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UM HOMEM ENVIADO DE DEUS - 1ª PARTE ... - A Palavra Original

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<strong>UM</strong> <strong>HOMEM</strong> <strong>ENVIADO</strong> <strong>DE</strong> <strong>DE</strong>US - <strong>1ª</strong> <strong>PARTE</strong><br />

00 - 00 - 0000<br />

IN<strong>DE</strong>FINIDO<br />

Tradução - GO<br />

1 INTRODUÇÃO<br />

A história da vida de William Branham é tão fora deste mundo e tão distante do<br />

comum que se não houvesse sido por uma infinidade de documentos que provam sua<br />

veracidade e autenticidade, seria escusável se alguém a considerasse incrível.<br />

2 Porém são tão conhecidos os fatos e de tal natureza, que podem ser<br />

verificados por qualquer um que sinceramente se disponha a investigá-los. Estes<br />

documentos são testemunhas da vontade e propósito de que Deus quis revelar-se<br />

novamente ao homem, como o fez nos tempos dos apóstolos e profetas.<br />

3 A história da vida deste profeta - e sem dúvida que ele é um profeta, ainda que<br />

esta palavra não seja muito usada por nós - certamente testifica que os tempos<br />

bíblicos estão aqui novamente.<br />

4 O escritor é consciente de sua escassa preparação literária para descrever<br />

propriamente este ministério, não obstante haver sido ajudado grandemente devido a<br />

que grande parte da história é narrada nas próprias palavras do irmão Branham.<br />

5 O estilo do irmão Branham é claro e simples e possui em si um encanto próprio<br />

e único. Mesmo que ele não se jactancie de ter alguma preparação acadêmica, seu<br />

estilo, apesar de tosco as vezes, sempre é dramático e tem distinção própria.<br />

6 Conhecer ao irmão Branham, é amar-lhe. Sua natureza é terna e compassiva e<br />

suas sensibilidades reagem profundamente ante aos sofrimentos e aflições dos<br />

demais. Tanta tem sido sua compaixão pelos enfermos e aflitos que muitas vezes tem<br />

permitido que sua saúde sofra enquanto ministra por horas nas filas de oração pelos<br />

enfermos. Por um tempo a carga de um mundo agonizante esteve sobre seus ombros,<br />

até que Deus lhe fez ver que esta responsabilidade ele devia reparti-la com outros.<br />

7 Desde seu regresso ao ministério, ele tem estado de acordo com o conselho<br />

dos que laboram com ele, e de não ir além do que suas forças físicas lhe permitam<br />

resistir. Cura divina não faz ao homem imortal, o próprio Jesus carrego consigo o peso<br />

do cansaço.<br />

8 O irmão Branham vive em um mundo muito diferente ao que vive o cristão<br />

comum. Nos negócios desta vida, ele é desinteressado e ingênuo. Não é seu afã<br />

competir com aqueles que frequentemente tratam de se beneficiar sutilmente dele.<br />

Por outro lado, no mundo que ele realmente vive, seus sentidos espirituais têm sido<br />

vivificados em tal magnitude que o têm capacitado para adentrar-se profundamente<br />

em Deus e, por conseguinte, está mais consciente das realidades espirituais, talvez<br />

mais que nenhum outro homem que atualmente viva.<br />

9 Realmente ele não traz nenhuma doutrina nova à igreja, mas uma revelação<br />

fresca do poder de Deus e uma verdade intrínseca no milagroso revelado nas<br />

Escrituras.<br />

10 Junto com esta penetração espiritual, há ainda outra característica em seu<br />

ministério que faz com que seja tão querido pelas multidões que lhe ouvem, isto é sua<br />

singeleza e humildade. Ninguém sentiria inveja pela vitória alcançada por um que<br />

lutou por longo tempo uma batalha quase impossível de ganhar e que a maior parte de<br />

sua vida não tem conhecido outra coisa a não ser privado mesmo do pouco desta<br />

vida, até ao ponto em que pareceu que sua alma houvera sido desamparada e como<br />

se o próprio céu houvesse conspirado contra ele.


11 Damos graças a Deus pelo que a providência divina lhe tem recompensado e<br />

nos alegramos em suas vitórias. Talvez em nenhum outro ministério, a morte tem sido<br />

tão grandemente simbolizada como no ministério de William Branham.<br />

12 O irmão Branham reconhece as suas limitações e a miúde pede escusas a sua<br />

audiência por sua pouca preparação acadêmica. Imediatamente e de bom humor faz<br />

menção de sua humilde origem e sua longa luta contra a extrema pobreza na qual ele<br />

teve que se levantar.<br />

13 Nele não há pretensão alguma, só quando fala de seu chamado não há<br />

vacilação nem titubeios de nenhuma classe. Disto ele deve falar em cumprimento à<br />

comissão que lhe foi dada por Deus. Sua mensagem e seu dom devem ser<br />

conhecidos pelo mundo inteiro.<br />

14 Enquanto se refere a consideração de pontos doutrinários, isto é matéria<br />

diferente. Ele não se considera um teólogo nem um árbitro em controvérsias<br />

teológicas. Ainda quando sua influência sobre as multidões é muita, ele não usa dela<br />

para inculcar seus pontos de vista doutrinários. Sobre este particular ele se tem visto<br />

obrigado a repudiar tais intentos.<br />

15 Sua missão é a de unir o povo de Deus, a não dividí-lo mais em controvérsias<br />

doutrinárias. O conhecimento envaidece, porém o amor edifica.<br />

16 Tem sido sua humildade e simplicidade a que tem feito com que grandes<br />

audiências sejam atraídas onde quer que seja que ele tenha ido. Mesmo quando o<br />

cumprimento de sua missão requer que ele ministre a grandes multidões, tem sido<br />

sempre seu desejo sincero conservar a simplicidade em sua vida. Bem sabe ele que<br />

grandes homens de Deus no passado perderam o poder e a unção de Deus quando a<br />

humildade e a simplicidade começaram a faltar em suas vidas.<br />

17 Quando um homem começa a pensar que é grande e poderoso, então vem a<br />

ser pequeno diante de Deus. Muito trabalho tem tido o Senhor em encontrar um<br />

homem a quem Ele possa abençoar e que ainda possa se manter humilde e pequeno.<br />

A grandeza de um homem está em sua humildade e singeleza. “Seja sempre humilde<br />

e simples, nunca trate de ser um dom alguém, mas ao contrário, trate de ser um dom<br />

ninguém para o mundo, então Deus poderá lhe usar”, dizia ele.<br />

18 Cremos que Deus neste homem encontrou o que buscava: humildade e<br />

simplicidade. Muito podia se falar da humildade e simplicidade deste varão.<br />

19 Tão marcada foi a manifestação de Deus neste homem que numa ocasião ele<br />

se viu obrigado a abandonar o ministério porque muitos começaram a crer que ele era<br />

o próprio Jesus Cristo, chegando ao ponto de batizar em seu nome, coisa que ele teve<br />

que reprovar e repreender severamente. Ele lhes disse: “Se minha presença no<br />

campo evangelístico tem de ofuscar a do Senhor, então eu me retiro do ministério e<br />

vocês que têm crido em semelhante mentira do diabo, serão responsáveis pelas<br />

almas que se perderem durante o tempo em que eu estiver fora do campo<br />

evangelístico”.<br />

20 Isto foi algo que o feriu profundamente. Acaso não foi esta a mesma atitude<br />

assumida pelos servos de Deus no passado?<br />

21 O fato de que ele tenha que se apartar das multidões, não quer dizer que ele<br />

trate de se esquivar às pessoas, mas porque ele tem encontrado que esta é a única<br />

forma possível de continuar seu ministério. Se não fosse assim, a maior parte de seu<br />

tempo seria ocupada pelo incontável público que busca seu conselho em entrevistas<br />

pessoais. Se não fosse assim, não teria tempo suficiente para buscar e esperar Nele.<br />

22 Bem sabe ele que se há alguém que depende da unção do Espírito, este é ele.<br />

Sem esta unção ele está indefeso uma vez que ele não pode confiar em nenhum outro


dom ou talento humano, pois não tem nenhum. Muitos não entendem isto e são<br />

desanimados ao não lhe conceder um entrevista pessoal. É raro que se passe um dia<br />

sem que ninguém tenha uma mensagem a lhe comunicar.<br />

23 Mesmo quando ele tem que se manter vivendo em um mundo tão diferente<br />

para poder trazer inspiração e bênção aos demais, não há quem seja tão humano e<br />

compreensivo como o irmão Branham. Seu desejo de servir e agradar aos demais é<br />

fácil de se notar. Tão grande tem sido este desejo por ajudar ao necessitado, que<br />

temendo fazer compromissos que logo não possa cumprir, ele tem tido que pôr nas<br />

mãos de seus associados a direção de seus compromissos e negócios, para que<br />

assim sejam eles os que acertem tudo em forma correta, e ele poder cumprir seus<br />

compromissos devidamente e levar a cabo suas campanhas.<br />

24 Para conhecer ao irmão Branham tem que se conhecer bastante de sua vida.<br />

Segundo sabemos e como ele também o relata, sua família era a mais pobre daquele<br />

lugar onde eles viviam. No tempo em que ele se casou, a situação era bastante difícil<br />

economicamente.<br />

25 Por muito tempo ele teve que viver sem nenhuma classe de comodidades, nem<br />

mesmo as mais comuns entre os pobres. Numa ocasião ele teve que entregar a uma<br />

casa de móveis uma cadeira reclinável por não poder pagá-la. Por muito tempo ele<br />

pregou em seu tabernáculo sem aceitar salário algum, por crer que a igreja era muito<br />

pobre para pagar os gastos próprios e ao mesmo tempo sustentar sua família.<br />

26 Para cumprir com seus compromissos, ele trabalhava de guarda-florestal, mas<br />

era de tão bom coração que não lhe agradava multar a ninguém, mesmo quando esta<br />

era sua única fonte de renda.<br />

27 Portanto, ele tinha outro trabalho, o de patrulhar as linhas de alta voltagem, o<br />

qual podia desempenhar em ligação com o outro trabalho. Isto fazia ele para poder<br />

sustentar sua família.<br />

28 Nesta luta ele chegou a estar em íntimo contato com o sofrimento humano.<br />

Ainda quando Deus o tem chamado para tão grande comissão, sua compaixão é<br />

intensa por aqueles que tal como ele têm que caminhar tão escuro e solitário caminho<br />

do sofrimento.<br />

29 Há ainda outra razão pela qual Deus escolheu a William Branham para este<br />

grande labor de unir Seu povo num mesmo espírito e numa mesma fé. O Senhor bem<br />

sabia que ele nunca intentaria começar uma nova organização, o que podia haver<br />

feito. A estas sugestões nunca prestou atenção. Sua missão não era a de começar<br />

uma nova organização. Não era sua visão nem seu desejo formar uma nova<br />

organização, pelo contrário, ele trataria de que o povo reconhecesse que é um corpo e<br />

se unisse em espírito esperando o retorno do Senhor.<br />

30 Falando brevemente em seu ministério, o Irmão Branham já não intentava orar<br />

por toda a multidão. Ele havia encontrado que suas limitações físicas lhe faziam<br />

impossível que pudesse orar por cada pessoa individualmente. Só orava por um<br />

número limitado a cada noite. Por certo isto não queria dizer que os demais enfermos<br />

não podiam ser curados. Ele os exortava a exercer sua fé e receber cura sem importar<br />

o lugar onde estivessem assentados. Grandes foram os resultados obtidos.<br />

Incontáveis testemunhos foram recebidos de curas tais como câncer, tuberculose,<br />

tumores, etc. Uma e outra vez o Irmão Branham declarava as curas com antecipação,<br />

mesmo a pessoas assentadas atrás na audiência.<br />

31 Outro grande propósito das campanhas do Irmão Branham era trazer<br />

inspiração ao ministério, para que muitos com nova visão fossem a suas igrejas e<br />

começassem um verdadeiro ministério de libertação.


32 Muito se tem usado de substitutos para atrair pessoas às igrejas até ao ponto<br />

em que o louvor na igreja tem sido submergido a um nível completamente humano,<br />

com o elemento sobrenatural completamente ausente. O ministério de cura divina é o<br />

método divino de atrair as multidões.<br />

33 Quão maravilhoso têm sido os ministérios nascidos entre nós, os quais depois<br />

de haverem assistido a estas reuniões do Irmão Branham, têm saído diretamente a<br />

suas câmaras secretas para esperar em Deus até haverem ouvido do céu!<br />

34 Mesmo os próprios cristãos têm sido enriquecidos pelo que seus próprios olhos<br />

têm visto. A incredulidade e o cepticismo têm sido desafiados e postos à vergonha.<br />

Deus já não é algo distante nem incerto, mas um que está disposto a revelar-se aos<br />

filhos dos homens. Quando o modernismo com sua destrutiva incredulidade enfrenta<br />

este desafio, é derrotado instantaneamente.<br />

35 Vãs palavras e ocas oratórias não podem enganar a uma pessoa que tem<br />

podido ver a operação do poder de Deus em ação em forma tão convincente.<br />

36 Novamente o homem tem sido trazido à realização de que os tempos bíblicos<br />

estão conosco novamente e que a Bíblia é certa e o poder de Deus real. O céu e o<br />

inferno são reais.<br />

37 Olhando um pouco ao passado quando o Irmão Branham teve aquela grande<br />

visitação, poderíamos assinalar 7 de maio de 1946, quando o anjo lhe apareceu e<br />

entre outras coisas lhe disse que se ele permanecesse fiel, este grande movimento<br />

espiritual estremeceria ao mundo inteiro. Esta predição temos visto plenamente<br />

cumprida.<br />

38 Quão maravilhoso é o Senhor! Quão incompreensíveis são seus juízos e<br />

inescusáveis seus caminhos!<br />

39 Há tanta semelhança entre a vida do Irmão Branham e a vida dos profetas do<br />

Antigo Testamento, que não pode haver a menor dúvida em nenhuma mente de que<br />

ele é um profeta de Deus como o foi Elias, Eliseu, Isaías, Jeremias e os demais que<br />

foram reconhecidos como profetas de Deus.<br />

40 Outro propósito pelo qual é escrito este livro é para que Deus lhe fale através<br />

dele. Queira Deus que ao ler você estes eventos sobressalientes da vida deste<br />

homem, também você possa ver que ele foi um profeta . Portanto, a mensagem que<br />

ele trouxe não foi de homem, mas de Deus.<br />

41 O Senhor disse numa ocasião: “Não tenho dito que, se creres, verás a glória de<br />

Deus?”<br />

42 Para Deus seja toda glória e honra pelos séculos. Amém.<br />

Fevereiro de 1950.<br />

CAPÍTULO I<br />

<strong>UM</strong> ESTRANHO <strong>DE</strong>SAFIO<br />

43 Foi em Novembro do ano de 1947 quando cedo da tarde se abriram as portas<br />

daquele grande auditório na cidade de Portland, Oregon. Já as seis da tarde muitos<br />

estavam fazendo fila, esperando a oportunidade de entrar, para assegurar seu<br />

assento no auditório.<br />

44 Quando o encarregado do lugar chegou para abrir as portas do auditório, ficou<br />

surpreendido ao ver aquela multidão que ansiosamente esperava que ele abrisse as<br />

portas para entrar. Lhe pareceu estranho, pois não se havia feito nenhuma classe de<br />

anúncio para estas reuniões, e mesmo quando em outras ocasiões se haviam feito<br />

anúncios especiais, nunca havia acudido tanto público; apenas enchia uma parte do


auditório. Sem dúvida que estas tinham que ser reuniões especiais para atrair tão<br />

nutrido público.<br />

45 Também observou a maneira em que as pessoas procuravam com esmero se<br />

assentar nas cadeiras da frente, junto à plataforma, algo que por certo era raro para<br />

ele, e segundo ele havia observado em outras reuniões as pessoas não pareciam se<br />

preocupar muito em se assentar nas cadeiras da frente, mas preferiam os assentos de<br />

trás; porém estas pessoas num momento encheram os assentos dianteiros.<br />

46 Num momento todo o auditório havia se enchido a toda capacidade e foi<br />

necessário como medida de segurança fechar as portas do auditório para que<br />

ninguém mais entrasse. Algo que também não deixo de causar assombro foi ver<br />

ministros de diferentes classes denominacionais, assentados juntos na plataforma,<br />

coisa antes nunca vista naquele lugar.<br />

47 Qual era a atração? Qual era o motivo para se reunir tanta gente? Nem os<br />

cânticos, nem a música especial foram a atração, ainda que fossem de inspiração e<br />

de bênção. Porém ainda era evidente que o público esperava com bastante<br />

impaciência algo mais que cânticos e música especial.<br />

48 O motivo para que se reunisse tanta gente se pode dizer em poucas palavras.<br />

Naquela cidade havia corrido uma voz de que um homem de nome William Branham<br />

estaria pregando naquele auditório. Deste homem se dizia que um anjo havia<br />

aparecido a ele numa visitação especial e que uns dons de cura divina haviam sido<br />

manifestos em seu ministério. Porque, creiam-no ou não, apesar da inclinação<br />

materialista que tem invadido a inteligência e o ensinamento as escolas de nossos<br />

dias, é evidente que bem dentro do ser humano existe e sempre existirá, um ardente<br />

desejo pela manifestação do poder sobrenatural.<br />

49 O homem vive uma vida frágil e passageira, marcada em todos os lugares pela<br />

decadência, desintegração e a morte. A teologia materialista e moderna, nada pode<br />

oferecer ao homem que agoniza em pecado. Tão pouco pode satisfazer a sêde que<br />

por natureza está na alma do homem, e que clama por vida. Neste mundo confundido<br />

por milhares de vozes em conflito, onde todos requerem reconhecimento e autoridade,<br />

não é algo fora do natural que o homem anele a manifestação visível do sobrenatural,<br />

para confirmar a autenticidade da mensagem daqueles que falam.<br />

50 Os serviços das duas primeiras noites, haviam levantado grande interesse no<br />

publico, e agora a terceira noite, o auditório está completamente cheio de pessoas que<br />

esperam que apareça o pregador. O diretor da campanha já se prepara para entregar<br />

a parte ao pregador; e agora pede que a congregação se ponha de pé para entoar o<br />

côro lema do Irmão Branham: “Somente crer, tudo é possível, somente crer”.<br />

51 Enquanto a congregação canta, um homem de pequena estatura e com modo<br />

modesto sobe à plataforma com um amigável sorriso e se põe frente ao púlpito. O<br />

cântico cessa, e todo o mundo se mantém em silêncio intenso, enquanto presta toda<br />

sua atenção e esmero ao que diz o evangelista. À medida que ele continua falando, se<br />

pode notar a impressão do público, causada pela graça e a evidente sinceridade e<br />

humildade do pregador.<br />

52 O evangelista, aproveitando o tema de fé, inspirado pelo corinho que acabam<br />

de cantar, começa sua mensagem: “Sim, tudo é possível” - diz ele - “ao que crê. Não<br />

há nada que possa fazer frente a fé em Deus, e se todos aqui nesta noite puderem<br />

crer em Deus juntos comigo, veremos como Deus honrará esta fé e a confirmará ante<br />

os olhos de toda a congregação”. A audiência escutava com grande atenção a<br />

pequena figura na plataforma; talvez ninguém tivesse a menos suspeita do que estava<br />

para ocorrer.


53 De repente, nossa atenção se dirigiu a parte de trás da audiência, onde parecia<br />

como se alguma emergência houvesse tomado lugar. Um homem com passo largo e<br />

rápido, se dirige aparentemente à plataforma. A princípio críamos que se tratasse de<br />

alguma emergência na congregação, que talvez alguém houvesse passado mal, ou<br />

houvesse desmaiado. Porém à medida que este homem ia se aproximando, pudemos<br />

notar que seu semblante estava carregado de um poder demoníaco, dando a entender<br />

que era louco ou que algo grave lhe sucedia. Pensamos que talvez fosse um louco<br />

que havia escapado das mãos dos familiares que o sujeitavam. Longe esteve de<br />

nossa mente que este homem nem era louco nem havia escapado do manicômio, mas<br />

era um maníaco cujo trabalho era acabar com reuniões religiosas, e que anteriormente<br />

havia estado no cárcere por interromper reuniões desta índole.<br />

54 Parecia que o cárcere não lhe havia corrigido, e agora, vendo esta boa<br />

oportunidade de fazer o mesmo, se dirige para o púlpito com estas idéias em mente.<br />

Com passo ligeiro e firme, e sem nenhum titubeio, sobe a escada da plataforma<br />

assumindo uma atitude ameaçante. Já a estas alturas seu intento satânico esta<br />

atraindo a atenção de toda a congregação. A polícia se deu conta da situação e tratou<br />

de tomar parte no assunto, porém foi impedida, já que se a deixasse atuar talvez<br />

criasse um ambiente de confusão e excitação na congregação, o que haveria<br />

arruinado o culto.<br />

55 Além do mais, o evangelista já havia posta a si mesmo em aperto, pois a uns<br />

momentos havia dito que tudo era possível para o que crê, e que Deus sustentaria<br />

sempre a seus servos que confiassem Nele. A excitação e a expectação que havia<br />

chegado o culto era tal, que deixar que os oficiais da polícia se encarregassem da<br />

situação, não parecia ser a ordem divina a seguir.<br />

56 Depois de impedir aos oficiais que tomassem ação sobre o assunto, não<br />

soubemos mais o que fazer. Tratamos de informar ao evangelista o que estava<br />

sucedendo, porém parecia que ele já estava consciente de que algo andava mal. Com<br />

voz serena e quieta, se ouve ao evangelista dirigir-se a sua audiência, pedindo à<br />

congregação que se unisse com ele em oração silenciosa, enquanto ele se dispunha a<br />

enfrentar o desafio deste adversário.<br />

57 Com rosto endemoniado, o burlador começa a maldizer ao pregador<br />

descaradamente, frente ao público: “Tu és um diabo e um falso” - dizia ao evangelista<br />

- “Tu enganas as pessoas, tu és um impostor, serpente, e vou provar diante de toda<br />

esta gente”. A coisa já havia se tornado bastante séria, sem dúvida que esse era um<br />

desafio bastante atrevido. Todos na congregação se deram conta que isto não era<br />

brincadeira e que este homem sairia com as suas diante de todo o público.<br />

58 O ambiente estava carregado de suspense; todo mundo esperava o que ia<br />

suceder, qual havia de ser o desenlace de tudo isto. Em meio de um silêncio<br />

sepulcral, este burlador continua rebaixando ao pregador, enquanto cospe no piso,<br />

tratando de executar o que acabava de dizer. Pareceu à congregação que havia<br />

chegado um momento difícil para este pregador. As pessoas viram que ele não era<br />

par, fisicamente falando, para enfrentar a este enfurecido competidor.<br />

59 A congregação, em seu interior, talvez se compadecia dele. A polícia, vendo a<br />

situação, novamente trata de ajudar ao pregador, porém ele agora também rejeita sua<br />

ajuda e deliberadamente aceita o desafio deste homem, cujo físico havia convencido a<br />

congregação de que era capaz de levar a cabo sua pretensão. Sem dúvida que os<br />

críticos esperavam um fim desastroso para este inesperado drama que se havia<br />

desenrolado e que estava por chegar ao seu clímax.


