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Estatísticas do emprego

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Dados extraídos em agosto 2015. Dados mais recentes: Mais informações do Eurostat, Principais quadros e Base de dados. Atualização prevista do artigo: março de 2017.
Quadro 1: Taxa de emprego, faixa etária 15-64 anos, 2004-2014
(%)
Fonte: Eurostat (lfsi_emp_a)
Gráfico 1: Taxa de emprego, faixa etária 15-64 anos, 2014
(%)
Fonte: Eurostat (lfsi_emp_a)
Quadro 2: Taxas de emprego de grupos populacionais específicos 2004-2014
(%)
Fonte: Eurostat (lfsi_emp_a)
Gráfico 2: Taxas de emprego por sexo, faixa etária 15-64 anos, 2014 (1)
(%)
Fonte: Eurostat (lfsi_emp_a)
Gráfico 3: Taxas de emprego por faixa etária, 2014 (1)
(%)
Fonte: Eurostat (lfsi_emp_a)
Quadro 3: Taxa de emprego por nível mais elevado de escolaridade, faixa etária 25-64 anos, 2014
(%)
Fonte: Eurostat (lfsa_ergaed)
Quadro 4: Pessoas a trabalhar a tempo parcial ou com um segundo emprego, 2004-2014
(em % do emprego total)
Fonte: Eurostat (lfsa_eppga), (lfsa_e2gis) and (lfsa_egan)
Gráfico 4: Pessoas a trabalhar a tempo parcial, faixa etária 15-64 anos, 2014 (1)
(em % do emprego total)
Fonte: Eurostat (lfsa_eppga)
Gráfico 5: Percentagem de trabalhadores por conta de outrem com contrato de trabalho a termo, faixa etária 15-64 anos, 2014
(em % do total dos trabalhadores por conta de outrem)
Fonte: Eurostat (lfsa_etpga)

O presente artigo apresenta dados estatísticos recentes da União Europeia (UE) sobre emprego, incluindo uma análise baseada em elementos de cariz socioeconómico: as estatísticas do emprego revelam diferenças significativas em função do sexo, idade e nível de instrução. Existem igualmente disparidades consideráveis entre os Estados-Membros da União Europeia no que se refere ao mercado de trabalho.

As estatísticas relativas ao mercado de trabalho estão no cerne de muitas políticas da UE, na sequência da introdução de um capítulo dedicado ao emprego no Tratado de Amesterdão, em 1997. A taxa de emprego, ou seja, a percentagem da população ativa com emprego, é considerada um indicador social fundamental para fins analíticos quando se trata de estudar a evolução dos mercados laborais.

Principais resultados estatísticos

Taxas de emprego por sexo, idade e nível de instrução

Em 2014, a taxa de emprego da UE-28 referente a pessoas com idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos, manteve-se, segundo o inquérito da UE ao emprego - Labour Force Survey (LFS), nos 64,9 %. Depois do pico de 2008 de 65,7 %, a taxa de emprego da UE-28 baixou em 2010 para 64,1 %. Esta decida durante a crise económica e financeira — 1,6 pontos percentuais — foi seguida por um período de estabilidade, entre 2010 e 2013, quando a taxa de emprego na UE-28 foi de 64,1 % ou 64,2 %. Em 2014, a taxa de emprego voltou à tendência de crescimento registada antes da crise, subindo 0,8 pontos percentuais em comparação com 2013, atingindo 64,9 % — ver Quadro 1.

Nos Estados-Membros da UE, as taxas de emprego em 2014 atingiram valores na ordem dos 71 % a 74  % na Áustria, no Reino Unido, na Dinamarca, nos Países Baixos e na Alemanha, com um pico de 74,9 % na Suécia. No outro extremo da escala, as taxas de emprego situaram-se abaixo dos 60 % em quatro Estados-Membros da UE-28, tendo o valor baixo sido registado na Grécia (49,4 %) — ver Gráfico 1.

