. Seus corpos possuem coloração prateada com dorso cinzento, nadadeiras claras com mancha escura na base do peitoral. Também são chamados de dentuça, goete, gorete, guete, papa-terrinha, pescada, pescada-chata, pescada-verdadeira, pescadinha-do-alto-mar, pirambeba e tortinha.

Pintado - Ver Surubim.

Piracanjuba - Na Amazónia tem o nome de matrinxã. Pode atingir até 10 kg de peso, e forma com o tucunaré e o dourado, o trio de peixes mais apreciados pelo sabor da sua carne, que é rosada como a do salmão e tão boa quanto esta. É um peixe que gosta de frutas, mas não rejeita insectos e pequenos peixes.

Piraíba - Grande bagre da Amazónia e um dos maiores peixes fluviais, podendo chegar a até 3 metros de comprimento. A sua carne não é apreciada, embora seja consumida pelos povos ribeirinhos. Quando jovem é chamado de filhote.

Piramboia - É um peixe que respira por meio de pulmões ou sacos aéreos, e tem um cérebro de batráquio na parte anterior e de peixe na parte posterior. As suas escamas ficam ocultas debaixo da pele, o que dá ao animal o aspecto de enguias. Alimenta-se de outros peixes e atinge até 1,5 metros de comprimento. A sua carne é considerada pelos silvícolas como um bom petisco.

Piranha - Peixe de tamanho mediano, que pode chegar até 3 kg, muito voraz, carnívoro e que anda nos rios em grandes cardumes, podendo atacar pessoas ou gado que entrem nas águas onde se encontram. Não tem carne de sabor apreciado e é peixe com muitas espinhas. A única utilização culinária conhecida é o famoso caldo de piranha, para aproveitar a sua gordura.

Pirapeuaua - Grande bagre da Amazónia, muito parecido com o surubim.

Piraputanga - Peixe de porte médio parecido com a piracanjuba e a matrinxã. Tem carne de bom sabor.

Pirarara - Grande peixe da Amazónia, que chega a atingir até 2 metros de comprimento. A sua gordura, de cor amarela, é usada para alimentação de papagaios para dar-lhes coloração. Muitas pessoas indicam o uso desse peixe como causador de afecções da pele.

Pirarucu - Grande peixe da Amazónia, que pode chegar até 4 metros de comprimento e 200 kg de peso. Vive em grandes lagoas e raramente é visto nos rios de águas correntes. Possui respiração intestinal auxiliar, o que o obriga a vir à tona para respirar a intervalos regulares . Essa necessidade orgânica causa a sua morte, pois o pescador espera a sua subida á superfície para lançar o arpão. Também chamado bodeco, pode ser considerado um peixe em extinção

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Poraquê - Em pesquisa sobre o assunto, tomei conhecimento de que, no rio Amazonas, existe um peixe conhecido como “poraquê” ou “peixe-eléctrico”, com características semelhantes à lampreia, embora de outra espécie. Vive nos lugares onde as águas são mais escuras e o fundo cheio de lodo, com uma visão muito ruim debaixo d'água.

