16.04.2013 Views

Glossário Sertanejo - cursos de tupi antigo e língua geral

Glossário Sertanejo - cursos de tupi antigo e língua geral

Glossário Sertanejo - cursos de tupi antigo e língua geral

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

GLOSSÁRIO SERTANEJO<br />

Brasileirismos, archaismos e e corruptelas coligidos coligidos por por Cornélio Cornélio Pires Pires e e e empregados empregados na na "Musa<br />

"Musa<br />

Caipira", Caipira", "Scenas "Scenas e e paisagens paisagens <strong>de</strong> <strong>de</strong> minha minha minha terra", terra", "Quem "Quem conta conta um um conto...", conto...", e e e em em em muitas muitas <strong>de</strong> <strong>de</strong> suas<br />

suas<br />

obras obras obras literárias.Foi literárias.Foi literárias.Foi mantida mantida mantida a a ortografia ortografia da da época época por por respeito respeito ao ao trabalho trabalho do autor. autor.<br />

A<br />

Agarrar Agarrar ou Garrar - Principiar. Segurar. Tomar um caminho -"Garrei a estrada".<br />

Aguado Aguado - Diz-se do cavallo que adoece vendo os outros comer ou beber tendo elle fome e se<strong>de</strong>.<br />

Aiva - Desorientado. Fóra <strong>de</strong> si. Misterioso. Esquesito. Sensação in<strong>de</strong>finivel.<br />

Banzé Banzé - Desor<strong>de</strong>m. Conflicto. "Rôlo".<br />

Barróca Barróca - Despenha<strong>de</strong>iro. Valle. Grota. Sulco profundo na terra.<br />

Bate Bate-pé Bate pé - Dansa cabocla. O mesmo que "sapateado", "cateretê ou "catira".<br />

Bitatá Bitatá - Fogo fatuo. Do tupy guarany: "Mboytatá" - mboy:cobra, - tatá: fogo. Diabo. Espirito dos<br />

não baptisados.<br />

Boava Boava - Portuguez, no sentido pejorativo. Do tupy guarany "Amboabaê" - pessoa estranha.<br />

Bocó Bocó - Vasilha feita <strong>de</strong> couro ou crosta do tatú: sem tampo o bocó está sempre aberto, d'ahi<br />

chamarem "bocó" ao "bocca-aberta", palerma ou bobo, ou "bobó".<br />

Bodoque Bodoque - Arma rustica <strong>de</strong> pau em arco, com cordas e malha para arremesso <strong>de</strong> pedras ou<br />

pelote <strong>de</strong> barro.<br />

Botá Botá-a-cuié Botá cuié cuié-torta cuié torta torta - Intrometter-se on<strong>de</strong> não é chamado.<br />

Branca Branca - Aguar<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> canna.<br />

Burbuia Burbuia Burbuia - Bolhas <strong>de</strong> ar que sóbem á tona d'água; bolhas <strong>de</strong> puz. Do tupy-guarany "bubúi": sobrenadar.<br />

Caboclo Caboclo Caboclo - Caipira cor <strong>de</strong> cuia ou cobre, <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte dos bugres.<br />

Cabreúva Cabreúva - Ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> lei tambem chamada Oleo ou balsamo.<br />

Caguira Caguira - Azar. Caiporismo. Medo.<br />

Caiçara Caiçara - Caboclo ruim, incorreto. Não uzam os caipiras do planalto a expressão caiçara, como<br />

<strong>de</strong>nominação <strong>de</strong> caipira da beira-mar. No tupy guarany, "caaiçá" quer dizer "cerca <strong>de</strong> ramos<br />

a que se recolhem os peixes pescados". "Caí" tambem quer dizer o gesto do macaco<br />

tapando o rosto. . . Gesto commum ás crianças, caipiras. . . Caiçára tambem quer dizer<br />

trincheira, paliçada, arraial.<br />

Caipira Caipira Caipira - Por mais que rebusque o "etymo" <strong>de</strong> "caipira", nada tenho <strong>de</strong>duzido com firmeza.<br />

