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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCINCIAS


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE MINAS

ANDRESSA ILANA S. GALDINO

SCRAPERS

RECIFE
2015

ANDRESSA ILANA S. GALDINO

SCRAPERS

Relatrio
apresentado
como
exigncia parcial de avaliao na
disciplina de Planejamento de
Lavra, no curso de Graduao em
Engenharia de Minas.
Orientador: Prof. Dr. Mrcio Luiz
Barros.

RECIFE - 2015

DEFINIES
Mquina: todo o aparelho que pode produzir um movimento ou por em ao uma
forma de energia;
Implemento: qualquer conjunto que complete uma mquina para a execuo de
um servio especfico;
Equipamento: mquina ou agrupamento formado por duas ou mais mquinas ou
mquina(s) e implemento(s) destinado(s) execuo de um determinado servio;
Acessrio: pea ou conjunto de peas, no essencial operao do equipamento e
que contribui para ao maior conforto segurana ou rendimento operacional do mesmo;
Pea: parte ou elemento unitrio de mquina, de implemento, ferramenta de ataque
ou acessrio;
Instrumento: aparelho de medio e/ou controle;
Sistema: agrupamento de conjuntos para fins especficos, podendo ou no,
Observao: as definies acima foram extradas da terminologia brasileira TB -51.

SCRAPERS
Na lavra de minrio so desenvolvidas importantes etapas com o uso de
equipamentos diversos. sabido que elas ocorrem sistematicamente e, portanto, devem ser
usados equipamentos de forma a completar o ciclo no menor tempo possvel. Sendo assim, o
desmonte/escavao, o carregamento e o transporte devem estar sincronizados entre si.
Todavia, nem todos os equipamentos so, necessariamente, utilizados em uma nica
etapa. o caso do Scraper, sendo um equipamento escavo-transportador. Mas, o que so
esses equipamentos?
So equipamentos capazes de executar a escavao do material, recolhe-lo em uma
caamba, efetuar o transporte deste ao local conveniente e, promover a sua descarga. As mais
antigas escavadoras transportadoras eram as rudimentares ps de arrasto de trao animal
que operavam em terrenos j desagregados atravs de arados (escarificadores). Fig. 1.

Figura 1 P de arrasto

A seguir foram utilizados os cilindros escavadores de trao motorizada, usados para


curtas distncias, em torno de 35 metros e com capacidade de at 2 metros cbicos.
Os scrapers atuais podem ser rebocados ou autopropulsados e so constitudos por
uma caamba, em cujo fundo, so fixadas lminas cortantes responsveis pela escavao do

material. O scraper rebocado consiste numa caamba montada sobre um eixo com dois
pneumticos, rebocada por um trator. O scraper automotriz ou moto-scraper consiste em um
scraper de nico eixo que se apoia sobre um rebocador de um ou dois eixos, atravs do
pescoo.

ELEMENTOS PRINCIPAIS DO SCRAPER


Esse equipamento responsvel pela grande revoluo dos servios de escavao,
transporte, descarga e, espalhamento de materiais, pelo fato de executar todas essas
operaes com um nico operador.
Partes principais de um moto-scraper:

Figura 2 Partes principais de um Moto Scraper

1) Caamba;
2) Lmina;
3) Avental;
4) Ejetor;
5) Rodas;
6) Lmina para trao;
7) Apoio para trao.
Caamba: o recipiente de recebimento e depsito do material escavado,
composto pelo fundo e lados construdos em chapas de ao, podendo, atravs de comandos
dados pelo operador, ser levantada ou abaixada e para o transporte do material e sua
descarga, ficar levantada.
Lminas: situadas na parte inferior da caamba, so responsveis pelo corte do
material de escavao. Nos scrapers de grande e mdio porte, so trs em nmero, podendo
ser substitudas (quando desgastadas pela abraso).
Avental: se constitui na parede dianteira da caamba, tendo a particularidade de
ser mvel. Levantado, proporciona a abertura da caamba para o carregamento (ou descarga).
Abaixado, fecha a caamba.
Ejetor: a parede traseira da caamba, tem um movimento para frente ou para
traz. A finalidade do ejetor mover o material no interior da caamba para esvazi-la durante a
descarga.
Rodas: com pneumticos de grande dimetro e grande rea de contato com o
solo, auxiliam na compactao do material durante a descarga.
Lmina de auxlio para a trao: uma lmina reforada e de tamanho reduzido
que se destina a auxiliar no esforo de trao a outro moto-scraper.
Apoio para a trao: uma armao metlica de grande resistncia que tem a
finalidade de receber o esforo adicional de trao de outro trator ou de outro moto-scraper.

O movimento da caamba, avental e ejetor, dependendo do modelo do scraper e do


sistema adotado pelo fabricante, podero ser acionados atravs de cabos de ao, mbolos
hidrulicos ou motores eltricos.
Principais elementos da caamba:

Figura 3 Elementos principais da caamba

7 - Avental
8 - Ejetor
9 - Lmina de Corte
10 - Pisto Hidrulico
Como funciona o carregamento e descarga de material?
Os comandos de acionamento so executados por pistes hidrulicos de duplo
sentido e acionados por bomba hidrulica de alta presso. A escavao feita pelo movimento
sincronizado da Lmina de Corte que entra em contato com o terreno pelo abaixamento da
caamba, ao mesmo tempo que o Avental elevado com a movimentao gradual do Ejetor. A
carga se faz pelo arrastamento do scraper, com o qual a lmina penetra no solo, empurrando-o
para o interior da caamba.
Carregamento: ejetor recuado, avental elevado, caamba abaixada.

Figura 4 Carregamento do Scraper

Descarga: ejetor em movimento para a frente, caamba elevada, avental elevado.

Figura 5 Descarga do Scraper

Existem tambm equipamentos de pequeno porte, apelidados "caixotes", com os


mesmos princpios de trabalho, cuja descarga executada por um grande giro da caamba,
no existindo o ejetor. Um exemplo so scrapers com capacidade da caamba da ordem de 3
a 4 m3. Em geral so agrupados (dois) e rebocados por um trator agrcola, onde ficam os
controles.

Figura 6 Funcionamento da caamba

TIPOS DE SCRAPER
Scraper convencional, rebocador de 1 eixo:

Figura 7 Scraper rebocador de 1 eixo

o equipamento que, por inovaes introduzidas pelos fabricantes, carrega a


caamba sem necessidade de um trator auxiliar.
Uso: Para distncias mdias e curtas, terrenos de compacidade mdia ou baixa,
rampas < 15 %, terrenos com bom suporte e pouco afundamento (baixa resistncia ao
rolamento).
Moto scraper convencional, rebocador de 2 eixos:

Figura 8 Scraper rebocador de 2 eixos

Possui dois motores tendo todas as suas quatro rodas motoras com fora de trao
suficiente para efetuar o seu prprio carregamento.
Uso: Distncias mdias e grandes, terreno compacidade mdia ou baixa, rampas at
10 %, terrenos bom suporte e afundamento < 15% (baixa resistncia ao rolamento).
Moto-scraper com esteira elevadora:

Figura 9 Moto-scraper com esteira elevadora

Nessas unidades a carga da caamba executada por uma esteira que eleva o
material escavado lanando-o no interior da mesma.
Uso: Distncias curtas e mdias, terrenos pouco compactos, solo solto, rampas
pequenas (<10 %), terrenos com bom suporte e pouco afundamento (baixa RR).

