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Definição
Conflitos de leis
Método de resolução indireto (REGRAS DE CONEXÃO): não resolve a
questão, só indica o Estado que devemos procurar
o Assim, não fala se a lei é a melhor e/ou mais justa, só define a lei
segundo o Estado adotado
o LINDB (Lei de Introdução as Normas do Direito Brasileiro)
1- Estatuto Pessoal (direitos da personalidade)
a. Nacionalidade
b. Residência/domicilio
2- Bens
3- Obrigações
4- Sucessão
o Exceção da ordem pública: serve de barreira para quando uma lei
derivada da regra de conexão se mostrar muito diferente do costume
domestico
Método direito: diferente do método indireto, já oferece resoluções para as
questões multiconectadas
o CISG (Convenção de Viena sobre os Contratos de Compra e Venda
Internacional de Mercadorias
Regras para a regência de compra e venda de mercadorias
Afasta a LINDB
Soluções para antinomias1
Critério de especialidade
Conflitos de jurisprudência
gira em torno da competência do Judiciário na solução de situações que
envolvem pessoas, coisas ou interesses que extravasam os limites de uma
soberania. À competência jurisdicional internacional está ligado o tema do
reconhecimento e execução de sentenças proferidas no estrangeiro.
o Poder do Estado de conhecer e solucionar controvérsias
Conflito positivo (tipo de conflito)
o Quando há mais de uma jurisdição que se apresenta como apta para
solucionar uma questão jurídica
o Imposição do mais forte sobre o mais fraco consequentemente, é
mais vantajoso para uma parte do que para outra
o Há uma preocupação com quem (Estado) que irá julgar e não apenas
a lei que será escolhida
Conflito negativo (tipo de conflito)
o Nenhum Estado/jurisdição disposto a resolver o conflito
o Problema: ausência de justiça
Jurisdição direta (divisões dos estudos)
o Estado indicando quais são as questões que seus juízes podem julgar
o Arbitragem
A arbitragem se inicia pela celebração da convenção de
arbitragem, gênero que admite duas espécies: a cláusula
compromissória e o compromisso arbitral.
A cláusula compromissória é o negócio jurídico que prevê
a sujeição à arbitragem de qualquer litígio futuro
vinculado a determinada relação jurídica, ordinariamente
de natureza contratual.
1
A antinomia é a presença de duas normas conflitantes, válidas e emanadas de autoridade competente, sem
que se possa dizer qual delas merecerá aplicação em determinado caso concreto (lacunas de colisão).
O compromisso arbitral é o ajuste firmado diante de um
conflito já existente, por força do qual as partes acordam
submeter sua disputa à arbitragem.
A diferença essencial entre a cláusula e o compromisso arbitral
reside justamente no momento de sua celebração: a primeira é
anterior a qualquer disputa e o segundo é instituído em face de
um litígio concreto.
o Imunidade de jurisdição
Princípio do direito internacional que impede um Estado de
exercer sua jurisdição se há outras jurisdições
Jurisdição indireta (divisão dos estudos)
o O Estado reconhece atos praticados por autoridades estrangeiras
Ex. sentença de um juiz estrangeiro sendo reconhecida no Brasil
Representa a cooperação jurídica internacional
É a posteriori: primeiro há a sentença, depois a jurisdição é
decidida
o Cooperação passiva
o recebimento do pedido de extradição
o Cooperação ativa
o procedimento de requisição de indivíduo a Estado estrangeiro
A cooperação jurídica internacional pode ser feita pela via diplomática (mais
burocrática porém mais estabelecida) ou pelas autoridades centrais (mais
velozes)
o O contato entre autoridade judiciais é a via direta
Possibilidade de reconhecimento de ações estrangeiras
o Homologação de sentença estrangeira (decisão definitiva)
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
I – Processar e julgar, originariamente: (...)
o i) a homologação de sentenças estrangeiras e a
concessão de exequatur às cartas rogatórias (...)”
o Carta rogatória (decisões interlocutórias, não definitivas)
é uma forma de comunicação entre o judiciário de países
diferentes, com objetivo de obter colaboração para prática de
atos processuais.