Sinonimos <strong>de</strong> "caipira" conheço apenas os seguintes-"Capiáu", em Minas; "quejeiro", em<br />

Goyaz; "matuto", Estado do Rio e parte <strong>de</strong> Minas; "mandy", sul <strong>de</strong> S. Paulo; guasca ou<br />

gaúcho no Rio Gran<strong>de</strong> do Sul; "tabaréo", Districto Fe<strong>de</strong>ral e alguns outros pontos do paiz;<br />

"caiçara", no litoral <strong>de</strong> S. Paulo e em todo o paiz, "sertanejo".<br />

Caipóra Caipóra Caipóra ou capóra - Infeliz - Do tupy-guarany: "Caapó" -mateiro. Pessôa do mato. Duen<strong>de</strong><br />

sertanejo, protector das caças, anda montado num gran<strong>de</strong> porco selvagem.<br />

Cambetear Cambetear Cambetear - Andar tropegamente. Empurrado, correr sem querer batendo uma perna na outra,<br />

quasi cahindo.<br />

Cambito Cambito - Pernil <strong>de</strong> porco. Peça para apertar correias e arreios.<br />

Canhimbóra Canhimbóra ou Canhambóra<br />

Canhambóra - Escravo fugido, tornado selvagem nas matas. Do tupy-guarany -<br />

"cañybó": o que foge muito.<br />

Capê Capêta Capê Capêta<br />

ta - Diabo - Satanaz.<br />

Capoeira Capoeira - Mata <strong>de</strong> foice, ou mata nova nascida <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> <strong>de</strong>rrubada a mata virgem. Do tupyguarany:<br />

"Caa - mata- "poera" - que foi.<br />

Capim Capim - Graminea - Do tupy guarany "Caapim".<br />

Carpir Carpir - Cortar cerce o pequeno mato. Tupy-guarany, "Caapi".<br />

Carapina Carapina - Tupy-guarany Carpinteiro.<br />

Carona Carona - Peça <strong>de</strong> couro collocada sob o arreio e sobre os baixeiros.<br />

Capanga Capanga - Indivíduo assalariado para guarda <strong>de</strong> alguem, e que obe<strong>de</strong>ce quando o pagante manda<br />

agredir ou matar. Em Minas, Goyaz e Norte, tambem têm o nome <strong>de</strong> "jagunço".


Capanga Capanga - Pequeno sacco que se traz a tiracollo.<br />

Carreira Carreira - Rima obrigatoria nas danças caipiras. Ha a carreira do "Sagrado" (toda a rima em ado),<br />

ha a <strong>de</strong> S. João, do Itararé, do Marruá etc.<br />

Caraminguás Caraminguás - Miu<strong>de</strong>zas. Dinheiro miúdo achado no fundo da algibeira ou da mala. Tupy<br />

guarany: "Carameguá" -caixa ou cesto para miu<strong>de</strong>zas.<br />

Catira Catira ou Cateretê - Dansa <strong>de</strong> caboclos formando duas linhas <strong>de</strong> seis ou mais pessoas, dois a dois,<br />

frente a frente, com violas. Cantam em dueto os cantadores seus amores ou os factos<br />

principaes do bairro e redon<strong>de</strong>zas, respon<strong>de</strong>ndo o côro, sapateando nos intervaílos sob<br />

compassos marcados a palmas. O som dos pés no chão e as palmas formam variada<br />

musica.<br />

Cassununga Cassununga - Pequena e bravíssima vespa.<br />

Ceriema Ceriema - Ave pernalta dos campos.<br />

Cerelepe Cerelepe Cerelepe - Espécie <strong>de</strong> esquilo. Canxinguelê, do Norte.<br />

Chabó Chabó - Andorinha gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> cabeça chata. Taperá-guassú.<br />