Tem o corpo alongado e uma grande nadadeira por baixo da barriga. A cabeça é achatada e na boca tem uma fileira de dentes muito afiados. A sua cor é escura, com a barriga amarelada. Por vezes encontram-se peixes desses de cor castanho-escura, com pintas mais claras. Alimenta-se de outros peixes de várias espécies, e de pequenos répteis. Quando adulto, pode pesar até 20 quilos e medir 2 metros. A sua maior curiosidade é o facto de dar choques, pois funciona como uma pilha; a frente do seu corpo tem carga positiva e a ponta da cauda tem carga negativa. Assim, se uma pessoa pegar na cabeça e na cauda do peixe ao mesmo tempo, levará um choque capaz de fritá-la em segundos. Um choque do “poraquê” é capaz de matar um cavalo. “Poraquê”, na língua dos índios tupi-guarani, quer dizer o que coloca para dormir. O “poraquê” usa as ondas eléctricas para se guiar no escuro, assim como os morcegos usam ondas sonoras. Apesar de ser um peixe, afoga-se se não respirar ar e precisa vir à superfície para respirar a cada 8 minutos, O maior risco para quem nada no rio, é encontrar o “poraquê” na superfície, quando ele sobe para respirar oxigénio. Um choque de 600 volts do peixe-elétrico é cinco vezes e meia mais do que o que se leva colocando o dedo numa tomada de 110 volts. Muitas vezes, a pessoa que leva um choque do “poraquê”, desmaia e morre afogada. É excelente para a alimentação, e pode ser preparado como a enguia ou a moreia. Os pescadores profissionais e de lazer, usam-no com frequência nas suas refeições.

Pregado - Peixe semelhante ao rodovalho, de carne branca, magra e muito saborosa.

Prejereba - Peixe marinho comum no litoral brasileiro, que habita nos fundos arenosos. Também conhecido como peixe-sono, brejereba e dorminhoco.

Raia – Veja Arraia.

Rascasso - Este peixe, comum em Portugal e de aspecto pouco simpático, pertence ao grupo dos peixes escorpião, família scorpaenidae, e é geralmente encontrado entre os 15 e os 150m de profundidade. Dito em inglês Scorpionfish ou Small red, tem coloração variável, com predomínio de vermelho forte e castanho escuro, usando o mimetismo ou camuflagem como técnica para a captura das suas presas. Imobilizado no fundo de pedra ou areia e pedra, espera que uma presa passe perto para engoli-la. A sua alimentação é constituída principalmente por peixes pequenos, cefalópodes e crustáceos.

Grande parte dos peixes desta espécie são venenosos e quando ameaçados protegem-se eriçando os espinhos que têm na cabeça e no corpo.

O cantarilho da pedra e os rocazes, da mesma espécie do rascasso, são utilizados na alimentação, sobretudo em caldeiradas. Rascaço - Rocaz - Cantarilho. Em inglês diz-se rascasse.

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Robalo - Nome comum de seis espécies de peixes da família dos Centropomídeos, que ocorrem nas águas tropicais do Atlântico e do Pacífico. São peixes predatórios, velozes, que habitam sobretudo baías e enseadas. Vivem habitualmente junto à costa, onde a ondulação varre as praias e nas zonas rochosas onde a agitação do mar produz "águas brancas", mas também em estuários e rios, onde procura águas de menor salinidade mais adequadas à conclusão do seu ciclo reprodutivo, normalmente entre Novembro e Março. Frequentam também as águas salobras de manguezais e são encontrados nas lagoas que comunicam com o mar, mas podem subir os rios por grandes distâncias para desovar. Chegam a atingir mais de 40 kg. Alimentam-se de pequenos peixes, principalmente camarões e carapicus. É um dos peixes favoritos para os pescadores desportivos, pela violência do seu ataque à isca e pela inteligência que demonstra depois de ferrado, ao tentar livrar-se do anzol. A sua carne é excelente. Pode ser encontrado em toda a costa portuguesa ainda com relativa abundância. No Brasil é também conhecido como camurim, corcunda, papa-morcego, sovela, taba e ticupá. Em inglês diz-se seabass.

Rocaz – Veja Rascasso.

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Rodovalho - O rodovalho (scophthalmus rhombus) é uma espécie de peixe dita "peixes-chatos", pertencente à família scophthalmidae, e ao grupo dos peixes ósseos, com tamanho máximo variando de 101 a 200 cm, classificado originalmente por Linnaeus, em 1758.

As suas larvas são semelhantes às de outros peixes, vivendo um determinado período na coluna de água, antes de sofrerem uma metamorfose na qual se adaptam à vida no fundo do mar. O olho direito desloca-se, a boca desvia-se, e o corpo achata-se, até ficar plano. Possui a capacidade de mimetizar o ambiente pela mudança da coloração da pele, além de enterrar-se na areia, evitando os predadores.