Entre o início da crise económica e financeira e o ano de 2014 (últimos dados disponíveis), os mercados de trabalho nacionais registaram desempenhos desiguais. Embora a taxa de emprego global para a UE-28, em 2014, tenha permanecido 0,8 pontos percentuais abaixo do nível de 2009, 11 Estados-Membros da UE registaram um aumento nas respetivas taxas. As maiores subidas foram registadas em Malta (6,8 pontos percentuais) e na Hungria (5,4 pontos percentuais), tendo a Alemanha e o Luxemburgo registado subidas superiores a 3 pontos percentuais. Em contrapartida, a taxa de emprego da Grécia desceu de 61,4 %, em 2008, para pouco menos de 50 %, em 2013 e em 2014. Registaram-se igualmente reduções significativas de, pelo menos, 5 pontos percentuais entre 2009 e 2014 nas taxas de emprego de Chipre, Espanha, Irlanda, Croácia, Portugal e Dinamarca.

As taxas de emprego são geralmente mais baixas na população feminina e nos trabalhadores mais velhos. Em 2014, a taxa de emprego dos homens atingiu 70,1  % na UE-28, contra 59,6  % para as mulheres. Uma comparação num período mais longo revela que a taxa de emprego dos homens em 2014 esteve abaixo do nível registado dez anos antes (70,3  % em 2004); registou-se um nítido aumento da percentagem de mulheres no emprego — subida de 4 pontos percentuais partindo de 55,5  % em 2004 — ver Quadro  2.

Em 2014, as taxas de emprego dos homens foram sempre superiores às das mulheres em todos os Estados-Membros da UE-28, embora tenham sido registadas disparidades significativas. Registou-se uma diferença de 25,6 pontos percentuais nas taxas de emprego por sexo em Malta, onde se verificou a terceira taxa de emprego feminina mais baixa (49,3 %). A Itália, a Grécia e a República Checa relataram também diferenças entre sexos de 16 a 18 pontos percentuais nas taxas de emprego; nos casos da Grécia e de Itália, esta diferença refletiu o facto de serem, respetivamente, os países com a mais baixa e a segunda mais baixa taxas de emprego feminino; a grande diferença entre sexos existente na República Checa refletiu uma taxa de emprego masculino especialmente elevada (77 %, a terceira maior entre os Estados-Membros da UE) e não uma taxa de emprego feminina baixa. Não há praticamente diferença entre as taxas de emprego por sexo na Finlândia e na Lituânia, onde as taxas de emprego das mulheres foram 2 pontos percentuais mais baixas do que as dos homens. A diferença é também relativamente pequena na Suécia e na Letónia.

Entre os países terceiros indicados no Quadro 2, a Turquia registou, de longe, a maior diferença entre sexos nas taxas de emprego, com a taxa de 29,5 % para as mulheres a situar-se 40 pontos percentuais abaixo da taxa para os homens. A antiga República Jugoslava da Macedónia e o Japão registaram também diferenças relativamente grandes entre os sexos. A Noruega e a Islândia registaram diferenças relativamente pequenas nas taxas de emprego (menos de 5 pontos percentuais) — ver Gráfico 2.

À semelhança do registado na taxa de emprego da população feminina, verificou-se que a taxa de emprego de trabalhadores mais velhos (com idades compreendidas entre os 55 e os 64 anos) aumentou a um ritmo acelerado, apesar da crise financeira e económica. No que toca à UE-28, a taxa de emprego de trabalhadores mais velhos atingiu 51,8 % em 2014; esta taxa tem aumentado todos os anos desde 2002 (o início da série cronológica para a UE-28) até 2014, inclusive (últimas informações disponíveis). Em 2014, havia 11 Estados-Membros da UE-28 com taxas de emprego de trabalhadores mais velhos entre os 50 % e os 66  %, enquanto a Suécia registava, de longe, a taxa mais elevada (74,0 %) — ver Quadro 2. Os três países da EFTA para os quais existem dados disponíveis também registaram elevadas taxas de emprego de trabalhadores mais velhos, cujas taxas ultrapassaram os 70 %, com a Islândia a atingir o máximo de 83,6 %. De igual modo, o Japão e, em menor escala, os Estados Unidos, registaram taxas de emprego relativamente elevadas no que respeita aos trabalhadores mais velhos. O Gráfico 3 permite uma análise mais detalhada das taxas de emprego por grupo etário, confirmando que os valores mais elevados se concentram na faixa dos 25-54 anos.