Chichica Chichica - Escremento. Sujida<strong>de</strong>.<br />

Chimbéva Chimbéva (homem). Nariz chato, do tupy guarany: "Ti": nariz; "péva": chato.<br />

Chilique Chilique - Desmaio.<br />

Choren Choren - Cão sarnento. Gafo.<br />

Chucro Chucro - Bebado - Cavallo não domado ou amansado.<br />

Chupim Chupim - Passaro preto menor que o vira-bosta. Come os óvos do tico-tico e põe os seus no<br />

lugar, criando o tico-tico os filhos do chupim, apesar da enorme differença. O tico- tico é<br />

rajado e o chupim é preto.<br />

Chupim Chupim - Marido <strong>de</strong> professora quando sustentado por ella.<br />

Coivara Coivara - Galhos e ramos que resistiram o fogo das queimadas, ficando apenas com as cascas<br />

queimadas ou chamuscadas. Geralmente os autores têm confundido "coivara" com<br />

"encoivarar", que quer dizer reunir as "coivaras" para queimar, afim <strong>de</strong> "<strong>de</strong>strancar" a roça.<br />

Colondria Colondria - <strong>de</strong> ladrão - Quadrilha <strong>de</strong> ladrões.<br />

Criozena Criozena Criozena - Petroleo, Kerozene.<br />

Cren Cren-dós Cren dós dós-padre dós padre - Creio em Deus, Pae.<br />

Cuzarruim Cuzarruim ou Coiza Coiza-ruim Coiza<br />

ruim ruim - Satanaz - Diabo.<br />

Cuja - A meta<strong>de</strong> <strong>de</strong> um porungo ou cabaça.<br />

Cuipeva Cuipeva - Colhér.<br />

Cuéra Cuéra - Decidido. Valente. Bom. No tupy-guarany quer dizer convalescente.<br />

Cururú Cururú - Dansa em que tomam parte os poetas sertanejos, formando roda e cantando cada um<br />

por sua vez, atirando os seus <strong>de</strong>safios mutuos. Os instrumentos usados são: a "puyta",<br />

(Instrumento africano trazido pelos escravos), rouquenha, em forma <strong>de</strong> um pequeno barril<br />

tendo o fundo <strong>de</strong> couro <strong>de</strong> cabra com uma varinha ao centro; a trepidação produzida com<br />

um panno molhado empalmado pelo executante, produz o som, um verda<strong>de</strong>iro ronco; o<br />

"réqueréque" que é um gommo <strong>de</strong> bambú, <strong>de</strong> meio metro, <strong>de</strong>ntado, em que o tocador<br />

passa compassadamente uma palheta do mesmo vegetal, secco; o "pan<strong>de</strong>iro", os "adufes", e<br />

a celebre "viola". Os "cururueiros" cantam sem amostras <strong>de</strong> cansaço, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o anoitecer até o<br />

amanhecer. É uma dansa mixta do africano e do bugre.<br />

Diá Diá... Diá - A crendice faz com que o caipira não pronuncie ou nunca complete a palavra diabo. Ou<br />

diz: "Diá - Dianho<br />

Tinhoso Tinhoso Tinhoso - Capeta - Malino - Bicho - Pé <strong>de</strong> pato - Bó<strong>de</strong> preto - Tentação - Cuizarruim - Satanais -<br />

Cifé", etc.<br />

Estrupicio Estrupicio - Gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong>. Asnice.<br />

Festa Festa do do Divino Divino - a festa em honra do Espirito Santo, que se reveste <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> brilho, na cida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Tietê. Os caboclos têm como obrigação cumprir a promessa <strong>de</strong> seus antepassados, que<br />

<strong>de</strong>sciam em numero <strong>de</strong> sessenta ou mais, nos gran<strong>de</strong>s batelões, pelo rio Tietê, e subiam<br />

esmolando entre o povo ribeirinho, durante vinte e mais dias. As casas, na passagem das<br />

canôas, são enfeitadas com palmas e arbustos, sendo offerecidas lautas mesas aos canoeiros<br />

e ao povo do bairro, que afflue nessas occasiões. On<strong>de</strong> pousa o Divino e toda a comitiva,<br />

organisam-se interessantissimas diversões, reunindo-se no sitio mais <strong>de</strong> mil pessôas.