Roncador - Peixe marinho muito comum, semelhante à corvina, habitante das praias arenosas.

Ruivo - Este peixe, também conhecido como “bacamarte” na América do Sul, é um scorpaeniform da família Triglidae. Embora em Portugal tenha o nome ligado à sua cor, ele recebe o seu nome zoológico em função das suas grandes barbatanas peitorais que, ao nadar, abrem e fecham como as asas de um pássaro em voo. São peixes de fundo, que vivem em profundidades de até 200 m (660 pés). A maioria das espécies têm cerca de 30 a 40 cm de comprimento. Possuem um crânio invulgarmente sólido, e muitas espécies têm também placas blindadas sobre o corpo. Outra característica distintiva é a presença de um "músculo tambor", que faz sons batendo contra a bexiga natatória. Quando caçados, fazem um barulho semelhante ao coaxar de um sapo. Os ruivos espinhosos têm seis "pernas", três de cada lado. Essas pernas são realmente espinhas flexíveis que faziam parte da nadadeira peitoral. Com o tempo, as espinhas se separaram do resto da barbatana, tornando-se tentáculos semelhantes a "pernas". As barbatanas pélvicas eram destinadas a deixar o peixe "caminhar" sobre a parte inferior, mas são realmente utilizadas para movimentar os alimentos. Os três primeiros raios das nadadeiras peitorais são membranas livres utilizadas para percepção . A carne do ruivo é conhecida como firme e tenra quando cozinhada, e o peixe serve como um substituto adequado para o rascasso, ou scorpionfish, em caldeiradas. Em inglês é conhecido como sea robin. Existem 114 espécies deste peixe em oito géneros, entre os quais estão:

O Streamer searobin, Bellator egretta; e Searobin Horned, Bellator militaris.

Safio – Veja Congro.

Saguiru - Pequeno peixe encontrado em quase todos os rios do Brasil. A sua carne não é saborosa, embora seja bastante consumido pelas camadas menos favorecidas da população ribeirinha. É peixe que se deteriora com bastante facilidade, após pescado.

Salema - Peixe hermafrodita, da família Sparidae, ordem dos perciformes e classe Actinopterygii, começa como macho, passando a fêmea numa segunda fase da vida, a partir dos 4 anos. Carnívoro quando jovem, torna-se herbívoro quando atinge a maturidade. Aparece geralmente nas águas litorais até aos 50 metros, em zonas rochosas onde existam algas. Tem maxilares com incisivos dispostos numa única linha, e o corpo de cor cinzento/prateado/esverdeada, tem linhas longitudinais amarelo/douradas.

A salema deve ser sangrada logo que for pescada, com um corte de cada lado junto à barbatana caudal e amanhada de imediato, retirando-se totalmente a pele negra que reveste o interior da barriga e lavando-se bem com água do mar, para evitar o mau sabor característico descrito como sabor a lodo. Antes de ser cozinhada, deve esfregar-se o interior do peixe com sumo de limão e deixar estar algum tempo. No Verão, a carne da salema pode ser tóxica devido à alimentação.