As taxas de emprego também variam consideravelmente consoante os níveis de instrução: neste caso, as estatísticas consideram a faixa etária dos 25-64 anos em vez da faixa dos 15-64 anos. A taxa de emprego das pessoas que completaram o ensino superior (ensino superior de ciclo curto, licenciatura ou equivalente, mestrado ou equivalente ou doutoramento ou equivalente) foi de 83,7 % em toda a UE-28 em 2014 (ver Quadro 3), muito acima da verificada (52,6 %) para os que apenas completaram o ensino básico. A taxa de emprego das pessoas que completaram apenas o ensino secundário ou o ensino pós-secundário não universitário na UE-28 foi de 73,4 %. As quedas mais significativas nas taxas de emprego desde o início da crise económica e financeira (comparação entre 2008 e 2014) verificaram-se nas pessoas que completaram, no máximo, o ensino básico (queda de 3,9 pontos percentuais), ao passo que se verificaram quedas significativamente menores nas pessoas que completaram o ensino superior (queda de 1,4 pontos percentuais) e nas pessoas que completaram, pelo menos, o ensino secundário ou o ensino pós-secundário não superior (queda de 1,3 pontos percentuais).

Contratos a tempo parcial e a termo

A percentagem de trabalhadores da UE-28 na faixa etária dos 15-64 anos cujo principal emprego era a tempo parcial aumentou regularmente de 16,7 % em 2004 para 19,6 % em 2014. De longe, a percentagem mais elevada de trabalhadores a tempo parcial em 2014 verificou-se nos Países Baixos (49,6 %), seguindo-se a Áustria, a Alemanha, o Reino Unido, a Dinamarca, a Suécia, a Bélgica e a Irlanda, onde o trabalho a tempo parcial representava em cada país cerca de um quarto do emprego total. Em contrapartida, o emprego a tempo parcial era relativamente pouco comum na Bulgária (2,5 % das pessoas empregadas), assim como na Eslováquia, na Croácia, na República Checa e na Hungria (entre 5,1 % e 5,5 %) — ver Quadro 4.

A incidência do trabalho a tempo parcial difere significativamente em função do sexo. Um pouco menos de um terço das mulheres (32,2 %) com idades na faixa dos 15-64 anos com emprego na UE-28 trabalhava a tempo parcial em 2014, o que representa uma percentagem muito mais elevada do que a dos homens (8,8 %). Mais de três quartos (76,7 %) das mulheres com emprego nos Países Baixos trabalhavam a tempo parcial em 2014, o que representa de longe a percentagem mais elevada de todos os Estados-Membros da UE [1].

Em 2014, a percentagem de trabalhadores na UE-28 com um contrato de duração limitada (contrato a termo) era de 14 %. Mais de um em cada quatro (28,3 %) trabalhadores na Polónia trabalhava com contratos temporários, sendo essa proporção acima de um em cada cinco em Espanha (24 %), Portugal (21,4 %) e nos Países Baixos (21,1 %) — ver Gráfico 5. Nos restantes Estados-Membros da UE-28, a percentagem de trabalhadores com contratos a termo variava entre 19 % no Chipre até 2,8 % na Lituânia e 1,5 % na Roménia. A propensão para o recurso aos contratos a termo varia consideravelmente entre os Estados-Membros da UE, o que, pelo menos em certa medida, reflete práticas nacionais, oferta e procura de trabalho, perspetivas patronais relativamente a potencialidades de crescimento/contração e a facilidade com que se pode contratar ou despedir trabalhadores.