Trata-se de um instrumento jurídico de cooperação processual
entre países. Muito parecido com a carta precatória, a principal
diferença é que, no caso da rogatória, o processo está
tramitando em um país e o ato processual tem que ser cumprido
em outro.
tem por objetivo a realização de atos e diligências processuais
no exterior, como, por exemplo, audição de testemunhas.
Auxilio direto
o auxílio direto tem como requisito decisão de autoridade
nacional que, à luz do direito brasileiro, determinará a
possibilidade do pedido
Nacionalidade
cuida da caracterização nacional de cada Estado, das formas originárias e
derivadas de aquisição da nacionalidade, da sua perda e reaquisição, dos
conflitos positivos e negativos, ocasionando, respectivamente, a dupla
nacionalidade e a apatridia, dos efeitos do casamento sobre a nacionalidade
da mulher e das eventuais restrições aos nacionais por naturalização.
dimensões
o vertical: vinculo político e jurídico do indivíduo com o Estado (a ligação
do indivíduo com o Estado a que pertence)
o horizontal: faz do nacional membro de uma comunidade, da população
que constitui o Estado.
Conflitos
o Positivo: múltiplos Estados reconhecem o vinculo
o Negativo: nenhum Estado reconhece esse vinculo
Tipos (diferenciação pelo momento da atribuição)
o Nacionalidade originaria: o ius soli – aquisição de nacionalidade do
país onde se nasce – e o ius sanguinis – aquisição da nacionalidade
dos pais à época do nascimento
o Nacionalidade derivada (manifestação da vontade): ocorre por via da
naturalização – voluntária ou, em tempos idos, também imposta e, em
certos países, por meio do casamento; o ius domicilii e o ius laboris
têm especial destaque na aquisição derivada da nacionalidade.
História
Modernidade (XIX)
Códigos de direito passam a conter tipificações sobre DIPRI Consequência
da Paz de Westfalia e do Estado Moderno como fonte do Direito
Codificações pioneiras:
o Prússia
o França
o Itália
o Alemanha
Joseph Story (Juiz da Suprema Corte norte-americana): sistematizador do
DIPRI
o Foi o primeiro a empregar a denominação “Direito Internacional
Privado” e, não aceitando a divisão da matéria em estatutos pessoais,
reais e mistos, como o faziam os autores europeus de sua época,
versa os inúmeros temas separadamente, como delineara em sua aula
inaugural.
o Noção de que a aplicação do direito estrangeiro se faz na busca da
boa justiça
É uma prerrogativa do Estado soberano aplicar a lei estrangeira,
mas é dever usar a lei de fora se ela melhor se adequar
Friedrich Carl Von Savigny (Professor da Universidade de Berlim) membro do
Instituto de França, escreveu System des heutigen Romischen Rechts –
Sistema do Direito Romano atual em que se concentra no direito privado de
sua época à luz de suas origens no direito romano
Comunidade de direito entre os diferentes povos, segundo o
qual, para encontrar a lei aplicável a cada hipótese há que
determinar para cada relação jurídica o direito mais de
conformidade com a natureza própria e essencial desta relação
busca independe da soberania do Estado
o Discorda das teorias territorialistas
o Quanto mais as relações entre os diversos povos se ampliam, mais
nos devemos convencer da necessidade de renunciar ao princípio da
exclusão, para adotar o princípio contrário. O interesse dos povos e
dos indivíduos exige igualdade no tratamento das questões jurídicas,
de
o forma que em caso de colisão de leis a solução venha a ser
sempre a mesma, seja em que país se realizar o julgamento.
