Os benefícios da Alquimia Vegetal - Alquimia Operativa

Espagiria

Os benefícios da Alquimia Vegetal

Daniél Fidélis ::
Escrito por Daniél Fidélis :: em 12/06/2017
Os benefícios da Alquimia Vegetal
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A alquimia vegetal é o primeiro passo que o estudante deve dar. É indispensável para o bom aprendizado das fórmulas gerais do hermetismo.

No laboratório vegetal, entra-se em relação com um novo mundo, povoado de energias muito diversas. É a primeira porta que conduz aos conhecimentos ocultos da natureza. O alquimista dará seus primeiros passos no laboratório.

Suas experiências com os vegetais lhe permitirá familiarizar-se com as operações fundamentais das que terá necessidade para a continuação dos seus trabalhos (em particular, no reino mineral).

Os primeiros elixires vegetais (somados a uma firme disciplina) lhe ajudarão a modificar sua atitude a respeito de si mesmo e ao mundo.

Conhecerá o que significa, para os alquimistas a expressão contemplação filosófica. Descobrirá, também, que as operações (apesar de simples) do laboratório não são insignificantes e que podem produzir efeitos notáveis sobre o operador, assim como a ciência quântica vem redescobrindo.

Experimentará o vínculo profundo que une a matéria ao alquimista no âmbito das operações herméticas. Por fim, pela utilização dos elixires e pedras vegetais, o operador mudará sensivelmente em todos os níveis.

Sua energia pessoal se elevará. Seus sentidos sutis e sua intuição serão desenvolvidos. Sua vida conhecerá uma grande limpeza.

Destas purificações sucessivas dependerá o êxito dos seus trabalhos posteriores, na medida em que se aproximar de realizações mais elevadas.

De que necessita o Alquimista?

No princípio, o alquimista necessitará de pouca coisa. Mas, já nas primeiras práticas da alquimia vegetal encontramos ricos ensinamentos.

O defeito de numerosos principiantes e interessados em geral é lançar-se, já no início, em práticas complexas (mesmo dentro do reino vegetal). Alguns são apressados. Não têm paciência. Estes, permanecem apenas enquanto dura o fogo da curiosidade.

Outro equívoco é supor que para executar operações mais avançadas é necessário uma complicada e extensa lista de equipamentos. Afogados na complexidade das fórmulas, ignoram o essencial e terminam por confundir a forma com a essência.

É importante compreender, desde o princípio, que este frenesi operatório só conduz à desilusão. A mente humana tem dificuldade para crer que da simplicidade surge a riqueza. Na maior parte do tempo se pensa o contrário. E são muito difíceis de controlar os condicionamentos de nossa pesada civilização moderna.

As ilusões são desconstruídas na alquimia. Sendo uma ciência iniciática, por excelência, a experiência hermética exige que nos despojemos de nossos fantasmas e sonhos de onipotência. E que caminhemos com simplicidade, humildade e paciência. A matéria deve purificar-se. Pouco importa como.

O laboratório na Alquimia Vegetal

As primeiras experiências na alquimia requerem alguns utensílios. Muitos deles são encontrados em qualquer cozinha. Vejamos os principais:

  • Fontes de calor (fogareiro, bico de bunsen, banho maria, forninho de lâmpada incandescente, etc);
  • Frascos diversos (com fechamento hermético, de vidro âmbar, para reagentes, etc);
  • Funis de vidro;
  • Béckers;
  • Balões de boca larga;
  • Elmos;
  • Aparelho de destilação;
  • Funis de separação;
  • Proveta;
  • Densímetro;
  • Almofariz com pistilo;
  • Potes diversos;
  • Panela de ferro;
  • Suporte universal com garras e argolas;
  • Uma ou duas bancadas de trabalho;
  • Uma boa caixa de ferramentas diversas;
  • Balança;
  • Vasilhas.

Todas estes itens podem ser encontrados facilmente pela internet. Qualquer pessoa que tenha condições financeiras de adquirir um Smartphone ou um eletrodoméstico, tem plena capacidade de adquirir todos os equipamentos e acessórios. Não será necessário adquiri-los todos de uma única vez.

Trata-se, portanto, de saber o que é mais importante para você, o que é prioridade.

Evolução de um laboratório: Consequentemente, quando o estudante comprova que está apaixonado pela alquimia e que tem toda a certeza ou segurança de que está em um bom caminho de realização espiritual, poderá ter em vista outras aquisições e expandir o seu espaço de operações no laboratório.

Sempre que alguém me pergunta sobre o primeiro item que se deve adquirir, respondo: um destilador! Pode ser de vidro, de cobre ou inox. O destilador é uma etapa importante para a evolução do alquimista. Numerosas operações dependem deste aparato.

Antes de cada aquisição, deve-se ponderar a real utilidade do que se pretende comprar. Não é uma questão de economia, mas de estratégia. Devemos favorecer a qualidade, não a quantidade.

A potência de um elixir não se mede com a dimensão técnica com a qual foi concebido. Muitas das vezes ocorre o contrário. Pessoas com equipamentos muito simples obtêm elixires de uma força impressionante, comparativamente a alguns operadores abastados que têm um laboratório luxuoso.

É, sobretudo, a sinceridade e a força de penetração dos princípios herméticos do operador que determina a qualidade do seu trabalho. Se a pessoa é avançada internamente, necessitará de poucas coisas para obter produtos alquímicos de grande valor.

Alquimia ou Espagiria?