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Salmão - Nome comum de peixes caracterizados por terem o corpo alongado coberto por pequenas escamas cicloides (arredondadas e com bordos lisos) e uma nadadeira adiposa entre a dorsal e a cauda, o salmão é um grande peixe da família Salmonidae, que também inclui as trutas. Peculiar aos mares e rios europeus, vivem tanto na água doce quanto na salgada, nas regiões mais frias do hemisfério Norte e é muito procurado pela sua apreciadíssima carne rosada, muito saborosa, e criado em aquacultura, especialmente a espécie Salmo salar. Em Portugal encontra-se no Rio Minho. O salmão do Oceano Atlântico volta do mar à água doce para se reproduzir, quase sempre ao mesmo rio em que nasceu. À medida que se aproxima a época da procriação, a cabeça do macho muda de forma, alongando e curvando a mandíbula inferior em forma de gancho e a carne ganha uma coloração esbranquiçada. Enquanto o salmão do Oceano Pacífico morre após a reprodução, o do Atlântico se reproduz mais de uma vez. A cor vermelha do salmão é devida a um pigmento chamado Asta xantina. O salmão é basicamente um peixe branco. O pigmento vermelho é obtido através das algas e dos organismos unicelulares, ingeridos pelos camarões do mar, sua principal alimentação, que acumulam o pigmento nos seus tecidos adiposos. Como a dieta do salmão é muito variada, o salmão natural toma uma enorme variedade de cores, desde branco ou um cor-de-rosa suave a um vermelho vivo.

Permanece na água doce nos dois ou três primeiros anos de vida antes de ir para o mar. Suporta temperaturas baixas em água doce ou salgada. O salmão adulto é alimento de focas, ursos, tubarões, baleias e seres humanos.Como fonte alimentar para os humanos, destaca-se por ter alto teor de ómega 3, gordura saudável e benéfica especialmente para o sistema cardiovascular. Os japoneses são os seus maiores apreciadores, e o salmão é conhecido como o peixe do sashimi, sendo servido cru, com wasabi e shoyu embora a cultura se tenha espalhado muito e pela sua principal finalidade de alimentar os seres humanos

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Salmonete - Este peixe da família mullidae é facilmente identificado pelo seu par de barbilhos. Tem o corpo longitudinal, a cabeça aplanada e grandes escamas. Habitualmente tem 20 a 25 cm, mas pode atingir 40 cm aos 10 anos de idade, com 1 kg de peso. A lei portuguesa indica os 11 centímetros como tamanho mínimo de captura. Habita os fundos rochosos, arenosos e lodosos, desde os 2 até aos 80 metros de profundidade, preferencialmente na interface entre a rocha e a areia. Há duas espécies de salmonetes em Portugal, o mullus surmuletus e o mullus barbatus. Os dois podem ser confundidos, e a forma mais simples de distingui-los é através das faixas que os mullus surmuletus possuem na barbatana dorsal.

Outros peixes da família triglidae, como o trigloporus lastoviza e o trigla lucerna, também são muitas vezes apresentados como salmonete, dada a sua semelhança corporal. No entanto, a presença de extensas barbatanas peitorais e a ausência dos barbilhos, são características que facilmente ajudam a encontrar a diferença O salmonete encontra-se nos mares em volta do continente europeu, desde o Canal da Mancha (embora ocasionalmente apareça no Mar do Norte) até ao Senegal. Está também presente no Mediterrâneo e Mar Negro e nos arquipélagos da Macaronésia (Açores, Madeira e Canárias). Em inglês diz-se red mullet.

São Pedro - Conhecido como St. Pierre ou peixe de Pedro, refere-se aos peixes do género Zeus, principalmente Zeus faber, de ampla distribuição. É um peixe marinho comestível, da fauna costeira, com um corpo oliva-amarelo comprimido lateralmente, que tem uma grande mancha escura e espinhos na nadadeira dorsal. Os seus grandes olhos na parte da frente da cabeça fornecem uma visão bifocal e percepção de profundidade, que são importantes contra os predadores. A mancha tipo olho na lateral do seu corpo também confunde as presas, que são agarradas pela sua boca grande. Na Nova Zelândia, os Maori conhecem-no como kuparu, e na costa leste da Ilha do Norte, eles deram ao capitão James Cook na sua primeira viagem à Nova Zelândia em 1769, alguns peixes, dos quais vários em barris de conserva. 