Pasquele Mancini (criador do moderno Direito Internacional Privado italiano,
fundador e presidente do Instituto de Direito Internacional)
o A celebração de tratados soluciona a ambiguidade do DIPRI. Portanto,
cria o Instituto de Direitos Internacional, buscando o direito uniforme
entre os Estados
o Acreditava que seria formada uma comunidade internacional
naturalmente
o Defende o direito dos estrangeiros: o tratamento dos estrangeiros não
pode depender d a comitas e da vontade soberana e arbitrária de cada
Estado
o nacionalidade como critério determinador da lei a ser aplicada à
pessoa em todas as matérias atinentes a seu estado e à sua
capacidade, contrariamente ao princípio de Savigny, que optara pelo
domicílio.
o Para Mancini certas questões serão sempre, necessariamente, regidas
pela lei da nacionalidade da pessoa – o estado e a capacidade, as
relações de família e as sucessões – este é o princípio da
Nacionalidade. Já as questões atinentes aos bens, assim como aos
contratos e demais obrigações podem ser regidas pela lei que a
pessoa escolher, são as leis supletivas, que compõem o princípio da
Liberdade.
J. Jitta (Holanda)
o substituiu a noção da comunidade jurídica dos povos pela da
comunidade jurídica do gênero humano, que veio a ser conhecida mais
tarde como a “sociedade internacional”. A grande contribuição do
autor holandês foi a distinção que elaborou entre o “método
individual” e o “método universal”
o O método individual, diz Jitta, “se caracteriza por seu ponto de partida
e por sua maneira de considerar o problema de nossa ciência: coloca-
se no ponto de vista de um determinado Estado e tem por fim o
cumprimento do dever deste Estado com relação aos indivíduos que
constituem a sociedade jurídica universal.
o Já o método universal utiliza-se de prisma totalmente diverso,
trabalhando com pontos de partida e chegada diferentes: parte ele do
conjunto de Estados que têm o dever comum de assegurar a
manutenção do Direito Privado mediante regras jurídicas destinadas a
obter sua aplicação em toda a humanidade, cabendo a este conjunto
de Estados o dever de assegurar, mediante regras positivas e
mediante uma organização internacional da administração da Justiça,
o reinado do direito nas relações sociais que se formam entre os
indivíduos
Fontes materiais
Evento social que faz surgir a necessidade de uma ordem jurídica
o Relação jurídica multiconectada
Fonte formal
Órgão que produz a norma jurídica
o Estatuto do CIJ (art. 38)
Tratados
Costume internacional
Princípios gerais do direito “reconhecidos por nações civilizadas”
Jurisprudência
Doutrina (atos unilaterais de Estados e deliberações vinculantes
de órgãos internacionais)
Soft law
Tratados
codificação geral: tentar codificar tudo do DIPRI
codificação temática: codifica áreas especificas
codificação direta: especialidade
codificação indireta: regra indireta
codificação geográfica: globais ou regionais
A principal fonte de Direito Internacional Privado no Brasil é a Lei de Introdução às
Normas do Direito Brasileiro (LINDB — Lei 12.376, de 30/12/2010), antiga Lei de
Introdução ao Código Civil (LICC -Decreto-Lei 4.657/42), que reúne, entre os artigos
7 e 19, as regras básicas da matéria no ordenamento jurídico pátrio.
Leis específicas também tratarão de questões de Direito Internacional
Privado, como a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB) e
a Lei 9.307/96 (Lei de Arbitragem), atualizada pela Lei 13.129/2015.
Costume Internacional
o é uma prática reiterada a partir da percepção de sua obrigatoriedade
o ex: imunidade jurisdição
Princípios gerais do Direito
o comuns aos Estados (se encontram aplicados no direito interno de
todos os Estados)
o DIP (previsto em tratados)
Jurisdição Internacional
o Decisões e ações de cortes internacionais e tribunais
o Fertilização cruzada: quando juízes aproveitam de decisões de juízes
de outra jurisdição (quase informal)
o DIPRI não tem um tribunal específico
Soft Law
o normas de cumprimento não obrigatório, não vinculantes
o alguns pensadores tradicionais não reconhecem como DIPRI, mas são
muito influentes para serem ignorados pelos contemporâneos
o não tem garantia de reciprocidade, crucial em tratados
LINDB (1942)
Estatuto Pessoal
Lei do domicílio (países que recebem migrantes porque é mais fácil ao juiz
aplicar sua própria lei / é considerado mais próximo da autonomia da vontade)
vs. Lei da Nacionalidade (países que enviam migrantes porque permite a
manutenção do vínculo com o Estado / é considerado mais estável porque é
mais difícil mudar a nacionalidade)
Territorialidade: o juiz aplica sua lei qualquer que seja o domicílio ou a
nacionalidade do individuo
o Ex. antiga URSS usava sua lei para reger o estatuto pessoa de
qualquer pessoa
No Brasil o nosso critério é o de domicílio à art. 7 da Lindb (Lei de Introdução
às normas do Direito Brasileiro.)