60 Nos momentos de tensão que seguiram, a gente podia trazer à memória um<br />

desafio muito parecido ao que se estava desenrolando quando todo Israel escutava<br />

como Golias amaldiçoava ao pequeno Davi no nome de seus deuses. Tal como Israel,<br />

toda a congregação havia se amedrontado frente a tão tremendo desafio, olhando a<br />

cena com assombro e esperando o pior.<br />

61 O conjunto de ministros na plataforma havia examinado a situação com não<br />

pouco assombro e desalento, sabendo que a menos que Deus fizesse algo fora do<br />

comum sustentando a seu servo, como no tempo de Davi, este perverso intruso<br />

novamente voltaria a romper esta reunião religiosa. Muitos se turbaram ao ver que<br />

havia sido rejeitada a ajuda da polícia e creram que esta falta de sabedoria daria a<br />

este endemoniado a oportunidade para arruinar o culto e como conseguência trazer<br />

reprovação sobre a causa do Senhor e talvez sérios golpes ao pregador.<br />

62 Os segundos passavam, sem chegar ao fim que tanto esperava o público.<br />

Parecia como se uma força desconhecida a este homem, lhe estivesse impedindo de<br />

realizar o que havia proposto. Por alguma razão ele não podia executar nenhuma<br />

classe de violência contra o pregador; pelo contrário, se podia notar nele como se<br />

estivesse lutando consigo mesmo sem poder dar um passo à frente. Ao mesmo tempo<br />

dava brados que infundiam temos. Desesperadamente se movia, aparentemente sem<br />

poder fazer nada mais.<br />

63 Suavemente, porém com firmeza, se ouve a voz do evangelista repreendendo<br />

o poder maligno que domina a este pobre homem. Suas palavras, pronunciadas tão<br />

serenamente, só se podiam ouvir a pouca distância, que diziam: “Satanás, porquanto<br />

tens se atrevido a desafiar ao servo de Deus diante desta congregação, te ordeno no<br />

Nome de Jesus Cristo que te ajoelhes diante de mim. Cairás humilhado a meus pés”.<br />

Estas palavras foram repetidas várias vezes.<br />

64 O desafiador deixou de falar e agora é ele quem se vê lutando sob uma força<br />

estranha. Tanto o homem como as forças que o controlavam, apesar de fortes como<br />

eram, se vêem sucumbindo gradualmente sob outro poder que respondeu ao<br />

chamado do nome de Jesus. O homem não tardou muito a se dar conta que estava<br />

sendo vencido, mas sem poder remediar a situação. Uma tensa batalha espiritual<br />

estava se travando dentro deste homem. Gotas de suor caiam em seu rosto enquanto<br />

ele faz um último intento por prevalecer. Porém tudo foi em vão. De repente, aquele<br />

que nuns momentos atrás havia desafiado tão descaradamente ao servo de Deus com<br />

seus insultos e ameaças, dando um grito de desespero cai ai piso numa forma<br />

violenta e histérica. Por um momento esteve se retorcendo no solo, enquanto o<br />

evangelista calmamente continuava o culto, como se nada houvesse acontecido.<br />

65 Não haveria necessidade de mencionar a onda de louvores que seguiu a este<br />

glorioso evento, dando glória a Deus pelo que acabavam de ver. O assombro se podia<br />

notar nos rostos daqueles que presenciaram este grande acontecimento, onde Deus<br />

havia vindicado a seu servo tão tremendamente.<br />

66 Louvores em gritos encheram aquele espaçoso auditório. A polícia também,<br />

maravilhada pelo que havia visto, abertamente declarava que Deus estava neste<br />

lugar. Uma onda de glórias seguiu na oração pelos enfermos que nunca poderia ser<br />

esquecida por aqueles que estiveram presentes naquela noite enquanto o Irmão<br />

Branham ministrava aos enfermos na fila de oração.<br />

67 Porém quem foi este homem que falou tais palavras de autoridade e cujo<br />

ministério tem sido confirmado com tão notáveis demonstrações do poder divino? Seu<br />

nome é William Branham, de Jeffersonville, Indiana. Este ministério havia de ter uma<br />

repercussão cada vez maior, até ao ponto de cobrir o mundo inteiro. Muitos naquela


noite me Portland, Oregón, glorificaram a Deus, porque eles sabiam que Deus<br />

novamente havia visitado a seu povo.<br />

68 Também os ministros reconheceram que Deus havia descido em meio de seu<br />

povo com poder especial. Eles creram que isto que haviam visto era só um sinal de<br />

coisas maiores e mais gloriosas que Deus preparava para fazer em meio de seu povo.<br />

Alguns, por certo, foram revolucionados em seus ministérios; um deles foi um jovem<br />

pastor de nome T. L. Osborn, o qual logo entrou ao campo evangelístico com um<br />

ministério de cura divina.<br />

69 Estranho como foi o fim da campanha, ouvimos de alguns que duvidavam, por<br />

que havia Deus escolhido um homem com tão escassa educação e tão pobres<br />

antecedentes? Tão pouco podiam eles entender o princípio do qual falou Paulo em I<br />

Coríntios 1:26-27: “Porque, vede, irmãos, a vossa vocação, que não são muitos os<br />

sábios segundo a carne, nem muitos os poderosos, nem muitos os nobres que são<br />

chamados. Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as<br />

sábias, e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes. E<br />

Deus escolheu as coisa vís deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para<br />

aniquilar as que são: para que nenhuma carne se glorie perante ele.”<br />

70 Não obstante, a maioria creu e se regozijava. Apesar de que fisicamente era<br />

impossível ao evangelista ministrar aos milhares de corpos cheios de pragas de<br />

diversas enfermidades, em outra forma que não fosse a oração em massa, foi<br />

surpreendente o número de testemunhos recebidos nesta campanha.<br />

71 Aqueles que creram e receberam bênção do céu, testificam que nunca poderão<br />

esquecer aqueles cultos celebrados nesta cidade de Portland, Oregón.<br />

72 Talvez já seja tempo de investigarmos mais detalhadamente acerca de quem<br />

seja este homem chamado William Branham. De onde vem? De qual forma o anjo lhe<br />

apareceu em tão especial visitação de Deus e de sua comissão de orar pelos<br />

enfermos? A resposta destas perguntas dedicaremos os próximos capítulos.<br />

CAPÍTULO II<br />

NASCIMENTO PECULIAR E INFÂNCIA<br />

73 Começava a amanhecer numa preciosa manhã de Abril de 1909, no<br />

montanhoso campo de Kentucky, não muito distante do lugar onde nasceu Abraham<br />

Lincoln cem anos atrás. Os raios do sol já haviam começado a penetrar pelas janelas<br />

da humilde cabana, muito pobre por certo, quando de repente se ouviu a voz de um<br />

bebê que acabava de nascer. Os passarinhos já haviam começado seu melodioso<br />

cântico muito peculiar do campo.<br />

74 Pereceu ao pai do pequeno que a estrela da manhã havia brilhado com mais<br />

intensidade que em nenhuma outra manhã. O pequenino chorava enquanto pequenas<br />

mãozinhas roçavam o rosto de sua mãe de quinze anos. De pé ao lado da cama<br />

estava seu pai de dezoito anos, vestido com umas calças típicas das pessoas do<br />

campo e suas mangas enroladas até os cotovelos.<br />

75 “O chamaremos William”, disse o pai enquanto se inclinava a beijar ao menino.<br />

“Bem - disse a mãe - porque então o chamaremos de Billy”. Longe estava desta mãe<br />

pensar que estas pequenas mãos que tocavam o seu rosto, um dia seriam usadas<br />

pelo Todo Poderoso para trazer liberdade a Seu povo da escravidão e da<br />

enfermidade.<br />

76 Quem ia imaginar que este menino nascido na montanha, um dia levaria a<br />

mensagem do Evangelho ao redor do mundo inteiro; que iria a casa de reis e grandes<br />

magistrados oferecer a oração de fé pelo enfermo e aflito? De todas as famílias


daquele lugar, a família Branham era a mais pobre. Sem dúvidas que os caminhos do<br />

Senhor são inescusáveis; como haveriam crido se alguém houvesse dito que Deus<br />

através deste menino algum dia faria com que demônios fossem repreendidos, que o<br />

cego visse, que o mudo falasse, que o surdo ouvisse, que cancerosos fossem<br />

curados, e que milhares de milhares caíssem sobre seus joelhos pedindo misericórdia<br />

com lágrimas de arrependimento? Tão pouco haveriam crido como aviões voariam de<br />

continente a continente a tão grande velocidade para trazer enfermos à sua presença<br />

tal como trens e automóveis trariam centenas de enfermos a receber a singela oração<br />

de fé deste servo de Deus e serem libertados de toda classe de enfermidades.<br />

77 Como do sul e do norte, do leste e oeste viriam a ouvir a simples história de<br />

Jesus, pregada em forma tão peculiar, e com demonstração do Espírito e poder.<br />

78 À medida que se aproximavam os vizinhos para ver ao menino, dizem eles que<br />

nos quarto onde estava o menino havia uma estranha sensação que todos podiam<br />

perceber. Quem pode duvidar que esta estranha sensação que eles sentiram fosse<br />

produzida pela presença do anjo que tem acompanhado ao Irmão Branham toda sua<br />

vida e que mais adiante haveria de lhe aparecer em pessoa para falar com ele face a<br />

face?<br />

79 O primeiro dia de sua vida, algo muito estranho sucedeu. Depois que uma<br />

parteira o havia banhado, o colocou ao lado de sua mãe e foi abrir a janela. A janela<br />

não tinha vidro e o ar e a luz só eram controlados abrindo ou fechando a janela. O sol<br />

havia começado a aparecer sobre o campo e uns pequenos raios de luz haviam<br />

penetrado no quarto. Junto com estes raios de luz veio também um halo de luz muito<br />

brilhante em forma circular como aproximadamente um pé de diâmetro e pousou<br />

sobre a cama onde estava a mãe e o menino.<br />

80 Este é o mesmo halo de luz que tem sido visto por milhares de pessoas, e sem<br />

dúvida alguma é também o mesmo que apareceu na famosa fotografia tomada em<br />

Houston, Texas, durante a campanha celebrada em Janeiro de 1950.<br />

81 Quando a parteira e os pais se deram conta deste fenômeno, começaram a<br />

chorar; tinham medo, não sabendo o que significava. Não foi senão muitos anos mais<br />

tarde que estas pessoas que viram este halo sobre o menino, puderam compreender<br />

que Deus tinha sua mão posta sobre este homem para um grande ministério que<br />

haveria de trazer ao mundo.<br />

82 A família Branham não era religiosa nem prestava atenção a nada que tivesse<br />

haver com religião. Seu avô era católico e a seu pai e sua mãe não interessavam o<br />

cristianismo. Porém pelo que havia acontecido no dia de seu nascimento, sua mãe o<br />

levou a uma igreja e também a última por muitos anos.<br />

83 O pai do pequeno era lenhador e tinha que passar muito tempo separado de<br />

sua família, especialmente no outono e no inverno, devido a que lhe era impossível<br />

viajar frequentemente por motivo de muita neve e mal tempo. Quando isto sucedia, a<br />

mãe e o menino ficavam sós.<br />

84 Foi numa destas ocasiões que Kentucky experimentou uma das piores<br />

tormentas de neve. Pareceu como se os acontecimentos houvessem conspirado<br />

contra a vida destas duas criaturas. O menino apenas contava com seis meses de<br />

idade quando isto sucedeu estando o pai longe do lar. Tão tremenda foi esta tormenta<br />

de neve que deixou paralisada toda aquela zona devido a muita neve. A reserva de<br />

comida com a que contava a família Branham era muito pouca e rapidamente<br />

começou a lhe faltar a comida e calor, pois o frio era intenso.<br />

85 A mãe, envolvendo seus pés em sacos, saía ao campo a buscar lenha. Logo<br />

depois de cortá-la a trazia à cabana e ali a armazenava, pronta pra manter a chaminé


acesa. Passaram alguns dias e a situação continuava piorando. Apenas tinha que<br />

comer para suas forças.<br />

86 Finalmente ela se debilitou tanto que teve que desistir de sair em busca de<br />

lenha. A reserva de alimento havia se esgotado e também a lenha. Nesta situação<br />

crítica, a mãe decidiu recolher toda a roupa de cama que tinha disponível e se<br />

envolveu com o menino a esperar o fim.<br />

87 Foi então quando Deus enviou seu anjo protetor a lhes livrou da morte. Um<br />

vizinho que morava a certa distância da família se sentiu inquietado por saber da<br />

condição da família Branham ao não ver sair fumaça de sua chaminé. A cada<br />

momento que olhava para a humilde cabana se sentia mais preocupado por saber sua<br />

condição.<br />

88 Passados uns dias, a convicção de que algo andava mal chegou a ser tão<br />

profunda que ele decidiu fazer uma investigação, ainda que isto significava ter que<br />

caminhar por cima do gelo, o que era perigoso, pois a cabana não estava muito perto.<br />

Porém de todas as formas, este vizinho dirigido pela mão de Deus chegou até a<br />

cabana. Ao chegar à cabana, seus temores foram confirmados, porque ninguém<br />

respondia de dentro da casa nem haviam vestígios que indicassem que alguém<br />

houvesse saído da cabana e além do mais a porta estava fechada por dentro.<br />

89 O vizinho decidiu forçar a porta para entrar e quando assim o fez, ficou<br />

surpreendido pelo que viu à sua frente: A mãe e o menino completamente cobertos<br />

com a roupa de cama, estavam à beira da morte por causa do frio e da falta de<br />

alimento. O bondoso vizinho seguidamente juntou a lenha e acendeu um fogo que<br />

aqueceu a cabana. Logo foi a sua casa conseguir algo para que eles comessem.<br />

90 Seu ato de misericórdia foi feito a tempo. “Amados leitores - diz o Irmão<br />

Branham - creio que aquele haveria sido nosso fim; se não houvesse sido por nosso<br />

carinhoso Salvador, quem a seu devido tempo falou ao coração deste bondoso<br />

vizinho. Ele sempre está perto e aparece no tempo oportuno.”<br />

91 Não passou muito tempo e tiveram que mudar de Kentucky para o estado de<br />

Indiana onde o pai foi trabalhar como um agricultor, perto de Utica. Um ano mais tarde<br />

voltaram a mudar um pouco mais para baixo para um vale perto de Jeffersonville,<br />

Indiana, uma cidade de tamanho moderado, a qual veio a ser o povo onde haveria de<br />

se criar William Marrion Branham.<br />

<strong>DE</strong>US FALA PELA PRIMEIRA VEZ AO MOÇO<br />

92 Vários anos se passaram e o moço era de uns seis anos de idade, havendo<br />

entrado apenas numa escola rural, uma milhas ao norte de Jeffersonville. Por este<br />

tempo foi que Deus falou ao jovem pela primeira vez. Deixemos ao Irmão Branham<br />

narrar em suas próprias palavras a história desta tão peculiar visitação.<br />

93 “Nesta idade foi quando pela primeira vez me interessei pelo futuro. Sempre<br />

tenho amado a caça e a pesca, e nessa tarde tão formosa em fins de Setembro,<br />

alguns de meus amigos haviam ido pescar em um poço próximo onde abundavam<br />

peixes grandes. Naquela tarde eu chorei muito porque não pude ir com eles pescar,<br />

pois papai havia me dito que teria que carregar água para ele do tanque.<br />

94 Meu pai bebia muito licor e neste tempo do ano era quando se destilava uma<br />

espécie de licor muito forte e havia tocado a mim carregar água ao alambique, que<br />

seguramente estaria trabalhando naquela noite. Quando vinha de regresso com meus<br />

baldes cheios, descendo pelo caminho me detive a descansar debaixo de uma árvore,<br />

chorando porque não havia podido ir com meus amigos pescar.


95 Enquanto estava assentado ali junto a árvore, algo sucedeu que nunca poderei<br />

esquecer. Aparentemente, ouvi como que o vento soprando entre as folhas da árvore,<br />

olhei para cima e não havia nenhum movimento nas folhas, tão pouco havia sinal de<br />

vento; era uma tarde bastante quieta.<br />

96 Saí da árvore e ao olhar para cima, notei que em certo lugar havia um<br />

redemoinho do tamanho de um barril; o vento parecia estar soprando sobre as folhas<br />

de um lugar específico da árvore. O ruído se fazia mais forte e de repente em meio<br />

deste redemoinho saiu uma voz audível e me disse: “Nunca fumes, nem bebas, nem<br />

de maneira alguma desonres o teu corpo, porque tenho uma obra para ti quando<br />

tiveres maior de idade.”<br />

97 Tanto foi o medo que me deu aquela voz que não soube o que fazer. Chorando<br />

corri para casa, porém a ninguém contei o que havia sucedido. Assustado e temeroso<br />

caí sobre os braços de minha mãe; ela creu que uma serpente me havia mordido,<br />

porém lhe expliquei que estava somente assustado, então me deitou na cama e ia até<br />

chamar o doutor, crendo que eu havia sofrido um ataque de nervos.<br />

98 Agora, amigos, compreendo que muitos zombam disto que lhes conto, porém<br />

não sou responsável pelo que os outros dizem, mas só pelo que foi minha própria<br />

experiência.<br />

99 Desde este dia em diante eu me desviava daquele lugar, tratando de me<br />

esquivar daquela árvore, pois segundo o que eu pensava, naquela árvore havia um<br />

homem escondido, e todavia creio que é a verdade. O certo é que era o Anjo do<br />

Senhor. Anos mais tarde me encontrei com Ele face a face, e Ele falou comigo.<br />

100 Devido a esta forma tão estranha de Deus tratar comigo, nunca pude beber<br />

nem fumar. Recordo de uma vez que ia ao rio com meu pai e outro homem amigo de<br />

meu pai. Eles me ofereceram um trago de uísque, e como eu queria obter favor com<br />

este homem para que me emprestasse uma canoa, aceitei o trago; porém tão positivo<br />

como lhes falo, voltei a ouvir aquele estranho sonido como de um vento agitando as<br />

folhas.<br />

101 Olhando ao redor e não vendo sinal de que estivesse soprando vento, voltei a<br />

levar a garrafa em meus lábios novamente, quando de repente ouvi aquele ruído,<br />

porém desta vez mais forte. O temos se apoderou de mim como em outras ocasiões,<br />

atirei a garrafa e saí correndo, enquanto meu pai me chamou de menino afeminado.<br />

102 Oh, quanto me doeu isto! Mais tarde voltei a ser chamado de igual forma por<br />

uma amiga minha quando lhe disse que não fumava. Irado por sua crítica, tomei um<br />

cigarro em minha mão e o ia ascender para fumar de todas as maneiras, quando<br />

novamente fui surpreendido por esse familiar sonido, o que fez com que eu atirasse o<br />

cigarro no chão e saísse correndo e chorando porque eu não podia ser como os<br />

demais moços. Ao mesmo tempo as críticas de meus companheiros retumbavam em<br />

meus ouvidos, enquanto correndo me distanciava daquele lugar.<br />

103 Sempre tenho sentido uma sensação como se alguém caminhasse comigo a<br />

meu lado e tratasse de me dizer algo, especialmente quando estou a sós. Ninguém<br />

parecia me entender, nem eu mesmo. Os moços com os quais eu me associava não<br />

queriam saber de mim porque eu não bebia, nem fumava, nem tão pouco assistia aos<br />

bailes, dos quais todos eles participavam. Assim, parecia como se eu houvesse de ser<br />

através de toda minha vida, a “ovelhinha negra”, sem encontrar alguém que pudesse<br />

me compreender, e nem ainda me entendendo a mim mesmo.<br />

CAPÍTULO III<br />

POBREZA NA FAMÍLIA DO IRMÃO BRANHAM


104 Parece ser na providência de Deus que seus vasos escolhidos, na maioria dos<br />

casos, têm tido que crescer e se levantar em um ambiente difícil e muitas vezes em<br />

extrema pobreza. Em alguns casos lhe tem sido permitido provar profundamente a<br />

taça da dor. Ninguém sabe como compadecer-se de uma pessoa aflita e agonizante e<br />

menos que haja passado por uma situação semelhante.<br />

105 Raras vezes aqueles que Deus chama para realizar tão sobressaliente labor,<br />

têm se levantado em meio de riquezas e abundância ou em meio de familiares da<br />

aristocracia.<br />

106 O próprio Salvador nasceu num presépio. Ao oitavo dia quando ele foi<br />

circuncidado, sua família só pôde oferecer um cordeirinho, o qual era um sacrifício que<br />

só ofereciam as famílias mais abastardas. Isto mostra a pobreza da família do<br />

Salvador.<br />

107 Críticos no tempo do Senhor duvidavam da autoridade de seu precursor,<br />

devido a forma que João se vestiu. João vestia-se com uma indumentária rara e sua<br />

preparação era áspera, não polida com o conhecimento eclesiástico desse tempo,<br />

nem com o estilo nem a forma denominacional daqueles dias.<br />

108 Porém Jesus disse de João, que nenhum nascido de mulher era maior que<br />

João. Em seguida pergunta aos críticos: “Que saístes a ver, um homem coberto de<br />

delicados vestidos? Eis que os que trazem vestidos delicados estão nas casas dos<br />

reis”. Em outras palavras, o Mestre lhes disse que eles não deviam esperar que um<br />

homem do calibre ou da estatura de João, viesse de um ambiente de riquezas ou luxo.<br />

109 Parece que a humildade e simplicidade de caráter se desenvolvem melhor num<br />

ambiente de pobreza e limitações do que em meio de riquezas. Deixemos ao Irmão<br />

Branham mesmo nos contar algo acerca de seu lar, sua infância e como seu pai lutou<br />

com a pobreza para poder levantar a sua família.<br />

110 “Eu era mais ou menos um menino mimado, muito apegado a papai. Quando<br />

eu via aqueles músculos de papai, quando ele enrolava as mangas, dizia eu: “Papai<br />

nunca poderá morrer. Com estes músculos durará cem anos!” Papai era lenhador e<br />

tinha músculos muito grandes. Me parecia como se ele nunca pudesse morrer.<br />

Cinqüenta e dois anos contava ele e todavia não tinha um só fio de cabelo branco,<br />

naquele cabelo negro ondulado. Foi neste tempo que meu pai passou a morar com o<br />

Senhor, sustentando eu o seu rosto sobre meus ombros. Eu havia podido ver a meu<br />

pai vir do trabalho tão queimado do sol que minha mãe tinha que rasgar sua camisa<br />

com a tesoura para não ferir suas costas.<br />

111 Ele trabalhava muito por tão somente setenta e cinco centavos ao dia. Eu<br />

amava a meu pai, mesmo quando me portava mal, papai me levava à lenharia e ali<br />

me ensinava como me comportar. Porém eu amava a meu pai.<br />

112 Anos mais tarde, ele entregou seu coração ao Senhor e foi salvo, apenas a uns<br />

instantes antes de morrer em meus braços.”<br />

POBREZA NO LAR<br />

113 “Eu recordo como papai trabalhava para poder pagar as dívidas. Não é uma<br />

desgraça ser pobre; mas é duro muitas vezes. Recordo que nós não tínhamos<br />

suficiente roupa para ir à escola. Uma vez estive um ano inteiro sem ter uma camisa<br />

para pôr. Certa vez uma mulher muito rica que me presenteou com um casaco com<br />

um emblema de marinheiro no braço. Eu levava a gola dele para cima, mas fazia tanto<br />

calor. A professora me dizia: “William”. Eu respondia: “Sim, senhora”. “Por que não<br />

tiras o casaco?” Porém eu não podia, não tinha nenhuma camisa por baixo. Portanto<br />

eu lhe mentia e lhe dizia: “Tenho frio, professora”.


