Temora longicornis

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Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Crustacea
Ordem: Calanoida
Família: Temoridae
Género: Temora
Espécie: T. longicornis
Nome binomial
Temora longicornis
(Müller O.F., 1785)
Sinónimos[1]
  • Cyclops longicornis Müller O.F., 1785
  • Diaptomus longicaudatus Lubbock, 1857
  • Halitemora finmarchica Giesbrecht, 1881
  • Halitemora longicornis (Müller O.F., 1785)
  • Temora finmarchica Baird, 1850

Temora longicornis é uma espécie de crustáceo, um copépode marinho da família Temoridae. Foi descrita pela primeira vez pelo zoólogo dinamarquês Otto Friedrich Müller em 1785. Os espécimes adultos medem cerca de 1 mm.[1]

Distribuição e habitat[editar | editar código-fonte]

A espécie é encontrada em ambientes marítimos em ambos os lados do Oceano Atlântico. Na América do Norte, sua distribuição vai da Flórida ao Cabo Cod. Em alguns anos, é o calanóide mais comum no meio de sua zona de distribuição durante o inverno e a primavera, e às vezes no Estuário de Long Island durante o verão e o outono. A espécie tende a ser mais abundante em costas de mar aberto do que em estuários.[2]

Ecologia[editar | editar código-fonte]

T. longicornis realiza migrações verticais diárias para evitar predadores, passando o dia próximos ao fundo do mar e a noite próximos à superfície. Machos se locomovem com mais velocidade do que as fêmeas, e rastreamento 3D revelou que eles são capazes de seguir uma trilha detectável deixada para trás pelas fêmeas, embora às vezes a sigam na direção contrária.[3]

Este copépode é um onívoro, alimentando-se principalmente de diatomáceas e também de fitoplâncton.[2] Os principais predadores do T. longicornis no Atlântico noroeste são os peixes da família Ammodytidae.[1] Além disso, durante o outono no Mar Báltico (quando esse copépode está em seu maior número populacional) a espécie compõe uma parte importante da dieta dos arenques e espadilhas.[4]

Os ovos da espécie normalmente flutuam até a superfície antes de eclodirem, e as larvas se movem em direção ao fundo a cada ecdise sucessiva. Ás vezes, os ovos da espécie permanecem em diapausa durante o verão no Estuário de Long Island. Quando isso ocorre, há uma diminuição no volume de zooplâncton naquele ano, enquanto os ovos permanecem enterrados no sedimento por certo tempo. No Mar do Norte, esse período de dormência ocorre no inverno.[5]

Referências

  1. a b c Walter, T.Chad; Boxshall, Geoff (2020). «Temora longicornis (Müller O.F., 1785)». World Register of Marine Species. Consultado em 15 de julho de 2020 
  2. a b Johnson, William S.; Allen, Dennis M. (2012). Zooplankton of the Atlantic and Gulf Coasts: A Guide to Their Identification and Ecology. [S.l.]: JHU Press. p. 170. ISBN 978-1-4214-0618-3 
  3. Doall, Michael H.; Colin, Sean P.; Strickler, J. Rudi; Yen, Jeannette (1998). «Locating a mate in 3D: the case of Temora longicornis» [Localizando um par em 3D: o caso de "Temora longicornis"]. Philosophical Transactions of the Royal Society B. 353 (1369): 681–689. PMC 1692248Acessível livremente. doi:10.1098/rstb.1998.0234 
  4. Casini, Michele; Cardinale, Massimiliano; Arrhenius, Fredrik (2004). «Feeding preferences of herring (Clupea harengus) and sprat (Sprattus sprattus) in the southern Baltic Sea». ICES Journal of Marine Science. 61 (8): 1267–1277. doi:10.1016/j.icesjms.2003.12.011 
  5. Gibson, R.N.; Barnes, Margaret (2002). Oceanography and Marine Biology. [S.l.]: CRC Press. pp. 261–262. ISBN 978-0-203-50172-6 
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