Paulo Azevedo recebeu 1,3 milhões na Sonae em 2007

A remuneração do presidente executivo da Sonae SGPS, Paulo Azevedo, ascendeu a 1,3 milhões de euros em 2007, garantiu à agência «Lusa» fonte oficial da empresa, no seguimento de notícias que fixavam o ordenado do gestor quase no dobro.

Segundo a mesma fonte, o ordenado de Paulo Azevedo em 2007 foi, assim, inferior em 30 por cento ao do seu pai e antecessor no cargo, Belmiro de Azevedo.

Na sequência do comunicado enviado a Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) sobre as remunerações da administração da Sonae SGPS, na qual a empresa refere que em 2007 a remuneração média dos administradores registou um decréscimo de 12,1 por cento em relação a 2006, fonte oficial do grupo revelou à agência «Lusa» que a forma correcta de apurar o vencimento da comissão executiva e dividir a remuneração total de 10,8 milhões de euros por 4,3 administradores, «uma vez que Belmiro de Azevedo fez parte daquela comissão até Maio de 2007», altura em que foi substituído na liderança do grupo por Paulo Azevedo.

A mesma fonte acrescenta, ainda, que, além disso, o valor de 2,5 milhões de euros/ano resultante dessa avaliação também está sobre-avaliado, porque, como explicado no Relatório Anual do Governo das Sociedades, «deve ser deduzido de 4,48 milhões de euros relativos a remunerações diferidas de 2004, 2005 e 2006 que só podem ser transformadas em liquidez em 2008, 2009 e 2010». Ou seja, não constituem remuneração no ano de 2007.

«Se aos 10,8 milhões de euros subtrairmos os 4,48 milhões de euros teremos, assim, 5,32 milhões de euros como remuneração total da Comissão Executiva em 2007. Dividindo este valor pelos 4,3 administradores já referidos, teremos uma remuneração média de 1,23 milhões de euros por administrador».

No caso do vencimento de Paulo Azevedo, «o princípio é o mesmo: 1,08 milhões de euros são remuneração diferida de 2004, 2005 e 2006, que só se transformam em liquidez em 2008, 2009 e 2010».

Em 2007, a remuneração anual de Paulo Azevedo foi assim de 1,35 milhões de euros», concluiu o responsável.