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ENCICLOPEDIA PRATICA | DA: CONSTRUCAO CIVIL 6 | TEXTO Z DESENNOS DE ¥. PEREIRA DA COSTA ESCADAS DE MADEIRA as escadas do madoira sio as escedas de carucol as de maior fragilidade, pela sua contextura © cons- trucio. O sea aspecto nom sempre & airoso ¢ is vezos apresenta um corto acanbamento. Esto tipo do escada 6 mais proprio para ser constrafdo em ferro. Nos tem- pos das velbas construgdes pesadas cram estas oscadas constrafdas em cantaria ¢ até mesmo em elvenacia de pedra on de tijolo. No entanto para ligagdes ioteriores as escadas do ca. racol, de madeira, tm o seu lugar remarcado, tanto em construgdes simples como em coustragdes de Jaxo. rT Lerrimde Listen, — Bare — Fig. INICIO DA ESCADA DE CARACOL DESMON- TAVEL COM BALAUSTRADA T- Nos chamados interiores de arte, ondo geralmonte predominam as boas madeiras em aplicagves caras, como lambris, gaarneciwentos do portais © (octos séo as os- cadas de madeira, quer do lancos, quer de caracol, as do maior preforencia. & nestas escadas que de ordi rio se ompregam as mais curigsas balaustradas do deli- cado tragado 6 onde mesmo as combinacdes do madeiras coloridas tm 0 sen bow lngar. ‘A parte o seu tragado, 6 nas oscadas de caracol onde os arquitectos © os decoradores emponham a sua fantasia. —peaNta # comPOs(gaO DUS DEGRAUS DA ESCADA DE CARACOL DESMONTAVEL SCADAS DE MADEIRA ESCADAS DE CARACOL s escadas de caracol, assim designadas porque o seu tragado em forma de espiral 6 geralmento conhecido por caracol, © nomo do molusco devorador do vogetais, terror dos horteldos, so um tipo de escacias que, 930 sendo artistienmento bolo, 6 uma construgio cotilitacia, As escadas desta classe sio sempre, om quose sem- pre, constroidas para ligacio de paviwentos interiores, como sejem, de uma loja a uma sobreloja, do qualquer andar um sétio 0, também, as vezes, utilizadas na li- gacio de dois andares. Apesar da sua grande o preciosa otilidade nonca, estas escades, sio destidadas a grande movimento. © trévsito por estas acavbadas constragies 6 sempre diminnto. A sua largura ¢ a ponca altura, para que uma pessoa possa afoitamente desenvolvor-s® na ascensio, sio motive do sobejo para quo 2 passagem por elas $e. pao posso fazer Gesenvolvidamente como seria de interesse. Nio porque a sua construgio em madeira soja fo frigil como & primeira vista parece, pois quo em- bora com 0 movimento circulatério de subidas o desci- das, oscile muitas vozes, 2 sua resisténcia & absoluta- mento eficaz. ‘A sua estrutura, quo tem como ligacio primordial as semblagens, 6 bastante forte o firme, devido, priv- cipalmente, & Sua forma belicoidal. Estudada om por- menor a sta constracio, facil nos 6 conceber a sua grando resistencia. A desonvoltura das escadas de caracol marea 0 valor da carpintaria civil neste sector de trabalho de sequéncia propria, onde as ligagdes a0 todo de uma edificacio 56 se fazemn de pavimento a pavimento. Na construgio destas escadas 6 muitas vezes posta & prova a pericia dos carpinteiros em trobalhos de pre cisio como estes que ora esiudamos. As samblagens @ todas as demais ligacdes, para boa seguranca da cons trugio, tem do sor execviadas com um rigor absolute. Como aceateames acieriormente, cuando estudimos a construsio dos outros tipos do eseadas, agora repo: timos que o trabalho a exocutar nos‘as obras tem for- gosamonte de ser mnitissimo perfeito. Deotre os diversas tipos de eseadas de caracol que se constroem actuahnente entre nds, aprosentamos os trés mais importantes, que sio: escada desmontével, escata de pito central 0 esceda de Bomba. Totios os outros sis- temas de caracol giram, mais ou menos, em volta dos estodos que apreseniamos. F apenas questio de pro- jecto. Estas escadas, especialmoate os dois sltimos tipos, podem ser construlias @ inyleea © & francesa, ficands Geste modo toda 2 soa seguranga nd guarda-chapim, que liga os pavimentos inferior © superior onde a cs: cada tem lugar. ‘© guarda-chapim tem nestes tipos de eseadas a pri wordial fanc3o de perna e especialmente de perna exto- rior. Na cscada de bonba si0 dois os gaarda-chap'ns: © exterior @ 0 icterior, qve tém ambos x fancio do pernas. Na eccaa de pito central a carga da aruadura do recai s6 sobro o gearda-chapim, pois que a coluna, 25 © chamado pido, reecbe a parte principal. Na esvada desmontdel toda’ a fancio estrutaral reside nos degraus. Os degravs completam por si toda a armagiio da cons: trocio, constituindo base o pleno apoio na sua clevacio. Nesta escada o goarda-chapim s6 serve para a sua liga- sho exterior e apoio da guarda. ESCADA DESMONTAVEL Tren esta escada que comporta viol degraus, para veneer um pavimento, a originalidade do nio con- ter colana ou pilar central, sendo o chemado pido cons- tituido por pegas gue fazem parte do degrae. ‘Pesta eseada de planta qoadrada, para-dear encostada, a um Angulo formado por duas paredes, mas 2 constr cho podoria também aplicar-se 2 uma planta circular. Neste problema aqui apresentado a escada sh com- porta peroas nos lados exieriores, @ qoe servom simul- Lneamente de goardas-chapins, pois que os degraos entalham nelas, pelo sistema francas. Nos dois lados das paredes os degraus encastram os seus topos na alrenaria. No deseaho (Fig. 3) vemos como se levantam da planta 2s linbas perpendiculares para obter as pera guarda-chapins © mareat-lhos as coacavidades a als para a entrada dos degrans; nas figuras 4 ¢ 5 vemos 3s plantas do infefo e do fim da eseada, ambas em liga- 30 com 0 alcado de toda a construcio. ‘A simplicidade da consiragao desta escada @ Jo seu ‘estado 6 manifesta. © pormenor X mostranos a forma ordiviria da liga- eho dos espelhos aos cobertores, enquanto que o porme- nor Z nos da a constitnigio completa do degran tal qual se deve construir. Na construgio desta escada 0 que mats intoressa & 0 degran, podendo mesmo dizer-se que ela é apenas 0 con- Junto exclesive de degraus © mais nada. Os degravs ‘desta coriosissima escada sio compostos por tr’s pecas, que S30: espelho, cobertor e tambor. © espelho entra no tambor por um sulco aberto no sentido vortiesl, © 0 cobertor, quo se lige ao espelho ordiniriamente ‘como vemos nos pormenores, assenta sobre 0 tambor emo que se fixa. No cobortor abre-so va sua parte arredondada, faz 0 anel do pido, uma concavidade circular para entrada ao perne do tambor, como se observa na figura 5. A montagem deste escada 6 muito pritica. Basta ir pondo os dograus completos wus sabre os outros, nos seus lugares, do acordo com a distribuigso da planta, enfando 0 perne do tambor na coneavidado ou mecha aberta no cobortor do degron que vai fcando a baixo. © travamento faz-se com 0 peso da constragio © an- meata gradualmente, & medida que se vio sobrepondo os degrnus 0 ussentando es pernas-guarda-chapins, for- wands un Sngulo ennnialvetado. A largora da escata ndiferente ao seo sistema de constracio, bem como 0 seu nimero de degraus ea sua altura total. ESCADAS DE MADEIRA MALKETE COBERTOR Fig, 3 PLANTA GBERAL E CORTES D4 ESCADA DESMONTAVEL TRACADO DA ESCADA DESMONTAVEL Desexnapa a planta da escada no espaco quo Ihe & destinado, estabelecendo-so 0 difimetro a dar aos tambores quo, fixados no conjanto de cada degrau, for- mam como que uma colona central, deseaba-se a Linha de Tran: Nesta linda marcam-so os degrans com a largura que acharmos conveniente a am bom transit, ou conformo & necessidade quo nos possam impor, as voxes, as peque- bas dimensdes da caixa da escada. ‘Na planta do inicio da escada (Fig. 5), 0 nimero do dograus a isserir 6 0 de uma rotagio completa, que nunca devera sor inferior a troze, dividindo-se, por con- seguinte, 0 comprimeato da Liha de Trénsito om dozo partes iguais. Este nimoro multiplicado pela altora dos. Uogeauss neste exemple 62/18, 44a altura livre paca passagem das pessoas, deduvida a espessura dos cober- tores quo 6 07,04, 0 total de 2°,12, quo 6 suficiento neste género de eseadas. Qusndo 2s dimeasdes da caixa da escada permitam ‘um maior mimero de degtazs no rotagio, 2 altura livre entre cada degrau sobreposto om cada’ volta 6 maito major, dando mais desafogo 2 passagem. ‘Completada a planta com codes os degraus, no nosso caso vinte, tiram-se das extremidades exteriores destes, perpecdicatares que nos vio dar toda a grandeza dag erbas nos lados livres da escada. - ‘As pernas ligam-se eptrs si por mato de malhotes no angulo livre © encastram as outras oxtromidades nes parodes. Para a Gxagio dos dograss nas pernas, abre-so melas wm saleo do acordo com as espossuras dos cobortores © dos espothos, como nas escadas & francesa. Assia, nn primeira pers octeain os degrans 8, 9 2 10, © na sogueda entram 4s 11, 12 6 13. Os degraus 2, 8, 4,5, 60 7 encasteam mes paredes, © op." I con- torna pura o exterior ou tozeja com um guatda-chapim. 37 ESCADAS DE MADEIRA AL TBE Fig. 4 PLANTA SUPERIOR DA ESCADA DESUONTAVEL Os que reccheram os n.* 14, 15, 16, 17, 18 © 19 também encastram nas paredes, como os que The ficam inforiormente. © degran 20 entra na constituicio do patamar, ja, por sua vez, integrado no pavimento a quo a escada liga, ‘A largare das pernas é obtida com paralelas relacio- nades com os focinbos dos degravs, dando-se scima destes ume dimensio couvencional, que no nosse exem- plo medo 0,05. Conhecidas jé es formas de tracar a plants, as pernas @ os deerans (Fig. 3), observomos as plantas do inicio © do final da escada onde sé véem, a par da disposicao de todos 03 degravs, os guerda-chapins do pavimento suporior (Fig. 4). ‘va B ip 6 PLANTA INFERIOR DA ESCADA DESWONTAVEL No algsdo da escada obtido pela linha C-B, vemos 2 arromagio dos degraus, uns sobre os outros, dispostos numa rotagio © meia, pois que o sou niimero, como atraz dissomos © vemos nos desenbos, 6 de 20 (Fig. 6). ‘Terminedo 0 tragado pode proceder-se 4 coustrugio a eseada, proparando toda # madeira necessitia, que pode ser do qualquer qualidade. CONSTRUCAO A construcio deste tipo de eseada 6, podo dizer-so, semelhante Squela qao atilizamos nes escadas dé Jangos. Pode, como straz dissomos, construirse em qualquer qualidade de madeira e pode também, como sucodo naquelas, omprogar-se o prego. Escolhida a ma- deira ¢ preparada com as secgdes indicadas uo tragado procode-s0 ao seu aparelbamento. ‘A poca desiinada aos tambores 6 aplainada Sesndo com 0 paramento do seu ditmotro bem arredondado. As tibuas destinadas aos degraas devidemente do- sempenadas © desengrossadas ficem prontas a serem cortadas da acordo com o tragado. Deste modo eoloca'se » peca para cobertor em cima aa planta do dograu, marcam-se, elovando com 0 es- guadro da planta para os cantos da peca, as linbas quo indica por onde se deve cortar # tabua 6 trabalhe-so ‘a madeira soguindo todo 0 tragado. Na tibea que serve para espelho nio ha a fazer marcagio especial, baste corti-la no seu devido com- rimento POV envazisdo do coberior para receber o macho 30 espelho 6 om tado-semelbante 20 quo s@ abre nos co- bertores valgares. Os topos dos degrans (cobertor e espe- Yio) qne fieam para o eixo da escada ficam preparados com inachos pata entrar no envariedo do tamtbor. Preparados por conseguints os degraus, com 0 son espelho © cobertor faz-s0 a sua pregagem, obedecendo a0 principio do macho superior do espelho entrar no eavaziado inferior do cobertor, deixando ficar bem os- gaadriados os topos, exjos machos derorio entrar nos envaziados do tambor. Segvidamente fixa-se no degrau J4 completo 0 respective tambor. Depois dos dograus todos estarem prontos 6 quo se inicia « armacio da escada, assentando uns degraus so- bre os outros. Este assontamento, como muito bom se compreendo, 6 foito pelo mesmo ‘sistema dos degraus isolados. O' macho do dograu superior ontra no enva- ziado aberto no cobortor do degrau que fica por debaixo, ea fixagio de um dogran a outro 6 também operada por parafasos ou progos, tal qual como so faz coma constragdo isolada dos degrans independentes. ‘A fixagio dos tambores ontro si 6 absolutamente Livro. Os tambores entram uns sobre os outros ¢ assim ficam, 86 apertados © sob 0 poso dos que vao carregendo so- bre eles. Aponas os degraus ficam fixados por meio de progos ou de parafusos, como j dissemos. Para a boa desmontagem da oscada 6 aconselhavel a utilizagio de parafsos e nio de progos, como so compreende. © bom galgamento do todas as pecas 6 imprescin- divel para-o bom nivelamento dos degrans © bos apra- ESCADAS DE MADEIRA Pig. C—ALGADO PA ESCADA DESMONTAVEL, COMPLETO, DE UM PAVIMENTO AO OUTHO Ne pormesor Z inte a forma como o degrau & consiruide ESCADAS DE MADEIRA macio de toda a obra. De todos estes cuidados dependo 2 boa seguranca desto tipo de escada, som divida 0 mais curioso dentro as oscadas de caracol. Dos lados das parodes confioantos os degraus encas- tram nolas € dos lados exteriores eneastram nos guarda- -chapins, que executam as fancdes de pervas. As Gguras que ilustrain estos estudos sio bastante elucidativas, para a bos comprecnsio de todas as fases dos trabalhos # oxecvtar. © exterior da escada, os goarda-chapins @ as balaus- tradas deverio ser pintados, bom come o tambor, a ver- dadeira espinha dorsal de toda a escada. ESCADA DE PIAO CENTRAL No tragado das escadas de caraval deve ter-se sempre em conta, como ja dissemos nos Mreliminares, 0 nimero do degraus om cada rotagio, pois que 2 altura entre dois degraus perfeitaments sobrejostos deve dar Tagar & passagem das pessoas. ‘© niimoro de dogrsas mai ser inferior a trezee, se a largora deles na Linhs ‘Transito vio oforecer muita Jargara, devido ao dis Ga escada pio poder ser Jargo, recorre-so & ms ura. Isto 6, em lugar de termos dcgtous de U".16 ou ©,17, vamos a 0°18, 07,19 0 algomas vozes « 0°.20, eujas alturas neste tipo do cscadas nom sempre sio into- leriveis. Na exemplo que aprosentamos estabelecenios trezo degravs de 0°17 de altura, 0 quo nos d& na ro- tagio 0 pé direito de 2,23, quo é wuitissimo bor. Esta escads destionse 'a atingir uw pavimento de 8°,93 do altvra, pelo que contamos dezanove degraus. 0 diimetro da escads é de 1°,60 © como o didmetro 4a colana ou pio contral, que é'bastanto grossa, mede 0",20, ficam as passagens com O",65 de largara. Os’ degraus si0 estelbados na’ coluna (Fig. 7), onde prosiamente se morcarem os degravs em toda a aitora, © na parte exterior deseansam numa perna belicofdal constituida de pesas, relaivamonte, do poquenos compri- mentos (Fig. §), quo encastra to chav em eadeia, pedra, ete., © liga por cadeia ao vigamesto do piso superior. ‘A grade do rosguardo ov guarda da eseada asson- tase ba face oxtorior da perms, uma vez que este tipo de escada ¢ a francesa, was s¢ 0 nfo fosse assentaria sobre a perna que nesse caso servia também do guards- -chapin, cnjo exemple daremos noatra eseada de ea- racol. A espessura éa coluna é indifereote: pode ir do 05,10 a 07,30. © romato superior da coluna ou par podo ser con- forme o ambiente da dependineie onde a eseada tem lugar. ‘Toda a madeira a exipregar nosta escada deve fear cpavenigntemeste trsbsthads, pols que toda o earpirta ria Bea a vista. Das escadas de caracol é este tipo, 0 do Piio Central, assim chamado por se deseovalver om torno do vaa colons no sou cixo, 6 de rials facil execcio. B > mais coaliccido, usado ¢ pritico. O pido tanto pode ser uma colune como um pilar. Para maior fecilidade do trabalho —6= do execugio a colana oferoce maior vantagem do que o pilar. © aspecto desta escada é vulgarissimo, vada tondo por consegvinte de extraordinario. Do lado do piso os dograus encasirom nela por do macho embebido numa escarva; do lado exterior pode aplicar-se um guarda-chapim onde os degraus po- dem encastrar ov, como no nosso estudo, uma perna rocortada onde assentam. ‘A. guarda desta escada pode ser constitaida por grado de ferro fixada no exterior da perna o balans- trada de madeira, com os balatistres assentes sobre os degrans. eed ‘As peas que constiteem @ pera sio ligadas optre si por’ walhoios © envazisdor, Scando a sue solider de madeira completa, TRACADO DA ESCADA DE PIAO CENTRAL Fsrxitana a planta no didmotro ‘A-B, sio inseritos na Linha de Triinsito todos os degravs de uma rotacko completa. Para melhor compreensio do deseoho ce da constragao, sio marcados também todos os nime- ros correspondentes a todos os degraas que formam a escada, que so dezanovo (Fig. 7). Da planta eleram-se linbas perpendicclares para po- 2ermns desenhar 0 algado da eseada. Numa destas Hiahas do Iado exterior marcamos altura da escada, do um pavimento a outro, com a divisio dos degraus. Destas ivisdes tiamos lighas borizontais, quo iado de encontro 8s perpendiculares clevadas da planta formamos os de- graus. Estes aparecem de frente, de Jado © detraz do piio central que no nosso problema 6 ema coluna, mas que pode tawbém ser om pilar. B na coluna ou pilar que se emmecham os degrans. Os svlcos a abrir na coluna devem dar entrada aos co- deriores © espelbos, com bastante aperto, para quo solidex da escada so mantenha. a 1 A ligaczo dos degraus eotre si pode eer feita por qual see ern erase los Preliminares (Caderno n.° 3), mas os tipos 8, 4, 5 7 ali vistos slo os mais recomendaveis, pela sua es- trutura, que é sélida e elegante. As condigves de sol dez o elogincia sio primordiais nestas escadas constrot- das em redor de uma coluna e completamente & vista. O tipo de porna para o lado exterior desta escada tanto pode ser o de guorda-chapim como o de recorts. Na figura § apreseniamos a perba recortada porque os. degraus perfilam sobre ela, em construgio & francesa, was se se pretender oplicar 2 perna do gaarda-clapim, pode fazor-se ¢, talvez, com sais vantugem para a so: ides da obra. Pelos desenhos (Figs, 7 © &) mostramos claramento agailo 0 a execeedo desto tipo de eseada do earacal, (0 desta obra é correntia quando feita em ferro, mas de dptinia o também de quando manefseturada om madeira, como o problema aqui apre- sentado e deseorolvido. ESCADAS DE MADEIRA Fig. 8— ESCADA DE PLO CENTRAL PROVIDA ESCADA DE PIAO CENTRAL Fig, T—TEAGADO DA DE PERNS RECORTADA NSCADAS DE MADRIRA awe OS LH REG wu aw Fig, 8.