Glycera

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Como ler uma infocaixa de taxonomiaGlycera

Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante
Classificação científica
Reino: Animalia
(sem classif.) Annelida
Classe: Poliqueta
Ordem: Phyllodocida
Família: Glyceridae
Género: Glycera

Savigny, 1818

Glycera é O gênero do grupo de poliquetas (vermes com cerdas). Eles são normalmente encontrados no fundo de águas marinhas rasas e ambientes com lama. Algumas espécies (por exemplo, vermes comuns) podem crescer até 35 centímetros de comprimento.

Anatomia[editar | editar código-fonte]

Eles possuem uma coloração rosada, que permite qur os fluidos corporais que contenham hemoglobina apareçam. Consequente recebem o nome de "Bloodworm" (em inglês) ou Minhocas-de-Sangue. Na cabeça possuem três antenas pequeninas e  possuem quatro pequenas antenas e pequenas proeminências carnudas chamadas de parapodias, por todo seu corpos. Eles podem crescer até 35 centímetros de comprimento.

Sua alimentação é carnívora. Eles se alimentam projetando sua grande tromba com quatro mandíbulas ocas. As mandíbulas são ligadas a glândulas de veneno que eles usam para matar suas presas. Sua mordida é dolorosa até para um humano. Eles são predados por outros vermes, peixes, crustáceos e por gaivotas.

A reprodução ocorre no meio do verão, quando a água está mais quente. Isso faz com que vermes maduros não se alimentem, chamando esse processo de epitoke. Com a parapodia maior, eles nadam para a superfície da água, onde ambos os sexos liberam gametas e depois morrem.

A primeira fase de muitas formas da Minhoca-de-Sangue é a zooplantônica, seguido pelo bentônicas. As larvas podem se desenvolver protegidas por tubos feitos de seda no fundo lodo. A progressão das larvas vão de pequenas e pálidas, para larvas avermelhadas e maiores, de três a dez centímetros de comprimento ou mais, ao longo de um período curto período de duas a três semanas em condições ideais.[1]

Esses animais possuem o mineral cobre em seus corpos, e não são envenenados por ele.

Suas mandíbulas possuem também o cobre, só que na forma de um biomineral à base de cloreto de cobre denominado atacamita, na forma cristalina.

Teoricamente o cobre ajuda no processo da mordida e a injeção de veneno.

Sistemática[editar | editar código-fonte]

Glycera é o gênero de tipo da família Glyceridae. Ele contém as seguintes espécies:[2]

  • Glycera abranchiata
  • Glycera alba
  • Glycera amadaiba
  • Glycera amboinensis
  • Glycera americana
  • Glycera asymmetrica
  • Glycera baltica
  • Glycera bassensis
  • Glycera benguellana
  • Glycera benhami
  • Glycera branchiopoda
  • Glycera brevicirris
  • Glycera calbuconensis
  • Glycera capitata
  • Glycera carnea
  • Glycera celtica
  • Glycera chirori
  • Glycera cinnamomea
  • Glycera convoluta
  • Glycera dayi
  • Glycera decipiens
  • Glycera dentribranchia
  • Glycera derbyensis
  • Glycera dibranchiata
  • Glycera dubia
  • Glycera edwardsi
  • Glycera ehlersi
  • Glycera embranchiata
  • Glycera epipolasis
  • Glycera fundicola
  • Glycera fusiformis
  • Glycera gigantea
  • Glycera gilbertae
  • Glycera glaucopsammensis
  • Glycera guatemalensis
  • Glycera guinensis
  • Glycera hasidatensis
  • Glycera heteropoda
  • Glycera incerta
  • Glycera kerguelensis
  • Glycera knoxi
  • Glycera lamelliformis
  • Glycera lamellipodia
  • Glycera lancadivae
  • Glycera lapidum
  • Glycera longipinnis
  • Glycera longissima
  • Glycera macintoshi
  • Glycera madagascariensis
  • Glycera manorae
  • Glycera martensii
  • Glycera mauritiana
  • Glycera micrognatha
  • Glycera mimica
  • Glycera minor
  • Glycera minuta
  • Glycera nana
  • Glycera natalensis
  • Glycera nicobarica
  • Glycera nigripes
  • Glycera onomichiensis
  • Glycera orientalis
  • Glycera oxycephala
  • Glycera pacifica
  • Glycera papillosa
  • Glycera pilicae
  • Glycera polygona
  • Glycera posterobranchia
  • Glycera prashadi
  • Glycera profundi
  • Glycera prosobranchia
  • Glycera pseudorobusta
  • Glycera robusta
  • Glycera rouxi
  • Glycera russa
  • Glycera rutilans
  • Glycera spadix
  • Glycera sphyrabrancha
  • Glycera subaenea
  • Glycera taprobanensis
  • Glycera taurica
  • Glycera tenuis
  • Glycera tesselata
  • Glycera unicornis

Comércio[editar | editar código-fonte]

As larvas são vendidas comercialmente em lojas de equipamentos como isca para a pesca em água salgada.[3]

Referências

  1. «Bloodworm: Uses and applications as a fishing bait». Cópia arquivada em 15 de março de 2013 
  2. Fauchald, K.; Bellan, G. (2009). Glycera Savigny, 1818. In: Fauchald, K. (Ed) (2009). World Polychaeta database. Accessed through the World Register of Marine Species at http://www.marinespecies.org/aphia.php?p=taxdetails&id=129296 on 2009-03-12.
  3. WHITTLE, PATRICK. «Abating Bait: Decline in Prized Worms Threatens Way of Life». U.S. News. Cópia arquivada em 21 de abril de 2018