Fontes e disponibilidade de dados

Fontes estatísticas

A população ativa (força de trabalho) inclui pessoas empregadas e desempregadas. O LFS define as pessoas com emprego como sendo os indivíduos com 15 anos ou mais que, durante a semana de referência, trabalharam pelo menos uma hora por semana a troco de uma remuneração ou com vista a um benefício ou ganho familiar. A força de trabalho inclui também pessoas que não se encontravam a trabalhar, mas que tinham um emprego ou uma atividade por conta própria de que estavam temporariamente ausentes, por exemplo, por motivos de doença, férias, conflito laboral, ensino ou formação.

O emprego pode ser medido em termos de número de pessoas ou de empregos em equivalente a tempo completo ou em horas trabalhadas. Todas as estimativas apresentadas neste artigo utilizam o número de pessoas. a informação apresentada relativamente às taxas de emprego também assenta em estimativas do número de pessoas. As estatísticas do emprego são geralmente expressas em taxas de emprego, a fim de neutralizar as diferentes realidades demográficas ao longo do tempo e facilitar as comparações entre países de dimensões diferentes. Estas taxas referem-se habitualmente à população ativa, geralmente considerada como constituída por todos os indivíduos com idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos, ainda que a Espanha, o Reino Unido e a Islândia utilizem a faixa etária dos 16-64 anos. A faixa etária dos 15-64 anos corresponde à norma utilizada por outras organizações estatísticas internacionais.

Entre as principais características do emprego, nos termos do LFS, contam-se as seguintes:

  • os trabalhadores por conta de outrem são os indivíduos que trabalham para um empregador público ou privado e que recebem uma compensação sob a forma de ordenados, salários, pagamentos à peça ou em espécie; estão incluídos também os membros não profissionais das forças armadas;
  • os trabalhadores por conta própria exercem a respetiva atividade em empresas, explorações agrícolas ou consultórios próprios. Um trabalhador por conta própria é considerado como estando a trabalhar durante a semana de referência se cumprir um dos seguintes critérios: trabalha com o propósito de auferir lucro; dedica o seu tempo a uma atividade profissional ou a um negócio; ou encontra-se atualmente a lançar uma empresa;
  • a distinção entre trabalho a tempo completo e trabalho a tempo parcial baseia-se geralmente numa resposta espontânea do inquirido. As principais exceções verificam-se nos Países Baixos e na Islândia, onde se aplica um limiar de 35 horas, na Suécia, onde se aplica um limiar ao trabalhador por conta própria, e na Noruega, onde as pessoas que trabalham entre 32 e 36 horas são questionadas se se trata de uma posição a tempo completo ou a tempo parcial;
  • os indicadores para as pessoas com um segundo emprego referem-se apenas a pessoas com mais do que um emprego em simultâneo; as pessoas que mudaram de emprego durante a semana de referência não são contabilizadas como tendo dois empregos;
  • considera-se que um indivíduo empregado tem um emprego temporário se o empregador ou o empregado concordar em que o termo do emprego em questão é determinado por condições objetivas, tais como uma data específica, a conclusão de uma tarefa ou o regresso de um trabalhador que foi temporariamente substituído. São casos típicos: pessoas com emprego sazonal; pessoas recrutadas por uma agência ou uma bolsa de emprego e contratadas por uma entidade terceira para o cumprimento de uma tarefa específica (a menos que haja um contrato de trabalho escrito, de duração ilimitada); pessoas com contratos de formação específicos.

Contexto

As estatísticas do emprego podem ser utilizadas para vários tipos de análises, incluindo as de índole macroeconómica (ou seja, analisar o trabalho como fator de produção), bem como para estudar a produtividade ou a competitividade. Também podem ser utilizadas para estudar toda uma gama de aspetos sociais e comportamentais relacionados com a situação individual no emprego, como a integração social das minorias ou o emprego como fonte de rendimento das famílias.