~TRAGADO DA ESCADA DE BOMBA © emprego do pilar torva msis difleil o tragado, gnando a sua seccko for quadrada, mes torna-o mais simplificado s0 a sua secgio for sexta ow oftavada, "A sees redoada ou circular 6 por todos os motives ‘a mais pratica para o pido. ESCADA DE BOMBA vms escada destinada a ligar dois pavimentos com a altura total de 3°,74. Disidida esta dimonsio em vimero conveniente de degraus com piso largo, obtivemos viate © dois com O°,17 de altura. Dispondo pars a Jargera da oscada do um ditmetro de 2*,00 podemos, com as passagens de 0°,65, deixar a bombs com 0,76. Esta bomba bastante franca oferoce inémeras vanta- gens: « montagem do um monta cargas mecanico ou manual, a passagom de correntes transportadoras, 0 arremesso de volumes em caso de sinistro num dos pa- vimentos, ete., etc. © tracado desta eseada 6 semelhante aos dos outros tipos do oseades de earacol. Traoa-so no chio a planta com 6 convenionte mimero de degrans, de onde 56 le- vantam perpendiculares que vie encontrar as borizen- tais que maream as alturas dos degraus no aleado. Quando a escada 6 constrofda na oficina, indo desar. mada a assontar no sou lugar proprio, os tragados, tanto da plenta, como do algado, séo feitos om taipaig, com todas as dimoostes em tomanbo natural. Os degraus, goralmente evvaziados uns n0s outros, entalhamn nos topos em pernas-guarda-chapins, oude sdo abertas as concavidades. ‘As pernas, como quase om todas as escedas, ligam-se as cadeias dos pavimentos pelos sistemas usais pestas ‘conatrugdes. Neste tipo de escada nfo 6 econselhavel o sistema de construgio & francesa, dovido & oscilacao, pols quo noma escada, cémo o que apresentames, com mais do uma rotacio, é factor primordial 0 bom aperto dos ontalhos. ‘Ora, parece-nos quo no ficando os degraus deste escada apertados ontre as dues pernas, a interior © @ exterior, a seguranga Dio seja tio garentida. Porém, es carpinteiros com a saa pericis profissional, poderao constrair dentro de todos 08 tracados, 0s sistemas mais interessantes ¢ convenientes. Sobre as pernas, tanto de fora como de dentro, as- sentar-se-i0 as guardas, que poderio ser, como Das ou- tras oseadas, grades de ferro ou balavstradas do ma- deira. Nestas escedas 0 bow acabamento 6 condigao essencial da seguranca da consirocio. Nas oscadas de caracol usa-so muitas vezes 0 sis- tema de pregagio, mas essa pritica ni € aconselbi- vel. Estas construgdes devem ser sempre, para a sua perfeita seguraaca, ligadas por meio do parafusos. Para mais neste tipo de bomba sé os porafusos estio indicados. O sea bom apertamento permite a completa soguranga. O pregamento facilitava a oscilagio em maior escala, 7 “Assim, pio s6 a Uigacto dos dograus entre si deve sor feita por parafusos como tembém o assentawento do guarda-chapim por esse sistema dove fazer-so. ESCADAS DE MADEIR Fig 1 ALGADO PROVIDO DE GUARDA-CHAP Sate eStart sparssrrt “lly tt Fi, 0.~ TRAGADO DA ESCADA DE BOMBA ESCADAS D MADEIRA Nas escadas do progo, com boss madeiras, sto 0s pe- rafesos de latio com eaboca do womogo quo tém apli- cagio. ‘Também nostas escadas, mormente nas de bomba, como a deste estudo, toda a forragom a omprogar nas igagdes das pecas quo constitaem o guarda-chapim sio sempre de latio, ‘Tudo, porém, dependo da catogoris da obra. No on- tonto, frisamos mais uma vez, a construgio dastas es- cadas exige uns conhecimentos téenicos ncima do vulgar A coustragio da Escada de Bomba 6 de todas as es cadas de caracol a de mais dificil exeeusio. TRACADO DA ESCADA DE BOMBA DDesssiase 2 planta com as suas dimensdes certas dentro do espago que Ibo é destinado. Marcado © lugar da bomba, indica-se a liaha de transits, guo na planta (Fig. 9) vemos com as setos a mostrar o ecminho por onde se sobe. Nesta lipha inserevemos os degraus, eujo nimero, como ji dissemos, nio deve ser inforior a treze, para qvo ein eada rotagio possa eaber A vontade uma pessoa. Da planta elovamos 6 eada extremidade de cada degran linhas perpendicolares para estabelecermos 0 algado da eseada. Desenbada a linbs do pavimento onde tora Jugar construc A-B, tiramos do ponto A uma perpendicu’ onde as altoras Correspondentes a cada degrau sko mar- cadas o numeradas na sua totalidade, até Z no pa meuto superior. Destes pontos tirawos horizontais que atravessor as perpendiculares e assim so obtém os degraus, quo se desentam de frente, do perl © de tardoz, como se vb no desenbo (Fig Ns Bgura 10 mostramos na planta os degraus com- pletos com focinbo e 2 pontos a linha do espelio. No eado vemos todo o desenvolvimento dos degraus 6 a esnada pronta a receber as pernas. Na figara 11 jé achamos 2 escada provida de pern: -guardas-cbapins © pronia, nesto caso, a lovar as gra- des do guarda, tanto do lado oxterior como do lado de bombs. A planta moster a maneira de covstruir as per- pas. A copstracio desta escada 6 do bonito efeito. Como deixamos escrito este tragado 6 idéatieo aos tragados dos dois tipos de caracol ja estedados, mas a sua oxccacio 6 muito mais diffeil. Essige-so no estado deste escada um pouco mais do precisio. Esta escada fea completamonte abandonada, dizemos assim, em todo o espago quo medoia do pari’ monto do ondo parte até Aquelo a onde so destioa S6 a sux boa construcio sestenta todo 0 equililrio, da obra, & primeira vista de dobil e geacioso molde. Toda'a desericio do tragado da Eseada de Caracol de Bomba que acima deivamnos 6 a clareza das figuras, que expomos, so 0 swficionte para realizar a constru Porfeitissinia desta obra, que é bastante hela e engenhosa. Fivalizamos 0 estudo do tracado da eseada de homba, recomandando aos nossos estudiosos que antes do fa: yerem 0 desenho em tamsabo natural para a execucio @a obra, 0 estodem ea escala do 1:10 como eusaio prévio pare o bom éxito do trabalho. —10- ANOTACOES ORMENORIZANDO estes trés tfpos do escadas de ca- racol, deiximos 20 estodioso mais quo suficienta bagagem para dolinear qualqner ontro tipo de caracol ae 2 sua imaginagio possa criar. A baso do toda esse construcao af fica. Agora apenas basta estadar os desenvolvimentos necessirios & obra que se protonda clovar: Uma coisa, poréra, nio deixamos do repotir: 6 tudo © que diz respeito as aituras de trinsito, tendo constan- temente em conte gue pela escada sobo © desco uma pessoa de altora normal. F também lembramos que es- cada que obriguo o transcuate a caminhar curvado pio devo ‘Ser constraida, conguanto isso se encontre algu- mas vores. Para boa contagem das altucas nio so deve esquecer de adicionar A altara do degrau a espessura do seu cobertor. Algumas veves a altura do pé dircito de vm andar a Yencer, conjuntamente com 2 espessura do seu pavi- mento inferior, nio 6 de molde a dar-nos ume boa di- visio de dograus, mas ¢ nesses casos dificcis que se observa a competéncia do constrator. Também para a largora dos éegraus chamamos & atengho do leitor, pois gue pare se obter uma boa sio pa altura da eseada, pode econtecer olvidar-se 0 e6- Peto, Jo piso a dar aos planos @ tornarse a escada ine ‘transitavel, por vela nao cabere:n os pés do transeunte. Para so realizar um bors tracado de qualquer osca 6 mister prestar muita ateng2o 20 trabalho, ¢ entio nestas esendas do ceracol maior cuidado’ ainda 6 requerido, ualguer diferenga de compasso ou de cota pode i duzir 0 constrator em erro de elevado prego, por isso no ¢ domais insistir quo a execagdo de um tragado destes construgaes ¢ um trabalbo de preciso. Julgamos ter dado quanto 20 tragado das escades do caracol todos os conselbos nccessirios aos principiun- tes, © agora falaremos um pouco da constragio. © trabalho do carpinteiro devord ser do inexcedivel porfeigio, tanto no arranjo das madeiras, como 10 aca- bamonto. As samblogens, os malhetes, a8 mecbas 0 08 escarvados deverio morecer especial earinho do bom profssional. As madeiras deverio ser bem secas, 4 Sempenades € esquadriadas, para serom evitadas as di- lataghes ¢ encurtamentos, que fazem perigat a seguranca da escada © = sua complota roina, pola dispersio dos spas poses, : ‘As escadys do caracol poderao ser pintadas, enver- nizadas ou pulidas, consoante as madeiras de que covstroidas. As boas ligagbes destas constragves, como sio as eseadas ée caracol, devem ser feitas com ferragens é parafesos, que garantom a solidoz absoluta das suas stratoras. A boa seguranca destes teabalhos do madeira, om que dove ponderar uma técnica segura e perfeita, 6 tema principal a observar constantemonte pelos coos: trutores. 0 uso permivente do nlvel, do esyuadro ¢ do fo de pramo 6 improseindtve) para a! obteagzo perfeita desias ‘obras. A Loa ligacio das escadas aos pavimentos onde assentam deve ser bem observada © bom executada. ESCADAS DE MADEIRA GUARDAS DAS ESCADAS $ escadas de madeira podem comportar como goar- AS "ins basoatradae £6 tats erodes de te, grades de madeira @ grades mistas do ferro 0 madoira Nos eseadas de cocstrucio vulgar ¢ a francesa assen- tam muito bem as grades de ferro, nid Ihe sendo to- davis descabidas as balavstradas de madeira. Nas asca- das covstraldas a zuglesa sio os halaistres do madeira qua, ali t8m lugar do preferéocia 3s grados do ferro. sobre guarda-cbapim que so assentam as grades pas eseadas que os possuem. Porém, pas escadas & in- giesa os balaistres de madeira 0 até wesmao as grades, Assentam sobre os degraus on no topo deles, do lads da bomba, sobre a,porna. ‘A fixacio Jas guardas 6 feita por meio de parsiusos quando so trata do grades assentes sobre 03 gusrda- sebapios. Os baladsirés de madeira, quundo sio assea- tes nos topos dos degraus. também si0 fixados com po- rafusos, quo as vezes tomam um certo at decorative. Quando 0s balaistres assentam sobre os degraus, possem como que um perne na sua extremidads infer Hior, que entra niroa mecha aborts no cobertor do pré- prio degraa onde assenta. AA ligagdo de toda a balaustrada de uma escada 6 feita fem geral pelo corrimio que corre solro eles todos, © quo os segura por meio do mechas abertas no seu Ando jaforior, onde entram por sistema de pernes as (x- tremidades superfores dos balastros Com as grades, tanto de ferro, como do madeira, a ligacao 6 difcreats. ‘0 gradeamer auo desde o princi ‘da guarda de toda a eseada 6 conti- 0 da escada até a0 fim Fig, 2.~CRADE OE FERLO ASSEXTE sonst © Guanns-cUArt As rompas das escailas sio iaiciadas por ume espécio de coluea ou pilsreto de madeira ou de ferro, de onde parte toda 2 gearda. ‘A parte superior da goarda suporta corriméo. Em algowas eseadas do madeira também as ve7es 50 aplica oma guarda de madeira totalmente fechada, almo- fadado, apainelada ou revestida de um oa mesmo dos dois lados de placas do estafe com estague. A construcio das guardas das escadas 6 executada geralmente conforme 3 importincia da obra, ebogando 2 partir-se as vezes de um simples ripado, num edifieio de pequeno rendimento, @ acabar se numa riquissima balaustrada observando estilizagdes © modersismios em monumeatais palicios. E nos gavetos das escadas que a constragio das suas guardas exigo maior cuidado, pois que um simples eban- dono provoca uma curva iaperteits, uma descida répida eum solavaoco pa marcha da mo sobre o corrimio @ no ritmo do transito. Nas oscadas onde tom lugar o Pescoro de Cavalo, & caso de aturado estudo a coastrugio das suas guardas, acompsntiando todavia o guarda-chapim que Ybes abra coma facifidade 0 seu Ingar. Para a boa captacdo das curvas @ covtracurvas que a construcio dus grades de ferro exiga, serve-se o serralueiro civil de barrinkas de aco. ‘As guatdas das oscalas, quer sejam do ferro oa do madeira © soja goal for o seu sistema, devem ter sem- pre a mesma aliora om todo o seu perearso. A altura consorra-so igual, tanto nos langos, como nos patins, © sempre com 0 mesmo galgameato HAE WE PERRO PROVIDA DE COLUNA 1 MADEWA —u- ESCADAS DE MADEIRA Fip. 1f.—GRADE DE FERRO ARTE NOVA Todo 0 quo a esto respeito se passa com a constra- Bo dos guarde-chapins se pasta com as guardas. Nas eseadas 2 inglesa usam-so balausteadas 30 ma. deira, tias quando e fixasio ¢ feita no lado extorior da verba, come mostraimos no desonbo (Fig. 15), pode fa- jor30 & aplicatio do grades de ferro. Estes grades po- derio obedecer @ qualquer estilo sem receio de se cair 30 mau aspecto, Nestes tipos de escades com pornas recortadas, as srades de ferro poderdo sssentar-se, quer sobre os de- graus, quer do lado de porns. De qualquer destes casos © ofeito a tirar 6 sempro magnifico. © tipo de bslaiistres « aplicar nostes escadas, do Jado exterior da pera, como nas escedas providas do goarda-cbapim, onde eles podem assentar, nunca 6 convenionte, por efeito de beleze, possairem largos dismotros. Qeando 0 assentamento das balanstradas 6 feito sobre os gearda-chapins, a grande largora dos balatistros m4 hes permite caber na ospessura doles. Logo a necessi- dade quo bé do diametro dos balatistres ser de acordo com a espessars do guarda-chapim. Porém, so os balaisires assentam lateralmonte na peroa da eseade podem possvir qualqner diamotro. ‘Todsvia os balatstres delgados devom sor preferidos 08 grossos. De manoira diferente s6 ptocede quando a beleus- ftrada 6 assonte sobre os degraus, como vemos nas gra- varas 15 © 16. Neste proceso de assenter balaistres, permite-se qoalguer diimetro, sendo mesmo de proferit os de-maior largura, porque os de dismetro delgado apresentam aspecto mosquinbo. © assontamento deste tipo do balaustradas 6 do abso- Tula procisio. Cade balafstre assenta num degrau, por emmechamento, como mostramos 20 desorho (Fig. 15). Abre-se em cada cobertor wma caiza de seccio qoa- drada para ontreda do perme, que proviamente s0 conte na preparagio do balaistre. Pelo mesmo sistema tam- béw so faz 2 Ugagio ao corrimao. Téw, pois, estes ba Jaiistres dois pernes, um em cada topo. Os Dalaistres de madeira, como de resto os de can- taria, podem ser de seegies quadrada ou redonda. sen aspecto 6 sempre de imponéncia. As pormas das escadas onde iém logar estas balaus- tradas sio geralmente provides de ornamentaca0. Algumas vezes sio a8 fasquias © molduras gue guar- necem os degravs que acompanbam 2 face da porna, outras vezes aplicam-so & parte ornatos proprios, como métopas, tridpgulos em ponta do diamante, além de on- tras composigles cléssicas on modernas. (J, Fig. 1— BALAUSTRADA DE MADEIRA NAS ESCADAS 4 INGLESA we ESCADAS DE MADEIRA Fig. 10.~ BALAUSTRADA DE MADEIRA NAS ESCADAS Fig, 17.— BALAUSTRADA MISTA DE MADEIRA 4 inciesa E FERRO ASSENTE_NO GUARDA-CHAPIM Fiy, .— GRADE DE FERRO COM PILARETE 1,~GRADE DE FEBRO DE concERgiO DE MADEIRA MODEBNA - ~B- FESCADAS DF MADEIRA ACABAMENTOS Coxsivena-se acabsmento das escadas 0 assostameato do rodapé, das fasquias molduradas sob 0 focioho os degraus, do corrimio de madeira e de qualquer motivo oa ornate que o arguitecto porventura Ibe tonbs destinado. 6 depois de todos estes trabalhos finais da coustru- 40 do uma escada estarim conclusdos, s0 inieia a pi fore, envernizamento ov encerameoto destas obras. ‘Também deiximos para conchusdo destes estudos da mstragao das Escadas de Madeira o assoatbamento vos patins. Este trabalho, do om modo geral, serd es- tndado 20 nosso Caderno dos Pauinentos de Madeira, as agora, porém, aqui ter? o seu Ingar dentro do ca- flo Brat. " = Do mesmo modo faz parte dos acabamentos a cons- tragdo dos tectos sob os lancas o patins. CORRIMAOS Os corimios sio ipspressindivais portonces do quaso todas as escedas como elementos de seguraoga os tronseantes. As svas formas sio vaviaveis. Podem ser constratdos em madeira e em ferro, quando so destinam a ser aplicados nas oscadas de madeira. Sio aralmente fisados nas grades das escadas on nas pare- laterais dos lancos é sobre as grades o balaustradas. ‘Nas construgdes pobres so os corrimios fizados uas paredes © constituidos por uma simples régua cOncara DAS ESCADAS para a mio do transconto so agorrar, © 8 veres também estas escadas 86 se apliea como corrimio am vario de ferro, fisado de espaco a espago por um suporte ou coosola do mesmo materia}. Xo entanto em certas escadas de categoria também sio emprogados corrimios fixados as paredes, 0 nesso caso sho feitos de bois madeiras e dr artistico perfil Os corrimios mais belos sto us que se assuutam $0- bro as grades © balanstradas. onde chegam a atingir grande cunbo do arte. Nas balaustrades as suas dimen- sdes também chegam a ser de grande relevo. Os corrimios assentes sobro as guardas percorrem toda a escada desde 0 inicio dela, onde tom a forma do palmatéria, at6 20 encastramento na parede do sltimo patamar ou o seu final integrado em quslqoer motivo arquitecténico ou do constragao. desenvolvimento do eorrimSo por toda a escada permite que cle concorde com as curvas dos gavets © com os pescogas de cavalo. Como quase sempre as guar- das acompanham superiormente © gusrda-chapim, tam- ‘6m os corriméos obedecem aos eaprichos do tragado destes. (Ver no Caderno n’ 3 as figuras 12 ¢ 13). Os corrimios podem ser constrwidos em qualquer ma- deira. Nas balaustradas sio quase sempre construidos da ‘mesma madeira de que sdo construidos os balaistres. Quando sto feitos de boss madeiras os corrimios sio palidos ov envernizados, mas quando sio feitos de ma- doiras ordinarias costumam ser pintados. ‘As Jigagdes das varins pegas quo perfazem os coi primentos do corrimio slo feitas por malhete, mei “madeira ou qualquer outro sistema de dente. Fig, 20.