Muito frequentemente, a alquimia vegetal é chamada de espagiria. A etimologia da palavra espagiria vem do grego spao (separar, dividir) e gerios (coligar, unir). Neste significado encontra-se uma das fórmulas alquímicas mais importantes: solve e coagula. O princípio da separação e reunião da matéria é universal e alimentou alguns mitos como, por exemplo, de Isis e Osiris.

Porém, com o tempo, o termo espagiria passou a ser utilizado para designar um dos ramos particulares da alquimia, consagrada à medicina fitoterapêutica.

Por que começar pelos vegetais?

Esta pergunta nos remete diretamente aos fundamentos da alquimia. Nos convida a descobrir uma escala de valor que impregna toda a criação.

Posto que o objetivo da alquimia é utilizar a natureza para favorecer a evolução do Homem, convém, em primeiro lugar, colocar novamente as coisas em seu lugar, e, começar pelo próprio Homem.

Ele passou a crer que é superior ao seu meio ambiente e se colocou no centro do mundo. Progressivamente, esqueceu que é uma das numerosas criações do planeta e se pôs a explorar os recursos da natureza sem discernimento.

Uma vez instalado nesta certeza superior, o Homem se auto justificou por meio da teologia. Inventou um sistema de crenças que o levava a persuadir-se de que é a coisa mais importante do Universo.

Quando o alquimista veio reencontrar a linguagem da Natureza e começou a comunicar-se com o mundo verde, descobriu, com grande pavor, uma realidade invisível aos olhos do entendimento de seus semelhantes.

Descobriu que o Homem não é o centro do mundo e que, muito pior, os vegetais que considera como objetos quase inertes são, realmente, seus próprios mestres. Pois, podem ajudar-lhe em sua evolução espiritual.

A segunda coisa que veio a descobrir é que o Homem é um tipo de vegetal que pode se locomover! Seus pés são suas raízes mas se nega a plantá-los no solo mãe para beneficiar-se da sabedoria natural do mundo.

Esta revelação é dolorosa para muitos. Inverte tanto as coisas que é difícil para alguns aceitá-la.

Por esta razão, convém trabalhar primeiramente sobre o mundo vegetal. Na verdade, este é o meu reino favorito. É até interessante notar que muitas operações com os metais ou minerais é fazê-los evoluir, primeiramente, para o reino vegetal (alquimicamente) para, em seguida, proceder com o trabalho.

Não porque a alquimia vegetal seja uma via de aprendizado de fundamentos. A verdadeira razão é que os mestres-vegetais são seres evoluídos que têm um potencial enorme (energético, terapêutico e iniciático).

Temos experimentado, dia após dia, que o contato com os vegetais é transformador. Compreendemos, cada vez mais, nossa interação sistemática com a Natureza. Que um intercâmbio constante se efetua entre nós e os vegetais.

Uma profícua reciprocidade

Devido à nossa estreita relação com os vegetais, empreendemos uma purificação de nossa natureza vegetal. Diferentemente de nós, seres humanos, os vegetais estão vinculados em um nível bastante profundo. Seu metabolismo é inverso ao nosso. A cabeça de um Homem está direcionada para o céu enquanto que a de uma árvore está fixada na terra.

Esta disposição permite ao vegetal estar em comunicação com o conjunto da natureza.

Os pés de um vegetal se orienta, pois, até o céu, o que nos dá a impressão de uma grande imobilidade.

Realmente, o mundo subterrâneo é o objeto de uma atividade energética, tão importante quanto tudo o que se produz na superfície da Terra.

O mundo vegetal vive na unidade da Natureza, enquanto que o Homem está dissociado.

Quando o trabalho alquímico avança, o Homem reencontra a sensatez natural e começa a sentir os vínculos que o unem à Natureza. Sente-se cada vez menos isolado no deserto existencial, progredindo para uma consciência unificada e pacificada.

Quando o alquimista trabalha sobre uma planta e recebe os seus efeitos, inverte os processos de percepção habitual e se alinha com novas energias. A carta do Tarot “O Enforcado” representa este processo de inversão e mostra ao Homem o caminho que deve trilhar.

A maioria das tradições espirituais são conscientes disso.

Essa inversão é encontrada sob formas distintas como na Cabala hebraica com a árvore da vida ou, simbolicamente, também na crucificação de São Pedro de cabeça para baixo. Se um iogue passar algumas horas por dia na posição denominada Salamba Sirsasana, eleva seu nível energético.

Nesta fase, compreende-se facilmente que a alquimia vegetal está longe de ser sem importância. O iniciado reconhecerá, perfeitamente, os benefícios que poderá colher de tais ensinamentos, sob a condição de aceitar inverter seus métodos de funcionamento.

Muitos ignoram as semelhanças entre nós e os vegetais. Ao estudar melhor a anatomia humana, nos conscientizamos de que temos muitos pontos em comum.

Estas são as razões pela qual a alquimia vegetal abre a porta do autoconhecimento e permite ao Homem trilhar a Jornada Iniciática.

Continue acompanhando nossas publicações, onde discorreremos sobre a obra…

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4 Replies to “Os benefícios da Alquimia Vegetal”

Gleiton Silva: :

Perfeito.

Filipe

Só uma pequena dúvida , esses elixir que alquimista fazer pode ser o que , um elixir de força , ou um elixir para a saúde por aí tá falando que o alquimia pode colher o que planto certo , então ele pode se beneficiar com isso né.

Um exemplo, quando eu, se um alquimista eu vô estudar a alquimia vegetal e vô fazer o meu elixir ele pode ser um elixir para me dá mais força por exemplo ou outra coisa que eu possa me beneficiar certo

guilherme queiroz

amei o artigo

Valéria Maria

O almofariz pode ser de metal?

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