114 Então ela me dizia: “Está bem, assenta-te ao lado do fogo”. Eu ia e me<br />

assentava ali. Oh, como desciam gotas de suor por todo meu corpo! Depois de um<br />

momento ela voltava a me perguntar: “O frio ainda não acabou?” Eu lhe respondia:<br />

“Não, senhora”.<br />

115 Não era fácil. Os dedos de meus pés apareciam nos meus sapatos como a<br />

cabeça de uma tartaruga. Logo mais tarde consegui uma camisa. Vou lhes dizer que<br />

classe de camisa era. Era o traje de uma moça que pertencia a meu tio, e tinha um<br />

montão de enfeites ao redor. Eu lhe cortei a parte de baixo e pus somente a parte de<br />

cima. Oh, você não pode imaginar como eu ia orgulhoso à escola com esta camisa.<br />

Então na escola todo mundo começou a rir de mim, e eu lhes perguntava por que riam<br />

de mim, e eles diziam: “Você está vestido com roupa de mulher”. Então tinha que<br />

voltar a mentir. Eu dizia: “Não, estão enganados, este é meu traje de índio.” Porém<br />

eles não criam em mim e eu tinha que ir embora chorando.<br />

116 Perto de nós morava um garoto que vendia estas revistas de guias. Fazendo<br />

isto, ele ganhava o preço de um traje de menino escoteiro. Oh! Quanto me agradava<br />

aquele uniforme. Era então tempo de guerra e todo aquele que tinha suficiente idade<br />

tinha seu uniforme.<br />

117 Sempre tenho desejado ser soldado. Naquele tempo eu era menino. Mesmo<br />

para esta última guerra eu não era suficientemente grande para ir. Eu tenho quatro<br />

irmãos que foram. Porém Deus tem me dado um uniforme de todas as formas - a<br />

armadura de Deus - para que eu vá lutar contra a enfermidade e doenças que têm<br />

amarrados as pessoas.<br />

118 Porém quando admirava aquele uniforme com seu chapéu e tudo mais. Eu lhe<br />

disse: “Lloyd, quando você deixar esse uniforme, o dará a mim?” Ele disse: “Sim, está<br />

bem, darei a você, Bill.” Ora, esse uniforme lhe durou mais que nenhuma outra coisa<br />

que eu haja visto. Me pareceu como se ele nunca mais fosse deixar aquele uniforme.<br />

Logo não o vi mais com aquele uniforme e fui a ele e lhe: “Lloyd, que fizeste do<br />

uniforme de menino escoteiro?” E ele me disse: “Billy, vou procurá-lo e ver se<br />

encontro.”<br />

119 Porém quando o buscou encontrou que sua mãe o havia feito pedaços para<br />

remendar a roupa de seu pai. Logo veio a mim e me disse: “Oh Billy, o procurei e não<br />

pude encontrar nada mais que uma perna.” Lhe disse: “Traga-me isto.”<br />

120 Então pus para casa e pus isto, tinha um cinto então o amarrei bem. “Oh, agora<br />

sim eu sou um soldado”, cria eu. Eu queria ir à escola com isto, porém não encontrava<br />

como.<br />

121 Sabem o que fiz? Fingi ter uma perna ferida, então pus o pedaço de perneira<br />

dizendo que era para proteger minha perna. Porém na escola a professora me<br />

mandou ao quadro. Tratei de esconder a perna que não tinha perneira e todo o grupo<br />

se pôs a rir de mim. Comecei a chorar e a professora me mandou para casa.<br />

122 Recordo quando íamos ao povoado num carretão duas vezes ao mês para<br />

pagar a conta de alimentos. O dono nos presenteava com alguns doces. Todos nós,<br />

garotinhos, esperávamos que papai viesse com os doces. Quando papai os trazia<br />

cada um vigiava para ganhar igual quantia. Agora mesmo eu posso ir a uma loja e<br />

comprar uma barra de chocolate, porém nunca seria igual aquela que nos davam no<br />

armazém. Aquele era um verdadeiro doce.<br />

123 Muitas vezes eu guardava um pedaço, e o punha em meu bolso. Eu então<br />

esperava a Segunda-feira quando meus irmãozinhos já haviam comido o deles, então<br />

eu tirava meu pedaço que eu havia guardado. Muitas vezes eu os deixava chupar um<br />

pouquinho se prometiam me ajudar nas tarefas do dia.


CAPÍTULO IV<br />

A CONVERSÃO <strong>DE</strong> WILLIAM BRANHAM<br />

124 William Branham, o moço, mesmo havendo recebido estas extraordinárias<br />

manifestações da providência divina em sua vida, sem dúvida não era ainda<br />

convertido. Por algum tempo ele resistiu o chamado. À idade de quatorze anos foi<br />

seriamente ferido enquanto caçava e teve que permanecer meses recluído em um<br />

hospital.<br />

125 Deus tratou com ele, porém mesmo assim ele não fazia caso. No entanto, a<br />

urgência do chamado vinha a ser mais e mais consciente para ele. Em vista de que<br />

seus pais não eram cristãos, ele não tinha nenhum estímulo em seu lar, e à medida<br />

que ia crescendo, o inimigo tratou de afogar esta tranqüila e pequena voz que sempre<br />

estava falando a seu coração.<br />

ELE VAI AO OESTE<br />

126 Quando chegou a idade de 19 anos decidiu ir para o oeste para trabalhar em<br />

um rancho. Numa semana de Setembro do ano de 1927, ele disse à sua mãe que ia<br />

numa viagem de campo a Tunnel Mill, uma localidade como que a 14 milhas ao norte<br />

de Jeffersonville.<br />

127 Ele disse isto porque compreendeu que se sua mãe chegasse a saber algo<br />

acerca de seus planos de ir para o oeste, ela trataria de impedir que ele fizesse a<br />

viagem. Porém quando sua mãe soube dele outra vez, em lugar de esta em Tunnel<br />

Mill, estava bem longe, em Phoenix, Arizona. Em realidade, no fundo de seu coração,<br />

ele sabia que estava fugindo de Deus. Ele desfrutou da vida no rancho por um tempo<br />

e da novidade do oeste, porém como todos os prazeres do mundo, logo se tornaram<br />

velhos.<br />

128 De suas experiências no oeste e do chamado de Deus que estava sempre em<br />

seu coração, ele dizia:<br />

129 “Muitas vezes tenho ouvido o vento soprando entre os altos pinheiros. Parecia<br />

como se eu pudesse ouvir Sua Voz chamando em meio do jardim, dizendo: “Adão,<br />

onde estás tu?” As estrelas pareciam estar tão perto que a gente podia tomar com as<br />

mãos. Deus parecia estar muito perto.”<br />

130 “Uma coisa que eu recordo muito bem de Arizona, são as estradas no deserto.<br />

Se a gente se separa em algum momento da estrada, pode se perder facilmente.<br />

Algumas vezes os turistas vêem pequenas flores do deserto e saem do caminho para<br />

colhê-las. Eles vão para o deserto e se perdem, e algumas vezes morrem de sêde.<br />

Assim é no Caminho cristão. Deus tem um Caminho. Ele fala desse Caminho em<br />

Isaías 35:8.<br />

131 É chamado o “Caminho da Santidade”. Muitas vezes pequenos prazeres do<br />

mundo nos distanciam do Caminho. Então perdemos nossa experiência com Deus. No<br />

deserto quando a gente está perdido, algumas vezes aparecem miragens. Para<br />

aqueles que estão morrendo de sêde, a miragem seria um rio ou lago. Eles correm e<br />

se lançam dentro deles, só para se darem conta que estão banhando em areia<br />

quente. Algumas vezes o diabo lhe mostra algo que ele diz ser muito bom. Isso é só<br />

miragem; á algo que não é real.<br />

132 Se você o escuta, se encontrará amontoando tristezas sobre sua cabeça. Não<br />

lhe faça caso, querido amigo. Creia em Jesus, quem dá água viva para aqueles que<br />

estão famintos e sedentos.”


<strong>UM</strong>A MENSAGEM TRISTE<br />

133 Um dia o jovem recebeu uma carta de seu lar informando-lhe que um de seus<br />

irmãos estava muito enfermo. Era Eduardo, o qual lhe seguia em idade. Ele não<br />

pensou que a enfermidade fosse muito séria e creu que tudo se normalizaria. No<br />

entanto, uma tarde, uns quantos dias depois, ele regressou da cidade para o rancho e<br />

enquanto ele atravessava o corredor do rancho, lhe foi dada uma mensagem escrita<br />

que dizia: “Bill, venha ao pasto do norte, muito importante.”<br />

134 Ele imediatamente saiu ao pasto do norte e a primeira pessoa com quem se<br />

encontrou, foi um velho rancheiro Estrela Solitária a quem chamavam “Pop”. O velho<br />

tinha uma expressão de tristeza em seu rosto, e disse: “Bill, rapaz, tenho más notícias<br />

para ti.” Neste mesmo momento, o capataz vinha subindo. Eles lhe disseram que seu<br />

irmão, Eduardo, havia morrido.<br />

135 Você pode imaginar o que significava este choque para o jovem ao<br />

compreender que nunca mais voltaria a ver vivo seu irmão neste mundo. Desde então<br />

os acontecimentos começaram a suceder. Cada vez que ele resistia a Deus, tragédia<br />

ou tristezas de alguma forma vinha sobre ele. Quando ele se submetia e obedecia a<br />

Deus, o Senhor lhe abençoava e prosperava. Indubitavelmente essa mesma lição<br />

deve ser aprendida por cada pessoa vivente. Oxalá todos nós pudéssemos aprender<br />

pelo sofrimento de outros, em vez de aprender por nossas próprias experiências<br />

amargas.<br />

136 Voltemos de novo ao Irmão Branham enquanto ele relatava os efeitos dessa<br />

notícia nele, de sua triste viagem a seu lar, e os eventos que seguiram, os quais<br />

finalmente resultaram em sua conversão a Cristo:<br />

137 “Quando compreendi a notícia da morte de meu irmão, por um momento não<br />

podia me mover. Aquela era a primeira morte na família. Porém eu quero dizer que a<br />

primeira coisa em que pensei foi se ele estava preparado para morrer. Enquanto me<br />

voltava e olhava o prado amarelo, lágrimas corriam por minhas faces.<br />

138 Eu recordava de como lutávamos juntos quando éramos garotos pequenos e<br />

quanto sofremos ou quão duro havia sido para nós. Íamos à escola com quase nada<br />

de comer. Os dedos nos saíam dos sapatos, e tínhamos que usar casacos velhos<br />

presos com alfinetes até ao pescoço porque não tínhamos camisa para pôr. Como<br />

recordo também que nossa mãe um dia tinha pipoca numa lancheira para nosso<br />

almoço.<br />

139 Nós não comíamos com o resto dos garotos. Nós não podíamos desfrutar de<br />

alimentos como eles tinham. Sempre íamos detrás da colina para comer. Eu me<br />

recordo que no dia que tínhamos pipocas críamos que tínhamos uma grande merenda.<br />

Por conseguinte, para estar seguro de que eu obteria a minha parte disso, saía antes<br />

do meio dia e tomava uma boa parte à mão cheia antes que meu irmão tomasse sua<br />

parte.<br />

140 De pé ali olhando o prado queimado pelo sol, eu pensei em todas estas coisas<br />

e me perguntei se Deus o haveria levado a um lugar melhor. Então Deus voltou a me<br />

chamar, porém, como sempre, eu tratei de resistí-lo.<br />

141 Eu me preparei para regressar à casa para o enterro. Quando o Rev. Mc.<br />

Kinney da Igreja de Port Fulton, um homem que é como um pai para mim, pregou no<br />

serviço funeral, fez menção de que “Talvez haja alguém que não conhece a Deus; se<br />

assim é, aceite-o agora.” Oh, como eu me agarrei a minha cadeira; Deus estava<br />

tratando comigo de novo. Querido leitor, quando Ele lhe chamar, responda-Lhe.<br />

142 Eu nunca me esquecerei como papai, o pobre velho, e mamãe choravam<br />

detrás da marcha fúnebre. Eu desejava regressar ao oeste, porém mamãe me


suplicou tanto que eu ficasse que finalmente aceitei ficar se pudesse conseguir um<br />

emprego. Logo consegui um trabalho na Companhia de Serviço Público de Indiana.<br />

ENFERMIDA<strong>DE</strong><br />

143 Como que uns dois anos mais tarde, enquanto procurava uns relógios<br />

medidores na oficina de contadores, nos trabalhos de gás em Nova Albany, eu fui<br />

asfixiado com gás, e por semanas sofri com isso. Fui a todos os médicos que<br />

conhecia. Não tinha melhora. Sofria de acidez estomacal causada pelo efeito do gás.<br />

Ia me tornando pior cada momento. Fui levado a especialistas em Louisville,<br />

Kentucky.<br />

144 Eles finalmente disseram que era meu apêndice, e disseram que tinha que ser<br />

operado. Eu não podia crer porque nunca havia sentido uma dor em meu lado. Os<br />

médicos disseram que não podiam fazer nada mais por mim até que me submetesse<br />

a operação. Finalmente consenti que a fizessem, porém insisti que usassem anestesia<br />

local, para poder observar a operação.<br />

145 Eu queria que alguém que conhecesse a Deus estivesse a meu lado. Eu cria<br />

na oração porém não podia orar. Assim sendo o ministro da Primeira Igreja Batista foi<br />

comigo à sala de operações. Quando me pegaram para mudar da mesa de operações<br />

à minha cama, senti que me tornava cada vez mais débil. Meu coração quase não<br />

estava batendo. Sentia a morte sobre mim. Minha respiração se dificultava cada vez<br />

mais.<br />

146 Eu sabia que havia chegado final de minha carreira. Oh, amigo, espere até<br />

chegar ali, então pensará você nas muitas coisas que tem feito. Eu sabia que nunca<br />

tinha fumado, bebido ou tido nenhum hábito sujo, porém eu sabia que não estava<br />

pronto para encontrar-me com Deus.<br />

147 Se você é apenas um membro de igreja formal e fria, se dará conta quando<br />

chegar a seu fim, que não está preparado. Assim sendo, se isso é tudo o que você<br />

sabe de Deus, eu lhe peço aqui mesmo que dobre seus joelhos e peça a Jesus que<br />

lhe dê experiência do novo nascimento, como aquele do qual Ele falou a Nicodemos<br />

no capítulo 3 de João, e oh! Como repicarão as campainhas de júbilo! Louvado seja<br />

Seu Nome.<br />

<strong>DE</strong>US LHE FALA<br />

148 Começou a escurecer mais o quarto do hospital, como se fosse um grande<br />

bosque. Eu podia ouvir o vento soprando entre as folhas, ainda que parecesse estar<br />

soprando bem dentro do bosque. Talvez você haja escutado o vento soprando entre<br />

as folhas e vir se aproximando cada vez mais. Eu pensei: “Bom, essa é a morte que<br />

vem me buscar.” Oh! Minha alma ia encontrar-se com Deus; eu tratei de orar porém<br />

não podia.<br />

149 Mais perto veio o vento, mais rijo e maia forte. As folhas sussurravam e de<br />

repente sentia me haver ido. Parecia haver voltado a ser o pequeno menino descalço,<br />

de pé naquele caminho debaixo da mesma árvore. Eu escutei essa mesma voz que<br />

disse: “Nunca bebas nem fumes.” E as folhas que escutei eram as mesmas que<br />

sopraram naquela árvore aquele dia. Porém desta vez a voz disse: “Eu tenho te<br />

chamado e tu não tens querido vir.” As palavras se repetiram por três vezes. Então eu<br />

disse: “Senhor, se és Tu, permita-me voltar de novo á terra a pregarei Teu Evangelho<br />

desde os terraços e esquinas das casas. Eu contarei a todo mundo sobre isto.”<br />

150 Quando esta visão passou, me dei conta de que me sentia melhor. Meu<br />

cirurgião ainda se encontrava no edifício. Ele veio e me olhou, e ficou surpreendido.


Ele olhou como crendo que estaria morto; então disse: “Eu não sou um homem que<br />

visito igreja, meu trabalho é muito intensivo, porém eu sei que Deus tem visitado a<br />

este rapaz”. Porque ele disse isto, eu não sei.<br />

151 Ninguém havia dito coisa semelhante. Se eu houvesse sabido então o que sei<br />

agora, haveria me levantado da cama gritando louvores a Seu Nome. Depois de<br />

alguns dias me foi permitido regressar à minha casa, porém ainda estava enfermo e<br />

fui obrigado e usar óculos por causa do astigmatismo, um defeito da vista. Minha<br />

cabeça tremia quando olhava algo fixamente.<br />

CONVERSÃO E CHAMAMENTO<br />

152 Eu comecei a buscar a Deus. Eu fui de igreja em igreja tratando de conseguir<br />

algum lugar onde fizesse essas chamadas de altar como faziam antes. O triste do<br />

assunto foi que não encontrei nenhum.<br />

153 Uma noite senti tanta necessidade de Deus e de uma experiência real, que fui<br />

a uma velha cabana detrás da casa, e tratei de orar. Eu não sabia como orar, de modo<br />

que então simplesmente comecei a falar com Ele como falo com qualquer pessoa. De<br />

repente apareceu uma luz na cabana e formou uma cruz, e a voz da cruz me falava<br />

numa linguagem que não podia entender.<br />

154 Depois se foi. Eu estava extasiado. Quando voltei a mim de novo, eu orei:<br />

“Senhor, se és Tu, por favor venha falar-me outra vez”.<br />

155 Eu estava lendo minha Bíblia desde que regressei do hospital, e havia lido I<br />

João 4: “Amados, não creiais a todo espírito, mas provai os espíritos se são de Deus.”<br />

156 Eu sabia que algo havia me aparecido, e enquanto orava voltou a aparecer.<br />

Então foi quando pude sentir como se houvessem tirado mil libras de peso de minha<br />

alma. Saltei e corri para casa e parecia que eu estava correndo no ar.<br />

157 Mamãe me perguntou: “Bill, que tem acontecido?” Eu lhe respondi: “Eu não sei,<br />

mas seguramente me sinto muito bem e muito leve.” Não pude permanecer mais<br />

tempo em casa. Tinha que sair fora e correr.<br />

158 Eu sabia que se Deus queria que eu pregasse, Ele me curaria; portanto fui a<br />

uma igreja que cria na unção com óleo, e fui curado instantaneamente. Eu me dei<br />

conta que os discípulos foram batizados com o Espírito Santo, e por conseguinte,<br />

podiam curar os enfermos e fazer milagres poderosos em Seu Nome.<br />

159 Assim sendo comecei a orar pelo Batismo do Espírito Santo. Um dia, como que<br />

seis meses mais tarde Deus me deu o desejo de meu coração. Ele me falou numa<br />

grande luz me dizendo que pregasse e orasse pelos enfermos e Ele os curaria sem<br />

importar que tipo de enfermidade. Então comecei a pregar e fazer o que Ele me disse<br />

que fizesse.<br />

160 De vez em quando as pessoas têm me perguntado se eu tenho recebido o<br />

batismo do Espírito Santo. Isso sempre tem me impressionado como uma pergunta<br />

misteriosa. Porque é impossível que algum dom do Espírito Santo funcione livremente<br />

a menos que o indivíduo que possua o dom haja também recebido ao Doador do dom.<br />

CAPÍTULO V<br />

<strong>UM</strong> MATRIMÔNIO FELIZ E <strong>UM</strong>A FATAL <strong>DE</strong>CISÃO<br />

161 Logo depois de sua conversão e chamamento ao ministério, começou para ele<br />

um período feliz em sua vida, quando as bênçãos de Deus descansavam sobre o<br />

jovem pregador. Tudo parecia ir bem. Ele começou uma campanha sob sua tenda.<br />

Para um pregador jovem como ele, de vinte e quatro anos de idade, a campanha foi<br />

sumamente de êxito. Se estimou que três mil pessoas assistiram por noite a


campanha e houve muitas conversões. No serviço batismal que seguiu a campanha,<br />

umas 130 pessoas foram batizadas na água. Foi nesta ocasião quando apareceu uma<br />

luz celestial sobre a cabeça dele, quando batizava ao crente número 17.<br />

162 Isto foi presenciado pela vasta multidão que olhava da margem do rio Ohio.<br />

Este sucesso foi publicado num jornal da localidade. As pessoas que haviam sido<br />

convertidas nesta campanha, lhe construíram um templo, o qual até o presente leva o<br />

nome de “Tabernáculo Branham”.<br />

163 Os anos que seguiram foram de grande proveito e bênçãos nos quais as<br />

bênçãos do Senhor repousaram sobre ele. Neste tempo ele também recebeu algumas<br />

visões que ele não entendeu a plenitude até anos mais tarde, quando um revelação<br />

mais completa do plano de Deus para sua vida lhe foi dada a conhecer.<br />

MATRIMÔNIO<br />

164 Foi por este tempo que ele conheceu uma excelente jovem cristã, cujo nome<br />

era Hope Brumback. Depois de alguns meses de noivado, a jovem aceitou a proposta<br />

de William Branham, e se casaram. Deixemos ao Irmão Branham narrar em sua forma<br />

simples porém sempre dramática, a história de sua timidez, a proposta por carta, seu<br />

matrimônio e os eventos que seguiram:<br />

165 “Eu era um moço do campo de pequena estatura e era muito tímido.<br />

Considerando o quanto eu era tímido, você talvez me perguntaria como foi possível<br />

que eu chegasse a me casar. Eu conheci uma boa moça cristã.<br />

166 Eu a considerava maravilhosa. Minhas convicções exigiam um moça que não<br />

bebesse nem fumasse. Era difícil encontrar essa classe de moça então, e agora é<br />

pior.<br />

167 Eu amava a esta moça porém eu não tinha suficiente coragem para lhe dizer.<br />

Porém sabia que tinha que fazê-lo logo - ela era muito boa moça para perder tempo<br />

comigo - pois talvez poderia aparecer outro pretendente. Eu ganhava apenas vinte<br />

centavos por hora e seu pai ganhava algumas centenas de dólares ao mês.<br />

168 Todas as noites que a via dizia dentro de mim: “Vou falar-lhe nesta noite.” E<br />

quando ia falar, me formava como que um nó na garganta e tinha que deixar para<br />

outro dia. Já não sabia mais o que fazer. Sabem vocês o que tive que fazer por fim?<br />

Lhe escrevi uma carta a assim lhe disse.<br />

169 Bom, aquela carta tinha um pouco mais de romance que um simples “Prezada<br />

senhorita”. Eu fiz o possível para escrever uma boa carta, porém mesmo assim eu<br />

creio com segurança que foi muito pobre. Pela manhã me preparei para colocá-la na<br />

caixa do correio; porém de momento me veio o pensamento do que poderia ocorrer se<br />

a carta caísse nas mãos de sua mãe. Porém de todas as formas tinha que fazê-lo<br />

porque eu não me atrevia a entregá-la pessoalmente. Finalmente tive suficiente<br />

coragem para colocá-la no correio na Segunda-feira pela manhã.<br />

170 Eu deveria passar na casa dela na Quarta-feira para levá-la à igreja. Toda essa<br />

semana, de Segunda a Quarta passei nervoso. Chegou a Quarta e fui buscá-la. À<br />

medida que ia, pensei no que sucederia se sua mãe saísse e me dissesse: “William<br />

Branham”. Eu sabia que eu me entendia bem com a moça, porém com a mãe não<br />

estava bem seguro.<br />

171 Finalmente bati na porta e chamei a Hope, o qual era o nome da moça. Ela saiu<br />

à porta e disse: “Queres entrar?” Lhe disse: “Se não te pareceres mal, ficarei na<br />

escada.” Eu me reservei de não entrar na casa. Então ela me disse: “Está bem, estarei<br />

pronta em alguns minutos.”