—DIVERSOS PERFIS DE Connisdos rr Teorvits¢esiente na paretey fixer na parets por meio de parefuses em besos; F — Corrine provide rigus freada na parede jpigite de fitro mama jus davente na pores M— Corrin ieade numa réyua essente na parcde 'S Grrrimido fzade na parede por espigiee de Jerr. ‘Toias or oulvoe 0 oszented solve as balawsiradas ¢ rales de jerro ou de madeira 4 i Nas escadas do baixa categoria em quo as guardas sto simples grades do vardes do fofro, 0 corrimfo sobro a garda 6 constituldo por wma barra de moia-cana tam- bém de ferro, cravada na parte superior da grade. ‘A variedade do porfis de tipos do corrimios & assaz grande, como so v2 no desenbo (Fly. 20). Nas ‘grades de madeira algomas vozes © corti parte integrante das mestans. ‘A riqueza das escadas esté de um modo geral na sua gnarda © saperiormeate no seu corrimio. Algumas vezes também 0 corrimio 6 soprimidy mesmo escadas de ferro. Pelo quo deixamos escrito 0 cor- io fez parto iategtante das guatdas das escadas. © plural de eocrimao ¢ formado por corrimaos 00 por corrimises, forma esta muito populscizada nos meios da Constragio Civil. 0 faz RODAPE © assentamento dos rodapés nas escadas far-se goral- menid como quando so pratica com pavimentos de superficie nivelada. As espessaras das tibuas a aplicar como rodapé nas escadas 30 as asuais para esta ordem do trabalho, isto 4 de O°,015 a 0"025, ou, exemiplifieands melhor, quando 50 tratar de madeira do Casquiaha as espessoras do 3 oa 2 fios. Os radupés das escadas poder também ser pro- Vides ‘de molduras no canto superior, tal qual como 30 aplica algumas vezes nos rodapés do ontcas dependéncias. A. sua fixagio 6 feita sobre tacos do madsira embebi dos nos fostos das paredes, quaso junto aos dograus on sobro o guarda-chapim. Estes tacos sfo exactamento gnais aos quo so emprogam nos outtas rodapés, quo sto uns topos do tibuz, de 0°,03 a 07,05 do espessera, es- cavados a meio do ambas ‘as frees, para melhor encas- tramoato va alvenaria. (© assontamento do rodapé 4 feito s6 depois de toda a escada estar concluida. © comprimento das tahuas a ompregar nestes rodapés 4 veriivol, como nos rostentes, sendo, todavia, cove: niente qze 0 seu comprimesto seja igual ao comprimento da cada lasgo da escada, para melhor acerto. ‘As tibuas para rodapés sio aplaioadas na saa face 0 tm um canto foito, coavenientemente racto & garlopa, tal qual como so fosse uma réguo Depois do toda a madeira estar preparada procede-so a9 seu sutamento. © trabalho de sutamento do rodapé das oscadas nada tom de comum com o sutamento dos ontros rodapés. Coloca-so a tabua sobro 0s fociahos dos degraas como mostramos no deseaho (Fig. 2/) 0 depois, com 0 cou- ‘paso © com uma régue poquoaa, mareamos nela a linba paralela 3 faco dos cobettores e com o osqaadro tiramos as porpendicnlares do espolio ¢ do fociaho do degrav. ‘Tudo mareado 0a tibua, sorramos essa gspécio de tridn- galos que so semelham ao capiolgo dos dograns, ¢ s6 nos resta enfié-la no lanco. ‘© nosso desenho 6 bastanto cxplicito, 0 a reemon- ago quo todo esto trabalho da marengio 0 de recorte devo ser porfeitissino, quanto 6 preciso para o hom assontamento do rodops, ESCADAS DE MADEIRA ‘Tanto do lado da parede, como do lado do guard: -ebapim,, a opcragio deve ser executda do mesmo mode. rodapé depois de assente devera ficar convenien- tomento galgado © a sua fixzcio, nor aos tacos do lado da paredo, quer a0 guarda chapia, 6 feita usvslmente por pregos, tas num trabalho de doa concepeio devera apliear-so sdmente parafusos. © assentamento por meio de pregos 6 bem mais pré- ‘ico, mas de inferior sistema; para a fixagio por para- 2. ASSENTAMENTO DE RODAPH NAS ESCADAS A—Sutemento da lébua; B— O rodopé assente Sus0s do rosca de madeira & couvenieate, primeiramento, © carpinteiro segurar as tbuas apoxtando algans pregos reiloades, que depois de terminado o assentamento tirar Quando se aplicar o sistema pregado pem-se pregos quaradas sobre os tacos © pregos redondos sobre os gvarda-chapins. Os cortes da tabua do rodapé nos seus topos fazeia-se depois do satamento, do mansita que quiado se fsa jé teaba o sox comprimento corto. A concordancia do rodapé dos langos com o dos pe- ‘ins 6 feita como mostramos 0 desenho (Fig. 22), quer seguindo a bissetriz do angalo da juogio, quer no sea- ido vertical do pavimento do patic. Geralaento a altura do rodapé acima dos degraus no altrapassa 07,03 on 09,04 dos focinhos dos eobertores. A altura do rodapé nos patios dove concordar em liga. 10 com 0s rodapés das restantes dependéacias com os a eseada liga. 1 nad SENTE NOS LANGOS & PATINS A= Fieti de frente lo rolaph sobre 08 degranr; —G radapé ussente nor patine abe ESCADAS DE MADEIRA ASSOALHAMENTO DE PATINS E PATAMARES “Tomumapa a construcio da eseada vamos procedor 20 assoalbamento dos patins © patamares. Geralaeote estes solhos ficam s coadizer com 0 assoa- Yoamento dos parimontos de toda a casa: se o solo a ‘aplicar nx odifieacto for & portuguesa, tnmbém o solho dos patins & & portuguesa, $6 0 solbo de toda a casa for 4 inglesa, logo hos patins 0 solho 6 & inglesa. Isto é assim para bos harmooia de toda a obra quanto i qualidade do materiais ¢ de aperfeicoamento o execugio do tra- balbo. No assoalhanvento a ingles 0 patim pode com- portar o solbo encaboirado ot simplesmonte a encher, ‘como nas vulgares dependéncias. As ligagdes do solbo dos patins com 0 ultimo degraa 4o Jango confinante, pode fazerso a meioyto ou por en- vaziado nos pavimentos assoalbados & mylesa, © por meio-fo ou por chanfro nos solhos & portuguesa. Na f- gars 28 mostramos as diferentes formas do ligaeio dos jegrans com os patina © as superficies assoalhadss. Na figara 22 vemos em pormenor 0 assbalhado do wm patim ‘com 0 rodapé assente. Pura se obter bom resultado do tode este trabalho basta e boa compreonsio de todo 0 estndo © a boa execngio da obra. Para a constracio do pavimento dos patamares 0 caso 6 similar a0 dos patios. ‘A jungio do soalbo com os tltimos degrans dos lac- gos obedece As mesmas rogras e, quanto & geveralidade de todo o pavimento do patemar, teremos em vista 0 assoalhamonto geral de um odificio. ‘© rodapé que vem dos lancos da oscada entra no patamer sem sobressalto ©, contornando os portais © se- guindo pelas restantes dependéaetas que so lhe seguem, complete todo o coojanto com harmonia. TECTOS DOS LANCOS Qwesve at escadas sio provides do toseo, 0 ano ge- yalmente sucede nas constrncdes vulgares, © que {i estadimos os Prelininares (Coderno 9), apliee um tecto, tanto sob os langos, como sob os patins. Este tecto tanto pode ser um revestimento de madeira progedo a0 toseo, como um ‘ecto ostacado, do placas do estafo ou de fasquiado. Quando a escada atinge determinada categoria tém ests tectos também grande apreseatecio. Chezam ix vezes a possvir eaprichosa ornamentacio de molduras 6 outros motives artisticos. Porém, 36 & escada serve uma ediGeacio pobro os seus tectos sto do uma grande simplicidade. Nos vestibulos do ontrades de bous edifi toctos muitas veres constrofdos em made © com roquintes do boa carpintaria. No nosso Caderno sobre tectos, daremos desenvolvido estudo sobre este génoro do trabalhos, Os tectos dos patamares slo geralmente confundidos com 05 tectos de toda a edificagio, variando 36 as vezes do ornamentagio. Pars o bom resultado do aspecto dos tectos, dos lan- $08 @ dos patins, 6 seuipre conveniente que o gearda- “chapim fique um pouco mais baixo, pelo menos 0°,01 ‘ou 07,02 de que o tecto. Formase assim um bonito friso do madeira, quo depois de pintado é de bonito efeito. No estado do guarda-chapim (Caderno n.* 3) acentaamos © caso da altura deste importante motive das escadas valgares 0 das escadas 4 francesa. Do Jado das paredes quo formam a caixe da escada concordam 0s tectos com os seus paramentos, formando senea se sio do estuque oa Tigem a aba lisa ‘oc molda- rada so sto de madeira. 3s sho estos ras prociosas CONCLUSAO (Com 0s Acabamentos dos Bsvadas damos por exgotada @ watétia respeitante & consirusio de eseadas de madeira. Domos varios tracados com todos os esclare- cimentos precisos, que, cremos, 880 05 xeais necessirios @ teis 3 construgo da nossa casa no tempo presente. “Apreseatimos os estudos preliminares destas constra- ‘ges com todos 0s pormesores relativos aos tracados © A execuglo das obras 0, finalizando, apresentamos os seus acabarsentos. -|¢} Fy, 22— DIFERENTES LIGAGOES DOS DEGRAUS 408 PATINS b= ENCICLOPEDIA PRATICA DA -CONSTRUCAO CIVIL TEXTO Z DESENHOS DE ¥. PEREIRA DA COSTA PAVIMEN DE DE MA CTCALMENTE ainda entre nbs esto om pleno aso 0 pavimentos de madeira. Nas grandes construgdes fem gue os pavimentos fazem parte do todo em botios s¥mado, sio ainda ¢ também os pavimentos de madeira quo dio todo 0 coaforto as habitagdos ou escritérios, pois quo as placas sio revostidas de mosaicos de madeira. Os aoalbos serio apreseatados desonvolvidamento nas suas manifestagdes, umas vozes sébrias o vulgaros, ou- tras do eaprichosas formas 0 desenhos de grando arte. Desde os vigamentos As parquotas laxaosas de madai- ras de alto prog, passaremos em revista com boss des- erighes toda 2 sorte do soalhos @ revestimentos de ma- doira om pavimentos. Como 4 dbvio iniciamos o estudo dos soalbos com 0 assentamonto dos vigamentos. Por isso os pavirsoatos de madeira tomam um desen- volvimooto importante, qoo 6 mistor estudar om todas as saas formas do construgio. oy Fig. 4. —SOALHO DE PARQUETA ENCABEIRADA PAVIMENTOS DE MADRIRA PRELIMINARES No estudo © constragio dos pavimentos do madeira notamos logo no infeio destes trabalhos, que eles so dividom nitidamente em dnas partes. A primoira, como no podia deixar de ser, & a que se refere aos vi- gomentos, om todas as suas disposicdes © modalidades, © a segunda a que tratz dos soalbos, om soja a dos pa vimentos prOpriamente ditos. As vigas quo geralmente sio de madeira de pinho, dovom ser de quins vita © assontes sobre os frochai conde progam com cavilhas, pregos quadrados de 0°,08, 0,12 on 0,15 de comprimento. Devem ser convenien” temonto direitas, desomponadas desprovidas do ver- gadas ¢ do bornes. Para as casas de habitacdo as madeiras do morcado tém as secgdes necessarias. Para ontras construgdes as madeiras deverio ser_serradas conforme os célealos ‘¢ outros pormenores. Geralmente os vigamentos servem simultineamenta para soalhos © pata téctos, dal a con- vonitneia das vigas serem bem galgadas. DISTRIBUIGAO DAS SUPERFICIES ‘A, vista da planta de uma casa a sobradar, ou melhor, 2 vigar, resolve-se a forma de assentar as vigas em qualquer dos sontidos da sua superficie. Por efeitos de economia, motivo que quase sempre impera na nossa constragio civil, resolve-se assentar 0 ‘igamento_uo sentido mais curto, como mostramos no desonho (Fig. 2). S6 se vio procede assim se as paredes onde se faz 0 apoio foram apenas tabiques delgados, pois quo as parodes mestras s30 aguelas gue para esse fim ofereceni melhores vantagens. Dridens de Tarvgos "Frock Cader PLANTA DO VIGAMENTO © assontamento das vigas em cada dependéncia do wma casa a sobradar pode ser feito desencontrando-as umas das ontras, ¢ quando apoiam numa mosma parodo podem assenter’ de par, isto 6, encostarem as suas ex- fremidades umas 4s outras. Porém, nas boas edificagdes as vigas das dependéncias que so segaem, ligam umas as ontras por ligagdes préprias (Fig. 12). Dentro de cada dependéncia o vigamento principia encostado numa parede © termina encostado noutra. Fig, 3.—VIGAMENTO ASSENTE A} Vigamento assente 20 sentido longitudinal; 72) Vigamento assente hho sentido mais curto da dependéncia; C-D)) Figameato coum de duas dependincias ¢ apoiando na parede divisbria; E) Vigamaento aassenle 70 centida mais curv ¢ provide de codeia; F) Vigamento ‘assente no centido mois eurto e ceonsmico PESO DAS MADEIRAS peso das madciras para pavimentos, mais vsadas nas nossas_constragdes, 6 dado em relagio ao metro cilbico © rofore-so a uma sccugem média: Quatidates Qaitogramas Carvalho se ee 800 Casquisbas 600 Gastanho 2! 600 Choopo se > 700 Nogueira | Dll ll 660 Poko. 22. rn) Pinho manso. Lt 750 Pitsyie 800 As,madoiras mais pesadas sio o Mangue, 2 Sicupira © © Fbano, qos pesam de 900 quilogramas @ 1 tonelada ou mais. VIG.AM LEVADAS as parades da odificacto até 3 alturs de _constrair o pavimento, procede-so ao assentamento a vigamento. As vigas sio assentes sobre as paredes uimas vezes, © outras sia assoates sobre os frechais estondidos sobre = paredes, concordando com 0 paramento interior das ou suna: © vigamento do uma dependéacia, para formar o sou sobrado, n3o 6 mais ‘que uma série de vigas dispostas alelamente umas fs outras, convenientemente nive- I: a8, 28 saa parte superior, em todos os sentidos. Os’ topos das vigas quo éntram nas paredes © que se desigoam entregds nunca devem medir menos de 0,20 © "O25, © coavén para a boa contostara do sebrado, q )fiquera bem acompanhades com alvenaria. © atastamonto das vigas depende geratmento das di- w-nsdes dz dependéncia a sobradar, mas om regra usa- = afasté-las umas das outras 0,30 ou eato 0",40 do nucio a meio de cada viga. As seccdes das vigas depen- dom também das dimonsdes das dependénciss am que t sam lngar, mas nas construcdes vulgares em quo as 6 vendéncias em geral pouco mais medem do que 4°,00 Ge lado, essas secedes sio do 0°,10 do espessure por OP,18 do altora. =a : Fig. f.—LIGAGOES DOS FRECHAIS A) Prechait om eruzamento; Bj Ligozies de Frechate & meia-madzira e de maLiete PAVIMENTOS DE EN T OS MADEIRA Fig, 5.~ ASSENTAMENTO DAS VIGAS Quando 0 comprimento de qualquer dependéncia atinge 69,00, 0 que 6 raro em pavimentos da madeira, aplica'a- se vigas com a secgdo de 0%,12>< 09,20. Para a boa solidez de toda a construgio, dovom as vigas ser do quina viva. S6 nas constragdos ordindrias se admite, por economia, madeira do meiz-yuadra. Quando as vigas assentam sobre frechais abre-se no- Jas um entalhe com cerca de 0°,01 de profendidade para ficar aportada do excontro a0 frecbal. Sobre os frontais ou tabiques quo separam as depen @éneias de uma casa, podem as vigas-atravessar sobre elas, qaaodo 0 seu comprimento 6 assax grande, vigando 30 inesmo tompo dois ou mais compartimootos, doscan- sando simplesmente sobre a parede de tijolo (Fig. 6-C) ou entalbar no frechal (Fig. 6-F). Quando, porém, nao couvena assentar de par duas vigas no seguimeato de uma depend6ncia pare outra, faz-so uma samblagem do igaoto (Fig. 6-8) firmada por pregos ou cavilkas. O vi amento de qualquer compartimonto 6 sempre executa- lo, se nao bouver vantagens superiores, no sentido mais, curto, pois 6 sabido que o custo da madeira 6 mais baixo quando as suas dimenstes si0 menores. Tor outro lado ofereco vantagens ns sconomia da mio-de-obra, vigamonto compride qus cubra o maior niimoro possivel de dependéncias. A coustituicio do so- brado ineluo o vigamonto 6 o solbo. FRECHAIS A. Biior parte dar vozos 0 vigamonto dos pavimentos do uma edificacio 6 assonto sobre frechais, para nio ficar propriamento sobre as paredes, 0 que tec ini meros inconveniontes. Os frechais sio também vigas —3- PAVIMENTOS DE MADEIRA zssentes ao longo das parodos onde devorn apoiar os vigamentos. So s0 assoates sobre divisbries interiores, «er em tabiques ov frontais do madeira, quer sobre 1 redes on panos de tijolo, 2 cutelo, a '/z on 1 voz, cor- rem positivamento sobre eles. Porém, se sio assontes om paredes extoriores, geral- 1 onto grossas, tomam Jogar sobre elas, mas na mesma y-amada dos paramentos interiores (Fig. 6-A). Os frecbais tém, geralmente, a seccao do.0",10><0",10, £ tendo acidentalmente, em’ casos especisis, a seccao < 0"10><0",12. Sio fixados sobro elegimontos © sho scompanbados com as parodos. As ligactes dos frochais, entro si sdo feitas por ligeiras samblagens. Assim, quando os frechais se crazam, passam vm polo « to A meiasmadsirs, como vomos no deseaho (Fig. 4) € pregados do cima para baixo, como cleramento se compreende. Nos aogulos das paredes 2 ligacto dos « is frachais 6 feits também & meia-madeira e do mesmo 1 do pregados. Para uma boa travagio de tedo o pavimento 6 de resior convesiéneia que todas 25 porgdes do frechal es- am bem ligadas entre si, forcando um s6 covjunto.. A posigto horizontal dos frechais deve Sear bem: velada, pare quo o vigamento permita ao pavimento Fis bor horizootalidade. pe ® ASSENTAMENTO DE VIGAS EO sseotamento dos vigameatos exige um bom nive- lamento. Assim, 08 carpinteiros, 20 aprestarea- - « para ste trabalho manem-se de niveis o de réguas. Comogam por assoatar numa estremidade ds depen- encia a vigar, uma viga dentro do nivelamento préprio, € acordo com as alturas estabelecidas pare cada andar © odificagao, 0, daf, com o ausilio do nivel 6 da régua, assentam uma vige om cada comprimento da régus dé que so sorvem, As vozos do 2°,30 ou 3°,00, até atingi- rem a ovtra extremidade da dependtacia. ‘Assontes essas mestras, dedicam-so a procacher 0s ‘espagos com as restantes viges. Dentro de cada entre maxtras, jé ndo é preciso o nivel; basta ay régua para se verificar se as vigas estio dentro do nive- lamento. Néo 6 conveniente gne quem ner mais altas nem mais baisas. So esto mais altas, tira-se por debaixo com 2 eoxé 0 quo estiver a mais, mas 66 ¢stao mais baixas tém de calgar-sa com palmetas. Isto di-se com maus vigamentos. Com os bons viga- ments a procisio qoase que existe. Quando as vores passa desparcobido qualquer desnivelamento os carpio- feiros tosquiam superiormente com a esx6 0 que estiver mais alto, alivando depois com a plaina de um ferro. Quando porventura faltar altura para so atingir o nivel prociso, cela se a viga mais baisa com uma fasquiz © todo fice certo. Para que 2 boa ligacio das vigas Sique perfeitamento samblada aos freebais, abre-se nelas um dente de cao, pequona eaixa de O",01 de profandidade quo entra 0 frecbal aportadamente. Esto sistoma de assoutamonto tanto se pode fazer em qualquer