O emprego é simultaneamente um indicador estrutural e um indicador de curto prazo. Enquanto indicador estrutural, pode fazer luz sobre a estrutura dos mercados de trabalho e os sistemas económicos, medidos pelo equilíbrio entre a oferta e a procura de mão-de-obra ou a qualidade do emprego. Enquanto indicador de curto prazo, o emprego segue o ciclo empresarial; no entanto, tem limites neste contexto, já que o emprego é frequentemente referido como um indicador desfasado.

As estatísticas do emprego estão no cerne de muitas políticas da UE. A Estratégia Europeia de Emprego foi lançada na Cimeira do Emprego no Luxemburgo em novembro de 1997 e revista em 2005 a fim de alinhar mais estreitamente a estratégia de emprego da UE com um conjunto de objetivos de Lisboa revistos, enquanto em julho de 2008 foram atualizadas as orientações para as políticas de emprego para o período de 2008 a 2010. Em março de 2010, a Comissão Europeia lançou a Estratégia Europa 2020 para um crescimento inteligente, sustentável e inclusivo; Esta estratégia foi aprovada pelo Conselho Europeu em junho de 2010. O Conselho Europeu chegou a acordo sobre cinco metas estratégicas, sendo a primeira a de aumentar a taxa de emprego das mulheres e dos homens na faixa etária dos 20-64 para 75 % até 2020. Os Estados-Membros podem fixar as suas próprias metas nacionais à luz destas orientações e elaborar os seus próprios programas de reforma, os quais comportam ações para concretizar os objetivos da estratégia. A implementação da estratégia poderia ser conseguida, pelo menos em parte, através da promoção de condições de trabalho flexíveis — por exemplo, trabalho a tempo parcial ou trabalho a partir do domicílio — concebidas para fomentar a participação na atividade económica. Entre outras das iniciativas que podem incentivar mais pessoas a ingressar no mercado de trabalho incluem-se as melhorias da disponibilidade de estruturas de acolhimento de crianças, proporcionar mais oportunidades de aprendizagem ao longo da vida ou facilitar a mobilidade a nível profissional. A questão da flexisegurança é essencial neste contexto: políticas que incidem simultaneamente na flexibilidade dos mercados de trabalho, na organização do trabalho e nas relações laborais, ao mesmo tempo que atendem à conciliação da vida profissional e privada, à segurança do emprego e à proteção social. Em linha com a estratégia Europa 2020, a Estratégia Europeia de Emprego incentiva a tomada de medidas para ajudar a cumprir três grandes objetivos até 2020, designadamente:

  • 75 % das pessoas na faixa etária dos 20 aos 64 anos com emprego;
  • redução do abandono escolar precoce para menos de 10 % e levar a 40 %, pelos menos, a percentagem de pessoas na faixa dos 30-34 anos com o ensino superior concluído;
  • reduzir em pelo menos 20 milhões o número de pessoas em risco de pobreza e exclusão social.

O ritmo lento da saída da crise económica e financeira e os indícios de subida do desemprego levaram a Comissão Europeia a apresentar, em 18 de abril de 2012, um conjunto de propostas de medidas para fomentar a criação de postos de trabalho através de um pacote específico dedicado ao emprego. Estas propostas, entre outras, incidiram no lado da procura da criação de emprego e definem formas de os Estados-Membros da UE incentivarem a contratação, através da redução da carga fiscal sobre o trabalho ou de apoio à criação de novas empresas. Visaram também identificar domínios de atividade económica com potencialidades de criação de emprego, tais como a economia verde, os serviços de saúde e as tecnologias de informação e comunicação.

Em dezembro de 2012, face ao elevado e crescente desemprego juvenil em vários Estados-Membros da UE, a Comissão Europeia propôs um Pacote de medidas dedicado ao emprego jovem (COM(2012) 727 final). Este pacote constituiu um seguimento das ações destinadas aos jovens previstas no pacote de emprego mais abrangente e elaborou um leque de propostas, incluindo:

  • que todos os jovens até aos 25 anos beneficiem de uma boa oferta de emprego, formação contínua, oportunidades de aprendizagem ou de um estágio no prazo de quatro meses após terem saído do ensino formal ou terem ficado desempregados (uma garantia para a juventude);
  • uma consulta dos parceiros sociais europeus sobre um quadro de qualidade para estágios que proporcionem aos jovens a aquisição de experiência de trabalho de elevada qualidade em condições de segurança;
  • uma aliança europeia para aprendizagem a fim de melhorar a qualidade e as oportunidades de aprendizagem disponíveis, bem como estabelecer formas para reduzir os obstáculos à mobilidade dos jovens.

