Se você já aderiu à erva, provavelmente ouviu falar sobre o haxixe. Muitas pessoas acreditam que essa é uma planta completamente diferente da cannabis sativa, mas, na verdade, ela é apenas mais um composto da mesma erva. O segredo na diferenciação está em como é feita sua extração.

Sabemos que a cannabis sativa é uma erva muito poderosa, não apenas pelos efeitos mais conhecidos da “brisa”, mas também pelas suas propriedades medicinais.

Mas você sabia que em uma única planta existem aproximadamente 60 canabinoides diferentes? São esses os agentes ativos da cannabis, dentre os quais estão os responsáveis pelos efeitos psicotrópicos das substâncias extraídas da planta — como a erva e o haxixe.

Ficou curioso? Vem conhecer o que é haxixe, como ele surgiu e como é extraído. Separamos aqui tudo sobre os seus efeitos no organismo, qual suas diferenças com a cannabis e quanto tempo dura a brisa. Confira!

O que é haxixe?

O haxixe é uma substância extraída de uma planta pertencente à família das canabináceas — a cannabis sativa, a erva propriamente dita. Ele também é usado como substância psicotrópica, ou seja, com intuito de alterar o estado cerebral durante o uso.

Assim, seu grande diferencial é a concentração do canabinoide THC. Dentre todos os canabinoides presentes na cannabis, esse é o responsável pelos efeitos psicotrópicos. Como se sabe, é possível extrair outras substâncias, como o canabidiol, aplicado em usos medicinais.

Como o haxixe surgiu?

Ao sabermos o que é haxixe, é inevitável questionarmos suas origens. Afinal, ele não é encontrado pronto na natureza como são as flores da cannabis, mas sim extraído de várias partes da planta, como folhas e resinas.

O seu surgimento não tem uma data precisa, mas acreditam que o produto apareceu primeiramente na Ásia e que seu uso data de muitos séculos.

Hoje em dia, o haxixe é mais associado ao uso recreativo, o que representa uma diferença enorme do seu uso tradicional, totalmente voltado para a medicina — especialmente na Índia e na cultura hindu.

Aliás, nos tempos antigos, seu uso transitava entre o campo da medicina e o campo religioso, que se misturavam na época das civilizações antigas. Inclusive, existe uma narrativa da mitologia hindu em que o surgimento desse extrato é apresentado como um presente do deus Shiva para a humanidade. Por isso, ainda é usado em rituais de meditação nos dias atuais.

Como parte de uma planta fibrosa, foi também introduzido na alimentação e, finalmente, conquistou o mundo do fumo, por seu grande volume de THC.

Ou seja, desde o seu surgimento, o haxixe passou por um intenso processo de observação e experimento cultural até chegar ao que é hoje. Apesar disso, é legalizado somente em alguns países do mundo.

Como o haxixe é extraído?

Afinal de contas, como é possível partir da erva até chegar na resina que chamamos de haxixe? A extração é um processo que pode seguir diferentes métodos. Os mais conhecidos são:

• À álcool: o primeiro método utiliza o álcool e é uma forma bem simples de produção. O concentrado gera uma camada muito fina, comumente usada no beck.

• Com as mãos: já o segundo método, que utiliza as mãos, é menos eficaz, pois gera pouco THC. Esse é mais realizado nos países do Oriente Médio, devido a um hábito cultural.

• Com gás butano: a extração com gás butano está entre as mais eficazes, pois o gás elimina impurezas e, ainda por cima, extrai o hash com a maior concentração de THC possível.

• Com gelo: o quarto método, que usa o gelo, produz aquele haxixe que lembra uma cera, além de ser eficiente para obter bastante THC.

• À seco: por fim, o quinto método — a extração à seco — produz haxixe em pó — que é muito utilizado no Marrocos. Esse é um dos métodos mais antigos de extração.

Curioso, não é mesmo? O que acha de continuar tendo um mindblow, mas agora descobrindo tudo sobre o famoso brisadeiro?

Quais são os efeitos do haxixe no organismo?

