Nos últimos 15 dias, 84% dos hospitais privados de São Paulo tiveram aumento de atendimentos de pacientes com suspeita de Covid em seus pronto socorros. Quando os pacientes são testados, 68% dos estabelecimentos de saúde informam que o crescimento dos casos de Covid fica entre 11% e 20% no pronto atendimento.
Os dados são de uma pesquisa inédita do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp), obtida com exclusividade pelo GLOBO. O levantamento é baseado em respostas de 81 hospitais privados do interior de São Paulo e capital e foi feito entre os dias 10 e 19 deste mês.
Para o médico Francisco Balestrin, presidente do SindHosp, a doença vem acometendo as pessoas em ritmo mais acelerado nos últimos 15 dias. Isso indica, segundo ele, a circulação de novas subvariantes.
Balestrin ressalta que é preciso continuar atento ao potencial do vírus, mesmo com a redução do número de mortes.
— É necessário que a população complete o calendário vacinal com a vacina bivalente e se preocupe em usar máscara em ambientes com alta concentração de pessoas como o transporte público — reforça Balestrin.
A pesquisa destacou a predominância da doença em pacientes em todas as faixas etárias.
Internações
De acordo com o levantamento, em 76% dos hospitais houve crescimento nas internações por coronavírus. O tempo médio de internação dos pacientes Covid-19 em leito clínico é de 5 a 10 dias, segundo a pesquisa.
Em leitos UTI, 92% dos hospitais relatam 5% de aumento nas internações com tempo médio de permanência de até quatro dias.
Questionados sobre quais outras doenças estão levando os pacientes para internação, 35% dos hospitais apontaram doenças crônicas; 32% outras doenças respiratórias; e 18% viroses em geral.
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