parte do comprimonto das vigas, como nas suas oxtremidades. Bm goslguor parte de viga gue atravessa 0 frecbal abre-so 0 dente de cdo © corre nas suas direegdes, como mostramos no desonbo (Fig. 6-F). Nas extremidades das vigas abro-so da mesma forma 0 dente de cto ea vviga topeja contra o frochal, como mosiramos em A da mesma figura. ‘Em certas construgdes menos importantes 6 muitas vezes disponsado o frechal, passando es viges simples- Inoute sobre as paredes celgacas, ficando presasy po- rém, pelo acompanbamento da alvenaria. Nas paredes mestras onde, 6 claro, torminem os pa- vimentos, as vigas eocastram na alvenaria, em agulhei- ros aberios ou deixados para esso fim. O nivelamento Fig, 6 —ASSENTAMENTO DE VIGAS SOBRE FRECHAIS E ENCASTRADAS AJ Figg ostente sobre 0 Freckels B) Viga aorescentada ¢ aszente sobre Frechel pur meia de Dente di Cio; C) Viga posuano rebre wm Thigue de tijolo DY) Vige exsence cobre o Prechal e enéasirada; HE) Vign encasirada; Fy Vigo sobre o Frechal; G) Viza encostratat Hl) Vigamento essente no Frechal; 1) Vige elravessando una parade; J) Viga excastvada e com liyazdo a Cadeia —4— do vigamonto nestes casos 6 dificil © imperfeito. Os carpinteiros calgam com palmotas de madeira ou com docados do tijolo © outros fragmoatos de alvenaria os topos das vigas, de modo obter o nivelamento, até os posteiroy, fazorom 0 scompanhamento, tapando 08 agu ibeiros. & neste tapamonto, que as vezos por qualquer doscaido, se estragn 0 nivelamento das viges, quer pondo ou tirando os calgos 1d deixados quando do seu assentamento. CADEIAS Qusve aualquor saporiciovigads tom do dar pasa. gem a uma conduta do cbaming, a ama caixa de escada oo a um qualquer outro motivo de construgio, em que tomos do intorromper o vigamento, recorremos & aplicagio das cade‘as. As cadeias x30 sto mais que uma porgio do viga ‘assento © ligada por samblagens ts duas vigas quo !a- doiam © espago interrompido, e quo servem para o to- pejamento das vigas que preenchem esse espaco. ‘A ligagdo das cadeies as vigas que esto sitoadas de cada lado da interrupgio, 6 feita por orelha derrabada com dente ou taldo (Fig. 6-7) quo entra nas escarvas apropriadas abortas nas vigas. ‘A cadoia dovo entrar espera ontro as duas citadas vi- ‘ga5, para que o travamento seja completo no pavimento. Para mothor seguranca aplicam-se dois pregos em cima da orelba derrabada que vio pronder na viga. Por sua ver todas as vigas que sio metidas prooo- cher 0 ospaco da cadoia ligam-so a ola pelo mesmo pro- coas0 de samblagem. Muitos outros sistemas sio usados ra coastrucio do cadeias, mas o que indicamos 6 de todos 0 melhor e por isso talvex 0 mais aplicado. Z Fig. 7.—TARUGAMENTO DE VIGAMENTO PARA ASSENTAMENTO DO SOLHO COM CABEIRAS TARUGAGEM Querso0 08 paviwontos do, madsira sd0 costes ‘om grandes dependencies, por melhores quo se- jam as socgdes do vignwooto 0 oribora 0 intervalo dat Vigas seja relativamento ostcoito, da-se soupro oscilagso. PAVIMENTOS DE MADEIRA az Ladle Lerrirn CD EB niet Vi) mak i 2D, y Coare px EN Cates teal Fly. 8. — ASSENTAMENTO DE CADETAS porém, toda a oscilagio dos pavimontos, 3 do grande firmeza emprogendo wor sistems de tarugamento. (0 taragamento fay-se por varios processos, sendo al- guns bastante priticos. Do ontro esses sistemas indica- mos alguos que nos parecem os mais econémicos e os melhores, tanto na execacdo como na pratica. Os dois primeiros sistemas sio do uso vulgar cor- reate e 0 terceiro, o melbor, 6 aplicado nas boas cous- trugdes. © numero do ordens do taragos depends simples- mente do comprimento do espaco a sobradar. Em goral costumem-so aplicar as ordens do tarugos intervaladas, de 2,50 2 3,00 umas das outras, mas se as dimeasies da dependéacia onde o vigamento tom lugar medirem de comprimonto 4 a 5 metros, acerta-so ordem de tarngos 2 meio dessa dimensio. As ordens do tarugos sio construidas em linha recta, para so obtor um perfeito tevamento. A fixac3o dos tarugos 6 om geral feite com pregos, mosmo quo as samblagons fiquom bem feitas e as ligagbes sejam ho, ‘mogéneas. T? erocesso.— Tarugamento simples.— Os tarugos sio poyas de madeira com o comprimento igual 20 es- pago entre as vigas, motidos apettados de baixo para cima, para quo com este impalso 0 vigamento subs, fa- vorecendo depois 0 vivelamento quando a carga propria do sobrado incida no centro da dependéacia. Convém que a seccio da altura do tarugo soja igual 3 altura das vigas, para que estas no quem torcidas com a aplicacio dele, Do mosmo modo convém que o comprimento dos tarugos soja experto, para quo 0 aperto Ue todo 0 vigawento soja perfeito. A’sua fixacdo é feita com progos de uina @ ovtra face do tarugo para as vigas. 5 PAVIMY TOS DE MADEIRA Sree a c Fig, 9. TARUGAGEM Quando nestes tarugos, nom topo, sé deisa oma cavi- «de para aplicagio. de duas palimetas para melhor aporto, di-so-lhes a designagio do turugo de chaceta. 2. ‘proceso. — Tarugagem de cruzttas. — Prepa- mm-se vns serrafos de pequena seecio e metem-se aper- Jos de encontro as vigas, onde praviomente se abriram mas pequenas escarvas, para outrada das suas extre- ridades. Os serrafos so metidos primeiramente na_esearva superior de uma das viges, 6 depois ¢ que se faz a cn- trada da estremidade Joferior na escarva de baixo da « tra vig. Ao lado deste primeiro serrafo mete-<6 0 + tro, em sentido contririo, formando-so assim a cro- zeta, que estabelece o equilibrio das vigas em todo 0 seu conjonto. Os serrafos sio fixados as vigas com um } ego em cada uma das suas extromidades. Esto sistema do tarugamento 6 vulgermente conbecido por @ americana. * pRocESSO. — Tarugamento entalonado. — Esto sis- 4 na exige que os tarogos (enbam as wesmas secgdes ce vigamento e obedece a um interessantissimo tipo de samblagem. 0 comprimento dos tarngos s6 6 conbecido depois do ertos os eptalbes nas faces das vigas. entalbe 6 aberto como ramos descrever (Fig. 9). iwide-so s altura da vige em trés partes iguais © ¢ ©; deixando-se a inferior no estado natural, 1 do melo abro-se oma caixa para o talio, de 07,01 de wrofendidade, @ na superior abre-so om chanfro com G°,015 00 05/02 na parte superior ds vgs gad & caixa + tatio. Nos topos dos tarugos deixan-se samblados as orelbas ¢ os talbes para ontrarem nos entalbes das viges, como ony E— ey 6), Os taragos slo, matdos apertador «mo so vé no Conjunto 4, 0 que di a todo o viga- s-20to uma coesio de primeira ordem. ‘Para melhor elucidagio os pormenores mostram todas faces da samblagem, e, assim o D mostra os entalhes 5 vigts vistos do Indo e B a viste no canto superior wa vga: 0 C40 corte do viga pelo ontalbe @ E mostra 0 topo do tarugo pronto a eoirar nos entalhes. ‘A Bxagio ¢ fella por prego, superiormente do tarvgo saa vga. DE VIGAMENTOS Este processo de tarugageo ¢ de todus 0 melhor © 6 © wais usado na constragao das endeias. LIGACOES DE VIGAS (A:5 sists de madeira sio susceptiveis de serem acres- centadas, para 6 qné hi vio sem niimero de sat vlagens, algamas das guais verdadeiros engenhos de earpiotaria (Fig. 12). Mas nos toscos da construcio, devido As cargas que es vigas téw de suportar, #5 suas juncies s6 podem fa- zer-se sobre apoios. Logo, por conseguipte, teremos de fazer a aplicagio d@ pregos. Fazendo:se nso dos pregos nio temos necessidade dus saniblagens dispendiosas. Assim, s6 temos em nso uma escassa dezena do sam- Liagens ‘priticas, das quais apresentamos apenes oito tipos diferentes : A-—Samblagom & meia-madeirs com os topos de ambas as pocas em macho © féinea; ot fee Ate ip. 10.— DIVERSOS PROCESSOS DE TARUGAGEM A) Terugamento simples; B) Tarugomento da sruceia ; G} Tarugamente entatonado Fig, .— VIGAMENTO ASSENTE NA PAREOB, SEM FRECHAL B TABUGADO B— Samblagom & meia-madoira simples ; C~Samblagom & meis-madeira com os’ topos das duas pocas em ganzepe 5 D—Samblagom & moia-madeirs dontada; E—Samblagem do chaafros destados ; F —Topejamento chanfrado, quo tanto pode sor 3 tieis-esquadria (45 grans), como com qual- quer alongamento ; G@—Samblagem de recortos dontados ; H—Samblagem de deates de ganzep Sio mais que suficientes ostes tipos do samblagens para jongdes de vigas, nao havendo, por conseguinto, rocossidade de aplicar o assentamento de vigas a topo umas das outras, 0 que s6 so tolera nas mis constra- gies. Pelo que expuscmos vorifica-se que nio temos neces- sidado do aplicer samblagens com malhetos vom com dificeis oscarvas © mechas, nestes tipos do jancSes do vigas aplicadas ua consteugao civil. i FO biy, Bem LIGAYOES DE VIGAS Bh PAVIMENTOS DE MADEIRA -3 3 Lreshal Fly, 13,-- ASSENTAMEN SOBRE FRECHAIS SERRAFADOS JF muitos casos ¢ mister revestir de soalhos de ms- doira muitos pavimontos de massame de betio ou formigio. Para isso tem do recorror-so, paca ax tibuas de solho serem progadas, a um serrafado embebido ms massa do formigio (Fig. 12). Estes serrafos quo podem, em goral, computar as sec- 80s do 0,05, 0887, 0508 ov mesmo O° 10 de espess por O",04, 04,03, 69,06 ou 0707 de largura, sito mais quo suficientes para o fim desejado A disposicio destes serrafos 6 esactamonto a mesma das vigas, quanco As distancias entre si. O sorrafado 6 metido oa massa na ocasifio ein que toda a superficie do massame é rivelada. 36 depois do completamente seco todo o massame 6 que so procede ao assoalbamento, como 6 bem de ver. Os serrafos tim os seus dois lados em chaafro, ficando ‘a gua menor largura para cima, a fim de soa seguranga na massa sor mothor. ‘Nos pavimentos do rés-do-chio on de sebterraneos, onde as vezes nao 6 possivel deixar 2 caixa de ar, este sistoms de constroir sobrados ¢ de atondor MADEIRAS Pana a coostrucio de vigamentos todas as madeires fem geral, sio boas. No ontanto as madeiras mai rijas sio sompro as mais rocomendiveis, se exceptuar mos a casquiaha, que apesar Je ser macia é éptima mo deira para todos os génezos do trabalbos de construcio Os vigamentos de casquints sao clasificados de pri moira ordem, ¢, #3 suas dimensdes do morcade 0°22 ><0",075, estio mesmo a calbar para o fim er a. Os vigamontos do pils-pine, aplicados aas grande consitucdes dos bovs tempos em que se importavac vous madoiras, oram considarades vigamestos ricos. © piaho cacional, a chamada madsira de terra, 6 um oa madeira de construgio o para os vigamontos oferec boas vsotagens, se for cortado do bons piabais. PAVIMENTOS DE MADEIRA Masiome Fig. 14.—ASSENTAMENTO DE SOBBADOS COM SERRAFADO Em: cima: Corte do pavimento no sentido transrereal de servafaito; Em baizo: Corte no sentido Lmuitwlira) lo serrafado Porém, no mercado, nem todos os vigamontos do pi- nho sio de molds a ser recomendados, pois que nem sempre sio serrados em quina vivo ('), mas sim em meia-guadra (*), © 90 para os bons torcos mio serve, porque dificultsin as boas samblagens. As madeiras de pivho bem serredas e de boa quali- dade, reinem as mesinas vantages das madsiras do pits-pine 0 outras, tanto em duragio como em resisténcia. ‘AS pontes das vigas que ficem encastradzs nas paro- des devem ser pintodas com om induto que as proteja dos insectos © vmidades, Da madeira do pioho de boa qualidade tambim se fazem excdlentes solhos, chegendo mesmo a rivalizar com o pits-pine. O pinto manso 6 também, o justamente, considerado uma das melhores madeiras para vigamentos e soalhos. Nos tompos das grandes constrogdes de madcira, quando no se aplicaram madeiras exdticas, recorria-se aos bons vigamentos de pinho © sbondavam madeiras puras, do boa soiva, bastanto isontas de nds, de quina viva 6 do comprimentos apreciaveis. ANOTACOES Ni0 si0 86 05 insectos os inimigos declarados dos vigamentos de medeira, porquanto a umidade corrompe os também veloz 6 assusindoramente, Para evitar 0 apodrecimento rapido das madeiras aplicam-s6 elas indutos preservatives mais on menos do reconhe- cidas vantagens. Como jé 0 dissemos noutro lugar 6 costume pinta- remese com eles as entrogas das vigas, para 30 evitar @ corrupedo dessus pontas de madeira, mas nas boss edi- ficagBes todo o tosco, quer fique embebido ua alvenaria quer fique livre, © por conseguinte arejado, 6 sujeito « esso tratamonto. Para as madeiras de pinho esso tratamento 6 espe- cialmente indicado, © arejamonto obtido pela caiza de ar, espaco existento entre 0 nivel do terrono eo pavimente do primeiro piso de uma casa, que nunca deve medir menos de 0°40. 6 bastante ati) para a conservacio dos vigamontos. ‘De um modo geral os vigamentos nunes podem passar sem # caiza de ar, porque sew esse arojamento a sua duracio 6 sempre efémera Muitas vezes, e quando se possa fazer aconselbivel, deixam-se nas paredes das fondacdes vontiladores para © exterior, para que a renovagio do ar soja constante, Nestas cireuntducias também, deotro de caiza de ar, ke doixam aberturas om todas as paredes interiores das fundacdes, para melhor cirealagio do ar através de toda 8 odificagio nos seus baixos. Quando por qualquer motivo so uio possa deixar caiza de ar 6 entio mister construir um wassame sobre ‘9 qual se assenta o setrafudo para o solbo. Porém, nonca se deve deixar um vigamento desprovide do caiza de ar, porque isso seria a soa rufoa. (9A madera de quina wine & aquela que tem todss 26 auss arcade tno tet ‘a atetra de me codes por sates "2 6 a que apcesenta Ss suas arestas se que A face dos troneos ise SOBRECARGAS MINIMAS DE PAVIMENTOS PESO POR METRO QUADRADO Quilogramas Armaréos. oe 880 Cosas de babitacio : 250 Corredores . tole 2 400-0500 Escadas (langos, putins © pataware 400 Escolas (salns de aula) . 350 Escritérios : : 450 Galerias do acesso : 800 Gimnisios : 850 Motkis ¢ hospitais 300 igrejas . . ot 52 500 Quilegramas Museus. - 850) Poquenas oficinas |... Primeiros andares (de coméreie Pequenos compartimentos Salas do danga : Salas de conferéneiac. |. : Saldos de festas © reunides | tt Sates de fertas com haneaulas tis Varins andares de comércio . Vestibolos e itrios —8 , PAVIMENTOS DE MADEIRA SO A LH O S$ OE soalbo, eulgsrmonto também dasignade por soto, 6 constituido por tibeas dovidamente aplainadas fe preparadas para o fim a que se dostinam. ‘As tabuas de sotho do uso corrente tam a espessura de 0*,082 © variivel largura. No chamado solho é por- fugueia bi largaras desde O°,14 a 0,22, equanto quo no solho & inglesa as tabuss, que sio Téguas 0 assim as vyozes denominadas, 16m a largura normal de 0,10. Uti mamenta, porém, por questio do economia de madeira, quo pio de mio de-obra, tem aparecido sotho em réguas do 0,08 © até de menor largurs. ‘As principais categoria de solbo sio trés: & porta- guess, & ioglosa © parquetas. Na seguada categoria estio incluldos os espiohados. © sollio 3 portuguesa é 0 menos categorizado © as parquetas, formam, por sua vez, pavimentos de Jaxo © de categoria. Os solhos A portuguesa © & inglesa s30 feitos nas ma- deiras de piabo, casquinba 6 pite-pine, enquanto que as parquetas io preperadas com madeiras do cores @ de diferentes qualidados. ‘A fabricagio das tébuas do solbo tom a designagio do abrir solho, nos meios da constcucio civil. Os solbos podem ser dos seguintes tipos: de junta, do ebeatro, do meio-fio ¢ do macho o fémea. Os dois’ primoiros destes tipos sio desigoados por solhes ordiasrios, o terceiro 6 0 chamado a portuguesa: © 0 Wtimo & ingtesa. O primeiro destes tipos 6 o mais dosclassificado, $6 sendo aplicado em pavimentos de edificagdes sem importineia, 0 seguado pouco mais ea- tegoria tem que © primeiro, pois 2 difereuca s6 consiste fem as jontas serom chanfradas. Os trés primeiros tipos de soalhos ficam depois de pregados com os progos & vista; o dtimo 6 pregado interiormento. Quando s0 assontam as primoiras tabuss do solbo do chanfro, do solho & portuguesa e do solbo a inglesa, ti ram-se, por imitefs, n0 inicio do pavimento, o chaufro, ‘© meio-fo ¢ a fémea, respoctivamente. SOLHOS ORDINARIOS CO osolko de junta no 6 mais do quo a juncio do tie duas, amas és ovtres, sem mais segurenca do que 2 actuagio dos pregos pata as vigas. ‘Todavia é conveniento quo a proparagao destas tibuas seja perfeita, para que 0 sobrado fique com todas as tabuas unidas. ‘De um modo geral estas tibuas sio pregadas com dois on trés pregos, conforms a sua largura, sobre cada viga. Como atris dinsemos este tipo de solbo & apenas aplicado om pavimentos sem importincia © golho de ehanjro 6 diferente do antorior porque as suas juntas niio so ¢m esquadria como oss?, was clian- fradus. Cada tabua comporta os dois chaafros om sen. tide contrario um do outro. Estas tibuas, como as do tipo anterior, assontam-so a uma a uma 6 pregam-se go- ralmente com dois prego om cada viga. Esto solho nio tom eategoria para os bons pavimon tos © 4 Gaica vantagom que tem sobre o solbo de junta 6a do nio deixar passar a luz entre as tibuas, quandé ‘os seus cantos pio fcam bem uoidos SOLHO A PORTUGUESA OE sotto & portuguesa 6 0 tigo do sobrado do maio aplicagZo nas constracdes de ordem econsmica. ‘A. sua fabricacio 6 sctualmente do pinho nacional, mas ha umas dezenas do anos atris era de uso corrents pre: parar-se em casguinba. Estes solhos om casquinba eran muito mais perfoitos do que em pinho: as tabaas man: tinbam todas a mesma largara © um hom acabamento, ‘As caracteristicas deste solho esti nas tabuas quo tm as suas juntas ou cantos ew meio,fo. Este meto-fo & uma espécio do rebaixo até a0 meio da ospossura da tibua. Fly, 15. —DIVERSOS SISTEMAS DE SOLHOS A} Sotho te junte; B) Sotho de ehenfro; C) Sethe & portugues de meiorfo rom thluas de espera ¢ de evbrir; Dy Sotho i ports (gucaa com liduas de mciora ede rebaizo PAVIMENTOS DE MADEIRA le * Fig, 16.