Os esforços para reduzir o desemprego jovem continuaram em 2013, com a Comissão Europeia a apresentar uma Iniciativa para o emprego dos jovens (COM(144) 144 final) destinada a reforçar e a acelerar as medidas estabelecidas no Pacote para o Emprego Jovem. Visava apoiar, em especial, os jovens que não estudam, não trabalham e não seguem qualquer formação em regiões onde a taxa de desemprego dos jovens é superior a 25 %. Seguiu-se uma outra comunicação intitulada «Trabalhar juntos para os jovens europeus — Apelo à ação contra o desemprego dos jovens» (COM(447) 447 final) destinada a acelerar a implementação da garantia para a juventude e ajudar os Estados-Membros da UE e as empresas para que possam recrutar mais jovens.

Uma das principais prioridades do Colégio de Comissários que tomou posse em 2014 era centrar-se na promoção do emprego, do crescimento e do investimento, com o objetivo de diminuir a regulamentação e utilizar de forma mais inteligente os recursos financeiros e os fundos públicos existentes. Em fevereiro de 2015, a Comissão Europeia publicou uma série de relatórios por país que analisam as políticas económicas dos Estados-Membros da UE e fornecem informações sobre as prioridades dos Estados-Membros da UE para o ano seguinte para estimular o crescimento e a criação de emprego. No mesmo mês, a Comissão Europeia propôs também disponibilizar mil milhões de EUR da Iniciativa para o Emprego dos Jovens em 2015, de modo a aumentar até 30 vezes o pré-financiamento que os Estados-Membros poderiam receber para impulsionar as taxas de emprego dos jovens, com o intuito de colocar até 650 000 jovens em situação de emprego.

Ver também

Mais informações do Eurostat

Publicações

Principais quadros

LFS main indicators (t_lfsi)
Population, activity and inactivity - LFS adjusted series (t_lfsi_act)
Employment - LFS adjusted series (t_lfsi_emp)
Unemployment - LFS adjusted series (t_une)
LFS series - Detailed annual survey results (t_lfsa)
LFS series - Specific topics (t_lfst)

Base de dados

LFS main indicators (lfsi)
Population, activity and inactivity - LFS adjusted series (lfsi_act)
Employment - LFS adjusted series (lfsi_emp)
Unemployment - LFS adjusted series (une)
LFS series - Detailed quarterly survey results (from 1998) (lfsq)
LFS series - Detailed annual survey results (lfsa)
LFS series -Specific topics (lfst)
LFS ad-hoc modules (lfso)
2013. Accidents at work and other work-related health problems (lfso_13)
2012. Transition from work to retirement (lfso_12)
2011. Access to labour markets for disabled people (lfso_12)
2010. Reconciliation between work and family life (lfso_10)
2009. Entry of young people into the labour market (lfso_09)
2008. Labour market situation of migrants (lfso_08)
2007. Work related accidents, health problems and hazardous exposure (lfs_07)
2006. Transition from work into retirement (lfso_06)
2005. Reconciliation between work and family life (lfso_05)
2004. Work organisation and working time arrangements (lfso_04)
2003. Lifelong learning (lfso_03)
2002. Employment of disabled persons (lfso_02)
2000. Transition from school to working life (lfso_00)

Secção especial

Metodologia / Metainformação

Publicações (em inglês)

Ficheiros de metadados ESMS e metodologia IFT UE (em inglês)

Fontes os dados para os quadros e os gráficos (MS Excel)

Ligações externas

Notas

  1. Para a definição de tempo completo/tempo parcial, ver «Fontes estatísticas».