Garrar Garrar - Tomar (um caminho). Começar (a pensar).<br />

Inguiçá Inguiçá - Açular. Estimular. Influir. Insinuar.<br />

In In-riba In riba - Em cima.<br />

Javevó Javevó - Meio inchado. Encafifado. Desapontado com cara <strong>de</strong> tolo.<br />

Juruviá Juruviá - Desapontadissimo<br />

Lobizóme Lobizóme - Duen<strong>de</strong> representado por um gran<strong>de</strong> cão preto comedor <strong>de</strong> estrume <strong>de</strong> gallinhas e<br />

que sae às sextas-feiras em procura <strong>de</strong> crianças, não baptisadas, que <strong>de</strong>vora, tendo, porisso,<br />

fiapos <strong>de</strong> baêta vermelha dos cueiros entre os <strong>de</strong>ntes.<br />

Mãe Mãe d'agua d'agua - Duen<strong>de</strong> protector dos peixes. Persegue rapazes e lava<strong>de</strong>iras.<br />

Mumbava Mumbava - Individuo que vive parasitariamente em casa alheia.<br />

Munheca Munheca - Pulso.<br />

Muchirão Muchirão, Muchirão puchirão ou mutirão - Do tupy-guarany "Apotyrõ" - roçada? - É a applicação do auxilio<br />

mutuo, bello exemplo <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong>. Os lavradores da visinhança, do bairro,<br />

<strong>de</strong>terminam um dia e vão trabalhar gratuitamente para o mais necessitado, e, nesse único<br />

dia, fazem gran<strong>de</strong>s roças. Algumas vezes fazem além da roçada, as capinações e colheita.<br />

Durante o trabalho é costume cantar em côro, numa toada interessante e agradavel. - o<br />

trabalho e a festa ao mesmo tempo.<br />

Mundéo Mundéo - Do tupy-guarany "Mundé" - Armadilha, com um peso para esmagar a caça que passar<br />

<strong>de</strong>scuidada pelo seu carreiro ou que vai procurar o milho que a attrahe.<br />

Namby Namby - Sem orelha - No tupy-guarany: "Namby" quer dizer sem orelha.<br />

Napéva Napéva Napéva - Gallinha chata.<br />

Pamonha Pamonha - Bolo <strong>de</strong> extracto <strong>de</strong> milho ver<strong>de</strong>. Pateta. Bobo. (azeda) Idiota.<br />

Patuá Patuá - Pequeno envolucro contendo orações, reliquias e pedras sagradas que os caipiras caboclos<br />

e pretos trazem ao pescoço.<br />

Pereréco Pereréco - Briga cheia <strong>de</strong> peripecias.<br />

Pereréca Pereréca - Sem parada. Bater <strong>de</strong> azas do passaro ferido -Do tupy-guarany pererég". Certa busina<br />

<strong>de</strong> automovel.<br />

Piché Piché - Do tupy-guarany - (Odor a chamusco). Leite piché-queimado.<br />

Picaço Picaço - (Cavallo) Pigarço.<br />

Pileque Pileque - Bebe<strong>de</strong>ira.<br />

Pindacoema Pindacoema Pindacoema - Anzol <strong>de</strong> espera: isca-se á tar<strong>de</strong> ou á noite e vae-se visital-o cedo. Do tupy-guarany:<br />