172 Eu tinha um carro velho modelo T-Ford, porém ela me disse: “A igreja não fica<br />

muito longe, vamos caminhar.” Isto me alarmou e pensei que algo havia sucedido.<br />

Fomos à igreja porém ela não disse nada no caminho. Estava tão nervoso naquela<br />

noite que não ouvi nada do que disse o pregador. Você sabe, uma mulher pode<br />

manter-lhe em suspense.<br />

173 Depois que saímos da igreja, começamos caminhar. Era uma noite de luar.<br />

Porém ela não me dizia nada. Por fim pensei que ela não havia recebido a carta. Isto<br />

me fez sentir melhor. Pensei que talvez o carteiro a houvesse entregado em outra<br />

casa. Logo voltei a mim novamente.<br />

174 Então ela voltou e me disse: “Billy, recebi tua carta.” Então disse para mim: “E<br />

agora, que vou fazer?” Logo lhe perguntei: “A...a leste?” Ela disse: “Oh”. Me pus mais<br />

nervoso do que nunca. Já estávamos chegando perto da casa. Voltei a lhe perguntar:<br />

“Porém, a leste toda?” Ela disse: “Sim”. Já havíamos chegado às escadas. Me<br />

preocupava se ela iria me levar onde estava sua mãe. Lhe disse rapidamente: “Que<br />

achas disso?” Ela me respondeu: “Está bem”.<br />

175 Eu não falei com a mãe, porém sabia que mais cedo ou mais tarde teria que<br />

falar com um de seus pais. Pensei que era mais fácil falar com o pai, uma vez que ele<br />

e eu nos entendíamos bem. Uma noite fui até ele; ele se encontrava assentado em<br />

seu Buick. Vocês sabem, eu só tinha um T-Ford. Então lhe disse: “Ouça-me! Este sim<br />

é um bom carro.”<br />

176 E ele me respondeu: “Tu também tens um bom Ford.” Então eu lhe disse:<br />

“É...este, é...este...” Ele me olhou e me disse: “Está bem, Billy, podes te casar com<br />

ela.” Oh! Que alívio! Então lhe disse: “Porém você sabe, eu só ganho vinte centavos<br />

por hora fazendo valas. Porém eu farei tudo o que puder por ela, e lhe serei fiel e a<br />

amarei com todo meu coração.” Ele pôs suas mãos sobre meus ombros e me disse:<br />

“Billy, eu prefiro entregá-la a ti do que a qualquer outra pessoa que eu conheça,<br />

porque eu sei que tu serás bom para ela e a amarás.”<br />

177 Nos casamos, não creio que houvesse lugar no mundo mais feliz que nosso<br />

pequeno lar. Era maravilhoso. Não tínhamos muita mobília: Uma cama dobradiça,<br />

uma almofada velha e um fogão que eu havia comprado de segunda mão e havia<br />

trocado a grade de ferro. Porém creia-me, aquele era um lar. Eu prefiro viver numa<br />

choça e ter favor com Deus, que viver na melhor casa que possa haver.<br />

178 Tudo ia às mil maravilhas. Minha esposa economizava seu dinheiro para<br />

comprar um vestido que gostava muito. Eu me sentia tão bem quando podia fazer algo<br />

por ela. Aos dois anos tivemos um neném, o pequeno Billy Paul. Quando o ouvi chorar<br />

no hospital me pareceu ser um neném, e o entreguei ao Senhor antes de vê-lo.<br />

ELE ASSISTE A <strong>UM</strong>A CONVENÇÃO DO EVANGELHO COMPLETO<br />

179 Eu havia economizado algum dinheiro afim de comprar um equipamento de<br />

pesca a fui ao lago de Pawpaw em Michigan passar uns dias ali. Logo me vi em<br />

escassez de dinheiro e tive que regressar. Em minha viagem de regresso, ao<br />

atravessas o rio Mishawaka vi uma grande multidão que se reunia para uns cultos.<br />

180 Me perguntei que classe de gente seria esta e decidi assistir também aos<br />

cultos. Foi aqui quando me relacionei pela primeira vez com os Pentecostais.<br />

Averigüei que esta gente havia se reunido para uma convenção. Eram pessoas bem<br />

expressivas, tudo isto era novo para mim. Começaram a cantar: “Sei que foi o sangue,<br />

sei que foi o sangue”.<br />

181 Todo mundo batendo palmas. Eu disse: “Que classe de pessoas será esta?”<br />

Rapidamente se levantou um bispo que pregou sobre o batismo do Espírito Santo.


Quanto mais pregava, mais me convencia do que talvez havia algo nisto. Decidi ficar<br />

outro dia mais. Como não tinha dinheiro suficiente para pagar um hotel, fui e meti o<br />

carro numa sombra de um milharal e ali passei a noite.<br />

182 No dia seguinte me levantei bem cedo e fui à igreja. Eu havia comprado pão e<br />

leite, tratando de fazer render o pouco dinheiro que me restava. Quando cheguei na<br />

igreja, já havia bastante gente reunida para o culto da manhã. Naquela noite haviam<br />

muito pregadores assentados na plataforma. O líder disse: “Não temos suficiente<br />

tempo para ouvi-los pregar, mas vamos pedir a todos que se ponham de pé e digam<br />

seu nome.” Quando chegou minha vez me pus de é e disse: “Evangelista William<br />

Branham”, e voltei a me assentar.<br />

183 Na tarde seguinte puseram a pregar um irmão de côr, já velho. Me assustou<br />

que pusessem a pregar a um homem tão velho frente a uma congregação tão grande.<br />

Ele pregou sobre o tema “Onde estavas tu quando pus os alicerces da terra, quando<br />

todas as estrelas louvavam juntas?” Oh! Aquele ancião se remontou como a um<br />

milhão de anos antes que o mundo fosse criado.<br />

184 Ele quase tocou tudo que havia no céu, logo desceu e pregou sobre o arco-íris<br />

e por ali seguiu até cobrir tudo o que havia na terra, até chegar à segunda vinda do<br />

Senhor. Ao terminar o sermão estava tão ágil como um homem jovem. Ao descer da<br />

plataforma ele disse: “Vocês não têm suficiente lugar para eu pregar.” Me dei conta<br />

que Deus havia feito algo por este homem que não havia feito comigo.<br />

185 Quando começou a pregar me compadeci dele, mas quando já havia entrado<br />

em calor, então me compadecia de mim mesmo. Esta gente tinha algo que eu não<br />

tinha, e eu o queria. Naquela noite voltei à sombra do milharal e ali dormi novamente.<br />

Pela manhã, eu supus que ninguém me conhecia e decidi colocar uma calça que não<br />

era muito apropriada para a ocasião, porém a pus de todas as maneiras. A outra calça<br />

estava muito amarrotada por havê-la usado como travesseiro. Este era o último dia<br />

que ia poder estar ali, pois me restava apenas o dinheiro para gasolina. Fui para a<br />

igreja e quando cheguei estavam cantando e batendo palmas, louvando ao Senhor.<br />

Eu queria o batismo do Espírito Santo, se o Senhor me concedesse.<br />

LHE PE<strong>DE</strong>M QUE PREGUE NA CONVENÇÃO<br />

186 O ministro encarregado se pôs de pé e disse: “Temos tido o serviço de<br />

testemunhos dirigido pelo pregador mais jovem aqui. O outro pregador jovem que<br />

segue a este é William Branham, de Jeffersonville”. Ele disse: “Venha, Reverendo<br />

Branham, se está no edifício.” Creiam-me, isto me assustou. Olhei para baixo e me dei<br />

conta das calças que havia vestido. Fiquei quietinho.<br />

187 De fato, eu nunca havia visto auto-falantes. Eu não queria me pôr a pregar<br />

frente a todos estes pregadores tão tremendos. Voltaram a chamar: “Alguém sabe<br />

onde está o Rev. Branham?” Desta vez me abaixei mais ainda em meu assento. Outra<br />

vez voltaram a chamar.<br />

188 Um irmão de côr que estava assentado a meu lado, me perguntou: “Sabe quem<br />

é?” Esta vez não ia mentir, portanto lhe disse: “Sim, eu sei quem é”. Ele disse: “Vá e<br />

busque-o”. Lhe disse: “Ouça-me, eu sou o Irmão Branham, porém é que eu não quero<br />

subir à plataforma com estas calças”. Então ele me disse: “Esta gente não olha na<br />

forma como você de veste, eles olham é o que há em seu coração.”<br />

189 Então lhe disse: “Por favor, não diga nada.” Porém este homem de côr não<br />

agüentou um momento mais. Gritou: “Aqui está, aqui está.” Meu coração quase<br />

desmaiou. Não sabia o que fazer. Porém naquela noite na sombra do milharal eu


havia orado ao Senhor: “Senhor, se esta é a gente que eu sempre tenho anelado<br />

encontrar, tão alegre e livre, conceda-me favor com eles.”<br />

190 Bom, o Senhor me concedeu favor diante deles, porém eu sempre tenho<br />

detestado me colocar diante de uma congregação com aquela classe de calças. Todo<br />

o mundo tinha o olhar posto em mim, tinha que fazer algo. Fui à plataforma. Meu rosto<br />

estava corado. Quando vi aqueles microfones frente a mim, disse: “Porém que é isto?”<br />

Orei ao Senhor: “Senhor, se alguma vez tens ajudado a alguém, ajuda-me agora.”<br />

191 Abri minha Bíblia e meus olhos fitaram o versículo: “O homem rico levantou os<br />

seus olhos no inferno”. E dali preguei: “Então dava ele gritos. Ali não haviam cristãos e<br />

ele chorava. Ali não haviam igrejas e ele gritava. Ali não haviam flores e ele gritava. Ali<br />

não estava Deus e ele gritava.” Eu era um pregador formal, porém à medida que<br />

pregava, algo se apoderou de mim, e o poder de Deus desceu na congregação.<br />

OS IRMÃOS O CONVIDAM A DIRIGIR AVIVAMENTOS<br />

192 Depois que terminou o culto que durou como que duas horas ou mais, saí fora.<br />

Um pregador se aproximou de mim, um homem alto com botas de vaqueiro, ele<br />

mesmo se apresentou. Me disse: “Eu sou do Texas e tenho uma boa igreja ali, o que<br />

você acha de ter duas semanas de cultos comigo?” Outro pregador da Flórida veio e<br />

me disse: “Ouça, o que você acha de estar comigo para uns cultos?” Tomei uma folha<br />

de papel e comecei a anotar todos aqueles endereços que me davam, e num<br />

momento tinha suficiente convite para cobrir um ano completo.<br />

193 Oh! Quão contente eu estava! Saltei para meu velho carro e fui para Indiana.<br />

Quando cheguei em casa, minha esposa saiu correndo e pôs seus braços sobre mim,<br />

me olhou e me perguntou: “Por que estás tão contente?” Lhe disse: “Me encontrei com<br />

as pessoas mais contentes que tenho podido encontrar. Na verdade estão sempre<br />

contentes e não se envergonham de sua religião.<br />

194 Algo tem se passado comigo desde então. Eles me puseram a pregar em sua<br />

convenção e, o que é mais importante, têm me convidado para que eu pregue para<br />

eles em suas igrejas.” Então lhe disse: “Vais comigo?” Ela me respondeu: “Amor, eu<br />

tenho prometido ir contigo aonde quer que seja até que a morte nos separe.” Queria o<br />

Senhor premiar seu fiel coração.<br />

195 Então decidi ir e contar a mamãe. Quando eu cheguei a ela lhe disse: “Mamãe,<br />

tenho algo a te dizer.” Então lhe contei dos convites. Ela me perguntou: “E que vais<br />

fazer para conseguir dinheiro?” Tínhamos apenas dezessete dólares para nós, porém<br />

sentimos que o Senhor supriria.<br />

196 Me abraçou e me abençoou. Ela ainda ora por mim. Ela me disse: “Filho, nós<br />

tínhamos essa classe de religião em nossa igreja anos atrás, e sei que é real.”<br />

<strong>UM</strong>A <strong>DE</strong>CISÃO FATAL<br />

197 Amigos, o que vou dizer agora, espero que sirva para vosso ensino. Deixe que<br />

meus erros resultem em bênçãos para vós. Familiares e amigos me aconselharam<br />

para que eu não aceitasse o que eu sabia ser o chamado de Deus para mim. Alguns<br />

me disseram que as pessoas com quem eu havia me encontrado na convenção, eram<br />

“lixo”. Logo me dei conta, e o digo com reverência, que o que eles chamam “lixo” é a<br />

nata da sociedade.<br />

198 Me disseram também que minha esposa não teria suficiente para comer, que<br />

um dia comeria e no outro teria que jejuar. Outros me disseram que era meu dever<br />

ficar em Jeffersonville atendendo a obra ali. Eu lhes ouvi e decidi ficar em<br />

Jeffersonville e não sair. Nunca podíamos imaginar o que nos aconteceria oito meses


depois quando fomos apanhados, minha família e eu na grande tragédia da<br />

desastrosa inundação do rio Ohio no ano de 1937.<br />

199 Foi neste tempo que a unção de Deus, que havia vindo sobre mim, me deixou.<br />

Realmente não tornou a regressar até cinco anos mais tarde. Minha igreja até então<br />

havia sido uma igreja próspera, porém havia começado a decair. Tudo começou a ir<br />

mal. Com minha igreja decaindo, não soube o que fazer. Então começou o período<br />

negro de minha vida, quando a inundação do rio Ohio matou muitas pessoas e fui<br />

também responsável pela morte de meus dois seres mais queridos.<br />

A GRAN<strong>DE</strong> UNUNDAÇÃO DO RIO OHIO NO ANO <strong>DE</strong> 1937<br />

200 O inverno de 1937 foi muito severo em toda a nação. Grandes nevadas caíram<br />

cobrindo por dias a parte noroeste do país, porém foi realmente no leste onde a<br />

tragédia foi mais terrível. Espessas e longas chuvas caíram continuamente por<br />

semanas, alimentando assim todos os afluentes que desembocavam no grande rio<br />

Ohio, no qual deságua toda a área oeste dos Apalaches.<br />

201 Gradualmente o rio sobrepassou seu nível, causando grande perigo de<br />

inundação. Grande quantidade de pessoas que viviam ás margens do rio notou isto<br />

com não pouca malícia e preocupação, vendo eles que as águas não diminuíam, mas<br />

que aumentavam, buscando saída pelo vale abaixo.<br />

202 Dia após dia, a água ia subindo. As represas foram fortalecidas, porém as<br />

pessoas sabiam que com uma pequena mudança que ocorresse nas águas, seria<br />

suficiente para que o rio cobrisse toda aquela área de terra semeada e cidades que<br />

haviam sido edificadas ao longo do rio. Na margem norte do rio, oposta a Louisville,<br />

Kentucky, está a cidade de Jeffersonville. De todos os que viviam na cidade, talvez a<br />

ninguém surpreendeu este desastre em tempo tão oportuno como a William Branham.<br />

203 Sua esposa havia contraído uma séria infecção nos pulmões. Devido a esta<br />

circunstância, toda sua atenção e interesse estavam em seu restabelecimento.<br />

Notícias chegaram a eles, tal como aos demais habitantes, de que a crista da<br />

inundação estava se movendo lentamente para a parte baixa, e que já parecia que as<br />

debilitadas represas já quase não agüentavam. Parecia que Jeffersonville estava<br />

fadada à ruína; apesar de tudo isto, muitas pessoas ainda permaneciam ali.<br />

204 Ao escurecer, William Branham estava prestando serviço de emergência,<br />

trabalhando com a patrulha de resgate, patrulhando as enfurecidas águas do rio, que<br />

cada vez cresciam mais. Ao meio dia as sirenas começaram a soar, dando aviso a<br />

todos os habitantes que abandonassem a cidade, seus temores chegaram a se fazer<br />

realidade.<br />

205 As buzinas nas estações de bombeiros soavam na entenebrecida noite. A<br />

família Branham e milhares de outras famílias foram forçadas a escapar por suas<br />

vidas. A esposa, estando seriamente enferma e numa condição crítica que não lhe<br />

permitia expor-se à tormenta, teve que ser levada a um hospital provisório instalado<br />

pelo governo em terras mais altas. A saída fez com que os dos pequeninos fossem<br />

afetados com pneumonia.<br />

206 O pai os levou também ao hospital, onde foram atendidos numas camas<br />

improvisadas às carreiras, onde outro grande número de vítimas esperava ser<br />

atendido por tão atarefado pessoal.<br />

207 Aquele era um lugar muito pobre para um hospital, e para agravar a situação as<br />

portas se abriam e se fechavam a cada momento, pois a cada instante entravam e<br />

saíam mais pessoas apressadamente, gritando histericamente. Suas casas haviam<br />

sido arrasadas pela forte corrente.


208 Por mais que desejasse ficar ao lado de seus familiares, o jovem ministro se<br />

deu conta que tinha responsabilidade de regressar e ajudar a patrulha de resgate que<br />

tinha estado trabalhando toda a noite freneticamente. Havia sido dado aviso de mais<br />

tragédias em diferentes pontos, à medida que as impetuosas águas inundavam toda a<br />

cidade e o outro lado no campo.<br />

209 A ele foi dado aviso de dirigir-se a certa rua onde as águas haviam sacudido<br />

muitas casas desde os seus alicerces. Manobrando um bote, ali se dirigiu<br />

atravessando as furiosas águas nesta área. De repente sua atenção foi atraída para<br />

um penoso panorama. Uma mãe com seu garoto de pé na sacada superior de sua<br />

casa, desesperadamente fazia sinal pedindo ajuda. Na narração deste momento tão<br />

dramático, deixaremos ao Irmão Branham descrever o sucedido.<br />

210 “Ouvi a alguém que gritava, ao olhar, notei uma mãe com seu menino parada<br />

na sacada superior de sua casa que já se balançava ao ser golpeada pelas grandes<br />

ondas. Eu tenho vivido no rio praticamente toda minha vida, e pensei que eu podia<br />

ajudar a resgatar a esta mulher, mesmo que tivesse que arriscar a minha vida por ela<br />

e por seu garoto, então me dirigi para a casa. Depois de havê-los colocado no bote, a<br />

senhora quase desmaiou; e se mantinha lamentando por algo concernente ao seu<br />

menino e eu pensei que talvez ela houvesse deixado um menino em sua casa.<br />

211 Logo depois de tê-los a salvo em terra alta, tratei de regressar, porém já era<br />

muito tarde; as águas vinham com tremenda força, a corrente era muito forte a eu<br />

também fui apanhado nela. Oh, eu nunca poderei esquecer como me senti então,<br />

tantas coisas passaram por minha mente; como havia tratado de viver uma vida cristã,<br />

como havia pregado a <strong>Palavra</strong> da melhor maneira que eu havia podido, porém agora<br />

parecia como se tudo estivesse contra mim.<br />

212 Quando finalmente pude controlar meu bote, o pus em terra então fiz tudo o<br />

que pude para encontrar o hospital do governo (já faziam quatro horas que eu havia<br />

saído dele). Quando cheguei, encontrei que a água havia invadido aquele lugar e que<br />

as pessoas haviam sido tiradas do mesmo.<br />

213 Não sabia onde haviam posto a minha esposa e ninguém podia me informar.<br />

Oh, quão triste me senti naquela hora! Continuei perguntando, e finalmente um oficial<br />

me disse que eles haviam sido enviados em um trem rumo a Charleston, uma cidade<br />

como que a doze milhas acima de Jeffersonville, para onde me dirigi imediatamente<br />

para ver se podia encontrá-los.<br />

214 Outro rio mais acima de nós havia transbordado, inundando com suas águas<br />

como que cinco milhas entre aquele lugar e Charleton; varrendo as casas dos<br />

agricultores, e eu sabia que o trem tinha que passar por este território. Não havia<br />

forma de saber se o trem havia passado antes de suceder isto ou se havia sido<br />

arrasado pelas águas.<br />

215 Por um bom tempo estive sem saber nada, porém logo soube que o trem havia<br />

passado antes. Consegui uma canoa e tratei de ir contra as águas, porém eram muito<br />

fortes. As águas me levaram a um lugar chamado Fort Fulton, com meus amigos ali<br />

estivemos por quase duas semanas. A comida que nos davam já era muito pouca e<br />

todavia não sabia nada de minha esposa e de meus meninos.<br />

216 Tão logo quanto as águas baixaram, segui procurando-os. Não sabia se minha<br />

esposa, meninos, minha mãe e irmãos estavam vivos ou mortos. Deus sempre se<br />

mantinha falando a meu coração, eu pensava naqueles que não tinham esperança<br />

naquela hora.<br />

217 No outro dia atravessei as águas e comecei a busca na cidade de Charleston.<br />

Ninguém ali sabia se aquele trem havia chegado, nem tão pouco sabia de ninguém


por nome Branham. Enquanto caminhava desalentado por aquelas ruas, me encontrei<br />

com um velho amigo: Sr. Hay. Ele me abraçou e me disse: “Billy, os encontraremos<br />

em algum lugar.”<br />

218 Fui ao diretor de trens e lhe perguntei quando havia chegado o trem e para<br />

onde havia ido, porém ele tão pouco pôde me ajudar. Já faziam duas semanas e<br />

haviam ocorrido mais e mais desmoronamentos e inundações e ele cria que havia ido<br />

mais além, a algum lugar em Indiana.<br />

219 Um engenheiro de pé ao meu lado falou e disse: “Oh, eu recordo desse caso.<br />

Uma mãe com dois meninos enfermos. Os deixamos em Columbus.” Ele me disse:<br />

“Jovem, tu não poderás chegar ali, as águas tem detido os trens.” Novamente recebi<br />

mais notícias.<br />

220 Porém eu ia encontrá-las de todas as formas. Comecei a caminhar rua abaixo,<br />

chorando, com meu chapéu em minhas mãos. Oh Senhor! Só o fato de pensar nisto<br />

me faz recordar muitas coisas. Logo um carro se deteve a meu lado e a voz de um<br />

bom amigo exclamou: “Billy Branham, entre. Sei a quem buscas: Tua esposa e teus<br />

meninos”. Lhe respondi: “Sim”. Ele me disse: “Eles estão em Columbus no hospital.<br />

Tua esposa está à beira da morte.” Desesperadamente lhe perguntei: “Há alguma<br />

forma de chegar lá?” Ele me respondeu: “Sim, eu posso te levar lá, eu encontrei um<br />

caminho secreto por umas vias, deixando o rio a um lado.” Chegamos a Columbus<br />

naquela noite.<br />

CAPÍTULO VII<br />

O DOUTOR DÁ POR PERDIDO O CASO <strong>DE</strong> HOPE<br />

221 Me apressei para a igreja Batista que estava usada como hospital, gritando seu<br />

nome. A encontrei. Ai! Oh Senhor! Estava quase morta. Perguntei pelos meninos;<br />

ambos estavam bem debilitados, estavam em casa de minha sogra. Me ajoelhei ao<br />

lado da cama onde ela estava deitada. Seus olhos me olharam dando a entender seu<br />

intenso sofrimento, enquanto eu tomava sua delgada e pálida mão na minha e orava<br />

da melhor maneira que eu podia; porém aparentemente sem nenhum resultado, não<br />

havia resposta. Ela piorava. Um atendente me perguntou: “Não é você amigo do Dr.<br />

Sam Adair?” “Sim”. “Deixe-me dizer-lhe, reverendo, sua esposa se vai.” Suplicando eu<br />

lhe disse: “Seguramente que não”. “Sim”, respondeu ele gravemente e se foi.<br />

<strong>DE</strong>SESPERO - ENTÃO <strong>UM</strong> SONHO DO CÉU<br />

222 Regressei para casa e tratei de limpá-la da melhor maneira que pude dos<br />

resultados da inundação. O doutor Adair já havia me dito que podia trazer a minha<br />

esposa e os meninos para casa, por isso já havia tratado de fazer daquele lugar o<br />

mais confortável que me era possível. A luta que tive para salvá-los foi grande. Os<br />

enviei a um especialista em Louisville, porém em vão, já estavam demasiadamente<br />

graves.<br />

223 Eu estava seguro que minha esposa não sabia disto. Ela foi muito valente<br />

durante toda esta luta. Voltamos a levá-la para o hospital para lhe dar o tratamento<br />

devido. Nada a melhorava. Tiramos raios X e encontramos tuberculoses penetrando<br />

mais e mais nos pulmões.<br />

CHAMADA <strong>DE</strong> EMERGÊNCIA<br />

224 Um dia me chamaram no trabalho... (eu estava trabalhando para sair das<br />

dívidas. Já devia centenas de dólares). Me disseram: “Se quiseres ver a tua esposa<br />

viva, venha imediatamente.” Entrei no meu carro e ás pressas me dirigi ao hospital.