— DIVERSOS SISTEMAS DE SOLOS A) Sotho & inglesa; B) Perf de tibuae we sho a ingles ; ©) Satbo ordindrin oasente entre wigu, para recshimento de sepia expeciaity Dy Pargueta cerente eolre salle vedinario, Pola disposi¢io do meio-ffo distingvom-se no solo & portuguesa duss formes, que apenss so salieptam 20 assontamonto. A primeira coosiste cm haver tibuas de espera 0 de cobrir, assim designadas porque umes tém os rebaixos do meio-fo na face @ ovtras no tardoz. As primeiras Gostas tabuas sio quase sempre mais estreitas © dosti bamso a ser progadas princiro # as outras depois, assentando 0 meio-fo sobre 0 rebsixo da quo ja esta pregade. A doa do Laixo sé leva am prego a sieio da largure e a de cima dois e quase nos lados. © assentamento deste solbo é relativamente pritico. Pregada a taboa do baiso, asseota-se a de cima bem apertade contra a que ji est pregada e aplica-se-Ihe um prego do Jado da primeira, depois junta-se a segunda tabya de baixo © pregase 2 meio, como jé dissemos, @ 86 entio pregamos o sagundo prego na tibua de cima, gne deve ficar muito bem apertada eptro as duas de haixo. O pregamenta des tibuas € feito, é elaro, em cada viga. A segunda forma do solhko a portaguess 6 0 que tom em cada tabua 0 meio-fio ¢ 0 rebaiso. Isto 6, cada tibna fem de un lado 0 rebaiso ¢ do outro o weio-fio. Assim, prega-se a tibya com 2 juoia do rebaixo para 6 lade de fora, que é pora receber'o meio-fo da sogunda 1Sbua e aplicat-se em cada ua dois pregos. —10— SOLHO A INGLESA © othe i inglosa 6 cossttndo, coo airks 36 dsso- mos, por réguas, que tém a largura normal do 0°10, embéc¥ auibin te Cacontrom ao noreadorégoas de 0*,08, 0,07 e até mesmo de 0",06. A mio-de-obra do asseatamonto dos soalhos dostas ‘ltimas larguras 6 assaz cara @ a soa beleza nom sempre 6 conseguide, conquanto o custo da madeira soja baixo. Este solho, que devo ser fabricado com perfei deve ficar bem galgado e desengrossado. ‘As suas juntas sio de um lado aberto em fémea e du outro em macho. A saliéncia do macho, que mede 0",01, deve entrar justamento no solco da’ fémea, que meditd am poaco- chinho mais de profundidade, para so poder obter me- hor jungio das thuas entre si, © quo nio so poderia obter se n3o houvesse essa folga. ‘A espessura do macho 6 de 05007. Quando, as vezes, por imperfeicio, da mannfactura do solho ‘ou ompond da madeira, a juncio das réguas niio fica perfeita, os carpinteiros preparazn as jantas, os wmachos @ as fémeas mauualmente, com o auxflio do gui- dherme e da plaina. assoalhamento & inglesa 6 muitissimo facil. Prega-se ‘a primeira tabua com a junta do wacho para o lado de fora, a fim de nole enirar a fémea da segunda tabua @ assim sucessivamente até acabar o assoalhamento da dopendéncia, © pregamento das tibuas sobre as vigas é feito com 0 prego sobre 0 macho, para nio ser visto exterior- mente, levando, por conseguinte, cada tibua apenas um prego em cada viga. O trabalho de assoalbamento dove ser feito com perfcia, tendo o carpinteiro de acertar bem as juatas de uma t4bua para a ouira, quer aperfei- oando © macho, quer a fémea. O aperto das tébuas para a sua boa jancio 6 feito, algumas vezes, com pal metas apertadas entre a tibua © om serrafao pregado sobre as vigas, wn pouco mais adiante. Para se poder bater nas Libuas antes de as pregar, © carpinteiro colocs sobre 0 macho das tabuas uma va zi, onde bate com o martelo. Esta vazia nio é mais de que um bocado de madeira onde se abrin préviamente a fémea, sondo atilizado As vozes um bocado go préprio solto. A wtima tabua a assentar no soalho desigos-se por focho 6 sompre me- tida & fora, porque deve ficar bem apertada. 0 solho & inglosa tom diferentes maneiras de ser ay cado. Pode ser simples, assoalbado a encher © encabei- rado. Quando 0 solbo é encabeirado, assentam-se em volta da dependéacia a assoalhar algumas fiadas de ti- buas (Fig. 17), que sio as caheiras, De encontro is ca- Iniras’ topojam as tibwas gue formam © tapete, que & a parte central do pavimento. Para so usseotarom as cabeiras aplicam-se no viga- mento do sobrado os chinchareis, pequenas pecas de Vigas ligadas @ apertadss tal qual como as cadeias e ta- rugos entre ax vigas (Jig. &). 1B € subre os chiachareis que so progam as tibuas de solho que formam as ea- deiras. © nimero de cabeiras a apliear em cada pavimento é vaviivel, 1 PAVIMENTOS DE MADEIRA foe wy JL td Fig, 12.800 4 INGLESA ENCABEIRADO Como adiante dissomos, as réguas do solho do centro topejam de encontro as cabeiras, mas para isso tom do abrirse 00 topo dessas réguas a femea, que hé-do on- trar no macho das citadas cabsiras. ‘A formacio do enqvadramento das cabeiras pode ser feito topejaudo as resmas de encontro umas iis outras (Fig. 12), ow sambladas 4 moia esquadria (Fig. 18). A saroblagém das meias-esquadrias comporta tambéra pumas 03 machos @ nontras as fémoas. Nas cabeiras de um lado todas as suas meias esquadrias sio providas do fOmea, e nas do ontro lado todas comportam 0 macho. ‘AS primeiras caboiras a assentar s80 as dos topos das dependéncias © depois comeca-se por um dos lados nas cabeiras, seguindo-se 0 soallio do tapete na mesma or- dom e termina-se pelas cabeiras do lado oposto. (Os acrescentos cas tibuas, pois que nem sempre so encontram & medida nocessiria, sio feitos deseucontra- damente por cada tibua ou série de cinco on seis ti- buas, conforme melhor convier no sentido construtivo ou econdmico (Fig. 19). As tibuas acrescentam-se tope- Jando uroas coin as outtas, simplesmento do topo sobre Antigaments o solbo era aberto nos locals onde era utilizado, mas actualmente vem todo pronto das fabricas. Os pregos 2 aplicar no golbo vio os de galiota. Fig. 19.~SOLHO 4 INGLESA ENCABEIRADO E COM CEBCADURA DE FANTASIA {ULM Fig. 0.—TRAGANO PARA 4 OBTENGAO DO CENTRO DE UM4 DEPENDENCIA PARA ASSOALHAMENTO Cece. Fig. 8.—SOLMO ii INGLESA ENCADEIRADO ‘A MEIA-ESQUADHIA Fi 26-8060 A INGEESA COM CHRCANURA DE FANTASIA ~u PAVIMENTOS DE MADEIRA SOLHOS DE ESPINHADOS Os solbos espinhados tém osta designacéo porquo o sou aspecto ¢ verdadeiramonte o de uma espinba. Estes tipos de soalbo si0, para efeito de mais boleza, sempre encabeirados com trés ou quatro tibuas em volta az dopondincis quo so assoalha. Os espinhados sio constrofdos de diferentes manei- ras, sendo as principsis aquelas em que os topos das tabuas si0 cortados a meia esquedria (Fig. 23) 0 os quo slo cortados om esquadria perfeita (Fig. 22). As eabei- yas para ostes tipos de soelbo tanto podera ser formando nos Zogolos das casas moia-osquadria, como serom de topejamento alteroado das tabu ‘As réguas que formam os espichados, gue dovem sor muito bem esquadriadas, sio pregadas sobre as vigas, tal qual como so proceds com os solhos i inglese. For- mam em todos os topos macbo ou fémea, conforme © sou leger no espinhado. A largura do espinbsdo pode ocupar o espaco entre. vas vigas, ou ocapar dois espagos, topajando va ter- ccira vige. O mais corrente 6 2 largura da espinha ir s6 de oma viga 2 outrs Estes pavimentos que sio de lindo ofeito podem ser de duas on mais qualidedes de madeira, eujas réguas neste caso se assentam altornadamente, porém, 0 mais usual é constrairem-se apenas de uma sé qualidade de ma- deira. As fiadas das espinhas devem coincidir vmas com as outras, numa barmonia absolutamente perfeita. Muitas veves, para que a preciso das tabaas bem resalte nestes pavimentos, faz-so a planta de dependéncia a assoalbar @ marcam-se néle todas as réguas que formam 0 con- Junto. O espago nos encbalcos € separado do espinbado geral_polas cabeiras que formam 0 rectingalo da sala @ formam tapete parte, como melhor pode convir. For- mam pequenos espivbedos as vezes, © ouiras formam arranjos de acordo com 0 conjunto total. Por efeitos de economia com a aplicacio de tarogos © que em nada prejndica 0 efeito, 6 0 espago do on- ehaleo cheio & inglesa. © assentamento dos solbos espinbados & feito tal. qual como 0 do solbo & inglesa, como nao podia deixar do ser, visto a sua prepsracio ‘ser exactamente a mesma: © macho ¢ fémea. Em ravitos casos 0 espinhado 6 combinsdo com 0 30- Iho & inglesa ¢ constréi-se um sobrado misto, que pode aprosentar um lindo efeito. ‘A mio-do-obra do assentemonto dos espinhsdos, 0 s6 a mio-de-obra, acentuamos, 6 que torna mais onerosa esta espécio de pavimento. Todavia para grandes salas de residéncias ¢ saldes do festas ¢ esto pavimento 0 mais recomendével pela sva beleza, som entrar-mos em conta com soalhos de alto proco. A principal forma de marear um solbo de espinbado ¢ acbar 0 centro da de- pendéncia onde s¢ ofeetua o trabalho (Fig 20) PARQUETAS A @ssignagio de parqueta vom do francés parquet © refere-se a pavimentos de fantasia, onde se constroom liodas combinagbes, quer do dessubos quer de madeiras. As parquotas quando so do pecas com- pridas, © que nem sempre sucede, antes pelo contrério, ‘Sho quase sempre pegas muito curtas, podem asseutar-so dirsctamento sobro as vigas. Mes om goral para so fazor o assentamonto, desta es- pécie de soalho, faz-so préviamente um pavimento de solbo ordinario entro as vigas © é sobre ele que se 6- xam as pegas da pargneta (Fig. 16-C). Nas anigas parguotas, om que 98 projectos indica vam caprichosas combinagdes de madetzas de cores, no se uilizavam pregos; as pecas de esmerado acabamento eram grodades umas 8s outras € 20 solho infer ‘Todas as pecas encustavam © topejavam amas com as outras sempre por meio de macho ¢ femea. ‘Actualmente, com a criagio dos pavimentos de betio armado revestidos de mosaicos dé madeira, esto as parquetas postes do lado, 2 uo ser nos salBes do luxo ‘onde ainda se constroeu os famosos 6 ricos pavimentos de boas madeiras. A espessura das madeiras quo consti- toom as pargnetas tom em geral 0®,022, mas as vezes, por conveniénefa, aplica-se a espessura de 0" 0166 até menos. Estes trebalhos em que as samblagens exercem pre- ponderincia, exigem bons conhecimentos dos carpitei- Tos sobre wadeiras exdticss. No convém quo as inadoi- Fig. 2. —SOLUO DE, ESPINIADO -R- Puy, 28.--SOLHO DE ESPINUADO PAVIMENTOS DE MADEIRA . SAL Fly, 2,—PAVIMENTO DE €MOSAICOS ras no ostojam bem secas, para evitar quo abram as juntas, pois quo estos soalhos aio sempre destinados a encerar © por veres a palir. Também se executam soa- thos do parquota de madeiras delgadas, assentes diroc- tamente sobre outros assoalbedos inforiores. MOSAICOS DE MADEIRA OS mosaicos do madeira ostiio actualmente om grondo ‘Yoga, pois que para 0 rovestimonto das placas de botio armado 6 0 soalho mais indieado. ‘A. diferenca eotro os mosaicos de madeira © as par- quotas 4 assaz grande. Boquanto as parquotas sio cons- fieuldas por pequeaas pecas de diferentes madeiras © do diversas cores, em combinagbos verdadeiramonto arti ticas, © so assexies sobro coalhos iaferiorus, os mosai cos sio assentos ditectamente sobre wassames ¢ flacas do betio armado. ‘As combinagdes a fazer com 0s mosaicos do madoica sio absolutamonto do efeito, goralmento feitos com vina 6 qualidado de madeira, quase sompré o pinbo nacional. Fig. 27.— PAVIMENTO DE MOSAICOS Os mosaicos de madeira nedem valgarmeate 0°,40>< ><0",10 ou 09,24><08.08, isto 6, modom de compri- ‘monto trés vozes a sua largura. Nos pavimontos especiais em que as combinagdos geo- métricas atingem telativas proporcbes, empregam-se mo- saicos de varias dimensdes, no entanto as medidas de comércio sio 2s guo etras indicdmos. A espessura dos mossicos & om geral do 0°,022, igual por conseguinto 2 espessura do valgar solho & foglesa. Todavia também 38 encontram mosaicos de 03,016 de espessura. Os mosaicos do madoira dovem sor bem secos, zplai- nados dos dois Jados, desemponados 6 galgados 0 os seus topos bem cortados em esquadria @ lisos & plaina. Os melhores tm os caatos provides de um sulco, para quo o matorial do sea assontamento possa aston: der-so som atingir a superficie (Fig. 29). © assentamonto dos mossicos obedece ao tragado geo- métrico do desenbo escolbido, estondeudo-so para isso varios cordéis para a obtengio do bom alishamonto. Os moseicos do madeira asseutam-se por vérios pro- cessos, quo deserevemos : 12 Assontain-se em massa do cimonto ¢ areia com um prego om cada topo pare a sua fxacio (Fig. 29-8); =13- PAVIMENTOS DE MADEIRA Ltn Fig, 28.— PAVIMENTO DE MOSAICOS Assentam-se com vm induto a frio—a emepa, aplicado no tardoz do mosaic; 3.° Assontam-se com o induto a quente—o mastique, também eplicado no terdoz do mosaico. ‘Antes do se fazer 0 asseatamento dos mosaicos lim- pase bem a betonilba sobre os massames ou as pla- Fig, 29.—ASSENTAMENTO DE MOSAICOS DE MADEIBA E FORRO A) Mocaicos & masa assenies tobre ploca de betio; 1h) Diversce tipos de moeciese ; C) Auseatamente de forra sobre ‘athe eedio . iw cas do betio armado, onds oles doverdo tor lngar, para que os fragmentos da massa seca ou outras impurozas Dio prejudiquem o bom nivelamento ou fixacio. ‘Algumas vez0s, depois de efectoads a limpeza da be- tonilba, passa-se sobre ela uma escova aspera ou do aramo para a arrapbar o assim dar melhor guarida 20 induto. Depois do todo o assentamento foito procede-se 20 afagamento do pavimonto & plaina, ou melhor, com oma maguina movida pola electricidade. Antes do encera. mento do soalko procede-so a0 tapamento das japtas ¢ ontras falhas, quo porventura tenbam escapade & bor observacko do servico, com massa ou beteme. Vulgarmente di-se ‘a estes mosaicos 0 nome errado ds tacos, como se se tratasso do bocados de madeira cortados em topos, quando apenas s3o pequenos compri- mentos © 20 correr da fibra. Para boa regularizagko do pavimento 6 conveniente achar 0 contro da casa, come- gando por af a aplicagio dos mosaicos. FORROS Qrrarno (os soalos estio meio gastos, 0 que antiga Sir Bon 2 froquente, porgao so vsavam muito as madeiras do exsquinba 0 ospricia, 6 costume sobrepor- he um ferro. " m © forro destinado a cobrir os soalbos, tem em goral as mesmas dimensbes das tabaas do solbo 4 portuguesa @ a5 suas juntas sio chanfeadas, como o solho de chan- fro de qué ja falimos. A soa espessara costuma ser 46 07,015. E assente por meio de progos de fasquiado e fica no’ sentido transersal a0 zolBo velo que se protonda cobrir. Quando o solho velho tom saligncia do 06s 01 de mesor desgaste, 6 convonients, para que 0 forro fi que bem assonte, afagi-lo 4 plaina, para o deixar mais ov menos plano. Como se comprocade o forro dos sobrados 6 aplicado quando so.pretende fazer economias nas reparactos dos edificios. As vezes, porém, os forros ficam tio bem assontes qué se assémelbam a sobrados novos, podeado ser como eles encerados. AFAGAMENTO Devots do assoalbamento de qualquer dependéacia faz-s0 0 afagamento do solbo, pars qus a saperfi- cie fique completamente lise. Como é bem de saber, é natural que do tibua para tabua se salioniom diferencas de altera, factos que so dio em todas os géneros de soalhos. Nos poquenos sobrados os carpivteiros procedem 20 afagamento manvalmente, por meio de plainas do dois, ferros. As vezes fazom ess0 serrigo logo apés 0 assen- tamento de uma moia dizia de tibuas. Nas grandes superficies 0 sfagamento 6 feito, actual- mente, 2 miquina movida a electricidade, cajo trabalho 6 mais perfeito do que maoualmente. Antgameate eran os carpintoiros que, depois de todo o trabalho, proce- PAVIMENTOS DE MADEIRA Fig, 30.—SOLHO A INGLESA ENCABEIRADO E COM CERCADUBA diam a0 afagamento dos soalhos de toda a obra, melendo, para mais rapidez, a so, 0 come gente, ostreita plaina de tum ferro. Como esso afagamonto so aproseniava no fia bastanto imperfeito, alizavam-no depois com raspador. afagamonto mecanico 6 muito perfelto, rapido © ero- nomico. Quando 0 soalho se destica a ser pintado ou enver~ nizado 6 conveniente ser passado a lixa. Qualquer dos tipos de solho em uso actualmento pode, depois de afrgado, ser encorado. Quando o soalho apre- senta fendas ov juntas abortas 6 do convoniéocia tapa- slas com betume, 36 esto se procedendo 4 sta pintura, envernizrmento ou enceramento. ASSOALHAMENTO CE sxsoalhamento de wma casa, quando as tabaas so de madeira verde ou mal abertas, 6 um trabalho assés violento. Quando o solho 6 a excher assonta-se a primeira tibua junto da parode. No solho & portuguese. essa primeira tibua 6 uma tébua de espera’e antes de fe progar sobre a8 vigas tira-se lho © meiosio quo fica do lado da pared. As tdbuas de espera fizam-se as vigas com duis pregos do galiota quando sio largas © com um s6 so sio es- troitas. As tabuas dz coérir fixara-se com dois progos, qualquer que seja a sua largura. Os progos aplicados nas tibuas do cobrit devem inclinar-se para a tibua de espera jé assento. ‘A forma do assontar esto salho & portuguesa 6 asson- taodo primeiamente uma taba de espera o depois ume de cobrir, encostando-a muito hom 4 do ospera © apli- cando logo um prego sobre cada viga. Dopois assenta-so ontra tibua de espera @ assin sucossivawente todo o salto. " As vezes assentam-so primeiro duas tabvas do ospora © depois a do cobrir ontro elas. enjo espago so Tho dei- Xou por sé ter obtido a sua largura por moio Jo com- passo. Esto proceso, ucm sempre aceite oucoavonionte, 6 foito em séries de trés tabnas, ano, como em se com- proende, 6 de duas do espera e ume de cobr A violéncia deste trabalho que atrs fizemos referén- cia, consiste om juntar bem, umas as ontras, 2s tibaas, que por vezes sio eimpenades ou tortas, dovido a mis qualidades das madeiras, e que nio encostam bem. As tabuas do solho mal encostadas umas as ontras, deisam fendas que 6 preciso avitar 6 assim, 6 mister obrigé-las a‘juncio. Esto trabalho 6 feito por meio de bimbarra gue o carpinteiro fixa sobre o vigamesto. No solho 4 portuguesa é muito dificil a esecugio deste trabalho, Gevido 3 largura das tibuas. ‘Muitas vezes 0 carpintoiro rocorre A plaina oa & gar- lopa para melborac as juntas ou eaatos das tibuas. Nos solhos & inglosa o assoalhamento 6 mais facil © pratico, Rio $6 porque este solho 8 de manvfactara mais perfeita, como também 6 fabricado de melbores madeiras. Neste solho a primeira thboa a assentar-so fica com a femea para o lado da parede e proga-so sobre 0 vir gamento com am progo de galiota sobre cada viga, me: ido & baso do macho e inclinado para dentro. © prego 6 rebatido @ pungio para quo a sua cabeca nio preju- diquo a entrada da tabua soguinte. ALYY YOY. Fiy. 32.