"Pinda", anzol -"Coe" amanhecer.<br />

Piquete Piquete Piquete - Pequeno pasto cercado.<br />

Piquira Piquira Piquira - Cavallo pequeno e fino. Peixinho.<br />

Piroá Piroá - Milho <strong>de</strong> pipoca não arrebentado. "Piruá", bexiga, no tupy-guarany.<br />

Piririca Piririca - Pelle aspera e trincada <strong>de</strong>vido a falta <strong>de</strong> asseio.<br />

Piracêma Piracêma - Migração <strong>de</strong> peixes.<br />

Pirapóra Pirapóra Pirapóra - Tupy-guarany; logar on<strong>de</strong> o peixe pula.<br />

Pitiço Pitiço - Cavallo pequeno e grosso.<br />

Pito - Cachimbo. Descompostura.<br />

Piuca Piuca - Pau podre.<br />

Piuva Piuva Piuva - Pau proprio para porrete, por ser muito resistente.<br />

Poáia Poáia - Individuo cacete. Planta medicinal - vomitorio.<br />

Porquêra Porquêra - Desor<strong>de</strong>m. Briga.<br />

P'ros P'ros quinto quinto - Para os 5º dos infernos.<br />

Puçaguá Puçaguá - Panno com uma re<strong>de</strong>sinha ao centro para pescaria <strong>de</strong> arrasto, <strong>de</strong> peixe miúdo.<br />

Punga Punga Punga - Cavallo magro e velho, ruim.<br />

Pururuca Pururuca - Quebradiço. O couro torrado <strong>de</strong> leitôa é "pururuca".<br />

Que Que-nem Que nem - Similhante. Parecido. Equivalente.<br />

Quilombolá Quilombolá Quilombolá - V. Canhimbóra.<br />

Sacy Sacy - Duen<strong>de</strong> representado por um negrinho, moleque <strong>de</strong> seus onze a doze annos, <strong>de</strong> uma<br />

perna só, sempre risonho, <strong>de</strong> olhos vermelhos, <strong>de</strong>ntes salientes, topete alevantado, a<br />

arreliar quem passa, fazendo mil diabruras nas cruzes <strong>de</strong> estrada e encruzilhada, não<br />

perdoando cavalleiro que passe á noite <strong>de</strong> sexta-feira: trepa-lhe na garupa a fazer-lhe


cocegas puxando o cavallo pelo rabo. À noite vae trançar a crina dos cavallos. Vêm-se<br />

realmente crinas trançadas tosca-mente. . . por morcegos.<br />

Samba Samba.- Samba Dansa <strong>de</strong> caboclos. Nada tem com o jongo africano hoje dansado em todo o Brasil. O<br />

samba é dansa <strong>de</strong> caboclos, com violas, adufes e pan<strong>de</strong>iros. Ao canto e côro os dansarinos<br />

em tregeitos tiram as damas e estas aos cavalheiros, sem se tocarem, dansam e voltam aos<br />

seus lugares.<br />

San Santa San Santa<br />

ta Luzia - Palmatoria para castigo (em <strong>de</strong>suzo).<br />

São São Gonçalo Gonçalo - Pessoa que faz o pedido <strong>de</strong> casamento.<br />

Sapecar Sapecar - Tupy-guarany "çapec" - Chamuscar.<br />

Sapituca Sapituca - Soluço - Impulsivida<strong>de</strong> - ímpeto.<br />

Sapuá Sapuá - Pequena área <strong>de</strong> terra cultivada.<br />

Sapiroca Sapiroca - Que tem os olhos inflamados. Do tupy-guarany "çapiron", chorar.<br />

Saracura Saracura - Ave pernalta ribeirinha. "Siri-cóia" no Norte.<br />

Sarado Sarado Sarado - Invencivel. Bom para tudo.<br />

Saúva Saúva - Gran<strong>de</strong> formiga <strong>de</strong>vastadora <strong>de</strong> lavouras. A maior praga do Brasil.<br />