Subi as escadas tão rápido quanto pude e a primeira pessoa que encontrei no<br />

corredor foi meu bom amigo Dr. Adair. Ele e eu temos sido como irmãos desde<br />

pequenos. Quando olhei para ele entendi que tinha más notícias pra mim.<br />

225 Me disse: “Temo que já se haja ido”. Cobriu seu rosto e se foi à ante-sala.<br />

Tratei de conter-me; lhe disse: “Venha comigo, Sam”. “Não posso”, me respondeu,<br />

“ela tem sido como uma irmã para mim, não posso voltar ao quarto, Bill.”<br />

226 Me dirigi só ao quarto, então ele chamou a uma enfermeira para que entrasse<br />

comigo. Quando a vi, cri que já estava morta, tinha o rosto coberto com um lençol. Só<br />

estava o esqueleto do que ela era...tão pálida e magra... Oh, Senhor! A tomei pela<br />

mão e comecei a apertá-la. Eu gritava: “Amor, responda-me...Senhor, por favor,<br />

permita que volte a falar comigo ainda que seja pela última vez”. Ela já havia cruzado<br />

ao outro lado...Porém de repente ele se voltou e me olhou. Ela abriu aqueles grandes<br />

e belos olhos castanhos. Tratou de levantar seus braços para receber-me, porém<br />

estava tão fraca, então eu me acheguei a ela.<br />

227 Entendi como que ela quisesse me falar, queria dizer-me algo. Amigos, isto foi<br />

o que ela me disse (em parte). Estará em minha memória até que volte a vê-la.<br />

HOPE <strong>DE</strong>SCREVE O PARAÍSO<br />

228 Ela disse: “Quase já me havia ido. Por que me chamaste?” Lhe disse que eu<br />

não sabia que a havia interrompido. Ela começou a descrever o paraíso de onde eu a<br />

havia chamado, como era aquilo...! Árvores famosas, flores, passarinhos cantando,<br />

não havia mais dor em seu corpo. De repente pensei que não devia havê-la<br />

chamado... (porém ditoso coração, ela tem estado gozando esse lugar desde então).<br />

Ela reviveu por um momento, e me disse que ela havia sido levada a seu lugar por um<br />

anjo. Ela ouviu que eu a chamava de bem longe, à distância.<br />

229 Amigos, há uma cidade além do rio, em algum lugar no mais além. Talvez a<br />

milhões de anos luz de distância, porém está ali... e nós nos dirigimos para este lugar.<br />

RECORDA <strong>DE</strong> PEQUENAS COISINHAS EM SUAS ÚLTIMAS HORAS<br />

230 Ele me descreveu quão formoso era aquele lugar. Me disse: “Amor, tu tens<br />

pregado acerca dele, tens falado dele, porém tu não podes imaginar quão maravilhoso<br />

é.” Ela desejava voltar para aquele lugar. Se deteve por um momento e me disse: “Há<br />

duas ou três coisas que quero que saibas”. Lhe perguntei: “Que é?”<br />

231 “Recordas, Bill”, - começou ela - “de uma vez que tu foste comprar um par de<br />

meias para mim?” (Recordo dessa ocasião. Ela estava se vestindo para ir comigo a<br />

um culto em Fort Wayne e necessitava de um par de meias).<br />

232 Me pediu que comprasse um par tamanho único de rayón ou chiffón. Eu nunca<br />

havia podido recordar nada que tivesse haver com roupa de mulher, então fui rua<br />

abaixo repetindo dentro de mim: “Chiffón, chiffón”. Alguém me cumprimentou, eu lhe<br />

respondi: “Olá, chiffón, chiffón”.<br />

233 Então me encontrei com um amigo mais adiante, e começou a me dizer quão<br />

boa estava a pesca, me pus a falar com ele e me esqueci a classe de meias que ia<br />

comprar. Eu ia comprá-las em Penney’s; então recordei que ali trabalhava uma moça<br />

que eu conhecia, e sabia que ela podia me ajudar, se lhe contasse minha situação.<br />

234 Me apressei ao lugar... (o nome dela era Therma Ford, agora é vizinha minha).<br />

Lhe disse: “Therma, quero comprar um par de meias soquete para Hope”. Ela riu em<br />

minha cara. “Estás enganado, Billy, Hope não usa soquetes, ela usa meias para<br />

senhoras.” Lhe disse: “Pois então, dá-me um par.”


235 Ela me perguntou: “Que tipo de meias ela quer?” Então lhe perguntei: “Que tipo<br />

tens?” - esperando que ela mencionasse a classe de meias que eu procurava, porém<br />

que havia esquecido - ela disse: “Rayón, chiffón, etc.” Infelizmente mencionou<br />

primeiro o que não era, mas como me pareceu ao que Hope havia me dito, lhe disse:<br />

“É esse mesmo.”<br />

236 “Tu queres dizer que Hope quer meias rayón?” Me perguntou ela. “Isso foi o<br />

que ela me disse”, lhe respondi. Então ela as embrulhou. Quando fui pagá-las<br />

encontrei que custavam apenas 39 centavos, então comprei outro par.<br />

237 Quando cheguei em casa para entregar-lhe as meias, comecei a gracejar com<br />

ela, (Vocês sabem como o homem da casa gosta de mostrar-se como um bom<br />

comprador). Lhe disse que desta vez havia sido eu que havia encontrado algo<br />

especial, então lhe dei as meias.<br />

238 Ela não me disse nada, porém notei que não estava muito satisfeita. Então<br />

quando chegamos a Ford Wayne notei que voltou a comprar outras meias ali. Ela era<br />

suficiente dama para não me dizer que havia cometido um êrro naquele instante.<br />

Porém pensava nessas pequenas coisinhas na hora de sua partida.<br />

ECONOMIZAVA DINHEIRO PARA COMPRAR <strong>UM</strong> RIFLE PARA SEU ESPOSO<br />

239 Sua vida ia decaindo, porém ela continuava, “Te recordas do rifle que tu<br />

querias comprar em Louisville e não tinhas com que comprá-lo?” Quão bem me<br />

recordo disso... sempre tenho sido um caçador e quando vi aquele rifle em particular,<br />

pensei, quanto me agradaria possuir aquele rifle.<br />

240 “Sim” - eu cuidava para que ela não visse minhas lágrimas. - Continuou ela<br />

dizendo: “Eu tenho estado economizando todos os meus centavinhos para comprá-lo<br />

para você. Eu já estou quase me indo, mas quando chegares em casa encontrarás o<br />

dinheiro debaixo de um papel na parte de cima do armário.”<br />

241 Você nunca poderá imaginar como eu me senti quando encontrei aqueles seis<br />

ou sete dólares. Ela os havia estado economizando para comprar para mim aquele<br />

rifle. O comprei e ainda o tenho, e o terei enquanto puder, e depois o darei a meu<br />

pequenino.<br />

SUAS ÚLTIMAS PALAVRAS<br />

242 Recordo que foi nesta ocasião que ela me disse que não ficasse solteiro, que<br />

procurasse uma boa moça cristã cheia do Espírito de Deus para que cuidasse dos<br />

meninos. Eu não queria prometer-lhe isso, porém finalmente o fiz para agradá-la.<br />

Minutos depois me disse debilmente: “Bom, Bill, já me vou para o outro lado.”<br />

243 “Não fales assim”, lhe roguei.<br />

244 “Não me preocupa ir”, me disse, “depois de haver visto quão maravilhoso é”.<br />

245 “Te vais agora deveras, querida?” Lhe perguntei com lágrimas em meus olhos.<br />

246 “Sim, me vou”, ela me disse, “me prometes pregar este precioso Evangelho<br />

sempre?” Lhe prometi.<br />

247 Me disse: “Bill, Deus vai te usar.” (Ditoso coração...as vezes penso se Deus a<br />

deixará olhar sobre nós enquanto vamos de um lugar a outro cumprindo nosso<br />

ministério, tratando de obedecer o chamado que ela sentiu que Deus enviaria).<br />

248 Ela continuou falando: “Tu tens sido um bom esposo.” Perto de nós estava de<br />

pé a enfermeira e ela lhe disse: “Gostaria que tu tivesses tão bom esposo como tenho<br />

tido eu.” Isso quase destroçou meu coração, porém sabia que tinha que conter-me por<br />

ela.


249 Tratei de sorrir e lhe disse: “Querida, se te fores, te enterrarei ali em Walnut<br />

Ridge até que Jesus venha. E se eu também dormir antes desse tempo, certamente<br />

estarei a teu lado.” Lhe disse: “Se não, estarei no campo de batalha em algum lugar.”<br />

250 Enquanto seus suaves olhos castanhos iam se apagando, continuei dizendo:<br />

“Quando chegares ali na nova Jerusalém...procure na parte leste do portão e comece<br />

a chamar meu nome...Quando vires a Abraão, Isaque, e Jacó, Paulo, Estevão e os<br />

demais subirem ali, querida, eu estarei ali. “Ela fez com que eu me abaixasse e se<br />

despediu de mim dando-me um beijo...Então se foi para estar com o Senhor.<br />

251 Aqui estou...batalhando ainda, trabalhando, fazendo tudo para cumprir essa<br />

promessa.<br />

AVISAM QUE SUA MENINA ESTÁ MORRENDO<br />

252 Depois que ela partiu, fui para casa para ver como estavam os meninos.<br />

Desesperadamente procurava tranqüilidade mental. Fui para casa de minha mãe...fui<br />

para nossa casa, a casa de Hope e minha. Nada me satisfazia. Não podia descansar.<br />

Muitos de vocês sabem o que eu quero dizer.<br />

253 Naquela noite fui para cama e tratei de dormir. Alguém bateu na porta. Pensei:<br />

“Quem poderá ser agora...?” Uma voz chamou e disse: “Billy, tua pequena está<br />

morrendo.”<br />

254 Nunca poderei esquecer aquela noite que me deram a notícia. Eu disse: “Oh,<br />

Senhor, que é isto?” Como se não fosse suficiente a morte de minha esposa naquele<br />

dia, este amigo vem com a notícia de que minha pequena está morrendo. Quando<br />

entramos em sua caminhoneta para ir ver a pequenina, pensei que a vida já estava<br />

por terminar. Como era possível que essas coisas sucedessem?<br />

255 Quando chegamos, a encontramos bem grave, quase morrendo. O Dr. Sam<br />

Adair, a havia examinado. Ele disse que já não sabia o que fazer por ela, porém de<br />

todas as formas fomos com ela para o hospital. Ali também um especialista disse que<br />

havia muito pouca esperança. Me levaram ao laboratório do hospital e ali me<br />

mostraram o germe que haviam tirado de sua espinha dorsal.<br />

256 Ela tinha meningite espinhal que havia contraído de sua mãe. Não havia<br />

oportunidade alguma de que ela pudesse melhorar. Ela sem dúvida morreria muito<br />

logo. Não posso expressar com meus lábios como aquilo destroçou meu coração.<br />

Tudo ia mal e além do mais isto estava sucedendo. Isto nos leva a pensar que você<br />

nunca sabe o que lhe espera no futuro.<br />

257 Logo fui ao sótão para ver minha pequenina; porquanto ali eles põem os casos<br />

de isolamento. Ali a vi deitadinha. Cada vez que penso nisto, meu coração aflige<br />

dentro de mim. Era verão e o pessoal estava tão atarefado, que eu sabia que não<br />

estavam lhe dando a atenção devida. Ao entrar no quarto a olhei e ela também tratou<br />

de olhar-me.<br />

258 Já era suficientemente crescida para estar gordinha e brincalhona. A<br />

pobrezinha não havia podido se recuperar do espasmo que lhe causou a meningite.<br />

Estava em uma condição horrível. Oh, que cena tão triste!<br />

259 Me ajoelhei perto da cama e comecei a orar. Eu gritava: “Senhor, por favor, não<br />

leves minha neném.” Eu sabia que havia cometido um êrro ao não haver deixado tudo<br />

de um lado para dedicar-me por completo à obra evangelística. Eu creio que então o<br />

dom estava pronto para ser manifesto, porém eu havia sido negligente em ir.<br />

260 Me joguei no piso e comecei a orar e a clamar pedindo a Deus que salvasse<br />

sua vida. Parecia como se um cortina negra estivesse pendurada no meio, e ela se<br />

submergia. Me levantei, a olhei e lhe disse: “Sharon, não conheces o papai?” Creio


que ela sabia que eu estava ali. Parecia que tratava de mover sua pequena mão e<br />

seus lábios tremiam como se quisesse chorar...Foi trágico. Sua agonia foi tanta que<br />

seus olhinhos se cruzaram. Oh, cada vez que vejo um menino zarolho me recordo<br />

daquela ocasião, quando os olhos de minha menina se cruzaram de tão profundo<br />

sofrimento. Vocês que têm meninos, imaginam como eu me sentia.<br />

MÃE E FILHA ENTERRADAS JUNTAS<br />

261 Orei e pus minhas mãos sobre ela. Porém os anjos vieram nuns momentos<br />

depois e levaram a pequena para estar com sua mãe. Eu regressei à casa solitário e<br />

preocupado. Dois dias depois a enterramos nos braços de sua mãe.<br />

262 Recordo de mim de pé junto à tumba com meu coração destroçado. O Irmão<br />

Smith, ministro da Igreja Metodista da cidade, pregou um sermão para ambas. Oh!<br />

Como me sentia! Foi algo muito forte de suportar. De algum modo ao ver as folhas das<br />

árvores se moverem, me veio à memória aquele velho hino:<br />

“Há uma terra além do rio,<br />

que chamamos doce e eterna.<br />

Que somente alcançaremos pela fé.<br />

Um a um de entrar havemos,<br />

Neste Lar de bem supremo,<br />

Quando o Salvador chamar a mim e a ti.<br />

263 Eu sei que algum dia a tumba terá que se abrir, porque em Jerusalém há uma<br />

tumba vazia. Sei que a sua tumba também haverá de se abrir, porque elas creram em<br />

Jesus Cristo, seu Redentor ressuscitado.<br />

264 Regressei para casa e comecei a trabalhar, tratando de fazer tudo que estava<br />

em meu alcance para pagar todas as minhas grandes dívidas que tinha. Recordo de<br />

uma manhã quando lia um aviso num posto da rodovia 150, perto de New Albany. Eu<br />

cantava dentro de mim: “No monte calvário estava uma cruz, emblema de afronta e<br />

dor.” O sol brilhava muito mais naquela manhã, e o poste formava uma sombra sobre<br />

uma colina frente a mim, foi em tal ângulo que a sombra que projetava sobre a colina<br />

estava formando uma cruz.<br />

265 Ali estava a cruz novamente!<br />

<strong>DE</strong>SALENTO E <strong>DE</strong>SESPERO PELA MORTE DOS SEUS SERES QUERIDOS<br />

266 Eu queria ir e estar com minha família. A vida não tinha nada a me oferecer.<br />

Tudo para o qual eu vivia estava no outro mundo, sem eles, meu destroçado coração<br />

não podia encontrar coragem suficiente para continuar lutando...Porém creio que foi a<br />

vontade de Deus que o dom se mantivesse...Ele tinha um plano, o qual haveria de<br />

levar a cabo. Eu estou seguro de que todas estas tragédias e profunda dor pela qual<br />

tive que passar, foi com o propósito de me trazer ao lugar onde Ele pudesse me usar,<br />

Deus sabe melhor o que convém.<br />

267 Desci do poste, estava todo suado. Tirei as esporas, deixei de trabalhar e fui<br />

para casa. Entrei em casa e desesperadamente tratava de buscar algo que minorasse<br />

a dor que embargava minha alma. Porém nada parecia aliviar minha dor e meu<br />

sofrimento. Que poderia remediar uma casa vazia...? Tudo em casa estava tal como<br />

ela havia deixado. Tudo quanto olhava me fazia recordá-la.<br />

268 Enquanto caminhava pela casa com esta ferida sangrando no profundo de meu<br />

ser, de repente pus minha vista numa carta que havia chegado. Em cima li as<br />

seguintes palavras:<br />

Srta. Sharon Rose Branham


269 Meu coração voltou a estremecer novamente. Era uma carta do Banco com um<br />

cheque dentro que lhe haviam devolvido, creio que chegava a soma de $1,80.<br />

270 Oh! Comecei a chorar como um menino jogado no piso. Estava tão deprimido;<br />

tudo parecia tão difícil de sobrelevar. Ali de joelhos lhe disse: “Senhor, se Tu não me<br />

ajudares, não sei o que farei!”<br />

CAI N<strong>UM</strong> PROFUNDO SONO...SONHO DO CÉU<br />

271 De repente caí num profundo sono...(o qual foi um grato alívio). Enquanto<br />

dormia, sonhei que estava no oeste (eu sempre tenho amado o Oeste); caminhava por<br />

aquele lugar com um par de botas e um chapéu muito grande, típico do Oeste.<br />

272 Passei pelo lado de um desses vagões cobertos; tinha uma roda quebrada, e<br />

eu estava assobiando o hino, “A Roda do Vagão está Quebrada.” Me assustei ao ver<br />

uma moça de uns 17 a 18 anos. Parecia um anjo de pé ali vestido de branco, o vento<br />

movia seus cabelos ruivos e os seus belos olhos azuis brilhando.<br />

273 Lhe disse: “Bom dia, senhorita”, e segui caminhando; porém ela disse:<br />

274 “Olá papai.”<br />

275 Lhe disse: “Perdoe-me, porém não entendo. Como posso eu ser seu pai?<br />

Como, se somos da mesma idade? Você está enganada.”<br />

276 “Papai, o que sucede é que tu não sabes onde estás”, respondeu ela. “Embaixo<br />

na terra, eu era tua pequena Sharon.”<br />

277 Lhe disse: “Tu não és ela.”<br />

278 Ela me disse: “Sim, ali na terra eu era tua pequena Sharon.”<br />

279 “Porém tu eras uma menininha”, lhe disse.<br />

280 Então ela me trouxe à memória: “Papai, não te recordas de teu ensinamento<br />

quanto à imortalidade?”<br />

281 Lhe disse: “Seguro que sim, me recordo do que tenho ensinado acerca disso.<br />

Então...é por isso que tu estás aqui?”<br />

282 “Papai, onde está Billy Paul?”, me perguntou (esse é o menininho). Lhe disse<br />

que havia estado comigo a uns poucos momentos.<br />

283 Me disse: “Mamãe está te buscando, papai; eu vou ficar aqui e esperar até que<br />

Billy Paul venha.”<br />

284 “Onde está mamãe?”, lhe perguntei.<br />

285 “Olha para a tua direita”, me disse. Olhei ao redor à minha direita. Oh, pareciam<br />

como que flechas de uma luz gloriosa alumiando sobre a montanha! Formosas<br />

mansões entre lombadas verdes, flores, árvores. Não há linguagem que seja capaz de<br />

descrever o que estava vendo!<br />

286 Sharon estava me apontando uma daquelas mansões, e me disse que fosse<br />

ali, que aquele era meu lar e que mamãe me esperava ali. “Minha casa?” Perguntei<br />

assombrado. “Como pode ser? Nunca tenho tido casa.”<br />

287 “Está bem, papai, agora tens uma. Vá lá agora, que eu esperarei a meu irmão.”<br />

SE ENCONTRA NOVAMENTE COM SUA ESPOSA<br />

288 Comecei a subir por um pequeno caminho que conduzia à mansão; quando<br />

cheguei a este formoso lugar, vi a minha esposa que saiu a me receber belamente<br />

vestida de branco, seus belos cabelos negros lhe caíam sobre seus ombros. Eu não<br />

posso expressar com palavras o que sentí ao vê-la novamente.<br />

289 Lhe disse que me explicasse tudo aquilo. Não podia entender como podia ser<br />

isto. Conversamos como sempre fazíamos, lhe dizia como nossa pequena menina já


havia chegado a ser uma jovem formosa, ela estava de acôrdo. Porém eu não podia<br />

entender.<br />

290 Ela me disse: “Sei que não podes entender isto, as coisas terrenas não são<br />

como estas aqui. Este é o Paraíso.”<br />

291 “Porém é que não posso entender isto quanto a estas mansões. É tua?”<br />

292 “Sim, é nossa morada eterna.”<br />

293 “Não posso entender como é que eu tenha o privilégio de estar num lugar como<br />

este.”<br />

294 Então ela em voz suave me falou: “Depois de todos teus trabalhos e cansaços<br />

pelos quais tiveste que passar na terra, agora tens vindo a teu lar descansar. Porque<br />

não te assentas?”<br />

295 Dei a volta para me assentar e ali havia uma cadeira bem grande para<br />

mim...uma cadeira Morris...olhei a cadeira e então olhei a Hope. Ela sorriu e me disse:<br />

“Sei o que pensas.”<br />

296 Vou lhe dizer o que pensava. Quando nos casamos, não tínhamos móveis,<br />

quase não tínhamos nada em nosso pequeno lar...Só uma cama dobradiça um pouco<br />

velha por certo e nos havia sido dada como presente. Um fogão que eu havia pago<br />

$1,25 por ele e tive que comprar duas grades para trocar as que tinha. Um tapete de<br />

linóleo no quarto da frente...porém desfrutamos disso e éramos felizes nele, porque<br />

tínhamos verdadeiro amor.<br />

297 Algo que sempre havia desejado ter era uma cadeira Morris. Eu trabalhava<br />

duro todo o dia e à noite pregava, chegava em casa tarde da noite e por isto desejava<br />

ter uma dessas cadeiras para descansar quando chegasse do serviço.<br />

298 Um dia decidimos que podíamos comprar uma, então fomos à cidade, do outro<br />

lado do rio e vimos algumas. A que compramos era de cor verde...Nunca a poderei<br />

esquecer. Me custou uns quinze dólares. Tive que dar três dólares de entrada e um<br />

semanal.<br />

299 Bem, estive pagando bem até que já havíamos dado uns dez dólares, logo me<br />

vi um pouco apertado e não pude seguir pagando. Vocês sabem como a gente se<br />

sente quando não pode cumprir com os compromissos, não podendo terminar com a<br />

dívida que havia começado.<br />

300 Um dia disse a ela: “Querida, vai ter que chamá-los e lhe dizer para virem<br />

buscar a cadeira, porque temos atrasado já umas duas ou três vezes, e já têm nos<br />

enviado um aviso, e eu não posso fazer outro pagamento agora. Tu saber que temos<br />

outras dívidas a pagar, assim sendo, temos que entregá-la.”<br />

301 Ela me disse: “Eu não quero fazer isto.” Então a tivemos dois ou três dias mais.<br />

Recordo que uma noite cheguei em casa, vinha do trabalho, e a cadeira havia sido<br />

levada. Ela me amava tanto, que me fez um pastel de morangos tratando de fazer<br />

com que eu não notasse o que havia sucedido. Ela fez tudo o que pôde para aliviar<br />

meus sentimentos. Me recordo quando fui ao quarto me assentar para descansar e a<br />

cadeira não estava ali, passamos um momento chorando juntos. Ela era tão dócil.<br />

302 Então, de pé ali em meu sonho, ela me disse: “Eu creio que tu recordas de tudo<br />

que sucedeu com a cadeira...Bem, esta não vão tirar de você...já está paga. Assentate<br />

e descansa.” Oh, quão feliz me sentia!<br />

303 Sem dúvida alguma, Deus me deu suficiente força para seguir adiante. Eu<br />

pregava e trabalhei em diferentes trabalhos, finalmente cheguei a ser um guarda<br />

florestal em Indiana. O mesmo trabalho que tinha quando o dom veio a mim no ano de<br />

1946.


