Existe um grande número de espécies de cobra D’água em todo o mundo. Esse é um animal que gera grande curiosidade em torno de si por sua habilidade de nadar e caçar na água.

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Embora a maioria das espécies não seja venenosa, algumas delas são conhecidas por ser mortais. Por isso, é preciso ter cuidado redobrado ao circular por seu habitat.

Quem deseja saber mais sobre a cobra D’água, inclusive, quais delas são venenosas e como se prevenir, reunimos neste artigo tudo o que você precisa saber. Continue a leitura e saiba mais.

Características da cobra D’água

As cobras D’água podem apresentar cor escura, marrom ou acinzentadas. Em suas costas, pode-se observar manchas quadradas, que podem se fundir entre si, formando unidades maiores de coloração.

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A barriga da maioria das espécies é branca, amarelada ou alaranjada, sendo que, as bordas são escuras e formam o desenho de semicírculos.

Descrição

Há centenas de espécies de cobras-D’água na natureza. Algumas vivem no chão, outras tantas tem hábitos arborícolas (vivem em árvores) e algumas são semi-aquáticas.

Cada fêmea costuma por de 30 a 40 ovos de cada vez, privilegiando lugares diferentes a cada desova.

Por conta desse hábito, um fato curioso ocorreu na Inglaterra há alguns anos. Nas imediações da muralha de um castelo foram encontrados mais de 1000 ovos de cobras D’água em um único buraco. Estima-se que cerca 40 fêmeas tenham sido as responsáveis pelo “trabalho”.

A cobra-anelada, por exemplo, espécie de cobra D’água comumente encontrada na Europa, põe seus ovos em junho ou julho em qualquer lugar aquecido – como montes de feno ou junto a matérias orgânicas em decomposição, como folhas em campos abertos e pântanos. Estas cobras costumam se alimentar de rãs, roedores, aves e lagartos. Lagartos, aves pequenas.

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Habitat

A presença da cobra D’água está associada a uma grande variedade de habitats aquáticos, tais como lagos, albufeiras, pântanos e charcos. E embora ela seja encontrada preferencialmente na água, há períodos nos quais ela prefere locais secos, como durante a sua hibernação.

Um fator interessante a seu respeito é sua capacidade permanecer submersa por até 15 minutos. Esse fôlego de sobra é utilizado para fugir de potenciais predados.

Fatores de ameaça

Por se tratar de um animal que vive, preferencialmente, no ambiente aquático e em locais húmidos, um dos principais riscos a espécie está relacionado a poluição dos rios e a degradação de regiões pantanosas. A destruição desses habitats vem provocando o desaparecimento de populações inteiras de cobras D’água.

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Inimigos naturais

Entre os inimigos naturais da cobra-D’água temos uma grande variedade de animais, como garças, gaviões, águias, cobras, lontras, ouriços e furões.

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Reprodução

A cobra D’água costuma manter dois períodos de reprodução, sendo um durante a primavera e outro no outono. Um fato interessante a respeito de sua reprodução é que a cópula pode durar até uma hora.

A cada postura, temos 8 a 36 ovos que, como já relatado, são colocados em locais aquecidos, como valas, buracos e raízes debaixo de pedras. Os ovos são brancos e medem cerca de 3 por 1,5 cm. O período de incubação dura de um a três meses.

A maturidade sexual das fêmeas acontece aos 4 ou 5 anos de idade. Já os machos estão aptos a reprodução a partir dos 3 anos de idade.

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Atividade

Muitas espécies de cobra D’água permanecem inativas durante o inverno. Somente nos dias mais quentes elas costumam sair de seu refúgio para tomar sol.

Seus hábitos são fundamentalmente diurnos, mas durante o verão é comum encontrá-las em atividade durante a noite.

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Todas as cobras nadam?

Depois de conferir as principais características e hábitos da cobra D’água, muitos podem estar se perguntando: todas as cobras nadam?