Considerando a concentração de THC encontrada no haxixe, não faltam efeitos do seu uso. Mas vale lembrar que, dependendo do método de extração, que determina a qualidade do hash, ele será diferente. Podemos citar os efeitos mais comuns:

• Sensação rápida de relaxamento;

• Perda de interesse por coisas rotineiras, como trabalho ou estudos;

• Euforia;

• Aumento da libido;

• Maior apetite;

• Pressão arterial reduzida;

• Alteração da noção de tempo e espaço;

• Frequência cardíaca aumentada;

• Sorrisos involuntários;

• Boca seca;

• Falha na memória recente;

Os efeitos são diversos, mas podem variar de pessoa para pessoa, pois a substância é recebida de maneiras diferentes por organismos diferentes.

Maconha ou haxixe: qual é a mais forte?

Essa é uma dúvida comum quando alguém descobre o que é haxixe. Será que ele é mais forte do que um baseado comum, mesmo que seja um produto que vem da mesma planta? A resposta nesse caso é: sim, o haxixe é mais potente.

Lembra do THC? Enquanto que na cannabis a concentração desse canabinóide é de 4% em uma erva de qualidade atestada, no haxixe esse número sobe para 14%. Esse é o diferencial. Além do mais, ele tem cheiro mais forte, pois é feito com óleos essenciais.

Já que o aroma fez parte da nossa discussão, aproveite para entender o que são os terpenos e o que eles têm a ver com a cannabis!

Quanto tempo dura a brisa do haxixe?

Um haxixe de qualidade é capaz de provocar uma brisa que dura em média 12 horas, mas alguns efeitos, como a falha de memória, podem perdurar por dias ou semanas.

Vale lembrar que pode-se levar até uma hora após o consumo para que os efeitos da brisa comecem a bater.

Se os efeitos da planta estão durando muito, você pode clicar aqui para aprender como reduzir a brisa.

Quais são os melhores tipos de haxixe?

Quanto aos tipos de haxixe, existem vários para você testar. Por ser um composto mais elaborado, tem tipos para gostos diversos. Veja a seguir quais são os melhores!

Afegão (Afghan Hash)

No Afeganistão, ele é feito no modo prensado a fim de criar um produto de consistência mais pegajosa e elástica. Pode ser armazenado como tabletes que chegam até 100g ou bolinhas. Na Europa, por exemplo, os tabletes são bem populares.

Esse tipo é incrivelmente forte e já produz efeitos depois de 10 minutos de uso. É mais indicado para quem já está mais acostumado com essa brisa.

Libanês (Lebanese Hash)

No vale de Baalbek, no Líbano, uma tecnologia de ponta é responsável pela extração do haxixe, através de máquinas modernas que fazem a manutenção dos campos. Após secar todas as folhas, elas são manufaturadas até virarem um pó de cor marrom-avermelhada.

Marroquino (Moroccan Hash)

O Haxixe Moroccan Hash é um dos mais procurados em todo o mundo, pois reúne a potência do THC ao sabor adocicado. Quem experimenta o beck marroquino afirma que é muito prazeroso.

Nepalês (Nepalese Hash)

No Nepal, o clima é o maior aliado para que as plantas de cannabis cresçam bastante. Além disso, o Haxixe é extraído manualmente, em formato de resina. Possui um sabor adocicado e picante ao mesmo tempo, além de uma potência alta.

Paquistanês (Pakistani Hash)

A maneira de produzir o Haxixe paquistanês não envolve os solventes, o que o torna mais saboroso, além de leve. É um dos tipos que possui menos THC, sendo bom para quem ainda não está tão acostumado com a substância.

Turco (Turkish Hash)

O Haxixe turco é feito a partir do processo de extração à seco, o dry sift, e em seguida o pó passa por uma prensa, o que produz algo conhecido como “brick”, que em português pode ser traduzido como “tijolo”.

Até aqui esclarecemos as principais dúvidas sobre o que é haxixe e como seu uso foi disseminado na sociedade nos últimos séculos, enumerando os principais tipos, e explicando como é comercializado hoje em dia.

A ligação com experiências espiritualistas, além do uso recreativo e calmante fazem dele uma substância super desejada ao redor do mundo.

E aí, gostou de saber tudo sobre o hash? Então, continue navegando pelo blog do Madrugashop e aproveite todos os conteúdos do universo canábico! Um post que está imperdível é o “Como conservar maconha? Dicas para guardar sua erva!“

Acenda a ponta e bora colar lá.