Lei de Domicilio
Elemento objetivo: residência do individuo
Elemento subjetivo: o ânimo (intenção) de ali permanecer
Art. 70 ao 75 do Código Civil: definição de domicilio
o Art. 71: residência alternada (pessoa com várias residências onde,
alternadamente, viva): considera o domicílio para os atos praticados
nos respectivos países
o Quando não tem domicílio considera-se o local da residência
o Se não tem residência, considera-se o local no qual foi encontrado
O domicílio é um conceito jurídico (é preciso olhar para o código civil para
entendê-lo) e a residência um conceito fático (pode ser observada sem o
auxílio do direito)
Conceito de domicilio da pessoa jurídica
o Nacionalidade da pessoa jurídica: vínculo administrativo (ex. local onde
a empresa está sediada)
o Duas possibilidades para o domicílio (regência)
Lei do local onde ela foi constituída (onde foram registrados
seus atos de construção)
Ex. sociedade limitada no Brasil
Lei do local onde tem sua sede
o Brasil: a pessoa jurídica construída no Brasil deve ter sede no Brasil,
mas isso não funciona em outros Estados, exemplo uma empresa
britânica pode ter sede na suíça
Em questões multiconectadas: Lei do local de construção
Ex. empresa construída na Flórida, mas sediada na barra
da tijuca lei americana
Mas, o contrário não seria possível porque se foi
construída no Brasil, a sede também deve ser aqui
Domicilio do Chefe de Família
o Se estende aos dependentes (retrogrado)
o MAS: Art. 226 & 5 DA Constituição em conjunto com o Art. 7 & 7 lindb:
na verdade a extensão deve partir de ambos os pais que em comum
acordo devem definir
Casamento
Capacidade para casar-se: não foge da regra principal (Lei do Domicílio do
indivíduo)
Impedimentos e formalidades
o aplica-se a lei do local no qual o casamento foi realizado (pode ser
biliteral)
o Vários domicílios: Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá nos
casos de invalidade do matrimônio a lei do primeiro domicílio
conjugal. ANULADO PELO STF (considera-se o local de realização)
o Lei da nacionalidade: caso seja realizado perante autoridade
diplomática ou consular
Regime de Bens
§ 4o O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que
tiverem os nubentes domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio
conjugal.
Ou seja, aplicamos a lei do domicílio conjugal
E o estrangeiro casado?
o § 5º - O estrangeiro casado, que se naturalizar brasileiro, pode,
mediante expressa anuência de seu cônjuge, requerer ao juiz, no ato
de entrega do decreto de naturalização, se apostile ao mesmo a
adoção do regime de comunhão parcial de bens, respeitados os
direitos de terceiros e dada esta adoção ao competente registro.
(Redação dada pela Lei nº 6.515, de 1977)
Hoje o regime de bens não é mais imutável
o Desde que seja apresentada causa justa e não cause danos a
terceiros
o Assim o § 5º perde importância
Dissolução do regime matrimonial no Brasil
Primeira versão da LINDB (42): o brasileiro não teria reconhecido aqui o seu
divórcio e impedia que o estrangeiro com divórcio reconhecido no Brasil
pudesse casar-se novamente no Brasil
Mas, o direito brasileiro vai evoluindo
o Emenda constitucional 9/77: o divórcio pode ser reconhecido no Br
após três anos da separação judicial
O legislador adapta a regra da LINDB a essa nova mudança à
exige que entre o pedido de reconhecimento dessa decisão e a
decisão de fato tenha passado 3 anos
o Constituição de 88: apenas um ano da separação judicial ou separação
de fato de dois anos
A LINDB parou aqui (1 ano para reconhecimento da separação)
§ 6º O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os
cônjuges forem brasileiros, só será reconhecido no Brasil depois
de 1 (um) ano da data da sentença, salvo se houver sido
antecedida de separação judicial por igual prazo, caso em que a
homologação produzirá efeito imediato, obedecidas as
condições estabelecidas para a eficácia das sentenças
estrangeiras no país. O Superior Tribunal de Justiça, na forma
de seu regimento interno, poderá reexaminar, a requerimento do
interessado, decisões já proferidas em pedidos de homologação
de sentenças estrangeiras de divórcio de brasileiros, a fim de
que passem a produzir todos os efeitos legais. (Redação dada
pela Lei nº 12.036, de 2009).