A resposta para esta pergunta é: sim, todas as cobras nadam. No entanto, esse é uma característica marcante para algumas espécies em particular, como a boca de algodão, as cobras de água do norte, as cobras de água asiáticas, as cobras de água do arco-íris e as cobras de mangue.

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Essas espécies representam um risco para banhistas, já que em seus deslocamentos podem entrar em contato com as pessoas e as atacarem. No entanto, a tendência é que elas não se comportem dessa forma, a não ser que se sintam ameaçadas.

A propósito, a impulsão das cobras na água é bastante reduzida em comparação a sua posição na terra, o que, por si só, é um desincentivo ao combate.

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Como prevenir ataques de cobra D’água?

Como vínhamos falando, o ataque de cobras D’água a humanos acontecem, embora sejam improváveis. Por isso, ao nadar em regiões onde existe incidência desses animais, o cuidado deve ser redobrado.

Quanto a isso, vale esclarecer o comportamento de alguns animais dessa espécie quando pendurados em arbustos e galhos de árvores em busca da luz do sol. Quando estão nesses locais, esses animais podem saltar na água e assustar pessoas que eventualmente estejam nas proximidades.

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Esse movimento costuma ser erroneamente interpretado como um ataque. No entanto, o salto sobre a água é apenas a cobra retornando para o seu habitat depois de perceber alguma movimentação suspeita. 

Quais espécies de cobra D’água são venenosas?

Nas Américas, apenas uma espécie de cobra d’agua é venenosa. O seu nome é mocassim de água de algodão. Mocassins de água ou “Cottonmouth” são tão letais quanto cascavéis e cabeças de cobre. Seu ataque costuma ser mortal. Durante o bote, suas mandíbulas se fecham muito rapidamente e com uma força colossal.

Seu nome guarda relação com um hábito curioso, que é se deitar com a cabeça aberta, mostrando seu interior. E embora essa seja uma espécie cujo veneno é letal, os mocassins de água são considerados bastante dóceis por biólogos.

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Nova espécie de cobra D’água encontrada no pantanal

Helicops boitatá: nova espécie de cobra D’água identificada no pantanal
Helicops boitatá: nova espécie de cobra D’água identificada no pantanal (Foto: G1, reprodução)

O pantanal é o menor bioma brasileiro em termos de extensão. No entanto, a diversidade de espécies animais nesse território impressiona. São 41 anfíbios, mais de 260 peixes, 463 aves e 132 mamíferos catalogados.

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Aos 100 repteis também identificados no bioma, soma-se um novo membro: a Helicops boitatá – nome científico para a espécie de cobra D’água catalogada por quatro biólogos sul-mato-grossenses em 2018.

O primeiro encontro com animal se deu dois anos antes, em uma viagem dos pesquisadores ao pantanal. Em um trajeto de carro nas proximidades de uma superfície alagada, a cobra de coloração diferenciada chamou a atenção.

Curioso pelo que viu, o pesquisador Antonio Moraes resolveu fotografar a cobra para estudo, o que representou o início de um grande trabalho.

“Descobrir uma nova espécie não se restringe simplesmente a encontrar os animais na natureza. É preciso demonstrar cientificamente que aqueles exemplares não fazem parte de uma espécie já descrita”, afirma Moraes.

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O processo que se seguiu para a confirmação de que se tratava de uma espécie nunca antes descrita pela ciência envolveu uma força-tarefa composta por 10 especialistas. Quase dois anos depois e a partir de levantamentos exaustivos sobre taxonomia de serpentes, foi possível chegar a uma conclusão. De fato, o animal encontrado era uma nova espécie de cobra D’água.

O nome escolhido – Helicops boitatá – foi uma homenagem ao folclore regional. Para quem não conhece essa tradição, a lenda do Boitatá, passada de geração em geração, conta a história de uma cobra gigante que habita os rios e cuja missão é proteger as florestas.

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