Moto-scraper twin :

Figura 10 Moto-scraper twin

Moto-scrapers com 2 motores que possui o eixo traseiro tambm provido de fora
motriz , ou seja, motores geminados que funcionam em conjunto.
Uso: Distncias mdias, terrenos compactos, rampas < 30 % (mdias e fortes),
terrenos de baixa cap. De suporte e alta resistncia ao rolamento.
Scraper rebocado por trator:
Quando a aderncia estiver baixa (patinagem das rodas) ou a potncia disponvel for

insuficiente, usa-se trator de esteira ou de rodas para auxiliar no carregamento, denominandose esta operao de Pusher.
1) Carga pela trao de um trator de esteiras: nesse caso o equipamento por si s
executa a escavao, a carga, o transporte e a descarga do material.

Figura 11 Scraper rebocado por trator de esteiras

Uso: Distncias curtas, terrenos compactos, fortes rampas (> 30 %), terrenos de baixa
capacidade de suporte e alta resistncia ao rolamento.
2) Aplica-se ao scraper que tracionado pelo trator de rodas que no disponha de
suficiente fora de trao.

Figura 12 Scraper rebocado por trator de rodas

Moto Scraper com operao em Push-Pull:

Figura 13 Scraper em arranjo push-pull

Na operao Pusher-Pull so utilizados motoscrapers com dois motores e trao nas


quatro rodas. Como a fora de trao nas quatro rodas ainda no suficiente, criou-se um
dispositivo em forma de gancho que acopla um motoscraper ao outro. Dessa forma o esforo
das 8 rodas dos dois motoscrapers acoplados utilizado para carregar um dos scrapers e em
seguida o outro. Os motoscrapers se acoplam e se ajudam mutuamente na operao de
carregamento. Enquanto a mquina da frente carrega, auxiliada pela outra que fornece o
esforo trator adicional necessrio. Posteriormente a mquina da frente traciona o outro

motoscraper, para o seu carregamento. Completado o carregamento dos dois, se faz o


desengate e as unidades se dirigem, isoladamente, ao local de descarga.

SELEO DE SCRAPER
CONV 1
CONV 2
EL
PP
MT-TR
SR

scraper convencional
scraper convencional c / rebocador de 2 eixos
scraper com esteira elevatria
push-pull
motor traseiro , trao em todas as rodas
scraper rebocado por trator de esteiras

Todos os equipamentos mencionados podem transportar argila, areia, pedregulho


mido e grado. Mas os scrapers EL e PP no so indicados para o uso com rocha
escarificada ou dinamitada. (desgaste).

Seleo conforme o afundamento dos pneus e a resistncia ao rolamento:


Causas de resistncia ao rolamento: atrito interno, atrito roda x piso, afundamento
causa subida permanente.
Para afundamento de pneus na pista de trabalho at 10 cm, ou resistncia ao
rolamento at 85 kg/ tonelada, qualquer dos equipamentos pode ser usado.
Se o afundamento for maior que 25 cm, ou a resistncia a rolamento maior que 183
kg/ t , apenas o SR apresenta rendimento. At esse ltimo limite, recomenda-se PP e MT-TR.
Afundamentos entre 10 e 15 cm ou resistncias ao rolamento de 85 a 117 kg/t indicam o uso
de scrapers convencionais (1 e 2).

Capacidade de vencer rampas:


Scrapers de dois eixos com pouco peso nas rodas motrizes : at 10 %
Scrapers de um eixo : at 15 %

Scrapers TR e PP : aproximadamente at 30 %
Scrapers SR ( rebocados por Trator de esteiras) : at 40 %

FORA DE TRAO
Para saber se um equipamento pode se locomover em um terreno em funo das
condies de servio, como so resistncia ao rolamento, resistncia de rampa, altitude do
local e aderncia ao terreno, devem ser conhecidas as foras opostas ao movimento e
comparadas estas, s foras de trao disponveis nas diversas marchas do sistema de trao.
RESISTNCIA TOTAL AO MOVIMENTO DE UM EQUIPAMENTO
A resistncia total pode ser decomposta em:
1.
resistncia ao rolamento;
2.
resistncia de rampa;
3.
resistncia de inrcia; (pequena e difcil de dimensionar );
4.
resistncia do ar atrito e presso frontal (desprezvel).
A resistncia de inrcia surge quando o veculo sofre variao na velocidade (freada
ou acelerao). Para reduzi-lo, o modo mais prtico reduzir as causas, suavizando o trajeto
dos equipamentos (principalmente veculos de transporte).
Detalhando a resistncia de rampa:

R rampa = P cos () : simplificamos o clculo expressando em porcentagem e


fazendo
R (em Kg) = 10 x P (em toneladas) x ( aclive em porcentagem )

P. exemplo: se = ang tg( 15/100) , aclive % = 15/100 = 0,15


R = 10 x P x 0,15
A resistncia total ao movimento ser expressa por
RT = R rolamento + R rampa
(desprezamos os outros fatores, muito pequenos)

costume calcular separadamente o peso P2 sobre o eixo trator, para facilitar o


clculo da aderncia (semelhante ao atrito).
Conhecido o coeficiente de aderncia A e o peso P2 do trator, calculamos a fora de
aderncia Fa = P2 x A.
Se RT > Fa , as rodas tratoras patinam e o veculo no se move.
Facilidade de Escavao com scrapers em terreno natural:
Terrenos muito compactos: use scraper rebocado por trator de esteiras, ou motor
traseiro com trao em todas as rodas.
Menos compactos: convencionais. Os "cavalos" (tratores) de pior desempenho
quando h pouca aderncia so os de dois eixos.
Sobre os tratores de rodas puxando scraper:
Como ambos se deslocam sobre rodas, h que considerar o peso do trator e o do
scraper, vazio ou carregado. Calcular resistncia ao rolamento, resistncia/assistncia de
rampa, distribuio do peso , aderncia.
A resistncia ao rolamento no afeta os tratores de esteiras ...
Resumo:
Motoscraper convencional , rebocador de 1 eixo: Para distncias mdias e curtas, terrenos
de compacidade mdia ou baixa, rampas < 15 %, terrenos com bom suporte e pouco
afundamento (baixa resistncia ao rolamento).
Motoscraper convencional , rebocador de 2 eixos: Distncias mdias e grandes, terreno
compacidade mdia ou baixa, rampas at 10 %, terrenos bom suporte e afundamento < 15%
(baixa resistncia ao rolamento).
Motoscraper com elevatrio: Distncias curtas e mdias, terrenos pouco compactos, solo
solto, rampas pequenas (<10 %) , terrenos com bom suporte e pouco afundamento (baixa RR)
Motoscraper (twin) : Distncias mdias, terrenos compactos, rampas < 30 % (mdias e
fortes), terrenos de baixa cap. De suporte e alta resistncia ao rolamento.
Scraper rebocado SR por trator de esteiras: Distncias curtas, terrenos compactos, fortes
rampas (> 30 %), terrenos de baixa capacidade de suporte e alta resistncia ao rolamento.
COMPARAES ALTERNATIVAS
Os fatores que mais influem no desempenho de equipamentos escavotransportadores so: distncia de transporte e resistncias ao movimento das mquinas. O
grfico a seguir orienta uma seleo baseada nesses fatores.

(grfico baseado em Ricardo e Catalani: Manual Prtico de Escavao)

Algumas vezes as mquinas so usadas em condies diferentes das mais


favorveis segundo esse grfico. Fatores teoricamente menos importantes podem predominar
em condies especiais, conforme anlise de produo e custo, no disponibilidade
momentnea de um recurso, trabalhos de curta durao, etc.