304 Deus me tem abençoado grande e preciosamente, pelo que humildemente lhe<br />

dou graças. Por alguns anos tive que ser pai e mãe a meu pequenino, o qual ela me<br />

havia deixado. Mais tarde o Senhor me deu uma humilde esposa e agora temos uma<br />

menina.<br />

CAPÍTULO VIII<br />

NOTÁVEL INCI<strong>DE</strong>NTE PRECE<strong>DE</strong>NDO A VISITA DO ANJO<br />

305 O tempo havia se aproximado quando Deus haveria de revelar-se<br />

pessoalmente ao Irmão Branham, em tal forma que não só afetaria seu ministério,<br />

mas teria um efeito profundo no mundo cristão.<br />

306 Seria um sinal do qual muitos falariam mal, mas para outras centenas de<br />

milhares, seria motivo de regozijo e ações de graças a Deus, e a outros seria de<br />

inspiração, que causaria um crescimento de cem por cento em seus ministérios.<br />

307 Já temos notado um número de coisas que precederam a visitação do anjo a<br />

William Branham, e ainda nos restam outras que serão de singular interesse apontar,<br />

mesmo quando o tempo só nos permitirá mencionar umas poucas mais.<br />

308 Um destes incidentes foi tão fora do comum, que uma vez que o Irmão<br />

Branham tem feito menção dele em algumas ocasiões, tomaremos nota do mesmo<br />

nesta ocasião.<br />

309 Tem sido um fato bastante notável as narrações bíblicas, que enquanto líderes<br />

religiosos têm sido sumamente lentos em reconhecer a uma pessoa que tem sido<br />

especialmente comissionada de Deus (e na maior parte têm falhado em reconhecêla),<br />

por outro lado demônios têm reconhecido sem nenhuma demora aos tais.<br />

310 No primeiro milagre que teve lugar no ministério do Senhor Jesus, de acôrdo<br />

com o Evangelho de Marcos, teve que ver com um testemunho muito estranho, o qual<br />

proveio de um espírito imundo.<br />

311 Jesus havia regressado à cidade de Nazaré a pregar o evangelho aos de sua<br />

cidade natal. Longe esteve daquela gente reconhecer quem era Aquele notável<br />

personagem que passava no meio deles, pelo contrário se sentiram ressentidos por<br />

sua aparente mudança de oficio, de carpinteiro a profeta.<br />

312 Esta gente não o pôde reconhecer. Mas no entanto um demônio que possuía a<br />

um que estava em sua sinagoga, ao ver a Jesus clamou em grande voz ao entrar em<br />

Sua presença: “Ah, que tens a ver conosco, Jesus Nazareno? Tens vindo nos<br />

destruir? Sei quem és, o Santo de Deus.”<br />

313 De igual maneira clamou o maníaco de Gadara quando se aproximava a Jesus:<br />

“Que tens a ver comigo, Jesus Filho do Deus Altíssimo?”<br />

314 Também Paulo, quando começava seu trabalho missionário na Europa, na<br />

cidade de Filipos, em vez de receber boas-vindas como profeta, foi tomado por mãos<br />

ásperas a lançado dentro de uma prisão. Porém um espírito imundo numa mulher<br />

daquela cidade, não tardou a reconhecer quem era Paulo e Silas, e a grande voz<br />

clamou dizendo: “Estes homens são servos do Deus Altíssimo, e anunciam o caminho<br />

da salvação.”<br />

315 Então não seria nenhuma surpresa que o dom que havia sido predestinado ao<br />

Irmão Branham, fosse reconhecido por espíritos de adivinhação, mesmo quando o<br />

Irmão Branham não havia reconhecido completamente o propósito deste dom.<br />

316 Numa outra ocasião, enquanto ele passava por uma astróloga, a mulher ao verlhe<br />

fez sinal para que ele fosse onde estava ela, pois desejava dizer-lhe algo. Quando<br />

ele se aproximou, não sabendo de que se tratava, ela lhe disse: “Ouça, sabia que<br />

você nasceu sob um sinal e que tem um dom de Deus?”


317 Outras experiências semelhantes lhe aconteceram e por um tempo lhe<br />

preocuparam, porém mais tarde ele entendeu. Nem Cristo, nem Paulo aceitou e tão<br />

pouco deu algum valor ao testemunho de demônios, mas ao contrário, lhes ordenou<br />

que calassem. Assim também o Irmão Branham, não apóia nenhuma classe da<br />

pseudo-ciência astróloga ou nenhuma classe de adivinhação, mesmo quando em<br />

muitos casos seus testemunhos confirmam o dom de Deus. O Senhor tem muitos<br />

meios de vindicar substancialmente a seus servos sem ter que se valer da evidência<br />

dada por demônios. E por certo, a Bíblia claramente denuncia o fato de que os filhos<br />

de Deus consultem tais fontes (Isaías 47:13-14).<br />

318 Depois de sua conversão, o Irmão Branham veio a ser um ministro Batista, foi<br />

ordenado pelo Dr. Roy Davis de Jeffersonville, Indiana, a ali entrou ao ministério ativo.<br />

Ao finalizar umas gloriosas reuniões sob uma tenda, ele estava batizando um grupo<br />

de conversos no rio Ohio, diante de uma grande multidão que havia se reunido às<br />

margens do rio Ohio para presenciar este ato batismal. Eram uns 130 conversos que<br />

iam ser batizados num dia muito quente de Junho.<br />

319 Quando o Irmão Branham já estava pra batizar o converso número 17, ele<br />

ouviu uma voz quieta e aprazível que lhe disse: “Olhe para cima.” Três vezes se<br />

repetiram estas palavras. Ele olhou para cima e notou que do céu se aproximava uma<br />

estrela muito brilhante. Por certo, esta estrela não tinha cinco pontas, mas era como<br />

que uma bola de fogo.<br />

320 Passados uns segundos a multidão olhou para o céu e pôde também ver a esta<br />

bola de fogo que se aproximava sobre a cabeça do Irmão Branham.<br />

321 Na multidão, uns gritavam, outros correram aterrorizados, e outros caíram de<br />

joelhos pedindo misericórdia a Deus, outros desmaiaram. Daquela coluna de fogo saiu<br />

uma voz que disse: “Assim como João Batista foi enviado para preparar minha<br />

primeira vinda, de igual maneira tu tens sido enviado a preparar minha segunda<br />

vinda.”<br />

322 Em outra ocasião o Irmão Branham estava numa grande cidade para celebrar<br />

três noites de reuniões. O primeiro que veio á frente para a oração foi um menino<br />

pequeno que havia sido afetado pela grave enfermidade de paralisia infantil. De<br />

repente o Irmão Branham se sentiu focalizado por uma luz brilhante. Surpreendido<br />

pela grosseria de quem focalizava o refletor sobre ele, abriu os olhos, e eis que uma<br />

enorme estrela resplandecia frente a ele. Recordando este incidente, ele diz:<br />

323 “Eu soltei o menino, ou ele saltou de minhas mãos...não sabia o que havia<br />

sucedido, pois me senti como se todos os nervos de meu corpo houvessem sido<br />

paralisados. Quando o menino caiu no chão, seus pés se normalizaram e pela<br />

primeira vez em sua vida, caminhou descendo da plataforma. Muitas outras coisas<br />

notáveis sucederam naquela noite e muitos entregaram seu coração ao Senhor.”<br />

324 Coisas semelhantes ocorreriam com freqüência na vida do Irmão Branham. Por<br />

algum tempo ele falhou em obedecer a voz e o chamado de Deus, de ir adiante neste<br />

ministério de libertação. Então foi quando chegou o período negro de sua vida, o qual<br />

já se relatou em capítulos anteriores. Quando perdeu sua esposa e sua filha, uma dor<br />

após outra.<br />

325 Por fim chegou ao lugar onde propôs render seu coração por completo e<br />

dedicar toda sua vida ao serviço de Deus, para fazer tudo quanto Seu Senhor lhe<br />

mandasse.<br />

326 Foi então quando teve a visita mais sobrenatural que ele recebeu em sua vida.<br />

Quando o Anjo em pessoa haveria de visitá-lo para lhe dar uma solene comissão do


alto Deus. A história desta experiência tão tremenda será narrada no capítulo seguinte<br />

pelo próprio Irmão Branham.<br />

CAPÍTULO IX<br />

<strong>UM</strong> ANJO DA PRESENÇA DO SENHOR<br />

327 A notável visita recebida pelo Irmão Branham deste ser angelical, tem causado<br />

não pouco assombro entre o povo do Senhor como entre os inconversos.<br />

328 Enquanto alguns rejeitam o ministério do sobrenatural, como o fizeram no<br />

tempo do Senhor Jesus, a grande maioria dos que assistem às reuniões do Irmão<br />

Branham está completamente convencida desta visita angelical.<br />

329 Deus tem tido por bem revelar-se de diversas maneiras e muitas vezes o modo<br />

pelo qual o tem feito a seus servos tem sido raro por demais ante o olho humano. Este<br />

tem sido o caso daqueles a quem Deus tem chamado com algum propósito especial.<br />

330 A Moisés, Libertador de Israel, lhe apareceu na sarça ardente. Ao povo de<br />

Israel se manifestou na Coluna de fogo à noite e na nuvem de dia.<br />

331 Samuel lhe ouviu como uma voz lhe chamando de noite.<br />

332 E Elias foi uma pequena voz aprazível.<br />

333 A Abraão Ele apareceu numa Teofania ou em carne humana, e a Paulo<br />

apareceu na Glória de Sua Ressurreição como também o havia visto João o amado.<br />

334 Talvez a mais estranha visitação sobrenatural em tempos bíblicos haja sido por<br />

meio da visita de anjos. Abraão recebeu a visita de um anjo, Moisés, Josué, Gideão,<br />

Davi, os profetas, Zacarias, Maria, os pastores, os apóstolos e outros.<br />

335 Em muitos casos a visitação sobrenatural não era meramente uma visão, mas<br />

a presença real de um ser angelical. Portanto, a aparição deste Anjo ao Irmão<br />

Branham não está sem evidência bíblica.<br />

336 É um fato muito certo que a ministração de seres angelicais a mortais está<br />

perfeitamente sustentada pelas Sagradas Escrituras. Tem sido reconhecido que os<br />

dons do Espírito têm sido até certo ponto restaurados à igreja. Porém, e o dom do<br />

discernimento de espíritos? Muitos têm crido que este dom só inclui a detectação de<br />

espíritos maus, devemos recordar que há mais espíritos bons que mau. E acerca dos<br />

anjos? Em que reino ministram eles? A resposta encontramos em Hebreus 1:14: “Não<br />

são todos espíritos ministradores, enviados para serviço a favor dos que serão<br />

herdeiros da salvação?”<br />

ANJOS MINISTRAM AO POVO DO SENHOR<br />

337 Ainda quando não podemos ver anjos com nossos olhos naturais, sabemos<br />

pelas Escrituras que eles acompanham aos filhos de Deus em todo tempo. Se<br />

chegássemos a entender que ao nosso redor estão estes personagens celestiais, os<br />

quais velam nossa conduta e talvez nossos pensamentos, não há dúvida que isto teria<br />

um efeito tremendo em nossas vidas. O Salmo 34:7 diz: “O anjo do Senhor acampa-se<br />

ao redor daqueles que o temem e os livra.” Poderíamos citar um grande número de<br />

Escrituras que têm a ver com o ministério terreno dos anjos, porém não seria<br />

necessário. Por que não vemos anjos mais a miúde?” Evidentemente necessitamos<br />

da operação deste dom antes mencionado para capacitar nossas mentes a fim de<br />

penetrar além do véu e poder assim perceber estes refinados seres celestiais.<br />

338 Eliseu tinha este dom e temos a oração que ele fez pedindo que os olhos de<br />

seu servo fossem abertos para que pudesse ver o exército do Senhor: “E orou Eliseu,<br />

e disse: Senhor, peço-te que abras os olhos, para que veja. E o Senhor abriu os olhos


do moço, e viu; e eis que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, ao redor<br />

de Eliseu.” (II Reis 6:17)<br />

A MENSAGEM DO ANJO AO IRMÃO BRANHAM<br />

339 O anjo conversou com o Irmão Branham por espaço de meia hora. Temos<br />

chegado aos dias bíblicos novamente, e sem dúvida haverão mais e tais<br />

manifestações sobrenaturais à medida que passa o tempo.<br />

340 Concernente a tais manifestações há um ponto que é fundamental. Um Anjo do<br />

Senhor nunca revela nada, senão o que esteja em perfeita harmonia com a <strong>Palavra</strong> do<br />

Senhor. É certo que temos que pôr a <strong>Palavra</strong> do Senhor acima de qualquer revelação<br />

de anjos, pois Satanás muitas vezes tem aparecido como um anjo de luz. Porém um<br />

espírito falso é facilmente conhecido por uma pessoa de mente espiritual. Satanás á<br />

pai da mentira e do engano, é um mentiroso habitual, e ele não tarda em mostrar-se a<br />

si mesmo dizendo uma mentira, fazendo dizer algo que torce, deforma, nega, tira ou<br />

acrescenta à Escritura. Sua primeira conversa com Eva, envolveu uma mentira. Sem<br />

dúvida a visitação angelical ao Irmão Branham tem sido algo que tem ido levantando<br />

continuamente a onda de avivamentos através do mundo inteiro, a ainda não é o fim.<br />

341 Agora deixemos ao Irmão Branham que relate a história em suas próprias<br />

palavras, de como foi que ele teve o encontro com o anjo, como lhe falou, o que lhe<br />

disse em relação ao trabalho que Deus havia encarregado de fazer.<br />

342 “Devo dizer-lhe da visita do Anjo e do dom. Nunca poderei esquecer a data, 7<br />

de Maio de 1946, uma época muito bela ali em Indiana, onde eu todavia trabalhava de<br />

guarda florestal. Cheguei em casa para o almoço, e dei um volta pela casa enquanto<br />

tirava o revólver, quando chegou um amigo meu, muito querido, Prod Wiseman, irmão<br />

da pianista da igreja. Ele se aproximou de mim e pediu que fosse com ele a Madison<br />

aquela tarde. Lhe disse que era impossível porque tinha que fazer guarda; e enquanto<br />

caminhava ao redor da casa debaixo de uma árvore de ácer, me pareceu como se a<br />

copa da árvore estivesse se estremecendo fortemente. Foi como se algo houvesse<br />

descido pela árvore, como um vento rijo...eles correram para mim...Minha esposa<br />

correu para onde eu estava, assustada, e me perguntou o que havia acontecido.<br />

Tratei de repousar um momento, me assentei e lhe disse que depois de todos estes<br />

vinte anos de estar consciente desse raro sentir e da vida tão estranha que eu estava<br />

vivendo, que já havia chegado o tempo de averiguar o que significava tudo isto. A<br />

crise havia chegado. Disse adeus a ela e ao menino. Já não podia suportar mais.<br />

Tinha que investigar e chegar a conhecer o que era tudo aquilo que desde minha<br />

infância não se apartava de mim. Disse a ela que não regressasse dentro de alguns<br />

dias, que talvez não voltaria mais. Lhe disse que se não regressasse que pusesse<br />

outro homem em meu lugar.<br />

343 Naquela tarde fui a um lugar secreto orar e ler a Bíblia. Me aprofundei tanto em<br />

oração, que pareceu como se minha alma houvesse se desgarrado de mim. Chorei<br />

diante de Deus...pus meu rosto em terra...levantei meu clamor a Deus: “Senhor, se Tu<br />

me perdoas pelo meu mau comportamento, eu tratarei de fazê-lo melhor...me sinto tão<br />

arrependido Senhor, por haver sido tão negligente com o trabalho que Tu me<br />

mandaste fazer...fala-me de alguma forma, oh Senhor. Se Tu não me ajudares, não<br />

poderei seguir.”<br />

344 Então já a noite, como que as onze horas, já havia deixado de orar e estava<br />

assentado; quando notei uma luz ofuscante entrar no quarto, pensei que alguém se<br />

aproximasse com uma lanterna. Olhei pela janela, mas não vi a ninguém, quando<br />

olhei para trás aquela luz estava iluminando todo o piso do quarto e já se fazia maior.


345 Entendo que isto seja estranho para vocês, como o foi para mim também. À<br />

medida que a luz ia se espalhando, por certo me senti excitado e tratei de me levantar<br />

da cadeira apressadamente, porém quando olhei para cima, ali estava aquela grande<br />

estrela.<br />

346 Naturalmente não tinha cinco pontas ou cinco picos como uma estrela, mas<br />

parecia uma bola de fogo, ou uma luz alumiando sobre o piso. Depois comecei a ouvi<br />

a alguém que caminhava pelo quarto, me assustei novamente porque eu sabia que ali<br />

não havia ninguém senão eu.<br />

347 Vi quando daquela luz saíram os pés de um homem que se dirigia a mim. Sua<br />

aparência era a seguinte: falando em peso humano, era um homem como que de<br />

umas 200 libras, e estava vestido de branco. Tinha o rosto suave, não tinha barba,<br />

seus cabelos eram escuros, e lhe caíam sobre os ombros, sua tez era escura com um<br />

semblante bem agradável. Ao se aproximar de mim, seus olhos se encontraram com<br />

os meus. Vendo quão temeroso eu estava, ele começou a me falar.<br />

348 “Não temas, tenho sido enviado da presença do Deus Todo Poderoso, a dizerte<br />

que tua vida peculiar e teus comportamentos tão mal entendidos têm sido para<br />

indicar que Deus tem te enviado para que leves um dom de cura divina às pessoas do<br />

mundo. Se fores sincero, e conseguires fazer com que as pessoas creiam em ti, nada<br />

poderá fazer frente a tua oração, nem mesmo o câncer.”<br />

349 Não há palavras que poderiam expressar como me senti. Ele me disse muitas<br />

coisas mais que não posso lhes relatar aqui por falar de espaço. Me disse como eu<br />

poderia detectar as enfermidades por meio das vibrações em várias ocasiões. Ele tem<br />

me aparecido, talvez uma ou duas vezes dentro de um período de seis meses e tem<br />

falado comigo. Algumas vezes tem aparecido visível ante as pessoas. Não sei quem<br />

é. Só sei que ele é um mensageiro de Deus para mim.<br />

350 Então comecei a orar pelos enfermos. Eu não reclamo tomar o lugar de um<br />

doutor...eu sei que os doutores estão capacitados para assistir a natureza, porém eles<br />

são meramente homens...Deus é Todo Poderoso.<br />

351 As coisas que têm sucedido nestes meses são tão numerosas para poderem<br />

ser anotadas aqui, porém Deus tem confirmado as palavras do anjo uma ou outra vez.<br />

Surdos, mudos, cegos e toda classe de enfermidade tem sido curada e centenas de<br />

testemunhos registrados.<br />

352 Eu não tenho nenhum poder para fazer isto...sou um homem inútil enquanto<br />

não sinto Sua presença. Muitas pessoas que têm assistido a estas reuniões sabem<br />

que suas enfermidades e pecados têm sido revelados na plataforma.<br />

353 Amado leitor, por favor não entenda mal minha pobre maneira de tratar de<br />

comunicar-lhe isto. Só o digo para que você tenha um entendimento mais claro de<br />

como você pode se beneficiar do dom de Deus. Ele me disse que fosse sincero e<br />

conseguisse com que as pessoas cressem em mim, e isso é o que trato de fazer.”<br />

354 Deus sempre tem algo ou alguém através do qual operar, eu sou apenas um<br />

instrumento usado por Ele. Nenhum mortal pode tomar crédito por realizar um milagre,<br />

e eu sou apenas um mortal. Não sei quanto tempo mais me permitirá o Senhor fazer<br />

isto, porém por Sua graça espero servir-lhe da melhor maneira que puder, servindo a<br />

Seu povo enquanto Ele me permitir viver.<br />

355 Houve algumas outras coisas que o anjo disse ao Irmão Branham durante esta<br />

notável visita, algumas das quais ele tem vindo relatando de vez em quando em suas<br />

pregações. Uma delas tem a ver com os dois sinais que lhe foram dados. Como já tem<br />

sido mencionado, o primeiro sinal, não era para cura, haveria de ser um dom em sua<br />

mão esquerda; com este dom, e através do poder de Deus, ele haveria de discernir ou


detectar as enfermidades que as pessoas tivessem. Este sinal haveria de resultar no<br />

levantamento da fé em toda a congregação.<br />

356 Então lhe seria dado outro sinal, pois se o povo não cresse no primeiro, eles<br />

creriam no segundo. Isto nos faz pensar em Moisés a quem também lhe foram dados<br />

estes sinais. Caso o povo não cresse no primeiro, creria no segundo (Êxodo 4:1-8).<br />

357 Este segundo sinal, de acordo com o anjo, seria um dom que permitiria ao<br />

Irmão Branham discernir os pensamentos e intenções das pessoas. Algumas vezes a<br />

revelação viria acerca de algum incidente na vida da pessoa que só a pessoa sabia, e<br />

a revelação disto fortaleceria a fé da pessoa.<br />

358 Devemos acrescentar que nenhum pecado que esteja debaixo do sangue será<br />

revelado, porém o pecado escondido e sem confessar, seria trazido à luz por meio<br />

deste dom, fazendo assim com que a pessoa se arrependesse imediatamente.<br />

359 Temos observado cuidadosamente estes sinais, e podemos dizer com grande<br />

segurança que a manifestação destes sinais são tão perfeitas como jamais foi<br />

executado por mortal algum. O primeiro sinal lhe foi dado imediatamente depois da<br />

visitação. O segundo sinal tem sido manifestado recentemente no ministério.<br />

360 Em ligação com este sinal, o anjo fez a seguinte asseveração:<br />

361 “Os pensamentos do homem falam mais forte no céu do que suas palavras na<br />

terra.” Que solene admoestação e quão urgente se faz que nós sejamos<br />

absolutamente sinceros diante de Deus, e vivamos uma vida sóbria e honesta diante<br />

de Deus.<br />

362 Todavia resta algo mais que o anjo disse, e foi que o Senhor Jesus vem logo e<br />

que esta comissão era um dos sinais da proximidade de Sua vinda; que se o Irmão<br />

Branham fosse fiel e Seu chamado, os resultados chegariam a todo o mundo e<br />

comoveriam as nações.<br />

363 Finalmente o anjo lhe indicou que por meio destes sinais Deus estava<br />

chamando a Seu povo à unidade do Espírito, a que fossem de um mesmo pensar e<br />

sentir.<br />

CAPÍTULO X<br />

<strong>UM</strong>A FOTOGRAFIA SURPREEN<strong>DE</strong>NTE<br />

364 Depois de sua recuperação maravilhosa de uma condição nervosa muito<br />

crítica, o Irmão Branham voltou novamente ao campo evangelístico para umas<br />

campanhas breves, isto foi pelos fins de 1948. O que escreve , esteve presente em<br />

apenas alguns cultos, outros compromissos me impediram de me reunir de imediato<br />

com o grupo.<br />

365 Em Novembro de 1949, o Irmão Jack Moore e o que escreve recebemos um<br />

comunicado do Irmão Branham nos pedindo que se possível nos encarregássemos<br />

novamente da direção das campanhas, e também que fôssemos com ele e o Rev.<br />

Baxter em uma viagem evangelística a ultramar, a Escandinávia, na próxima<br />

primavera.<br />

366 Sucedeu na Providência de Deus que havíamos tido êxito em cumprir outras<br />

obrigações e depois orar e considerar a oferta, se o Senhor o permitia aceitaríamos<br />

seu chamado. De um ponto de vista pessoal temos considerado um grande privilégio<br />

trabalhar com o Rev. Branham.<br />

367 O Irmão Branham nos informou que só tinha uma reunião programada para<br />

essa ocasião, em Houston, Texas. Ele queria que fôssemos a Houston e depois nos<br />

encarregássemos de futuras campanhas. Como eu estava ocupado na tarefa de


preparar este livro para sua publicação, e precisava estar com ele esse tempo,<br />

consenti em ir a Houston.<br />

368 A reunião em Houston começou um pouco lenta. No entanto, antes de terminar,<br />

algumas coisas notáveis haviam acontecido. Se fez aparente que o ministério de<br />

nosso irmão, de alguma maneira havia se desenvolvido grandemente. Não só<br />

estavam os dons do Espírito, os quais se haviam manifestado previamente em seu<br />

ministério com aumentado poder, mas uma nova manifestação era evidente.<br />

369 No desenvolvimento deste novo dom, acontecimentos passados das pessoas<br />

que vinham na fila de oração eram revelados. Isto se manifestou de duas formas: Se<br />

aqueles que vinham para a cura eram devotos cristãos, lhes revelava acontecimentos<br />

passados em sua vida, os quais estimulavam tremendamente sua fé, de modo que em<br />

muitos casos a pessoa era curada sem uma palavra de oração. Em troca, aquelas<br />

pessoas que se aproximavam à fila de oração pelos enfermos sem buscar devida<br />

relação com Deus ou que estavam vivendo vidas licenciosas e haviam cometido<br />

pecados que não haviam sido confessados sinceramente diante de Deus, estas<br />

pessoas eram repreendidas na mesma plataforma pelo Espírito de Deus. Seus<br />

pecados eram revelados e o intento de seus corações era trazido à luz, e<br />

praticamente em cada caso a pessoa cheia de lágrimas fazia uma confissão, então a<br />

pessoa recebia sua cura, muitos eram curados instantaneamente.<br />

FOTOGRAFIA SUSPREEN<strong>DE</strong>NTE<br />

370 Algo muito surpreendente ocorreu em meio a campanha em Houston, que<br />

provou ser uma vindicação divina ao ministério do Irmão Branham. Certo ministro<br />

contrário que se opunha à cura divina denunciou as observações feitas pelo Rev.<br />