Sastifa Sastifa - Dar confiança. Dar explicação <strong>de</strong> um gesto. Dar satisfacção.<br />

Serraia Serraia Serraia - Verdura nativa nas lavouras. Optimo alimento.<br />

Sinhá Sinhá - (Em <strong>de</strong>suzo) Antiga proprietaria <strong>de</strong> escravos. Senhora.<br />

Siá - Senhora.<br />

Siô Siô - Senhor.<br />

Sô Sô Sô - Senhor.<br />

Sarará Sarará Sarará A mesma cousa. Ave <strong>de</strong> Mato Grosso. Conta-se que o sarará macho morre <strong>de</strong> paixão<br />

durante o choco da femea.<br />

Sunga Sunga-munga<br />

Sunga munga munga - Idiota meio paralitico.<br />

Suta Suta - (Goyaz) Surpreza por um grupo <strong>de</strong> familias amigas chegando inesperadamente, á noite, á<br />

casa do fazen<strong>de</strong>iro, formando uma festa.<br />

Tabôa Tabôa Tabôa - Junco proprio para esteiras. "Piri", dos indios.<br />

Tacurú Tacurú - Pedras para supporte <strong>de</strong> panellas e cal<strong>de</strong>irões, em cosinha improvisada. Vem do tupyguarany<br />

"Ytácurú".<br />

Tan Tan-tan Tan tan - Bobo. Em tupy-guarany: "Tapaná".<br />

Tapéra Tapéra - Casa velha abandonada. Do tupy-guarany: "Taba", casa povoada, "puêra", que foi. "Tapé",<br />

"tabapuêra" que foi moradia.<br />

Taperá Taperá - Varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> andorinha. Faz ninho em buracos nos barrancos e taperas.<br />

Tapiara Tapiara - Estra<strong>de</strong>iro. Aguia. Velhaco. Ligeiro <strong>de</strong> mão.<br />

Tassuira Tassuira - Formiguinha cujas ferroadas são ardidas e dolorosas. Do tupy-guarany "Tacin".<br />

Tiguéra Tiguéra - Roça <strong>de</strong> milho <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> colhida. Talvez venha do tupy-guarany: "Abati" milho - "coéra"<br />

ossos; pois as cannas do milho dão impressão <strong>de</strong> ossos. Ossos do milharal.<br />

Tira Tira-prosa Tira prosa - Afamado. Valentão.<br />

Tiririca Tiririca - Capim damninho que ataca as lavouras.<br />

Trem Trem - Qualquer objecto. Individuo inutil.<br />

Tropicão Tropicão - (cavallo) Que tropeça ou dá topadas sobre objectos resistentes.<br />

Tucura Tucura Tucura - (Goyaz) - Gado selvagem que não toma sal.<br />

Urupé Urupé - Fungo.<br />

Urutáu Urutáu - Ave nocturna cujo canto imita o gemer humano em prolongados e altos "aai. . . aai. . . ai.<br />

. ." Brincam as crianças ao escurecer, dialogando com a ave. "Urutau, urutau. . . seu pae<br />

morreu. (silencio) Urutau, urutau. seu irmão morreu! (silencio) Urutau, urutau. . . sua avó<br />

morreu! áái. . . áái . . ái. . . coinci<strong>de</strong> gritar gemente a ave, com gran<strong>de</strong> sucesso para as<br />

crianças. Com o <strong>de</strong>saparecimento das matas vae o urutau <strong>de</strong>sapparecendo.<br />

Urucubaca Urucubaca - Azar. Infelicida<strong>de</strong>. Febre eruptiva.<br />

Vevuia Vevuia - Figado ou pulmão.<br />

Você Você, Você Você vancê vancê, vancê<br />

vacê vacê, vacê<br />

voncê voncê, voncê<br />

acê acê, acê<br />

ocê ocê, ocê cê cê - Quer dizer vossa-mercê.<br />

Yaçanan Yaçanan - Ave do brejo.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!