ADERNCIA
A aderncia a capacidade que tem as rodas motrizes (ou esteiras) de um
equipamento de aderirem ao terreno.
A aderncia varia de acordo com o peso aplicado pelas rodas motoras (ou esteiras),
pelo desenho e da forma da banda de rodagem (ou forma e dimenses das garras da esteira),
tipo e condies da superfcie do terreno.
Quando as rodas ou esteiras giram em falso (patinam) a aderncia insuficiente.
Maneiras usadas para aumentara a aderncia:
a) Aumentar o peso sobre as rodas de trao;
b) Aumentar o nmero de rodas de trao;
c) Melhorar as condies do terreno;
d) Colocar correntes nas rodas de trao.
Peso transmitido ao solo por alguns tipos de propulsores:
a) Scraper rebocado por trator de esteiras: Considera-se somente o peso total do trator
b) Scraper rebocado por trator de rodas: Somente considerado o peso que transmitido
pelas rodas de trao
c) Scraper apoiado no trator de rodas: Aproximadamente 40 % do peso do trator +
Scraper +carga
d) Moto Scraper com trao em duas rodas: Aproximadamente 60 % do peso do moto
Scraper + carga
e) Moto Scraper com trao em quatro rodas: Considera-se o peso total do conjunto moto
Scraper + carga

PRODUO HORRIA
A produo horria do equipamento escavador transportador pode ser calculada pela
expresso:
Ph = 60.C.E. /T
Sendo:
Ph = Produo horria em m3, de material escavado;
C = Capacidade nominal ou rasa do escreiper, em m3;
E = Eficincia do trabalho. Usar:
E = 0,8 (trator de esteiras);
E = 0,7 (trator de rodas).
= Fator corretivo para a obteno do volume escavado obtido na Tabela VIII.
T = Tempo de ciclo.
O fator leva em conta a compactao que o material escavado sofre ao ser
colocado na caamba. Esse valor multiplicado pelo volume interno da caamba (ou nominal)
fornece o volume, realmente, escavado.
Outra forma de obter o volume escavado (menos exata, no caso) poderia ser obtida
pelo produto do volume empolado da caamba com o fator f, porm no se est, ento,
considerando a compresso do material na caamba.
Tempo de ciclo: T = tf + tv
O tempo fixo (tf) pode ser obtido como segue:
tf = 2,5 minutos, para C 11,7 m3;
tf = 3,0 minutos, para C 11,7 m3;
tv = 0,06 (dn/vn)

TABELA VIII
Fator de enchimento da caamba
= 0,95
= 0,85
= 0,75
Argila calcrea
Argila
Areia limpa
Argila arenosa
Terra vegetal
Pedregulho fino e solto
Terra negra
Rocha argilosa
Argila mida
Terra comum compacta
Solo de dunas
Pedregulho com argila

TCNICAS DE MANUSEIO
CARREGAMENTO
OUTROS TIPOS DE CARREGAMENTO:
Carregamento com pusher : (do ingls pusher: que empurra)

Carregamento em push-pull :

Carregamento em push-pull duplo (geralmente o peo o chama push-pull triplo):

TCNICAS DE CARREGAMENTO
.
Usar pusher sempre que scrapers tenham mais de 10 m3. Equipamento com
potncia adequada, no auxlio do carregamento, paga-se por si mesmo;
.
Evitar congestionamento no corte. rea ampla. prefervel excesso de pusher
que atrasos;
. Escavar no sentido do transporte, rampas inclinadas nesse sentido (descendo) ;
. Comear corte sem o pusher, at patinar. (reduz at 40% do tempo de carga);
. Cortar em faixas alternadas;
. No usar velocidades elevadas no transporte: segurana;
.
Sempre que possvel, atacar dois aterros (e/ou cortes) ao mesmo tempo, para
evitar retornos e manobras; ver "combinao de ciclos" mais adiante, em "transporte";
.
Aproveitar ociosidade do pusher, escarificando (principalmente com material
argiloso) ou fazendo a manuteno do piso da rea de carregamento;
.
Coroar (encher at o limite mximo) o motoscraper no significa aumentar a
produtividade, pelo tempo que gasta (principalmente se outro motoscraper j estiver espera
do pusher);
.
Espessura de corte: por experimentao, verificar com qual o tempo de
carregamento mais breve;
.
Em terrenos muito compactos, deixar o motoscraper no neutro, e a fora para o
pusher.
. S fazer o pusher em linha reta, jamais em curva;
. Ao final da carga, elevar lentamente a caamba, para evitar degraus;
.
Conferir o tempo timo de carregamento em toda mudana de condio do
trabalho.