Várias explicações são dadas para a origem do nome. Em inglês pode ser uma variação arbitrária ou jocosa de dory (do francês dorée, dourada), ou talvez uma alusão a John Dory, o herói de um romance antigo. Outros sugerem que John "João" deriva do francês jaune, amarelo. O romance Um mistério da Antártida de Júlio Verne, dá uma versão que tem alguma popularidade, mas é provavelmente fantasiosa: "A etimologia lendária dessa designação piscatória é Janitore, o "porteiro", em alusão a São Pedro que, diz-se, trouxe um peixe dessa espécie a nosso Senhor a Seu pedido." (São Pedro é dito ser guardião das portas do Céu). Uma lenda relacionada diz também que a mancha escura no flanco do peixe é a impressão digital de São Pedro. O São Pedro cresce a um tamanho máximo de 65 cm e 3 kg de peso. Tem 10 espinhos na sua nadadeira dorsal e 4 na sua barbatana caudal . Tem escamas microscópicas afiadas em torno do corpo. O peixe é de uma cor verde-oliva com a barriga branco prateado e uma mancha escura na lateral. Os seus olhos estão perto do topo da sua cabeça. Tem um corpo de forma redonda e é um nadador fraco. Geralmente recebe o seu alimento por perseguição e capta a presa com o tiro de um tubo na sua boca. Come uma variedade de peixes, mas especialmente sardinhas. Ocasionalmente, também, lulas e chocos. Os seus predadores são os tubarões, sobretudo o tubarão pardo. Os São Pedro são peixes costeiros, encontradas nas costas da África, Sudeste da Ásia, Nova Zelândia, Austrália, nas costas de Japão, e nas costas da Europa. Vivem perto do fundo do mar, em profundidades que variam de 5 metros a 360 metros. São normalmente solitários. Reproduzem-se por substrato, o que significa que eles libertam esperma e ovos na água para fertilizar. A sua vida útil típica é de cerca de 12 anos em estado selvagem.

Sarda - Sardas e cavalas pertencem à mesma família do bonito, atum, albacora e peixe-serra e são abundantes nos mares tropicais e temperados, não se aventurando em águas muito frias. Abundantes nas costas da Europa e do Mediterrâneo, vivem à superfície, mas podem chegar até aos 120 metros de profundidade.

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Sardinha - Peixe marinho que desova nas profundezas, longe da costa. Quando jovem, penetra nas baías, onde é facilmente capturado. Algumas espécies sobem os rios e adaptam-se perfeitamente a água doce. A sua industrialização é feita em larga escala.

Sargo - Os sargos dividem-se em mais de trinta espécies semelhantes, e estão espalhados pelo Mediterrâneo, Atlântico, costa leste dos E.U.A., América do Sul e Mar Vermelho. São peixes essencialmente costeiros, que podem ser encontrados até aos 50 metros de profundidade, preferindo fundos de pedra, coral ou outros que lhes proporcionem frestas e tocas onde possam se abrigar, sendo normalmente mais activos durante a noite. Alimentam-se de moluscos (que podem arrancar das pedras e triturar com os dentes) e crustáceos. O período de reprodução é entre os meses de Janeiro a Março.

Sável  - De carne gorda e muito delicada, encontra-se com facilidade nos rios portugueses. A sua carne é muito nutritiva e saborosa e presta-se para excelentes preparações culinárias, embora tenha muitas espinhas.

Solha - O peixe deve ter um aspecto fresco e a pele deve estar limpa, ter uma cor acastanhada com pintas laranja vivo, com a zona da barriga esbranquiçada. Ao pressionar a carne, esta deve estar firme. Os olhos não deverão estar nem vidrados nem opacos, mas antes brilhantes.

Surubim - Um dos maiores peixes brasileiros, também conhecido como pintado, que pode chegar a até 3 metros de comprimento. A sua carne é muito apreciada. É um peixe que pode ser criado em cativeiro.