—SULIO DE PARQUETA EXCABEIRALD AVIMENTOS DE MADRFIRA Para a boa jungio dostas taboas tom muitas vozrs 0 ca~ioteiro do Fecorrer a ajoda do guilberme. para adel: g2 if 0 macho ov tirar elgumas passadns vos cantos, Pe. motivo de qualquer imperfeicio bavide us manv- factura do soalbo. “gzse sompro tem de so ompregar a forga de ala- vs: para obrigar a tabua a unir-se. Normalmonte 0 carpintoiro opcosia a taba quo assenta & quo esti, assente ¢ depois metendo uma vazia (") no macho, bate- “Il com 0 martelo simultanozmento sobre as vigas, vesa 2 ma, #16 a tabva encostar completamente. Depois de bem assonte, prega-se a tébus. Psra boa execncao do assozlbamento 6 convosiente este trabalbo seja foito por dois carpioteiros. ado, porém, so utilizem tébuas compridas entra 20 servigo do assoalhamento mais um operirio, goralmonte or meio-ofcial juando as tibuas teoham de ser dcrescontadas abre-se nu topos doles, respectivamonte num topo vm macho e noutro uma femea. “os solhios & portuguesa 0 acrescento 6 apenas feito p- chanfro nos respectivos topos a juntar. RODAPE Jo & 6 redapé, como se sabe, um soalho, mas como anda tio junto deles, achamos da maior copve- niéncia apresenti-lo neste mesmo eaderno da Enciclopé- ¢°: Prasiea da Construgéo Civil. E. assim 0 faxemo: D rodapé é aquela faixa do madeira, ov do qualquer outro material, qne contoroa as paredes de qualquer de- pendéneia, assente sobre 0 pavinhento. Agui, como tratawos de pavimentos de madeira, é t wbém do rodapée de madeira que damos 0 estudo. © rodapé pode ser constraido de qualquer madeira, esnessura e altura, Quando é feito de pinho nacional 6 Fig, 38. DIVERSOS TIPOS DE RODAPE B, CD, Ee F) Redopé provido de tose; H) Rodapé pregado Redopé simples; G) Aswowamenio de redepes —w— Fly. dt. ASSENTAMENTO DE RODAPE: A) Tacos para fizariio da redapé; B) Bedapé cssente nas parcdes 2 uma dependincia ; C) Toros embebidos na yarcde, prontos a reccborem 0 rodapé ; 1) Iedapé aetente ; de bases de rodopé Ly Diversor perfe geralmente tirado das tSbuas de solho (2), poréms, quando & de casquinba ou de qualquer ontra madeira pode ser de 0,015 a 0,025 de espessara. (0 seu assentsmento 6 em gorsl feito por pregos para tacos de madeira embebides nas paredes. A sva boa li- gagio a0 pavimento 6 obtida por sutamento a compasso, Tecortando-se a jvata sutada por serra ou plaina, con- soante soja mzis convenionte. (© rodapé de boas madciras, em casas de boa apre- sentagio, 6 Sado quase sempre por meio de parafusos. ‘0 rodapé pode ser liso ou moldvrado, contorna todas as paredes © encosta de encontro aos guarvecimentos em harmonia perfeita © constante. Nas casas de habita- eGo, salas, etc., € de uso 6 de bom especto aplicar-se no ingulo, entre o rodapé ¢ o solbo, uma régua molda- rada ov simplosmente arredondada, 2 gne se ¢4 o nome de base de rodapé ou Base de cadeiras () Esta base acompanha 0 rodapé, mas nio entra nos enchalgos nem contorna os guarnecimentos dos portais nem das arestas. Quando 0 rodapé é provido de base nio & necessirio ser sutado de encontro ao soalho, porque quem 6 su- jeita a0 sutamento é entao a base. O rodapé fica en- Zoberio com a base, s6 ficando & vista nos enchalgos, onde so entio 6 sutado. © roéapé & pintado © a base nem sompro 6 pintada, ficando quase sewpro encerada como o pavimento © ds () Vasie & wm bocado de tabaa com fine aberts vem canta, aly eqlsar so macho das edbaas de soho js pregadne, para pode Terbauds $y Tebua de salto & qualquer tbs de pinbo da tora com a csghfoara Se 803, pouce malron meno “S) A designagis Ge tae de cadeiras & dovido a0 facto desta ass dbs Se Sodeias wip certo afstaceate Ga parede, evieange 2stin que esta teja ropado pelos costas Cagueles wove 8 ENCICLOPEDIA PRATICA ‘DA. .CONSTRUCAO: CIVIL 8 | TEXTO E DESENHOS DE F. PEREIRA DA COSTA MADEIRAMENTOS E TELHADOS ERALMENTE a cobertura de um edificio € constituida pelo madeiramento ¢ pelo telhado. O madeica- mento é uma estrutura ou armacio de madeira, em cuja parte superior o telhado assenta. Exceptoam-se deste género de cobertura os edificios da arquitectura chamada moderna, em que os telhados so substituidos por placas de betéo armado, ¢ ainda aqueles que, coastruidos dea- tro de qualquer modalidade arquitecténica e possuidos de telhado, tém o madeiramento substituido por ume estrutura metélica. Estao neste caso algumas grandes edificagées de ca- ricter publico ¢ as destinadas a fins industriais, como fabrices, armazens, oficinas, etc. A disposiggo do telhado de um edificio, cuja planta acentue reinterdncias e saliéncias, da a toda a edifica- go uma graciosidade que eagrinalda @ obra arquitee- ténica. Neste Cademo de Enciclopédia Pratica de Constr- $0 Civil ¢ dos Madeiromentos ¢ Telhados propciamente cditos que tratamos: os outros tipes de cobertura serio tratados noutro lugar. 's Processos e sistemas de construso dos madeira mentos s60 variados, como também variados si0 os tipos dos telbados. Aigumes coberturas sé0 de sumptuoso efeito, outzas, porém, de mesquinha concep¢3o. No eatanto, podemos acentuar, a construco de um madeicamento é trabalho de relevo na cazpiataria civil ca Mi mn il roy Pig. 1 ~ DIVERSOS TIPOS DE TELHADOS Aq Teltade de 2 kouas: B— Telhado de trapcicas: C ~ Tacsnica; D~ Algado de telhado: E~ Tethado de 3 dguas: F — Telhado 1 ie 4 aguas: Ge H— Telhados de Mansarda: = "Tethado de agua: L—Telhado de aguas desiguais: HL MADEIRAMENTOS E TELHADOS PRELIM A, cebertura dos edificios, ov para melbor, © seu tethado, tem varias formas. Assim, temos telhados de uma dgua ov vertente (Fig. 1-]). de duas sgues planas (Pig. I-A e 2A), de trés aguas (Fig. I-E e2-D), de quatro aguas (Fig. I-P e 2-B). de dguas empenadas (Fig. 2-E), de dguas isregulares (Fig. 1-L), cénicos (Fig. 1-M e 2-F), isvegulares (Fig. 2-1), de mansarda (Fig. 1-G e He 2G eH), de poata de diamante (Fig. 2-C) e de empenas cortades (Fig. 15). além de muitos foutcos que a fantasia arquitecténica pode cciar. A paste principal das coberturas reside no madeira mento. A coastrucio deste fosco exige bons conheci- mentos dos carpinteiros civis € € deste importante ramo de trabalho que vamos tratar, desenvolvendo como & nister as nomas exigidas para a sua boa execucéo. ‘Os telbados normais s30 aqueles de duas ou quatro Sguas ou vertentes; todos os outros s8o construidos por motives de ordem arquitecténica, como os de feigso cénica ¢ 0s de mansarda (*), ov de ordem meramente estranha & construgéo, por irregulares superficies de rea construida ou ainda por descoahecida exigéacia. Num telbado de dus aguas paralelas entre as empenas do edificio a construgio @ assaz trivial, mas num de qua- tio vertentes j8 2 execugdo € mais cara, Nos ‘elhados de quatro dguas, designam-se as duas principais por éguas mestras € 28 dos topos por tacanicas (Fig. $). Nos telha- dos de trés éguas as designagées so as mesmas ha- vendo, porém, como se compreende, apenas uma tacaniges do lado opesto a esta bi, decerto, uma empena, Os telbados podem Sex constituides por diferentes pos de telbas de barro. Os tipos de telbas mais usados entre és, actualmente, so: de meia-cana ov & portu- guesa (*). marselha, romana e lusa. As dimensdes des- tas telhas variam de (ébrica para fSbrica, assim como qualidade do seu fabrico. fui TAIN Fig. 2~PLANTAS DE TELHADOS DIVERSOS A—Tethado de 2 tguas: B— Telhado de 4 iguas: C~Telhedo Ye Tocredon D~ Teihodo de 3 squas: E— Tethado. de goveto.. F—Tethato de cipsla; G~ Tethaco de trapeicas: H~ Telhado ‘de mansirda; 1 ~ Telfiado de Ioebs. -2- INARES Muitas vezes em vez de telhas de barto, empre- gam-se chapas onduladas de zinco galvanizado ou de Fibro-cimento, Porém, nas casas de habitagdo sao as te- has o tipo de cobertura mais usado e mais ventajoso. © ‘telhado de telhas de meia-cana s6 € usado actualmente em coberturas ordinarias de telheiros ou de edificasdes pobres: no entanto algumas vezes ainda se exigem nas coberturas de casas & portuguesa. Todos os outros tipes de telhas substituem com van- tegem as velhas telhas de meia-cana, quer no aspecto. quer na economia permanente do telhads. As telbas dos ‘pos romano e las semelham-se muito 0 aspecto aS velhas telhas. Nos telhados a portuguesa distinguem-se trés formas de execusdo: telhado valadio, telhada moiriscado e te- Thado meio-moiriscado. TELHADOS VULGARES OS sasedes dos telhados, nas plantas das edifica- ‘s8es sS0 obtidos racionalmente. Nas construgées de planta’ cegular ¢ com empenas constcoem-ce como atris dissemos duas éguas ‘regulaces, de igual inclinacdo. Assim, divide-se a superficie da cobertura ex duas par- ‘es iguais, no seatido paralelo as suas duas fachadas, e, por conseguinte, perpendicular &s empenas. A linha que separa as duas vertertes do telhado é 9 seu espigao (Fig. 2-A). Nas plantas dos edificios que £6 tém uma empene, constroe-se, além das duas dguas mestras, paralelas as suas fachadas, uma terceira 4gua, oposta empena (Fig. I-E e Fig. 2-D) e que se designa por tacanica, O tragado desta planta é feito assim: tiram-se linhas a 45°, dos aegulos para 0 interior, que se cruzam, tran- cose desta intercepsio ume limba paralela 3s fach: das principais e que termina na empena da edificacao. As linhas 2 45° sio os rincées e 2 linha corrida o espiggo do telhado. Nas plantas de quatro dguas, em que por conseguinte ha duas facanigas, 0 tracado € obtido da mesma forma. Nos telhados de aguas desiguais o seu tracado € rea Brado em obediénda a0 projecto da obra. A inclinaggo normal dos telhados no nosso Pais ¢ de 26+ a 27", was também se constroem segundo as exigéa- Gias arquitecténicas, obedecendo a estilos ou a fantasias. Nas regibes do Norte os telhados tém o ponto mais ele- vado do que n0 Sul, devido as intempéries. Nos edificios grandes, de planta caprichosa, tem de construic-se coberturas movimentadas, que dao ao con- juato arquitect6aico grande beleza. Na planta movimentada que apresentamos na Fig. 3 mostramos uma completa construco de um telhado com os rincées, larés (#) © espigées. num con (0) Os telbades de mansarda do lugar 2 um pavimenco resiado, também desigvado nor mansarda (0) Designa-se por porugvesa 2 antiga tea do siciaccans, ime propnamente chamada de canudo. (0) are € exacameste 0 inverse do rincto. Exe & a salitacia on aresta do telhado e aquele 8 reintersocia. junto felicissimo de regularidade. Nos deseahos dos alce- ‘os (Fig. 4) vemos as suas inclinagées em ligacgo com fos espigées por meio de rincdes2 larés, Chama-se ponto do telhado a altura deste em relacao a largura da edificagdo. Observamos no estudo desta plata, vendo nos algados as alturas diferentes dos seus ppontos olhando 20 mesmo tempo a planta com corpos de diferentes larguras. (Os telhados de uma dgua so apiicados a alpendres barracas. TELHADOS ESPECIAIS rnios telhados especiais aquelas coberturas de feigdo invulgar. como os de mansarda, cénicos, picomidais e de empenas cortadas.e que passamos 2 est dar detalhadamente. Os tethados de mansarda sio vm tipo de cobertura criada pelo arguitecto francés Mansard (*), que muitis: Simo valorizou a Renascenca Francesa ¢ que entte nés brilhou no Estilo de Dom Jo5o V e caracterizou depois, © Pombalino ~ a famosa Construcdo Lisboeta © seu estudo (Fig. 1-G e H) bastante simples duas aguas mestras e duas aguas dobradas. uma de cada lado das principais vertentes do telhado. E nas dguas dobredas que se abrem as portas e as janelas que ser- vem 0 pavimento a babitar. que também se desigaa por mansarda. A inclinagio das aguas mestras & a inclina- so vulgar de 26+ ow 27*, enquanto que a inclinacdo das Sguos dobradas & variavel. O seu tracado € dependente do estudo arquitecténico que se constroi. Os tethados cénicos S80 os que se assemelham a um cone. Porém, s6 quando essas coberturas slo ceal zadas com chapas metélicas ou quaisquer outres reves- timentos, se pode construic tal qual o cone. Empregan- do-se teihas este tipo de cobertura, entiio telhado pro priamente dito, tem de ser construtde por Aguas triangue lares, como mostramos nas Fig. I-M o alcado e na Fig. 2-F a planta. Este tipo de cobertuca € proprio Para pavilhées, quiosques e coretos. (Os telhados picamidais distinguem-se dos telbados cénicos por terem 0 seu ponto muito elevado, termic nando algumas vezes em aguiha, Quanto a sua construgdo € feita também por dguas triangulares. Os telhados de empenas cortadas so geralmente construides por duzs 4guas mestras e por tacanicas cus- tas. O seu tracado exige um bocadinho de atengio, As- sim, dividida a largura da superficie a cobri: em duas partes iguais, d-c. obtemos as aguas mestras: depois tira das as linhas a 45° dos anguios da planta a ¢ 6, iater- ceptam-se ambas na linha do espigao e temos o ponto o. Seguidamente com 0 compasso em a marcamos a dis- Gancia a-c na linha 2-O e femos 0 ponto 1: depois com 0 compassa em marcamos a distancia 6-c 2a linka 5-O e Ficamos com 0 ponto 2. Ligados os pontos I e 2 temos ‘9 ponto 0”. que é de onde partem as paralelas O'-e O'-f, ‘que s30 os rincdes que formam a tacenica curta ou encur- tada. (7) Erancols Mascara, 1598-1656. Lord recanica Haire Lardr A Ppencee. B Fig. 3~ PLANTA DE UM TELHADO MOVIMENTADO. Para 2 obtencio dos algados principais do telaado ele- vam-se linbas perpeadiculares de O ¢ O" no espigéo. Para a obtencdo dos algados laterais ou da (acaniga elevam-se de ce f também lichas perpendicilares, que subindo a empene a coctam em f' e e’. Os desenhos que apresen- tamos (Fig. 6-A e B) sio suficientemente elucidatives. Nos estudos dos Madeiramentes ficaim completadas 95 nosdes necessérias 2 construgio das cobertures de edi- ficios pelo sistema de tethados. AB, ___I ae Fig. 4~ ALGADOS DE UM TELHADO MOVISENTADO -~3- MADEIRAMENTOS E TELHADOS ca eeepeceeeeee Pig. 5~TRACADO DOS TELHADOS DE EMPENAS CORTADAS ASNAS AS coberturas das edificesses podem ser construidas pelos sistemas ordindrio e de asnatura. © primeito € 0 que tem o madeiramento apoisdo em niveis, escoras, pros e pontaletes, e o segundo ¢ aquele que se bestia 20 sistema de varios tipos de Asnas, E sobre © sistema ordinario que aqui vamos estudar os diversos modos de constrwir os madeiramentos. Do sis- tema de asnatura ja tratémos desenvolvidamente nos nossos Cadernos N.* I e 2, Qualquer que seja 0 tipo das asnas a empregar numa cobertura o modo de consti- tuie o madeiramento €, mais ou menos, sempre o mesmo. © mesmo varedo e sipado, 0 mesmo némero de frechais, suadres ¢ fileiras. O mesmo mimero de rincées ¢ de paus de Jaré se 3 planta da casa a cobrir é ¢e planta de igual configurasdo. Pelo sistema de construcéo otdinaria de madeiramentos chegam-se a conceber curiosissimos tipos de armacio, que em muitos casos nada ficam devendo a0 sistema de asnamento. A ligacdo das asnas entre si faz-se por crazes de Sto. André e por escoramentos de Boneca, tal qual como ‘sucede com a ligagSo dos pramos que suportam a fileira eas madres, entre eles préprios. As ligagées, como se observa, so igualmente perfeitas. Todavia 0 asnamento toma mais sélida e homogenia uma cobertura, mormente de um grande edificio. FRECHAIS, MADRES E FILEIRAS NA construsio de um madeiramento pelo sistema ordi nario a funcdo dos Frechais, Contra-frechais. Ma- dres ¢ Fileira € exactamente a mesma que quando se uti- liza o sistema de asmamento. As secyoes dessas dife- rrentes pecas S30 igualmente também as mesmas. A consteucdo do madeiramento de um telhado de duas vertentes, apoiado nas suas extremidades nas empe- nas, inicia-se depois de conhecida 2 aktura do ponto, de acordo com o projecto da obra, pelo asseatamento do Pou de Fileira, que deve ficar bem nivelado. Depois. consoante a sua largura a vertente pode levar uma ou duas Madres, 2 fim de garentir meluor apoio 20 varédo, O maior comprimento enire Madres nunca deve sez superior 2 3,50, sendo, porém, conveaieate que esse comprimento vi de 3,00 2 3,50. ‘anto 0 Pau de Fileira como as Madres deverdo ser sustidas em todo o seu comprimento por prumos, que s80 arvorados quase sempre de 2.00, 2.50 ou em Sltime aso de 3,00, espacados uns dos outros. Os pruwos s&c escorados entre si por Cruzes de Sto. André ou por esco- ras de encontro 4 Fileira (Fig. 8). ‘Os Frechais s80 assentes sobre as paredes, no sex parainento interior, tal qual como sucede quando se ex:- pregain as asnas. Sé depois de completado o escora- mento das Madces ¢ da Fileira se procede 20 assenta- Laie = Boe Fig. 6~ PLANTA DE UM MADEIRAMENTO DE 2 AGUAS in ‘ Cesoen Eresre “ Aol MADEIRAMENTOS E TELHADOS Yoréde ® _»-“i 4 | - Th forechot Fig. 7 ~ MADEIRAMENTO DE UM TELHADO DE 2 AGUAS. A~ Extnura completa: B— Alzado de wma vertente mento do veredo, que entalha ua Fileira, nas Madses ¢ no Frechal por melo de Dente de Cio. A fixacio das Vares € assegurada por pregos de telhade. As varas ficam perpendicuiares 20 frechais, qualquer que seja a largura das vertentes (Fig. 1/). ‘A ligacéo da vara ao frechal chama-se Barbato e 0 Dente de Cao onde embarba sobre o frechal apenas deve ter de profundidade 0,01. A Fig. 7 € suficientemente dara sobre 0 assentameato do madeiramento completo. As pontas da Fileira, das Madres ¢ do Frechal encos- tram na empena, pelo menos 0,10. Se o comprimento do telhado for relativamente custo © nuimero de prumos de apoio & Fileira pode ser redu- ido @ umn, bem como as escoras das Madres que se sia- plificam. © assentamento do varedo deve ficar bem nivelado, desempenado e diceito. Gezalmente neste trabalho o car pinteiro faz uso do aivel, da régua e do {io para o bom destorcimento de todo © plano. Depois de concluido 0 assentamento do varedo procede-se ao