TRANSPORTE
Alm do carregamento e descarga do material, temos tambm o transporte do
mesmo, que se d da seguinte forma: caamba elevada, ejetor recuado, avental abaixado.

Figura 14 Transporte de material

o mais importante, pois os tempos gastos no transporte so os maiores do ciclo.


. As pistas devem ter largura suficiente (trs vezes a largura da maior mquina) e
serem bem conservadas (com motoniveladoras, e tratores, quando necessrio) , sem
irregularidades e bem drenadas (fazer caimento de 1 a 2%). Seno, perde-se na velocidade, e
o choques e impactos reduzem a vida til das maquinas, pneus, etc., alm de aumentar o
desgaste dos operadores, que passam a produzir menos. As pistas devem tambm ter boa
capacidade de suporte e pequeno afundamento.
.
Se a poeira comear a incomodar, "apag-la" com caminhes pipa; alm de
segurana, item de conservao do equipamento e evita perda de produo; gua com
cloreto de clcio tambm ajuda, por reter a umidade natural;
. Evitar curvas fechadas e/ou de baixa visibilidade: provocam reduo de velocidade
e acidentes. No sendo possvel, alocar sinalizadores.
.
Treinar operadores para utilizarem marcha mais elevada possvel, dentro da
segurana (maior velocidade) , e acionar o retardador nos longos declives.
. Respeitar acima de tudo a segurana. .Projetar com cuidado as pistas e os ciclos,
se possvel combinando ciclos individuais para eliminar manobras e bales.

COMBINAO DE CICLOS

Ciclos individuais : (Exemplo simples)

Ciclo combinado:

DESCARGA:

No se admite qualquer atraso na descarga efetuada por moto-scrapers.


. Na execuo de um aterro, obrigatrio que as unidades de espalhamento, alm
espalhar o material na espessura de projeto, mantenham a rea de descarga em condies
exemplares de nivelamento e drenagem.
.
A rea de manobras deve ser ampla para que no haja perda de tempo para o
incio do retorno.
.
Deve ser providenciado nmero suficiente de praas de trabalho de forma que
sempre haja onde descarregar, e encarregados de aterro indicam por sinais aos operadores,
os locais onde deve ser feita a descarga.
. Mesmo no caso de "bota-fora", tratores devem manter todo o trajeto das unidades
de transporte em perfeitas condies.

VANTAGENS x DESVANTAGENS
Vantagens:
a) Economia de tempo na execuo dos servios;
b) Baixo custo de operao;
c) Simplicidade de operao;
d) Elevada produo.
Desvantagens:
a) Equipamento de grande porte;
b) Custo elevado de aquisio;
c) Custo elevado de manuteno;
d) Somente apresentam vantagens financeiras se usados de forma contnua.

BIBLIOGRAFIA
Ricardo ,Hlio de Souza e Catalani , Guilherme - Manual Prtico de Escavao, Pini Editora
Senso, Wlastermiler de - Terraplenagem EP USP, 1975
Silveira, Araken Terraplenagem Universudade de S. Carlos , 1971
Manual de Produo da Caterpillar (1995). Edio 26.
Apostila do Prof. Luiz Cezar Duarte Pacheco, da Faculdade de Engenharia da Universidade
Federal de Juiz de Fora.
Apostila do Prof. Gil Carvalho Paulo de Almeida, da Faculdade de Engenharia da
Universidade Federal de Juiz de Fora.

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