Bosworth (que falou em muitas reuniões durante o dia) e estabeleceu um desafio<br />

público através dos jornais para debater com o Rev. Bosworth sobre o tema da “A<br />

Cura Divina na Propiciação.” O Rev. Bosworth aceitou o desfio e os jornais de<br />

Houston deram bastante publicidade ao assunto.<br />

371 Na tarde fixada para o debate, era muito evidente que a simpatia da vasta<br />

audiência estava quase inteiramente com os evangelistas visitantes. Grande número<br />

de membros da própria denominação do ministro opositor se puseram de pé como<br />

testemunhas que criam em cura divina e de fato haviam sido curados. Este sentimento<br />

aumentou evidentemente durante o serviço.<br />

372 O ministro opositor havia contratado os serviços do Sr. James Ayers e do Sr.<br />

Ted Kipperman, fotógrafos profissionais que tirariam uma série de fotografias dele<br />

enquanto estivesse falando. Incidentalmente, o fotógrafo depois de tirar essas fotos,<br />

tirou uma do Irmão Branham quem falou brevemente antes de terminar a reunião.<br />

373 Quando o Sr. Ayres, um dos fotógrafos, foi nesta mesma tarde ao quarto<br />

escuro de seu estúdio, decidi revelar os negativos que havia exposto. Para sua<br />

surpresa cada um dos negativos estava em branco com exceção do que havia tirado<br />

do Irmão Branham. Sua surpresa se tornou um assombro quando notou que neste<br />

negativo imediatamente sobre a cabeça do Irmão Branham havia aparentemente um<br />

halo de luz sobrenatural. O Sr. Ayres chamou aos outros no estúdio para que vissem o<br />

negativo; porém quando o viram cada um ficou perplexo e nenhum deles podia<br />

explicar a presença do halo.<br />

374 Na manhã seguinte o fotógrafo comunicou ao Irmão Branham, informando-lhe<br />

do estranho fenômeno que havia ocorrido em relação à fotografia que havia tirado<br />

dele na noite anterior. O Irmão Branham então explicou ao Sr. Ayres que ele não


estava grandemente surpreendido quanto ao sucedido, porquanto antes haviam<br />

ocorrido coisas semelhantes em seu ministério por várias vezes.<br />

375 A fotografia tomada em Houston era sem dúvida a mais destacada e<br />

espetacular desta manifestação sobrenatural devido às circunstâncias raras sob as<br />

quais havia sido tomada dita fotografia.<br />

OS JORNAIS <strong>DE</strong> HOUSTON PUBLICAM A REUNIÃO<br />

376 Na mesma manhã que o fotógrafo trouxe as notícias do estranho fenômeno, o<br />

qual apareceu na fotografia, os jornais de Houston continham reportagens completas<br />

do culto em suas primeiras páginas, (naturalmente, a esta hora os jornais não sabiam<br />

nada da fotografia).<br />

377 É interessante notar que o Sr. Ayres, um dos fotógrafos do ministro opositor,<br />

havia feito ele mesmo observações cépticas, as quais foram incluídas nas reportagens<br />

dos jornais. O fato de que essa fotografia viesse deste homem dá mais valor à<br />

autenticidade da fotografia e ao mesmo tempo faz o assunto mais assombroso, se é<br />

que se necessita de mais evidência.<br />

378 Em continuação incluímos algumas reportagens grandemente condensadas<br />

das reuniões tal como apareceram nessa manhã nos jornais de Houston.<br />

DO HOUSTON CHRONICLE, 25 <strong>DE</strong> JANEIRO<br />

(CON<strong>DE</strong>NSADO)<br />

379 Deitados em catres sob o brilho das grandes luzes do coliseu Sam Houston, na<br />

Quarta-feira a noite, então os coxos, os enfermos, os achacosos, aqueles que<br />

naturalmente falando haviam perdido toda a esperança de serem curados. Ali estão<br />

deitados quietamente, enquanto o argumento teológico qual um torvelinho girava ao<br />

redor e sobre eles.<br />

Porque eram eles quem, segundo o Rev. Bosworth, um evangelista de fora, podiam<br />

ser curados de suas enfermidades pelo poder curador que fluía através do Rev.<br />

Branham um companheiro do Rev. Bosworth.<br />

Porém o Rev. W. E. Best, pastor do Tabernáculo Batista de Houston, afirmou que as<br />

curas milagrosas haviam terminado quando os apóstolos morreram. E desafiou ao<br />

Rev. Bosworth para que provasse o contrário.<br />

O Rev. Bosworth, entre exclamações e gritos de “amém” de uma audiência de<br />

umas 8000 pessoas, citou numerosas passagens em diferentes fontes, que ele disse,<br />

provavam que Cristo morreu não somente pelos pecados do homem mas também<br />

pelas enfermidades físicas. Uma e outra vez ele citou a passagem bíblica: “Cristo<br />

levou nossas fraquezas e carregou nossas enfermidades.” Cada vez que o repetia as<br />

pessoas davam gritos e leves sorrisos se viam nos rostos daqueles que estavam<br />

deitados em catres.<br />

A audiência podia ouvir o empolgante discurso do Rev. Best, porém eles não estavam<br />

de acordo com nada do que ouviam. Não lhes agradou quando ele disse: “Eu nego<br />

que algum homem que viva na atualidade tenha o poder e o dom de curar como os<br />

apóstolos fizeram.”<br />

DA IMPRENSA <strong>DE</strong> HOUSTON, 25 <strong>DE</strong> JANEIRO <strong>DE</strong> 1950<br />

AUDIÊNCIA PÚBLICA<br />

380 “O Rev. Raymond T. Richey pediu à audiência para ouvir atentamente a cada<br />

orador. “Quando vocês estiverem de acordo com o orador, digam ‘amém’ e quando<br />

não estiverem de acordo digam ‘não’.”


Por cerca de quatro horas o coliseu retumbava com ‘amém’ e ‘não’.<br />

Quando o Rev. Best fazia uma pausa o Rev. Bosworth agarrava o microfone e<br />

dramaticamente pedia aos que haviam sido curados por fé, que se pusessem de pé.<br />

CENTENAS SE PÕEM <strong>DE</strong> PÉ<br />

381 Cada vez centenas de levantavam. “Quantos de vocês são Batistas?” gritou o<br />

Rev. Bosworth. Pelo menos cem se levantaram. “Nenhum homem tem poder de<br />

curar”, declarou o Rev. Best.<br />

Para a Sra. W. E. Wilbanks, da Rua Teetshorn nº 712, o Rev. Best estava forçando<br />

argumentos junto ao pequeno evangelista de cabelos negros que tem estado<br />

pregando todas as noites à multidões de 5000.<br />

ELA É BATISTA<br />

382 “Sou Batista”, disse a Sra. Wilbanks. “O Irmão Branham não reclama ter poder<br />

para curar. É simplesmente a fé e o Espírito de Deus trabalhando através dele que<br />

cura a pessoa. O Rev. Best está pervertendo a sentimento dos Batistas ao atacar ao<br />

Irmão Branham.”<br />

Geralmente a maneira como se desenrolam as curas milagrosas é que as pessoas da<br />

audiência preencham cartões os quais são numerados e levam seus nomes. O Rev.<br />

Branham toma um número de cartões e ora pela saúde de cada pessoa.<br />

Ocasionalmente ele escolhe uma pessoa à sorte.<br />

Aos que assistem lhes informa que é possível que não sejam chamados durante a<br />

tarde para uma oração individual, porém eles vêm noite após noite esperando que<br />

lhes chegue sua oportunidade.<br />

MULHER NASCIDA <strong>DE</strong> NOVO<br />

383 A Sra. Mary Geórgia Hardy, da Rua Columbia nº 708, disse que ela havia<br />

nascido de novo há três anos porém que primeiro teve a experiência da cura divina há<br />

18 anos.<br />

384 “Depois que nasceu meu segundo filho, meus nervos se arruinaram, porém a<br />

cura pela fé me fez sentir bem e desde então tenho tido dois meninos”, disse a Sra.<br />

Hardy, que assiste à igreja das Assembléias de Deus na Rua 18 e Ashland nas<br />

Colinas. Assentando-se a seu lado, a Sra. Gray Walker da Rua Blodgett nº 2501,<br />

apontou a sua neta de quatro anos, Diana Cox.<br />

ELA ESTÁ BEM AGORA<br />

385 “Diana nasceu com um pé torcido. Um doutor queria lhe engessar o pé, porém<br />

nosso pastor das Assembléias de Deus, o Rev. J. C. Miner sugeriu que tratássemos<br />

com a oração. O fizemos assim gradualmente, ao cabo de um período de semanas, o<br />

pé da menina se endireitou. Diana está bem agora.”<br />

386 Faz uma semana, durante uma oração geral do Irmão Branham, a Sra. W. E.<br />

Miller, que vive na estrada Genoa-Alameda, foi curada subitamente de sinusite<br />

crônica. Ela disse: “Eu apenas orava pelos outros quando sucedeu.”<br />

387 Quando o Rev. Best vociferou que havia uns que usavam superstições para<br />

enganar as pessoas de tal maneira que as pessoas eram mal guiadas em sua<br />

sinceridade, e dizem que é o poder de Deus, James Ayres, um fotógrafo comercial da<br />

Rua Rust nº 1610, esteve de acordo.


388 “Branham faz uma função”, disse o Sr. Ayres. “De alguma maneira nunca se<br />

aproxima dos inválidos e pessoas que têm artrites. Ele simplesmente hipnotiza a<br />

audiência.”<br />

389 (Nota: O Sr. Ayres, que se menciona aqui pela “Imprensa de Houston” foi o<br />

fotógrafo que horas mais tarde haveria de descobrir a luz sobrenatural sobre a cabeça<br />

do Irmão Branham na fotografia.)<br />

390 Depois de consultar ao Irmão Branham, o que escreve fez os arranjos para<br />

entregar o negativo ao Sr. George Lacy, considerado a maior autoridade sobre<br />

documentos duvidosos na área. O Sr. Lacy submeteu o negativo a exaustivas provas<br />

científicas. O Rev. Branham estava seguro que o negativo era genuíno, porém<br />

considerou sábio o fato de ter prova científica absoluta sobre a autenticidade. Depois<br />

de um exame completo, o Sr. Lacy fez uma declaração certificando de que cada prova<br />

demonstrou que o negativo era absolutamente genuíno e que não se havia alterado ou<br />

retocado, nem tão pouco era uma dupla exposição.<br />

391 O Rev. Branham então deu permissão para os estúdios reproduzirem cópias da<br />

foto, insistindo, no entanto que ele não tomaria nada pessoalmente do que produzisse<br />

sua venda, sendo que permitiria que se desse uma certa porcentagem às empresas<br />

missionárias de ultramar nas quais estava interessado.<br />

392 Outro destacado acontecimento em relação ao fenômeno que apareceu na<br />

fotografia, foi o fato de testemunhos independentes virem de várias pessoas<br />

corroborando o fato de que a luz sobrenatural apareceu sobre a cabeça do Irmão<br />

Branham. Alguns testemunhos vieram daqueles que nesse tempo ainda não sabiam<br />

nada da fotografia.<br />

393 Um muito típico é o da Sra. Grace Coursey, Rt. 1, Box 108 Cleveland, Texas,<br />

que diz como um católico se converteu ao ver esta luz sobrenatural.<br />

SURPREEN<strong>DE</strong>NTE CONFIRMAÇÃO DA LUZ SOBRENATURAL POR <strong>UM</strong><br />

CATÓLICO CONVERSO<br />

394 “Eu estava varrendo o piso numa manhã quando apareceu um automóvel<br />

frente a nossa casa numa fazenda a 56 milhas ao norte de Houston”.<br />

395 Estando um pouco aturdida pelo estado de desordem de minha casa, disse,<br />

explicando aos forasteiros que eu trabalhava como vendedora em Cleveland seis dias<br />

na semana e que havia estado assistindo aos cultos do Irmão Branham muitas noites<br />

e que por esta razão não havia tido tempo de cuidar da casa. O homem, um estranho<br />

para mim, havia vindo em resposta a nosso anúncio de venda de nossa fazenda.<br />

396 Quando lhe mencionei os cultos do Irmão Branham, seu semblante se iluminou<br />

e disse: “Eu também tenho estado ali.” Isto é o que nos contou sua esposa.<br />

397 “O Sr. Becker (o estranho) havia estado sofrendo de um mal estomacal terrível,<br />

dores violentas, etc. Tomava remédios todas as noites. Sua sogra leu no jornal de<br />

Houston acerca do Irmão Branham e dos dons que lhe haviam sido dados por Deus<br />

para curar o pediu a Sra. Becker que convidasse a seu esposo para ir e que orasse<br />

por ele. A Sra. Becker duvidou que ele fosse, uma vez que era católico. Ela lhe falou e<br />

ele disse que iria.<br />

398 A Sra. Becker se decepcionou grandemente quando chegaram ao coliseu de<br />

Houston e encontraram ao pastor Batista (ela é Batista) debatendo com o Rev.<br />

Bosworth. Ela temeu que seu esposo não cresse, depois de ver isto. Em vez de ser<br />

dissuadido a não crer, o Sr. Becker nos disse: “Eu vi uma luz ao redor da cabeça do<br />

Rev. Branham quando ele estava ali de pé na plataforma depois do debate; não era<br />

uma luz de lâmpada elétrica, era um halo perto de sua cabeça.”


399 Quando o Irmão Branham deu a chamada de altar, o Sr. Becker, que havia<br />

sempre declarado firmemente estar salvo, subiu a aceitar a Cristo. Sua esposa,<br />

crendo que ele não havia entendido, lhe perguntou se ele havia entendido o apelo que<br />

havia sido feito. Ele respondeu: “Certamente que sim.”<br />

400 Ele automaticamente deixou o hábito de usar o Nome de Deus em vão. O Sr.<br />

Becker foi ao culto das duas horas do dia seguinte e conseguiu um cartão de oração<br />

naquela noite, porém ele foi curado instantaneamente na chamada para oração em<br />

massa.<br />

401 “Eu não sabia quando vim aqui aquela noite e disse isto na fotografia, que um<br />

fotógrafo havia tirado um retrato do Irmão Branham naquela mesma noite que o Sr.<br />

Becker, o católico, havia visto a luz ao redor da cabeça do Irmão Branham e creu que<br />

ele era um homem enviado de Deus com um dom de cura.”<br />

30 de Janeiro de 1950<br />

Sra. Grace Coursey<br />

Rt. 1, Box 108<br />

Cleveland, Texas<br />

402 De Houston o grupo Branham foi a Beaumont, uma cidade como que a oitenta<br />

milhas ao oeste. Depois da primeira reunião à noite no auditório da cidade não cabia<br />

as pessoas e na segunda noite necessitou dois policiais e sete bombeiros para impor<br />

as leis de segurança e regulamentos concernentes ao edifício. Raymond T. Richey<br />

fretou um trem de onze vagões para levar 700 pessoas de Houston a Beauont para<br />

assistir ao culto noturno da Segunda-feira. Só uma parte deles pôde se acomodar na<br />

seção reservada. Os oficiais do auditório cederam e permitiram que algumas centenas<br />

que não puderam entrar, estivessem de pé detrás da plataforma durante a reunião.<br />

403 Uma das coisas mais notáveis da caminhada foi o almoço ao qual assistiram<br />

cem ministros e suas esposas. O Irmão Branham lhes falou brevemente do profundo<br />

de seu coração. Disse que Deus o havia comissionado e dar uma mensagem especial<br />

a todos em uma só mente e coração em preparação para a breve vinda de Cristo.<br />

Todos os presentes deram solene atenção ao que ele disse, já que era evidente que<br />

estas palavras eram as palavras de um profeta.<br />

404 Durante a campanha de Beaumont umas 2.000 pessoas de moveram para a<br />

frente para aceitar a Cristo como seu Salvador. Cerca de 3.000 haviam respondido à<br />

chamada de altar em Houston, assim sendo durante estes trinta dias cerca de 5.000<br />

pessoas haviam confessado a Cristo como seu Salvador.<br />

CAMPANHAS EM ARKANSAS<br />

405 De Beaumont fomos a Little Rock, Arkansas. Novamente ali nos fizeram uma<br />

história semelhante. Little Rock, espiritualmente falando, era uma cidade tão dividida<br />

que seria impossível ter uma grande reunião ali. Se havia tratado antes porém sempre<br />

havia resultado um fracasso. Nos disseram que nos preparássemos para uma<br />

decepção. A campanha começou no meio da semana. Porém no Sábado o auditório<br />

Robinson Memorial estava completamente cheio. Na última noite, que foi na Segundafeira,<br />

fecharam as portas às 6:30 da tarde, e se estimou que pelo menos 1.500<br />

pessoas não puderam entrar.<br />

406 Ao meio dia do último dia, se reuniram mais de 100 ministros e suas esposas<br />

para um almoço especial e se manteve um ambiente de unidade e camaradagem que<br />

uma semana antes ninguém pensava que fosse possível.


407 Interessantes foram os testemunhos daqueles que haviam sido curados<br />

quando o Irmão Branham esteve ali como que três anos antes. Um homem emocionou<br />

a audiência com seu testemunho. Havia andado com muletas por anos. Então quando<br />

o Irmão Branham havia orado por ele, tirou as muletas e andou sem ajuda. Desde<br />

então não tem necessidade delas mais.<br />

408 Um incidente foi de singular interesse para o Irmão Moore e para mim. Ao<br />

terminar um dos cultos, quando íamos da plataforma, uma mãe parou e nos suplicou<br />

que orássemos por seu pequeno menino de cinco anos que era surdo-mudo. Ela<br />

temia que o Irmão Branham não pudesse chegar a ele. O Irmão Moore me olhou e<br />

disse: “Oremos por ele.” Depois de orar, o levamos ao piano e ficamos satisfeitos<br />

porque o menino podia ouvir a música. A próxima tarde, durante o serviço de cura<br />

vimos a mesma mulher e o menino que vieram para a oração. Ela havia conseguido<br />

um cartão de oração e havia decidido usá-lo pensando que não estaria mal trazer o<br />

menino na fila de oração de novo. O Irmão Moore e eu estivemos muito interessados<br />

em saber o que o Irmão Branham diria a ela quando o Espírito de Deus falasse por<br />

meio dele.<br />

409 Enquanto o Irmão Branham olhava ao menino, disse: “Mãe, seu filho tem<br />

estado surdo,” o que por certo era correto. Então continuou dizendo: “Alguém que tem<br />

fé em Deus orou por seu menino ontem a noite. Seu filho está curado.” Você pode<br />

imaginar o efeito que isto teve na mulher. Era certo que o menino ouvia apesar de<br />

nessa pouca idade ser difícil provar o grau de audição, mas ele já havia começado a<br />

mostrar o fato de sua cura imitando vários sonidos. A demonstração teve grande efeito<br />

na congregação. Era claro que Deus estava falando, não o homem, e também que o<br />

homem não era o curador, mas o Senhor Jesus Cristo.<br />

410 Logo falamos ao Irmão Branham sobre o incidente. Ele quase não recordava as<br />

circunstâncias. Deus havia falado por meio dele e revelado que alguém havia orado<br />

pelo menino, porém não havia revelado quem o fez. Isto não tinha importância. O que<br />

era importante era que Deus havia feito a obra e ao Senhor pertencia toda a glória.<br />

Meses mais tarde recebemos uma carta da mãe confirmando a cura de seu filho.<br />

411 Do Irmão Branham temos que dizer isto: “Havia um homem enviado de Deus<br />

cujo nome era João.” Cremos que esta declaração pode se aplicar a nosso querido<br />

irmão, William Branham.<br />

ACI<strong>DE</strong>NTE E PARTIDA DO PROFETA<br />

Narrado por Billy Paul Branham<br />

26 de Janeiro de 1966<br />

412 Gostaria de agradecer ao Irmão Williams, à junta local em Phoenix de Homens<br />

de Negócios do Evangelho Completo, e aos diretores internacionais por esta<br />

oportunidade de falar neste serviço de recordação com relação a meu pai.<br />

413 Como a maior parte de vocês sabe, eu não estou acostumado a pronunciar<br />

discursos. Em alguma parte da predestinação de Deus, Ele me permitiu ser o que<br />

viajava com meu pai durante os últimos doze ou quatorze anos, em suas campanhas<br />

evangelísticas.<br />

414 Até onde eu posso recordar, a primeira vez que dei um cartão de oração em<br />

um culto, foi aqui em Phoenix, quando o Irmão Branham tinha um culto em uma tenda.<br />

Creio que foi aqui abaixo da estrada West Buckeye. Creio que foi no ano de 1950.<br />

Desde esse tempo tenho viajado com ele constantemente, exceto por um ano<br />

enquanto assistia à escola de estudos bíblicos.