Tainha - São várias as espécies de mugilídios ou muges abundantes em Portugal (tainha, fataça, negrão, garrento, mogueira, lisa, etc.). São peixes essencialmente costeiros, que podem viver na água doce, salobra ou salgada, muito pouco agressivos, praticamente indefesos, sendo vítimas de numerosas espécies vorazes. As tainhas já foram uma das espécies mais pescadas e comercializadas em Portugal, mas hoje não são muito procuradas, devido ao seu nulo interesse gastronómico em razão de procriarem em áreas altamente poluídas. São encontradas em grandes quantidades na costa brasileira e as suas ovas são usadas como saborosa iguaria. Os filhotes criam-se em agua doce e algumas espécies chegam a 6 kg e 1 metro de comprimento. No Brasil é um peixe bastante procurado por frigoríficos para industrialização.

Tambaqui - Peixe da Amazónia muito parecido com o pacu, com carne de bom sabor pois é um peixe que gosta de frutas. Também conhecido como curupetê.

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Tamboril – O seu aspecto repelente, não prenuncia o seu saboroso paladar. É peixe de mar de carne magra, muito delicada e nutritiva, excelente para caldeiradas.

Traíra - Peixe de água doce, muito comum nos rios brasileiros. Prefere lugares de remanso nos rios, mas é também encontrada em açudes e lagoas. Preguiçosa e lenta, só costuma pegar peixes doentes ou contundidos. É voraz na sua juventude e alimenta-se de insetos e crustáceos.

Trairão - Traíra grande, que pode atingir 1 metro de comprimento, com carne de excelente sabor. É porém um peixe relativamente raro.

Truta - A truta é um peixe de formato alongado, pertencente à família Salmonidae, a mesma do salmão. Pode ter até cerca de 60 cm de comprimento total e pesar até 2 kg. O dorso tem uma cor que varia do esverdeado ao castanho, sendo as laterais acinzentadas e a parte inferior esbranquiçada. Tem pintas escuras nas nadadeiras e no corpo.

Considera-se originária do hemisfério norte, e as populações mais antigas de truta encontram-se nos sistemas hidrográficos que desaguam nos Mares Negro, Cáspio e Aral. A expansão da espécie, a partir do Oeste Asiático para a Europa, iniciou-se com uma dispersão ao longo da região Mediterrânea e vários autores consideraram a truta como um representante da ictiofauna do Hemisfério Norte, com origem no Atlântico, que apenas recentemente, depois das últimas glaciações há cerca de 15 mil anos, teria penetrado nas bacias hidrográficas que drenam nos Mares Negro, Cáspio e Aral. É encontrada nos Estados Unidos e Canadá, tendo sido, no entanto, introduzida em todos os continentes.

A truta está presente em Portugal em quase todos os rios acima do Mondego, e no Zêzere. No Brasil, a sua introdução ocorreu principalmente nos rios dos planaltos das regiões Sudeste e Sul. Uma característica que faz com que a truta não seja mais disseminada, é o facto de que se as águas de seu habitat não forem cristalinas, frescas, puras e bem oxigenadas, ela não sobrevive e estas características só são encontradas hoje em rios de montanhas. É uma espécie carnívora, que se alimenta de insectos e de outros peixes.

A criação de trutas começou no Brasil em 1949 e consta que os primeiros ovos foram importados da Dinamarca, tendo sido bem adaptada às frias corredeiras, rios e riachos de regiões montanhosas como as da Serra da Mantiqueira (estados de Minas Gerais, São Paulo e sul do Rio de Janeiro) e nas serras do leste dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Nestas regiões foram montadas muitas truticulturas, sendo a espécie mais comum a truta arco-íris (Oncorhynchus mykiss). Na opinião dos truticultores poderia ser dito que a primeira necessidade para uma criação eficiente de trutas é o aporte abundante de água de boa qualidade, o que significa um fluxo em torno de 1000m³/dia, pH neutro ou ligeiramente alcalino, mais de 20 mg de oxigénio por litro de água, uma temperatura inferior a 15°C e a ausência de cloro e nitratos na água, entre outros contaminantes.