assentamento do Hpado. . As ripas sdo pregadas sobre todas ds varas com pre- gos de sétia: 0 seu espacamento depende das dimensées das telhas que se pretendam aplicar. Se o compriento ‘da vertente do telhado ado der conta cesta de telhas, sacrifica-se o comprimento da tiltima telha, a que fica junto do espigao. cartando-a O espace entre varas varia de 0,35 até 0.45 quasdo se utilizam telhas, e atinge maior espago quando a cober- tura é constituida por chapas de zinco, ferro ou fribro- timeato. & TACANICAS E RINCOES cf tcthados de tks Sguae aprecenat om vi a egpen “ Tee etadoe de quaca suas cotamee, por conte uit flbados de guase Jeon comanes Por omit Jas as fachadas principsis da edificasdo, ¢ duas éguas Be cede pine eres fe do mnderawem das cobetuss com tacanigas tem como principal elemento o Rincdo, que é uma espécie de viga com o seu canto superior chanfrado See ee Se ten cane pets oso duas vertentes de que ela faz esquina ou dagulo. Este fincdo € assente, em geral, no plano do pau de fileira extremidade inferior. “As varas embarbadas no frechal assentam sobre o ce Algumas vezes, por uecessidade de qualquer con trafeito da cobertura, é o rincdo assente sobre a fileica € 0 frechal, como se fosse uma vara, e neste caso as pré- prias varas assentam po rincdo por entalhe, Os rinedes so assentes a 45° a partir dos angulos do telhado (Fig. 9 e 10). e quando as superficies a telhar séo irregulares 0 rincde abtide pelo mesmo processo com que nos Sngulos se acha a sua bissectriz (Fig. 1!). sda pts paras oI kstnomens Ree ment Poume. Lite ia H. wae ewe 8 Fig. 8— ESCORAMENTO DAS ASNAS OU PRUMOS DO MADEIRAMENTO ENTRE ST MADEIRAMENTOS E TELHADOS Fig. 9~ TELHADO DE 3 AGUAS A Corte: B— Plante. bem apertado, Todo 0 madeiramento deve formar um conjunto sélido ¢ resistente. Ficando © madeizomento praticameate exposto ao calor solar e como nem sem- pre 2 madeira esté completamente seca, € da maxima conveniéncia que todas as pecas figuem mu'to bem aper- todas e pregadas. : Are HILL Fig. 10 ALCADO E PLANTA DE UM MADEIRAMENTO ‘DE 3 AGUAS ~6- LAROS Quuenne os telnsdos faze seisterancas (Eig. 12) quando as aguas mestras dobram por efeito da arquitectura da obra, surge-nos © lard. Esta designa- so significa exactamente 0 caso oposto 20 rincéo. A construgo do lard no madeiremento consta de uma vigota asseate na fileira superiormente € sob o frechal Jnferiormence, ‘al como sucede com o astentamento do rincdo. Esta vigota é 0 chamado Pau do lard e € prepa- rada para sobre ela se construir um canal revestido de chaps de zinco para recebimento da agua de cbuva, pois como se compreende o varedo assenta sobre ela em baixo ena fileire em cima. ‘© assentamento do pau do laré deve ficar muito per- feito para que o telhado no fique defeituoso ¢ a descida das aguas se faca com facilidade. ‘O canal assente sobse 0 pax do lars & feito com ma- deira ea sva largura nao deve ser inferior a 0,15, para gue as telhas possam debrucar-se sobre ele berm a von- tade, O pau do lard, tal ‘qual como sucede com 0 tincéo, deve ficar bem escorado, para @ sua funcio tio ficar prejudicada. FORROS — GUARDA-PO JN > constzucio dos tethados @ portuguesa pare que 2 argamassa se ado perca ¢ eaia para 0 espaco do s6tdo, € mister asseatar um forzo de tébuas de 0.015 de espessura, sobre o varedo. E depois sobre este forco que se prega 6 ripado. Este forco pode ser de juata, de chanfro ou de macho ¢ fémea. Quando 0 s6téo nio é aproveitado ado & exi- gida grande perfeicao neste trabalho e o forro nio pre- cisa de ser aplainado, porém. se se aproveitar 0 v3 do telhado convém que tudo figue bem trabalhado. pois gue pode ficar 8 vista, Neste caso também o varedo pode ser aplainade. Alguwas veres, mesmo com telhados de outros tipos deixa-se tudo bem forrado, para se fazer bom aprove:- tamento de todo 0 s6tio, Ficando 9 trabalho limpo com se fosse um verdadeiro tecto, pede fazer-se a sua pine tura. Estes forros t8m a designacéo de Guarda-pé. MADEIRAS AS madeizas que se empregam nos toscos slo actval- mente apenas as de pinho nacional. Antigamente empregavam-se diversas madeiras, como a casquinha. 0 castanho, ¢ &s vezes no varedo 0 eucalipto.. Esta ‘ultima s6 era aceite pelo seu baixo prego, por- que @ ua espécie que torce consteotemente, fazende girar (oda a estrutura em prejuizo do telhado. Da ma- deira de castanho fazia-se um varedo com os seus ramor redondos ¢ de varios diémetros. Da casquinha apenas diremos ¢ repetimos que € uma éptima madeira paca ¢ Construcso Civil, pela sua contextura fibrosa, de faci laborasao e de conservagio. ‘O pinbo, quando seco, com sero, de guina viva, bea MADEIRAMENTOS E TELHADOS 8 3; = TM Pig, 11 ~ DIFERENTES PLANTAS DE TELHADOS A Tethado de quatro aguas icregelaces, BC ¢ D—~ Telhado com Lars; a) ~Aguas mestras; 6) ~ Tacanigas: 1) ~ Rincées: 2) — Lavbss 3) — Fueicas, desempenado e de boa qualidade, considera-se uma das melhores madeizas para tosces. Para preservar as madeicas contra os insectos e intempéries € conveniente aplicar-lhes um induto apro- priado. ‘As secgées das diferentes pecas de madeira a empre- gar nos madeiramentos so as seguintes: Madres: de 0.18 X 0,10, 0,20 X 0,10 € 0,18 X 0.12: Fileiras: de 0.18 X 0,10, 0/20 X 0.10 © 0.18 X 0.12: Varas: de 0,08 X 0,055, quando afastadas 0,30 ou 0.40; de 0.11 X 0,08, quando afastadas 0,65 ou 0,75: de 0,10 X 0,05, paca telha marselba © com afastamento vulgar; de 0.14 X 0,07 para telhados moiriscados: Ripas: de 0,036 X 0,024 e 0,036 0.048 Todas estas madeiras existem no mercado com estas secgGes ou com seccdes aproximadas, o que para este caso nfo tem grande importancia. As vigas destinadas a rincées e a paus do lard devem ter as mesmas seccées que tém as madees ou 0s pays de fileira, salvo quando néo possam ser apoiadas ou estron- cadas. Neste caso a altura do seu cutelo pode atingir 0.20 ou 0,25. Todas as ligagées das diferentes pecas dos madei- ramentos deverdo sez feitas por meio de entalhes, como orelbas, meias-madeiras e ganzepes, tudo depois devi- dameate pregado. As diferentes pecas dos madeiramentos ou acma- 60s de telhado, tém, além des designagées actuais, gue S89 a5 que damos nos aossos estudas, outras, arcaicas € fora de uso umas, regionais ¢ locais ainda outras.. Assim, apresentamo-las para que os leitores e estu- Giosos as comberam. Espigdo,cume: vasa, caibro; rincSo, guieiro: tacenica, rédo.e revessa: lar6, revessa, guieiro morto, espigao abatido © ribeiro: madce, terca: ripa, late; asna, tesoure. BARBATOS PP 2® efeitos do sangueado que o telhado deve apcesen- tar juato ao algeroz ou ao beiral, que tem por fim quebrar a queda abcapte das Sguas das vertentes, cons- troi-se o berbato, (© barbato provoca uma elevacio da inclinacéo do telhado, na sua primeira fiads de telhas. © Barhato & constituido por uma tébua pregada em todo © comprimento do telhado, sobre todas as varas com dois pregos de meia-galiota, Esta tibua — a tébua do barbato, tem geralmeate 3 largura de 0.20 ¢ 2 espes- sura de 0,02 ou 0,025. Costuma empregar-se uma tabua de solho. Sobre a tébua de barbato prega-se uma tipa de telrado junto a0 lado do algeroz. Como vetsos 0 barbato é constituido por uma tébua e uma sipa, Ocasibes bé que € conveniente elevar mais a altura do barbeto e eatdo prege-se sobre a tipa outra ripa, ou, sinds, em vez de dues ripas aplica-se um serrafao. E sobre o barbato que se debrugam as telhas sobre o algeroz ou em beiral. Pela descri¢io de todos os pormenores completamos, os conhecimentos do fosco de uma edificacao. Lbsticvelhn Fig. 12 — DIFERENTES EMBARBADOS DO VAREDO A~ Algeros & visto; B ~ Platibanda: C~ Beicsdo seperate: D— Beieade continued MADEIRAMENTOS EB TELHADOS MADEIRAMENTOS OS madeiramentos vulgares so bastante simples de concepsio ¢ facilinas de construit. De um modo geral um pau de fileica. duas madres. dois frechais, 0 varedo € 0 ripedo constituem um madeiramnento bastante vulger. Quando a superficie das vectentes dos telhados é de relativa Jargura eumenta o nimero de madres € 0 comprimento das varas, e, quando essas vertentes 380 comprides, quando medem mais de 3,50, torna-se neces- séria 2 aplicacdo de prumos, escoras e pontaletes. Mas rncias da coastrugao de uma coberture nos moldes ordindrios ado altera a categoria da estrutura de baixa importaacia, Porém, quando as coberturas medem grandes super- ficies © por qualquer motivo de ordem especial se ndo pode aplicar o sistema de asnatura, forcoso ¢ recorrer 3 ‘madeiramentos de estrutura especial que 0 construter (em de estadar com minécia, para a boa seguranga de toda a obra. ‘Os frechais séo a base de tode 2 cobertura com arma- so de madeira, pois neles embarbam as varas e des~ ‘cancam os niveis ¢, por vezes, também encastzam as esco- fas € outras pecas necessaries ao bom travamento. Como ja descrevemos 0 mais simples sistema de ma- deiramento, © do tipo chamado ordinario, conta apenas ‘uns prumos a apoiar o pau de fileire. Nos nossos desenhos (Fig. 7) mostramos dois cortes de uma asnacdo bem simples de construire no desenho Fig. 13 também apresentamos um caso que quase_nio tem estudo, tal € a sua concepsao de simplicidade, Estes casos simples sic geraimente aplicedos nos telhados de duas aguas, em que a fileira e as madres encastram nas empenas. As madces, como mito bem se compreende, sf0_as- seates a dividir o espago entre o freckal e a fileira. Se € apenas necessario uma, fica a meio da largura, da ver- teate, se sio duas ficam @ tergos dessa mesma largura 2 assis sucessivamente, No espigao as varas de ambas as sguas topejam uma contra a outra (Pig. 15) sobre a fileica. ‘© espigio € a linha mais alta do telhado, Os prumos que apoiam a fileica ¢ as madres assentam sobre 0 vigamento do pavimento do sétio, ou, na falta deste, sobre 0 vigamento da esteira do tecto do andar inferior. Os pormenores das ligagdes de todas as pecas. como samblagens ¢ meias-madeiras, estéo largamente descritos no nosso Caderno N.* I quando tratamos dos Preliminares de Asnas de Madeira. ESTRUTURAS ESPECIAIS TELHADOS DE UMA MADRE EM CADA VERTENTE E SEM APOIOS CENTRAIS UANDO se pretende aproveiter 0 sétdo de uma casa om grande amplitude ou quando no haje pare- des onde se possa apoiar a armacio é conveniente esti- dar ume estrutura especial para estes cesos (Fig. 13). ‘© nosso problema & bastante pratico, de fécil estudo € de facilima exccugdo de carpintaria. Dividide a largura total de superficie da cobertura em duas partes iguais, obtemos a lecalizagao do pau de fileica, que por oa nao assentamos. De seguida acbamos o centro de cada 1 ‘ MADEIRAMENTOS E TELHADOS contehe oF Soa Vigomento A _TeBigue, Y A Paredes Mertra Pig. 14 ESTRUTURAS DE MADEIRAMENTOS A—Madeicemento sem apoias centrais; B— Mudeicemenlo com spoios sobre paredes inferioces. oe ———1— ao assentamesto dag respectluas wadren eee e MADEIRAMENTOS E TELHADOS Pig. 15 PORMENORES DO MADEIRAMENTO VULGAR = Tethado de tethe marsetha; E~ Tethada de tetha de meia-cana ima das vertentes, dividindo 20 meio 0 espaco que me- + deia do frechal a fileira e localizamos a respectiva madre, que assentamos. Asseates as madres vamos imediatamente escoré-las vara os cachorros encastrados nas paredes mestras. € depois deste escoremento assentamos o nivel bem apet- tado entre as madres. Para completa firmeza desta espé- ie de asna asseatamos a meia-madeira sobre os frechais uns frevessanhos ou pequenos niveis que se sparaiuzam pata as escoras em grupos de dois, Todas estas pecas devem assentar nos seus lugares muito espertas, pregando-se tudo depois muito bea Finalmente assentam-se os prumos que supo:tam 0 pau de fileica e aparafuzam no nivel, As varas podem logo 2 seguir ser assentes, abrindo-se nelas um dente de ‘cao para entalbar na madre e um outso para ir de encon- tro a0 pau de fileira e-em baixo mais outro para embec~ bar no frechal, O travamento é absoluto. A solider deste madeiramento de t8o simples concepgo é garentida. No pormenor A mostramos a ligagéo do prumo do pau de fileira a0 nivel ¢ no pormenor B mostramos @ samblagem dos travessanhos nas suas ligagées 20 frechal 8 escora, Estas armacSes so espacadas umas das outras de 3,00 a 3,50, tal qual como se fossem asnas. Pig. 16 ~ PORMENORES DO MADEIRAMENTO VULGAR =~ 10 ~ Quando todo 0 madeiramento estiver pronto pro- cede-se a0 assentamento das ripas. 0 que se faz sempre de acordo com os tamaphos das telhas. e & fixacao do barbato. Se 0 telbado for & portuguesa moiriscedo antes do asceatamento das ripas e do barbato faz-se 9 assen- tamento do guarda-p6. Sé no final se assenta © ripado © 0 barbato, Depois do madeiramento proato procede-se ‘ao assentamento das telbas. ESTRUTURAS SEM APOIOS CENTRAIS PARA GRANDES LARGURAS P 9a coberturas de edificagées destinadas @ possuit tectos cilindricos € ainda paza aquelas em que nao € possivel obter apoios no centro da dependéncia a cobrir, estudam-se variados tipos de armagbes para qualquer sistema de telhedo, quer de teJhas quer de chapas. ‘O estudo que apresentamos na Fig. 14-A é bastante pratico, assemelba-se a uma asna, presta-se a uma grande largure de pavimento e comporta seis madres, tuts em cada vertente do telhado. E um tipo de ermacio ideal para um madeiramento de edificacdo destinade a armazém, oficina, igreja, sala de espectéculos, ete. (© assentamento desta armecao € também muito pré- ico, Vamos descrevé-lo, Primeiramente essentam-se os frecbais sobre as paredes, como muito bem se com- preende e € de uso antigo. Assenta-se 0 pau de fileira e depois de se obter a divisSo do espaco que vai da fileira 20 frechal em duas partes iguais, em cada vertente do telhado, assentam-se as respectivas madres. Em seguida aplicam-se as escoras sobre os cachorros € de encontro a madre, com boca de lobo, ¢ os niveis, gue epertam as madres. de wma & outea vertente, sio também providos de boca de lobo. ‘Segue-se 0 assentamento dos niveis ou travessanhos, dois a par, que fixados aos frechais em meia-madeira, vBo de encontro as escoras, que do cachorzo amparam as madres e apertam-nas por meio de um parafuso de porca. Depois uma nove escors. de duas réguas a pat, vai de a 2b, apestando respectivamente a escora do cachorro e 0 nivel entre madres, por parafusos também de porca pare melhor firmeza. Um prumo apertado entre as reguas da escora a-b awpara a madre, dando um bom equilibrio. A fileiza & apoiada por um prumo que se fixa no nivel extse madres por uma semblagem. Os principais elemen- tos da armacéo esto nos seus lugares. ‘Vamos continuar, Dividido 0 espago entre a fileiza e a madre € 0 espaco entre a madre € o frechal, em cada vertente, procede-se 0 assentamento das respectivas madres. A madee supe- nor € amparada por un prumo que se fixa por samble- gem no nivel entre madres, ¢ por wma escore que se fixa no prumo do pau de fileiza por samblagem também. Tanto 0 prumo como a escora seguam a madre por sbocas de lobo. ‘A madre inferior & simplesmente apoiada por um prumo que se apérta entre os zéguas do nivel ou traves- Sanko que do frechal vai apestar 4 escora que ampara a i MADEIRAMENTOS E TELHADOS j Lectet Lalli Enchiments sas Fig. 17 ~TELHADO EM BEIRAL madre média. Completado todo 0 trabalho nas dues ver- tentes do telbado, encontra-se a armagio pronta a rece- ber 0 varedo, 0 guarda-pé se for necessiria, 0 ripado a telha. Estas armagées, como todas as asnas, medeinm de umas 5 outras 3,00 ou 3,50. As escozas € os promos sio fixades 35 madres por meio de pregos. Os niveis também séo fixados por pre- gos. Este sistema de armacdo & muitissimo sélido e ofe- rece todas as garantias de seguranca. Os,pormenores 1 e 2 mostram. respectivameste, as ligagdes da madre média e do pau de fileira. Sob esta armacio pode assentar-se qualquer tipo de tecto: se for um tecto cilindrico € necessario aplicar-se uma série de cambotas, fixadas as escoras e 20 nivel, € evidente, para a construgio do tecto. decerto desnecessanio dizer que quando se assenta © pau de fileira e as primeiras madres faz-se 0 seu am- paro provisériamente, com quaisquer scerafos, até se poder aplicar escorameato apropriado. Durante todo 0 trabalko, que deve ser feito por dois carpinteicos, como em geral'sucede com os foscos. eles vio apercebendo-se das necessidades e exigéncias da obra ‘ Durante toda o construgio a seguranca dos trabalhos deve ser sempre tida em boa costa. O fio do prumo deve estar sempre pronto, pois a sua tilizagdo € precisa em todas as elevagbes. ESTRUTURA LARGA COM DOIS APOIOS N A construgio deste madeiremento (Fig. 1¢-B), temos em conta que ele pode epoiar-se sobre duas pare- des, uma em cada lado da cobertura, o que muito facilita 2 concepcio da obra, A situagio destas paredes & indiferente, desde qui nos garantam os apoios de que carecemos. Destina-se a um sétio de relativo pé direito, tant mais que do vigamento até 20 irechal, na parede temo 1 metro de altura e que do mesmo vigamento até ao nive temos 2.60. O que, porém, sucede com este pé direit também pode suceder com outro muito maior, prépri para casa de habitacéo. No caso de se pretender construir paredes divis6 Fas fica toda a estrutura integrada nelas. As supecticie compreendidas entre as estruturas que compéem o ma deiramento, que como de costume, por efeitos de resis téncia, € de 3,00 ou 3,50, constituem éptiaas depen dencias. Compreendida a vantagem oferecida por este sistem: de armaio, vamos descrever a sua coustrugio porme norizada como convém. Achado o eixo da vertente marca-se 0 lugar de file ¢ procura-se o centro de cada verteate da cobertura, ondi se assentam as respectives madres, gue se apoiem ime diatamente em prumos lxados no vigamento. Depois acha-se o lugar das madres inferiores. qu ficam entre a madre média ¢ 0 frechal que também = asseatam imediatamente. Estas madres so 2rparadas por duas escoras qu. se fixam, uma no vigamento, outta no prumo que sus tente a madre média, por sablageas. De seguida vame achar © lugar para a madre superior, que fica entre madre média eo lugar do pau de fileira. Esta made assenta-se € ampaca-se por uma escora que entalha © prumo de apoio 8 madre media. Seguidamente assenta-se apertadamente um nivel e tre as duas madres superiores 0 que far o equilidsio « toda a estrutura. No fim assenta-se 0 pau de fileira que por sua v & apoiads por um pequeno prumo que se Axa sobre Statin tua te Berkaln = \ Pater ar irs | [arin ch Barbe Fig. 18 ~ MADEIRAMENTO PARA TELHADO COM BEIRAL au MADEIRAMENTOS E TELHADOS Toda 2 armacio esth pronta. A sua simplicidade € grande. O pormenor 3 indica as samblagens e as liga- Ges do prumo que sustenta 2 madre media, © nivel, os prumos e as escoras entalham nas madres por bocas de lobo, e fixam-seJhe por pregos. Este sis- tema de armaco de madeiramento € muito usual e equi- lbcado. ‘Com 0 asseatamento do varedo 0 travamento fica absolutamente completo. As veras, como é de uso corren- Ho, entalham nas madres por um dente de cZo 0 que tam- bem se pratica para a fileira e para o embarbamento do frechal. ALGEROZES A. iunsBo das varas sobre a fileira é em todos os ‘casos de madeiramentos sempre igual. Topejam de encontro uma a outra, de cada lado, Sobce os rizctes também o varedo das duas aguas vai topejendo & medida gue @ vertente vai desceado (Fig. 10) As nipas assentam-se de cima para baixo, ficando a primeica junto jungio das varas (Fig. 13), deixan- do-se apenas 0 espaco para o assentamento das telhas. Em bajxo as varas embarbam, como j8 dissemes, 20 frechal, para que as telbas se debrucem sobre 0 algero2. ou, sabre o beirado. Geralmente as facbadas dos edificios so providas de cimalhas junto do telhado, como remate estético. O algeroz que se destina a receber as aguas pluviais, come em todo 0 comprimento da fachada sobre a parede. Umas vezes fica & vista e outras vezes fica por detras da pla- banda. Os algerozes so geralmente revestidos de chapas de zinco N.