415 O Irmão Williams me chamou e me perguntou se eu queria falar. Eu lhe disse:<br />

“Não”, porém então ele me disse que algumas pessoas haviam telefonado e<br />

desejavam saber como sucedeu tudo. Não sei se posso fazê-lo, porém farei o melhor<br />

que puder.<br />

416 O Irmão Branham e eu havíamos planejado regressar a Indiana para ter cultos<br />

um par de noites. Ele queria falar sobre o tema intitulado “O Rastro da Serpente.” Me<br />

disse para entrar em contato com o Irmão Wood, que é um administrador de nossa<br />

igreja e amigo íntimo do Irmão Branham, para tratar de conseguir o auditório da escola<br />

para o culto.<br />

417 Assim o fiz, e antes que o Irmão Wood me chamasse para a confirmação,<br />

papai me telefonou e me disse: “Não creio que devemos fazê-lo.” Ele disse:<br />

“Regressaremos à casa para os dias de festa somente.”<br />

418 Assim sendo começamos nosso regresso em 18 de Dezembro. Ele veio a<br />

minha casa nessa manhã como de costume. Vocês em Phoenix e Tucson sabem que<br />

classe de tempo estávamos tendo. Havia estado chovendo dias antes, pelo que ele<br />

me havia mencionado na noite anterior que usaríamos a roupa de caça porque<br />

segundo ele, poderíamos enfrentar mau tempo em todo o caminho até em casa. Ele<br />

veio esta manhã cerca das 6 da manhã.<br />

419 Saímos de Tucson (minha família e eu) e sua família e ele me seguiram como<br />

de costume em sua camioneta. Saímos aproximadamente as 6 da manhã e tomamos<br />

o desjejum em Benson. Logo seguimos até Alamogordo, Novo México a ali<br />

almoçamos. Meu filho Paul havia viajado com seu avô quase todo o dia devido meu<br />

irmão José.<br />

420 Quando saímos do Restaurante depois de almoçarmos, fiz com que Paul<br />

viesse comigo no carro porque eu queria que ele dormisse a sesta. Papai me falou e<br />

me disse: “Está bem, deixe que viaje comigo.” Assim sendo saímos até Clovis, Novo<br />

México, e jantamos em um pequeno lugar, creio que foi no Restaurante de Denny.<br />

Saímos e o tempo estava se tornando frio. Ouvimos que ia haver neve nos arredores<br />

de Amarillo naquela noite. Antes de sair do Restaurante papai me perguntou: “Até<br />

onde crês que devemos chegar?” Lhe disse: “Bom, não há problemas.” Logo lhe<br />

disse: “Loyce tem estado se sentindo mal, creio que seria melhor ficarmos em<br />

Amarillo.”<br />

421 “Está bem”, disse ele. Então entrou em sua camioneta, e por alguma razão que<br />

desconheço, meu irmão José parou e foi para meu carro. Vocês sabem como são as<br />

coisas quando se viaja com meninos. O carro estava cheio e normalmente eu não lhe<br />

deixaria entrar, nem mamãe e sei que papai tão pouco, a menos que estivesse na<br />

divina Vontade de Deus fazê-lo. Desta forma José entrou comigo no carro.<br />

422 Já havíamos atravessado a guarda-fronteirícia do Texas, como que a oitenta ou<br />

noventa milhas de Amarillo, quando vi que vinha um carro com a luz dianteira<br />

apagada no lado do dirigente. De primeira mão cri que era uma motocicleta porque<br />

estava justamente na faixa branca, e todo o carro estava ocupando meu lado da<br />

estrada. Porém não prestei muita atenção a isto. Fazia pouco tempo que havia<br />

escurecido, diria que eram como que as 7:30 da noite.<br />

423 Quando se aproximou mais pude notar que era um carro e que tinha um farol<br />

apagado. Como disse, era no lado do dirigente. O farol que eu havia visto estava no<br />

meio da faixa branca, e todo o carro estava ocupando meu lado da estrada.<br />

424 Rapidamente me desviei para a direita e toquei a buzina e olhei por meu<br />

espelho quando ele passava. Vi que o carro se jogou para o lado direito da estrada.<br />

Olhei outra vez e vi que dois carros chocavam. O carro havia se desviado justamente


para o lado de papai. Tudo o que pude ver foi dois carros indo em duas direções. O<br />

carro de papai vindo para mim.<br />

425 Minha esposa disse: “É teu pai!” Eu disse: “Não, havia um carro ao qual eu<br />

passei que está entre papai e eu.” Eu pensei que papai estava a um carro atrás. Assim<br />

sendo eu freei e fui ajudá-los.<br />

426 Quando cheguei ao lugar da cena, um dos moços estava atirado na estrada.<br />

Segui para cima, havia cerveja, licor, algo (não sei o que) tudo derramado na estrada.<br />

Vi este carro abaixo na esquerda da vala. Virei na estrada e quando meus faróis<br />

focalizaram, era papai.<br />

427 Tudo que pude ver foi sua cabeça saindo para fora. Para mim, segundo o que<br />

pude ver, pensei que estava morto. Disse à minha esposa, “Está morto.” Ela saltou do<br />

carro e correu até lá. Parecia como se um trem de carga houvesse chocado com ele,<br />

tal era o estado do carro.<br />

428 Havia deixado José e a meu filho Paul no carro, subi os vidros e fechei as<br />

portas e lhes disse que se mantivessem assentados ali.<br />

429 Papai e eu temos viajado muitas milhas juntos e havíamos visto muitas coisas,<br />

muitos acidentes e temos visto muita gente morrer. Tenho visto muita gente morrer na<br />

estrada num instante. Era um espetáculo que eu havia visto antes.<br />

430 Assim sendo, em minha consciência, sabia que estava morto porque tinha os<br />

olhos abertos, e seu rosto estava inchado. Era justamente esse aspecto pelo qual<br />

muitos de nós temos passado.<br />

431 Saí do carro. Não sabia o que fazer. Corri para ele. José começou a gritar e<br />

quando o fez, sua cabeça desmaiou. Levantei sua cabeça com a minha mão para<br />

cima e ele disse: “Quem é esse?” Eu disse: “É José, papai.” Lhe perguntei: “Estás<br />

bem?” Ele somente me olhou. Não disse nada.<br />

432 Isto tem um significado especial para mim devido a uma fita na qual ele falou:<br />

“Senhores, é este o tempo?” Não posso dizer que isto seja certo, porém eu sei que ele<br />

nunca respondeu até que José gritou por seu papaizinho. Então papai disse: “Diga a<br />

José que está tudo bem.”<br />

433 Minha esposa estava falando a mamãe e tratando de despertá-la. Ela em alta<br />

voz disse: “Billy, tua mãe está morta.” Eu corri para lá e por fim a encontrei frente ao<br />

assento dianteiro perto do aquecedor. Pus a mão sobre ela porém não pude sentir seu<br />

pulso. Não posso dizer, porém não pude encontrar pulso algum.<br />

434 Olhei no assento traseiro e minha irmã Sara estava deitada ali gemendo.<br />

Regressei para onde estava papai porém estava tão preso no carro que não podia se<br />

mover. Seu braço esquerdo estava na porta e o metal o prendia. Sua perna esquerda<br />

estava travada no volante. Quase todo seu corpo, cabeça e ombros saíam pelo párabrisas,<br />

e caído sobre o boné.<br />

435 Para lhes dar mais informação, quero dizer aqui que poucas semanas antes o<br />

Irmão Gene Normam, um amigo nosso de Tucson, Don Wertz e eu saímos a caçar<br />

com o Irmão Brewer, (não sei se está aqui ou não) até Kaibab, e enquanto caçávamos<br />

adoeci. Sofro de uma condição nervosa, eu a chamaria melancolia, não sei, só sei que<br />

comecei a chorar enquanto subia pelas colinas. Era noite e perdi o jantar. Pensei que<br />

eram os nervos, então regressei. Vi a papai tirar o chapéu e inclinar sua cabeça<br />

estando de pé perto do fogo. Em poucos minutos tudo havia terminado, vocês sabem.<br />

436 Então quando estava de pé ao redor do fogo, ele não pôde comer o seu jantar.<br />

Lhe perguntei se queria que lhe preparasse uma sopa ou algo, porém me disse que<br />

não, e se foi caminhando estrada abaixo. Quando regressou pude notar que naqueles


olhos haviam havido lágrimas. Disse aos irmãos: “Vocês não sabem pelo que está<br />

passando, vocês não sabem.”<br />

437 Regressou para o fogo e eu me aproximei dele depois de um momento quando<br />

cri que os irmãos não estavam olhando (não sei se olhavam ou não). Disse a papai:<br />

“Te sentes bem?” E ele respondeu: “Tudo está bem.”<br />

438 Antes de deitarmos ainda aquela noite ele disse algo que eu não lhe havia<br />

ouvido dizer antes, que eu recorde. Falou ao Irmão Norman, um amigo nosso de<br />

Tucson, e disse: “Viram todos vocês a Billy subir as colinas a poucos momentos?”<br />

Todos disseram que sim. Ele disse: “Vocês vêem? Essa é a razão porque Billy gosta<br />

sempre de estar comigo. Ele diz que sabe que se eu tão somente oro por ele, tudo<br />

estará bem.”<br />

439 Ele disse: “Irmão Norman, se recorda você poucas semanas atrás quando você<br />

caiu da cerca enquanto caçávamos e torceu o tornozelo? Você pensou que não<br />

poderia caminhar por muitos dias, eu pus minha mão sobre você, e orei e num par de<br />

dias você regressou a seu trabalho.” O Irmão Norman reconheceu que era certo.<br />

440 Então ele disse: “Há alguns meses eu estava caçando e sofri uma torcedura<br />

em meu tornozelo.” Então começou a tirar suas botas e disse: “Olhe isto”, e ainda está<br />

roxo.<br />

441 Disse: “Billy estava tão nervoso que não pensou que ele o poderia fazer.” Ele<br />

disse: “ Tu estás bem agora, não é certo, Paul?”<br />

442 Eu disse: “Sim.”<br />

443 Ele disse: “É somente esse pequeno toque.” Ele disse: “Tenho orado por este<br />

tornozelo, e no entanto está do mesmo jeito. Orei por esta condição nervosa, todavia<br />

está aqui. Não é para mim, eu fui enviado por causa de vocês.”<br />

444 Não entendi nesse instante. Então eram só palavras para mim. Porém na noite<br />

do acidente, ele me olhou e me disse: “Podes me tirar?”<br />

445 Bom, eu tratei, fiz tudo o que pude. Então lhe disse: “Não, não posso, papai.”<br />

Acrescentei: “Papai, olhe-me”. Então ele abriu seus olhos, e eu lhe disse: “Diga a<br />

palavra e sairás daí.” Eu sustentava sua cabeça em minhas mãos assim. Porém ele<br />

voltou sua cabeça para a direita, não falou uma palavra, só voltou seu rosto. Então<br />

entendi o que quis dizer quando disse que isto não era pra ele, era para nós.<br />

446 Para enfatizar isto para vocês, depois que fui e vi mamãe antes que chegasse<br />

a ambulância, voltei a ele e lhe disse: “Papai, eu sei que estás mal e ferido, porém<br />

creio que mamãe está morta.” Eu disse: “Sara está bem, porém creio que mamãe está<br />

morta.” Nunca esquecerei isto.<br />

447 Ele disse: “Onde está ela?”<br />

448 Eu disse: “Ela está à tua direita.” De alguma maneira, não sei como, porém sei<br />

que moveu sua mão direita e pôs sobre ela, e segundo meu leal saber e entender, isto<br />

foi o que ele disse: “Senhor, não deixes que mamãe morra. Acompanhe-nos nesta<br />

hora.”<br />

449 Quando vim de novo onde ela estava, mamãe estava gemendo e se movendo.<br />

Perguntei a ele se devia movê-la, ele disse que não, que seria melhor deixá-la. Lhe<br />

perguntei acerca de Sara, porém também me disse que a deixasse quieta, que não a<br />

movesse.<br />

450 As ambulâncias vieram e levaram a Sara e a mamãe. Nós ainda não podíamos<br />

tirar a papai. Quando a ambulância regressou, ainda não havíamos podido tirar a<br />

papai. Fizeram dois pesos com outro carro a ainda não podíamos tirá-lo.<br />

451 O tráfego estava engarrafado por seis milhas em ambas as direções.<br />

Finalmente veio um homem com um caminhão de tração nas quatro rodas. Ele tinha


uma corrente no caminhão, e a colocaram ao redor da porta e trataram de arrancá-la.<br />

Porém não puderam. Eu perguntei a eles se podiam colocar no pára-brisas, onde<br />

desce a abraçadeira. Eu lhes disse: “Se vocês abrirem o suficiente para que eu possa<br />

entrar lá embaixo, eu posso tirá-lo.” Assim o fizeram. Puxaram até que o freio deu<br />

passagem para que eu pudesse me arrastar sobre o ombro direito de papai, ir para<br />

baixo do assento dianteiro e desprender suas pernas que estavam debaixo do painel e<br />

do volante. Ele me falou e me disse: “Toma-me, Paul.” Caiu em meus braços e o tirei<br />

do carro.<br />

452 O levamos ao hospital. Quando chegamos já haviam trazido aos outros. O<br />

moço que chocou com ele, chegou morto. Mamãe e Sara estavam na sala de<br />

emergência quando trouxeram papai. Depois que estava dentro, o doutor me disse: “É<br />

teu pai?”<br />

453 Eu lhe disse: “Sim senhor.”<br />

454 Ele disse: “Bem, eu não lhe dou muita esperança, filho.”<br />

455 Eu disse: “Sim senhor.” Não sabia pedir ajuda ou o que fazer, assim sendo me<br />

assentei ali e tratei de orar e me sujeitar ao que ele me havia ensinado.<br />

456 O levaram a tirar radiografias. O doutor disse: “Vamos levá-lo a Amarillo porque<br />

ele necessita de cuidado especial. Todos terão que ir, porém seu pai terá que ir<br />

primeiro porque ele não tem muita esperança de sobreviver.”<br />

457 Então papai entrou numa comoção (como eles chamam), e não puderam enviálo.<br />

Eles enviaram a mamãe e a Sara e fizeram outra carga com os moços mexicanos.<br />

458 Quando eu saí o doutor me perguntou: “Que tipo de sangue tens?” Eu lhe<br />

respondi: “Não sei, senhor.”<br />

459 Ele disse: “Temos que aplicar-lhe sangue imediatamente, pois está se tornando<br />

mui débil.”<br />

460 Eu disse: “Bem, iremos comprovar.” Não serviu o tipo de meu sangue.<br />

Buscaram no banco de sangue e não tinham nenhum. Enviaram a Amarillo e pediram<br />

que enviassem, creio eu, três tipos de sangue de lá. Asseguraram conseguir com o<br />

comissário porque ele tinha o mesmo tipo de sangue que papai. Ele estava bastante<br />

débil quando lhe puseram o sangue e quando eu entrei no quarto onde o tinham numa<br />

espécie de cama, na sala de emergência, inclinado diretamente sobre a cabeça.<br />

Disseram que não podia receber o sangue deitado no plano.<br />

461 Esteve recebendo sangue por espaço de oito horas aproximadamente, diria eu.<br />

Então me disseram: “Não sei como pode estar vivo.” Me esqueço o nome do doutor,<br />

porém ele disse: “Quando lhe dei o primeiro pouco de sangue, sua pressão sanguínea<br />

era zero por zero. Agora sua pressão tem subido.” Ele me perguntou se eu podia ir<br />

com eles na ambulância para Amarillo. Eu disse: “Seguro.”<br />

462 Então uma enfermeira e eu o levamos a Amarillo, que fica a oitenta ou noventa<br />

milhas de Freona, Texas. Saímos como que as seis daquela manhã e chegamos ali<br />

por volta das sete e trinta. O doutor estava ali para se encontrar conosco. e examinou<br />

de todas as maneiras. Papai estava todavia inconsciente. Examinou as radiografias,<br />

etc., e disse: “É esse seu pai?”<br />

463 Eu disse: “Sim, senhor.”<br />

464 Ele disse: “Eu vi a você orando por ele.”<br />

465 Eu disse: “Sim senhor.”<br />

466 Ele disse: “Odeio ter que lhe dizer isto, porém você deve ir orar para que ele<br />

morra.”<br />

467 Eu disse: “Não, senhor. Eu não posso fazer isto.”<br />

468 Ele disse: “Um homem não pode viver com tantas lesões.”


469 Eu lhe disse: “Creio que ele pode.”<br />

470 Ele viveu por seis dias no hospital. Não posso dizer que ele estava consciente<br />

nem tão pouco dizer que não estava, porque ele fazia movimentos e mim e a<br />

diferentes irmãos que foram vê-lo. Nós oramos. Nós fizemos sustentar por homens de<br />

Deus e oramos.<br />

471 Sempre tenho ouvido a papai dizer: “Fora de Deus não há esperança.” Quão<br />

certo é isto!<br />

472 No quarto dia eles disseram: “Vamos lhe fazer uma prova. Creio que você o<br />

tem notado nele. O temos observado nas últimas quarenta e oito horas. Seu olho<br />

esquerdo está fechado.” O termo médico (não sei qual era), significava que ele tinha<br />

um coágulo de sangue ou tinha um golpe. Ele disse: “Eu creio que ele morrerá esta<br />

noite. Vamos lhe fazer um prova.” Me esqueço como eles a chamam. É como uma<br />

tintura que fazem fluir pela artéria principal do coração, então eles vêem como vai dali<br />

a como entra no cérebro. Ele disse: “Se for um coágulo no cérebro, teremos que<br />

operar e tirá-lo.”<br />

473 O levaram para cima e como que uma hora e meia mais tarde o desceram. Nos<br />

chamaram à sala. Ele disse: “Não pudemos encontrar nenhum coágulo de sangue.”<br />

Talvez eu esteja enganado, porém para meu conhecimento, ele disse: “O sangue não<br />

corria pela veia jugular.” Ele disse: “O cérebro de seu pai está inchando. Quando o<br />

cérebro tocar no crânio, este será o final.”<br />

474 Ele disse: “Darei aqui um pouco de tempo para que possa inchar, e lhe darei<br />

medicamento para tratar de reduzir a inchação. As vezes trabalha, as vezes não.”<br />

Fizeram isto e ele viveu dois dias mais, como eles esperavam.<br />

475 Na noite anterior a sua morte, nós estávamos cantando na sala de espera na<br />

unidade de cuidado intenso. Todos estávamos assentados fora, cantando e orando.<br />

Estava muito escuro. Creio que um dos irmãos mencionou esta última noite. Recordo<br />

que estávamos cantando, “Haverá luz no tempo da tarde.” Sabíamos que papai amou<br />

esse corinho.<br />

476 Quando catávamos, o sol rompeu através das nuvens e o sol se parecia ao<br />

pilar de fogo que tantas vezes temos visto nas reuniões. Eu soube então que o tempo<br />

estava próximo.<br />

477 Em 24 de Dezembro, nas véspera do natal, eu estava embaixo. O Irmão Pearry<br />

Green veio e disse: “O Dr. Hyde quer ver-te.” Isto não me alarmou porque ele não era<br />

o doutor principal de papai. Ele era um especialista em ossos. Assim sendo subi e ele<br />

disse: “Senhor Branham?” Respondi: “Sim senhor.” Ele disse: “Tenho notícias tristes<br />

para lhe dar, seu pai morreu às 5:49.”<br />

478 Bem, vocês poderiam...Vocês sabem o que eu quero dizer. Assim que saí os<br />

irmãos estavam ali e eu lhes contei. Lhes disse, uma coisas recordo, ele me disse: “Se<br />

alguma vez ouvires que eu tenha morrido, tu te detenhas por um minuto e tires o<br />

chapéu e cantes uma estrofe do hino “Somente Crer.” Isto fizemos.<br />

479 O Irmão Pearry Green disse que ele levaria o cadáver a Jeffersonville onde eu<br />

disse que se celebraria o enterro.<br />

480 Tive que dizê-lo a mamãe e a Sara, as quais estavam ainda no hospital. Não<br />

lhes disse das lesões delas. Mamãe tinha uma perna quebrada e lesões na cabeça, e<br />

minha irmã Sara tinha a coluna lesada em vários lugares.<br />

481 Quando lhes contei, elas disseram: “Regressaremos a Indiana.” Disse ao<br />

médico que elas queriam ir, assim sendo tratamos de preparar as coisas. A única<br />

maneira pela qual os médicos as deixaria ir conosco era conseguindo um aviãoambulância.<br />

O Irmão Moseley e os irmãos aqui estavam conosco. Eles conseguiram o


avião. Alugamos dois aviões e as trouxemos de regresso a Jeffersonville. Quando<br />

chegamos, elas foram internadas no hospital e nós fomos à funerária.<br />

482 Quando eu olhei aquele cadáver, não se parecia com meu pai. Então eu<br />

pensei: “Ele não está aí.” Sei que por alguma razão eu pensei assim. Tivemos o<br />

serviço funeral na Quarta-feira, ao qual assistiu muita gente. Aqueles que não<br />

puderam vir enviaram seus pêsames e seu carinho, nós apreciamos isto deveras.<br />

483 Sei que se tem perguntado, portanto creio que devo dizê-lo. Nós não temos<br />

enterrado a papai. Eu disse ao Senhor: “Senhor, se Tu me permitires terminar este<br />

culto fúnebre, isso será o que eu poderei fazer. Não posso entregá-lo à terra. Mamãe<br />

será quem tomará essa decisão.”<br />

484 Fui à mamãe e ela me disse: “Não sei se quero morar em Tucson onde papai<br />

havia construído uma casa para nós.” (Eles pensavam em se mudar depois que<br />

regressássemos de Jeffersonville.) Ela me disse: “Não sei todavia onde desejo estar,<br />

porém onde eu estiver, quero que ele esteja também.”<br />

485 Perguntei ao coronel (o qual é um bom amigo meu), se ele permitiria guardá-lo<br />

ali ou se eu poderia colocá-lo num ataúde ou algo assim sem entregá-lo à terra até<br />

que mamãe decidisse o que queria fazer. Ele me disse: “Eu quero muito e esse<br />

homem para fazer isso. O guardarei aqui na casa funeral. Quando vocês decidirem,<br />

então poderão ter o serviço.”<br />

486 Até agora não sabemos, porém teremos que tomar uma decisão dentro das<br />

próximas semanas. Sabemos que mamãe tomará a decisão correta. Assim sendo,<br />

desejamos que vocês orem por nós.<br />

487 Mamãe está em casa em Jeffersonville. Minha irmã ainda está no hospital. Ela<br />

pode andar porém não pode se assentar. Assim que puder se assentar então vamos<br />

trazê-la de volta a Tucson, a nossa casa aqui, ou onde o Senhor mandar.<br />

488 Não sei como lhes dizer acerca do que vou ler para vocês agora, porém eu<br />

disse: “Senhor, não tenho falado muito antes, talvez algumas cinco ou seis palavras<br />

frente a uma congregação.” Quando o Irmão Williams me pediu para vir, eu lhe disse:<br />

“Irmão Carl, não posso sair para lá. Tantas vezes que tenho levado a essa velha<br />

plataforma, não posso fazê-lo agora, Irmão Carl.” Então pensei: “Bom, creio que não<br />

se agradaria dessa atuação.” Assim sendo, orei e vim.<br />

489 O Irmão Williams me deu seu quarto aqui e como vocês sabem, papai sempre<br />

dizia: “Não posso tirar a Paul da cama.” Me agrada dormir até mais tarde. Porém de<br />

alguma maneira me despertei esta manhã às seis, o que é raro, e não pude tornar a<br />

dormir. Quando me despertei pensei: “Estou tão só sem papai.” Isto pode que não<br />

tenha muito sentido para vocês, porém gostaria de ler algo que me veio nesta manhã.<br />

Perdoem a maneira como leio as palavras, porém quero ler algo que foi um consolo<br />

para mim, a meu coração. Desejaria intitular isto, “Meu papai.”<br />

MEU PAPAI<br />

“Estou só, tão só pelo homem que chamei “meu papai.”<br />

Pareceu como se todo o mundo terminasse quando eu perdi o<br />

melhor amigo que sempre tive.<br />

Você agora pode me perguntar: “Por que estás tão triste?<br />

Porém por favor recorde, ele era meu papai.<br />

Meu papai não está aqui comigo neste grande dia de recordação;<br />

eu sei que ele poderia haver estado,<br />

porém, ele escolheu o caminho reto e apertado.<br />

Ele nunca quis riqueza ou fama,


tempo?”<br />

modos de operar,<br />

10:7.<br />

frente.<br />

Porém só nos apontou o nome de Jesus.<br />

Desejaria saber por que tinha que ser um acidente de automóvel,<br />

Porém ele fez com que a Noiva fizesse um exame mais íntimo.<br />

Ele não era um homem grande em estatura e voz,<br />

Porém se você alguma vez o ouviu pregar,<br />

Você sabe que ele era a eleição de Deus.<br />

Sua natureza era gentil, ele nunca tratou de ofender.<br />

Porém não era assim quando clamava contra o pecado.<br />

Ele pregou uma grande mensagem intitulada: “Senhores, é este o<br />

Então nos trouxe a Tucson a buscar a resposta de Deus.<br />

Desejaria saber por que Deus lhe disse que fosse ao oeste,<br />

Porém nunca disse nada, porque ele sempre me disse:<br />

“Paul, Deus o sabe melhor.”<br />

Ele me disse que não me preocupasse, porque Deus revela seus<br />

Então veio a resposta, o mistério dos Sete Selos.<br />

Para mim ele foi o mensageiro de Malaquias 4:5 e Apocalipse<br />

E Deus soube melhor quando levou a meu papai.<br />

A mensagem que ele trouxe veio direto com a <strong>Palavra</strong>.<br />

Apesar de rejeitado, porém nenhum homem pôde lhe fazer<br />

Eu amo a este profeta desta decadente geração.<br />

Eu creio nesta mensagem, e por sua graça com ele me reunirei.”

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