Espécies conhecidas

   Truta prateada, extinta por volta de 1950.     Truta arco-íris    Truta marisca

Tubarão - Tubarão ou cação, é o nome dado vulgarmente aos peixes de esqueleto cartilaginoso e corpo hidrodinâmico (com excepção dos squatiniformes, hexanchiformes e orectolobiformes) pertencentes à superordem selachimorpha. É um peixe marinho, carnívoro, que come de tudo, desde peixes e crustáceos, até tartarugas e aves marinhas. Algumas espécies podem atacar o homem e alguns tipos chegam a atingir 14 metros. Os primeiros tubarões conhecidos viveram há aproximadamente 400 milhões de anos. Atualmente, os tubarões diversificaram-se em aproximadamente 375 espécies (no Brasil são conhecidas 88), variando em tamanho desde o menor, o tubarão-lanterna anão, Etmopterus perryi, uma espécie de apenas 17 centímetros de comprimento, ao tubarão-baleia, Rhincodon typus, o maior, que atinge cerca de 12 metros e que se alimenta por filtragem apenas de plâncton, lulas e pequenos peixes. Os tubarões são encontrados em todos os mares e são comuns em profundidades até 2000 metros.

Geralmente não vivem em água doce, com algumas excepções, como o tubarão-cabeça-chata e o tubarão de água doce, que podem viver tanto em água salgada como em água doce. Respiram através de cinco ou sete fendas branquiais e possuem uma cobertura de escamas placoides, que protegem a sua pele dos danos e dos parasitas, e melhoram a sua hidrodinâmica, permitindo que o tubarão se mova mais rápido. Eles também possuem vários conjuntos de dentes substituíveis. As espécies mais conhecidas são superpredadores, no topo da cadeia alimentar subaquática e comportam o tubarão-branco, o tubarão-tigre, o tubarão-azul, o tubarão-makro e o tubarão-martelo. A sua sobrevivência está sob séria ameaça, em razão da pesca e outras actividades humanas.

Tubarão baleia - Nome do maior peixe que se conhece (ver Tubarão), nativo dos mares tropicais de todo o mundo. Pode alcançar mais de 15 metros de comprimento. Alimenta-se de pequenos peixes e plâncton, e filtra a água através das suas longas fendas branquiais.

Tucunaré - Peixe de água doce comum na região Amazónica, cuja carne é das melhores. Pode atingir até 70 cm de comprimento e 5 kg de peso .É um peixe voraz, pescado normalmente com iscas vivas ou artificiais. Tem um belíssimo colorido e concorre com o dourado ao título de mais briguento, mais bonito e mais saboroso dos peixes de rios.

Veleiro – Veja Espadarte.

Xaputa - Peixe normalmente utilizado para fritar em postas ou filetes, etc.

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Xaréu - O xarelete Caranx latus é a espécie de xaréu mais comum na costa brasileira sendo encontrada em vários ambientes aquáticos, dos litorâneos aos oceânicos. O dorso é enegrecido na região mediana. Os flancos têm cor prata-azulado, com o ventre esbranquiçado. A nadadeira caudal forcada é negra e amarelada. Costumam andar em cardumes numerosos. Os maiores exemplares chegam a 1 m de comprimento além disso pode ultrapassar a 8 kg de peso. Carnívoro, predando ampla gama de crustáceos, peixes, moluscos e vermes. Vive nas regiões estuarinas e de manguezais na água salobra, passando pelas praias arenosas duras e de tombo, costões e ilhas litorâneas, assim como ilhas oceânicas, lajes e parcéis. Os maiores exemplares encontram-se em áreas profundas e um pouco mais afastadas da costa. Época para pesca: Durante os meses mais quentes do ano. (peixe de água salgada)

 

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