* 12, quando n30 séo construidos wm betio. Quando aio so construides em forma de caiza ou caleira, podem ser formados por um canal coastituido por telbées, no necessitando de revestimento esse e280. ‘A Jargura dos algerozes vai de 0,15 2 020 ¢ a sua altura ng deve tex menos de 0,20. No seu comprimento os algerozes tém varios traineis ou declives, conforme o aimero de tubos de queda para a saide das aguas pluviais, Esclarecendo melhor: de espaco @ espaso os algerozes inclinam o seu fundo para 2s bocas dos funis que despejam nos tubos de queda. De um modo gezal a porcéo de algeroz a fazer des- pejar as Sguas num tubo de queda pode ir até 4,00 de comprimento, ficando, bem entendido, 2,00 de cada lado da respectiva saida, As vezes ultrapassa-se essa medida, mas sso nfo € coisa muito de aconselhar, porque em ccasibes de grandes chuvas os resultados S50 deplo- saveis. ‘Os algerozes quaado ficem a vista so amparados de espace @ espaco (as vezes 0,80 ou 1,00), por consolas ou bragadeiras de barca de Serco, cravadas na cimalha da parede (Fig. 12-A). Em outro Cederno apresentarenos os estudos sobre tebos de queda e servigos anexos. Bs platibandas, elevagses que ficam a frente dos algerozes, sio quase sempre construidas com sjolo, mas as vezes em boas construs6es si0 constituidas por ba- Jaustradas ou por outros motives. As platibandas tam- -~2- dim se da a designagio de acrotérios. especialmente nas obras de arquitectura classica. A altura das pletibendas @ variada, obedecendo sdmente ao projecto da obra. A sua espessura também s6 obedece ao sistema coastrutivo da respectiva edificacio, mas nas construcées vulgares ‘emprega-se apenas meia vez de tjolo. BEIRAIS Nos satiges_edibicacées os coberturas terminavam ‘sempre em beiral até 8 supressio da permissdo de se deixarem os telhados pingar para a via pablica, Actualmente, nas novas obras tem-se construido bei- rais, s6 como motive de composicéo, porquanto & sua tectaguarda la fica o algeroz para recolher as aguas que deseem do telhado, Nes casas chamadas & portuguesa constroi-se sempre 0 beiral, como seu motivo principal. © beiral, a que também se dé o nome de beirado, é em geral constituido por duas ordens de telhas de meia-cana Nas edificagées cujos telhados so de telhas marselhas ou fusas, apenas uma ordem de telbas de meia-cana for- ma 9 beirado. So com telhas de mefa-cana, desigaadas também tethas portuguesas (*). se podem construir os beirados: com as outras zelhas aio se obtem a graciosidade que las dao ao conjunto construtivo, nem se formam conve- nientemente as goieiras. Mas para que os beirados bem cesultem € conveniente que 05 madeiramentos formem, com o seu varedo, um contrafeito, Este contrafeito € um requebro no prolonga- mento da vertente da cobertura © contrafeito do varedo € conseguido por meio de ‘um prolongamento com pontas de varas pregadas de par (Fig. 20-C) as respectivas varas da cobertura, ov tem- ‘bem pregados sobre elas (Fig. 19). Estes casos de con- ‘trafeitos so necessarios sobretudo para saliéneias do t-thado nos elpendrados. ‘Nos beirais sem alpendrado o requebro exigido pare a estética feito sobre a propria parede onde assenta (Fig. 12-D), pois que no € necessario © prolongamento do varedo. Em muitas coberturas o beirado fica completamente desligado do telhado, que € construido com telhas de qualquer tipe (Fig. 12-C). Noutros casos em que 0 telhado € feito com telhas marselhas, lusas ov outras, clas assentam simplesmente sobre a fiada do beirado (Fig. 12-D), formando assim um bom conjupto. ‘As poatas das varas que servem os beirados sio quase sempre recortadas para melbor aspecto. Quendo os telhados sd de telhas de meia-cana 0 beizado pro- Priamente dito n3o existe, porque este € conseguido com a sltima fiada de telhas (Fig. 17 e 18). ‘Sob © ponto de vista dos telbados trataremos no Caderno seguinte dos beirados nas suas diversas moda lidades ‘Nas construgées ligeicas, como bartacas, armazens, atc,, Bo se constroi nenhum beirado propriamente nem tho ‘pouco se pratica o contraieito no varedo, deixem-se correr as varas até fora da parede onde o telbado se 0) Aatgamente as telhas de melecana cram designadas por tetas de Afhandra e elsde recentemente por telhas de canudo, sian Se ny de MAAR id a A pd eM Roe Fig. 19 — ESTRUTURAS DE BEIRAIS A= Vora dependuroda para teihas; B— Varo dependureda pasa chapes; C ~ Contveteito pera beirel. prolonga fazendo beiral com a sua primeira fiada de felhas, quaisquer que sejam os seus tipos. e mesmo cha- pas quer de zinco, quer de fibro-cimento (Fig. 19-A eB). Nestes casos o varedo prega 20 frechal onde obtém uma parte da sua seguranca. ALPENDRADOS FE * costes construsses de ordem especial, como as ris- ficas e pitorescas e ainda nas chamadas & portu- guesa, costuca usar-se a aplicagdo de alpendrados. Os alpendrados, que 30 sé0 mais do que alpendres de pouca saliéncia, destinam-se nestas edificacses a cobric fesragos, varandas, eatcadas e outros motives junto das paredes da casa que os possua. A construso dos alpendrados é efectuada de dife- rentes maneiras. Algumas vezes um vivel inferior encas- trado na parede sustem a ponta do varedo, ¢, em traba- Thos de maior categoria e com maior balance € 0 contra- feito do vacedo apoiado sobte um frechal assente em espécies de consolas encastradas ua parede. Em muitos destes tipes de alpeadrados emprega-se um forro a fazer de tecto, O forro a utilizar-se nestes txebalbos costuma ser de macho e f8mea e algumas veres ‘mesizo é rincoado para melhor aspecto. © frechal & assente sobre a consola e Fxado por meio de dente de cao. Estas consolas slo construidas por madeira aplaiaada e até mesmo moldurada, Alguns alpendcados, porém, sustentan-se sem an- paro algum, desde que 0 sev balango néo seja grande. Nos alpendrados provides de forro € também de uso aplicar-se Ao topo de todo 0 varedo, uma aba constituida por uma régua de aadeica, Se em vez de tecto © alpen- dardo tiver antes guarda-pé j8 nfo se aplica a aba. por desnecessari ‘Os alpendrados sd0 também provides de barbato para a boa disposiséo do beiral. ‘A inclinagao das coberturas dos alpendrados pode ou ado ser igual & inclinacéo dos telhados da edificasio. ‘Os prolongamentas do varedo para a formagso dos alpendrados tém as mesmas seceées das varas mesmo {que sejan acrescentadas em contrafeito. Algenas vezes. no entanto, para efeitos do estudo arquitecténico da obra, da-se maior largura ov altara, Os topos das varas, quando 9 alpendrade no € pro- vido de aba, so recottados para tornar wrais agrada- vel o seu aspecto, Todas as madeiras que constituem estes trebalhos € que ficam & vista costumam ser pintadas, nfo 56 para 2 sua conservacdo como também para a sua aparéncia de obra bem acabada. E ainda o piobo a madeira indicada para esta espécie de trabalhos. No entanto em obras caras emprega-se a casquinha. Em certos casos os alpendrados de grande balengo dio as edificagées um aspecto agradavel e de comodi- dade, sobretudo nas casas de moradia e nas vivendas campesinas ou de praia. (Os alpendrados de pequena saligncia ndo emprestam ‘tanta beleza, pois que se tornam mesquinhos no coajunto arquitectéuico. ‘Os watios sistemas da sua coristrugdo dependem sim- plesmente do projecto da obra. AnAlpendeade com nivel: B— Alpe D~ Beieal © Ag fo: C—Contrafeito; MADEIRAMENTOS E TELHADOS Tether te Mejia Pig. 21 — ALPENDRADO CONTRA-FRECHAL Quire o space ou vio entre 2 estera do tect do andar iltimo de um edificio € 0 madeiremento nio é destinado.2 aproveitar-se ¢, quando o projecto da obra no costa com essa altura na fochada, € assente Jogo, directamente, sobre 3s pontas do vigemento da esteice um contre-{rechal destinado a receber 0 embarbe das varas da cobertura. Este contra-frechal assenta sobse as vigas da esteisa ensambladas num dente de cdo, cavidade que nao tem mais de 0,01 de profundidade. © contra-frechal ndo € sendo um segundo frechal. visto que o frechal propriamente dito fica por debaixo da estea, para assentamento desse vigamento, Neste modo de construir 0 madeizamento, o algeroz descansa logo acime do vigamento ¢ se ndo se necessi- tar de platibanda a fachada néo fica muito elevada. Uma grade de ferro substitui a platibanda, assente sobre a Gmalhe. Este madeiramento ligado a0 vigamento ioferior fica muito solidificado, tommando todo 0 tosco muito seguco. Fig. 2 ~ APLICAGAO DO FRECHAL B CONTRAPRECHAL -we COBERTURAS DE UMA AGUA AS coberturas de uma Squa sio priticemente as mais simples e faceis de construir. Mas estas coberturas so 56 prestveis para edificagées ligeiras, como Barra- cas, barracées e alpendres. Quando a Jarguca destas edificacées € relativemente estreita asseata-se simplesmente © varedo sobre os fre- chais ¢ mais vada, mas quando a sua largura ultrapassa 4.00, entio é necessario aplicar-lbe ura madre, que se suporta apoiada nas empenas ou sobre u= primo. Em larguras aproximadas dos cinco ou seis metros tem a madre de ser escorada, o que se faz firmando as escoras num nivel que bem pode integrar-se ao viga- mento da esteira do tecto, se acaso a edificacgo 0 leva. Nas coberturas de maior responsabilidade, uma das escoras que sustentam a madre vai. firmar-se contra a parede num cachorro de cantaria. As vezes 0 cachorro serve para apoio dos niveis, que por sua vez suportam ‘0 prumo que supocta a madre. ‘Quando a superficie da cobertura € assez grande podem aplicar-se duas ou mesmo trés mares. no entanto se se notar certa respoasabilidade deve preferir-se 0 emprego de meias-asnas. Uma cobertura de uma Squa deve comportar sempre dois frechais. um para 0 apoio superior do varedo e outro ara.o seu apoio toferior Em alguns casos, para meJhor trevamento de toda a armasio, aplica-se um pramo junto da parede onde a cobertura encosta que firmado sobre 0 nivel vai dat apoio directo ao frechal superior. Nos telbados de alpendres e de telheiros quase sem- pre se constroi beiral, no entanto algumes vezes também se dota a cobertura de platihenda. A juncdo dos telhados de uma Agua a uma parede ou 2 um edificio onde encosta é executada com cuidadosa pericia. porque ficando mal feito este trabalho corre-se 0 isco de deixar entrer a agua pluvial no jaterior da edi- ficasdo. Nos nossos desenhos mostramos tzés diferentes for- mas de executar estas ligagdes dos velhados, de mancira a dac a Sptima compreensio do tratalho (Fig. 25, Em A indicamos 0 simples encastramento do varedo na parede onde 2 abertura encosta, em B mostramos assentamento do varedo num frechal embebido na pa- sede, e em C dames © encastramento da vara, assente sobre o fsecbal apoiado num prumo. As telhas encastram ou n’o na perede, mas todes ficam completamente ligadas 2 essa construgio de molde ano deixarem passar a gua da chuva. Em A a telha € coberta na sua parte superior com argamassa de cimento € areie, eo treco de 1:4, em B 2 telha fica livre mas uma fralda de chapa de zinco Ne 12, metida na parede, cobre-a até quase 20 meio, em Ca telba encastra propriamente ne parede. Por conseguinte todas as ligagdes superiores desta, cobertura ficam absolutamente garantides contra a infil- tragdo das Sguas. 7 "A disposigdo do varedo destes telhados de uma sé gua 6 em tudo idéntica a dos telhados de duas aguas ot lt erect le a RA oho MADEIRAMENTOS E TELHADOS (casters 6 Fig. 23 — COBERTURAS DE UMA AGUA D—Madeicomento com nivel: E— Modeicamento com nivel. escore ¢ primo: = Madeicamento com nivel ¢ prumo; G~ Madeic mento com nivel, escoro ¢ dois prumes; H — Varedo numa vertente; I] © L— Pormenoces mais. O asseatamento da sipa obedece também, como muito bem se compreeaderé, & medida do tpo de telha 2 empregar-se. Estas coberturas prestam-se, como todos os demais tethados, a receber todas as classes de telhas ede chapas de zinco, de fecro ¢ de fibro-cimento. Quando se pretende fazer beiral € conveniente pre- parar no varedo 0 contrafeito de que ja falémos, para que o sanqueado que dai resulta dé ao tethado a elegan- Gia necessiria. Estas coberturas prestam-se também a ser providas de claraboias, trapeiras, lucarnas e frestas. Outras formas de construir cobertcras de uma ver- tente, pode 0 construtor levar & pratica, obedecendo sim- plesmente aos principios que agui temos desenvolvido. ‘Os niveis aplicados nestas edificacées para a sua boa seguracca, como travamento, podem fazer parte inte- grante de ume esteita de vigamento para soalho, quando ‘92 queica aproveitar o v5o do telbado para sétio. Sobre 0 varedo é sempre necessério construir 0 bar- dato, tal qual como em todes as cobecturas, embora nes- tes desenhos ndo tenhamos indicado isso, por desne- cessatio. A inclinagéo destas coberturas concorda com as coberturas com que techa ligacéo e quaado sepacadas de qualquer corpo de edificio ‘podem te: a inclinacéo vulgar no nosso clima, de 26° a 27°, ‘As coberturas de uma agua, quando se trate de edifi- cages de um certo valor, porque também, por caréncia de espago, assim se constroem casas de habitagao, com- portam platibandas e algezores. tal qual como nos telha- dos de duas ou mais aguas. A exccucio dos toscos das coberturas de uma agua exige os mesmos requisites de carpiutaria como so os que se empregam em todos os madeicamentos. ‘Sucede, pocém, que em muitas edificacées de uma sé verteate € exigido melhor acabamento de trabalho do que em norma se faz, porque o destino que se pretende dar ‘a estas por vezes pequenas casas & de grandiosa valorie- 2asio. Dentro da concepsio apresentada devemos ter ex conta que todos os trabalbos de construgio civ] devem ser sempre valorizados. S98 WKN Fig. 24 ~ ESTRUTURAS SIMPLES MADEIRAMENTOS E TELHADOS CALCULOS Pana os madeiramentos de construgio vulgar nio sio necessérios 0s céleulos de resisténcia, porque as madeiras do mercado j& comporam as seccées de acordo com a resistéucia exigida para este género de coberturas, qualquer que seja a forme porqve se constroem, De uma maneira geral a cobertura de um edificio vwel- gar € sempre apoiada 0s préprios motivos da constru- Gao © por isso se justifica 2 auséacia de céleulos. Quando a construgéo de uma cobertuza ndo tem oade ser apoiada sendo nas paredes mestras, no pode fazer-se um madeiremento ordinério de prumos e escoras, tem de constrvit-se por meio de 2snas, ‘Os mais diversos tipos de asnas de madeira paca as coberturas de um edificio, foi o essunto dos dois prime 108 Cadernos desta Enciclopédia Pratica de Construsio Civil, onde Ibe demos um deseavolvimento relativamente grande e apreciavel. Aqui, tratamos simplesmente dos Madeirameatos or- dindrios. de contextura comum, ~ agueles que se empre- gam especialmente nas cobertucas das casas de babitacao © até mesmo em certos edificios de importéncia. PESO DAS COBERTURAS Em quilos, pouco ais 01 mesos, por I metro quadrado TELHADOS Tethes de meia-cona: Mouriscado 5 Meio-mouriscado 6 Valadio enceene 255 Tethas marsethas € afins ve. ees 40 Chopas: Ferro galvanizado Zieco Fibro-daento (de 6 m/m) MADEIRAMENTOS (Madeira de pinho) Tethado marselhés 00 aff98 --ecceeescceeeeenne 50 > de telhas de meia-caza «.... 60 > dechapas 35 Lperro de chron ANOTACOES A. construsio dos toscos & em geral feita com as a deiras em serragem, s6 se aplainando ou moldu yaado quando 0 madeiamento tem caracter de limpo destinado a pintar, o que as vezes € conveniente. Porém, nas edificagées vulgares em que o made'r mento 56 & visto nos sét5os algumas vezes, 0 fosco {ie tosco, embora com as suas semblagens perfeitissims como convém Para as boas ligagées das madeiras entre si, com 2 samblagens bem esquadriadas, € micter que todas 2 pecas que compéem a constmucdo sejam bem seca desempenadas e possuidoras de poucos nds. Para a conservasao do madeiramento € da méxin

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