o EC 66/10: sem necessidade temporal
Parágrafo 6 do art. 7 deve ser ignorado
Lei aplicável a divórcio
o não há dispositivo na LINDB que fale sobre, então devemos
reconhecer a doutrina
o Lei de domicílio (último domicílio conjugal)
Autoridades consulares
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11366243/artigo-18-do-decreto-lei-n-4657-de-
04-de-setembro-de-1942
Bens
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11367157/artigo-8-do-decreto-lei-n-4657-de-04-
de-setembro-de-1942
Regra geral: lei do país no qual o bem estiver situado
Obrigações
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11367039/artigo-9-do-decreto-lei-n-4657-de-04-
de-setembro-de-1942
Regra geral: lei do país em que se constituírem (local no qual foi assinado/
ocorreu)
o Obrigação contratual: estabelecida por contrato
o Obrigação extracontratual: gerada por um ato ilícito
Sucessão
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11366946/artigo-10-do-decreto-lei-n-4657-de-04-de-
setembro-de-1942
O juiz ao aplicar uma lei estrangeira se apoia nesse conteúdo para afastar
qualquer questão que afete a ordem pública
Não existe uma definição de qual é o conteúdo da ordem pública
Obrigações contratuais
Arbitragem
Sucessões
21/06 – Nacionalidade
Aplicação da Lei Estrangeira: como o juiz deve agir quando se vê diante de uma
regra do DIPRI que manda ele aplicar a Lei estrangeira
Qual a natureza jurídica (o que é a lei estrangeira)
Como vai provar
Como deve interpretar
A natureza jurídica
Direito propriamente dito: a lei estrangeira tem o mesmo vigor quanto a lei
brasileira
Mero fato: encara a lei estrangeira como fato que deve ser provado
o Consequência pratica: a parte interessada na aplicação da lei
estrangeira deve, nesse caso, provar o seu conteúdo. Se a parte não
consegue provar, o juiz não está obrigado a usa-la
Art. 14 da LINDB
o Não conhecendo a lei estrangeira, poderá o juiz exigir de quem a
invoca prova do texto e da vigência.
Mas, no Brasil devemos considerar a lei estrangeira como direito
propriamente dito e não mero feto
o Código do processo civil
Art. 376. A parte que alegar direito municipal, estadual,
estrangeiro ou consuetudinário provar-lhe-á o teor e a vigência,
se assim o juiz determinar.
Ou seja, iguala o direito estrangeiro ao direito interno
o Convenção interamericana sobre regras gerais de DIPRI
Art. 2. Os juízes e as autoridades dos Estados Partes ficarão
obrigados a aplicar o direito estrangeiro tal como o fariam os
juízes do Estado cujo direito seja aplicável, sem prejuízo de que
as partes possam alegar e provar a existência e o conteúdo da
lei estrangeira invocada
ATENÇÃO: apenas entre Estados contratantes
Qualificação do bem
A lei estrangeira também vai ser usada para saber se o bem é de fato um
bem
Dupla qualificação: no Brasil, houve uma qualificação prévia segundo a lei
brasileira (lex coju) revisão da qualificação segundo a lei estrangeira (lex
causa)
o Art 7. LINDB: Lex Coju
o Art. 8. LINDB: Lex causa
Art. 8o Para qualificar os bens e regular as relações a eles
concernentes, aplicar-se-á a lei do país em que estiverem
situados.
§ 1o Aplicar-se-á a lei do país em que for domiciliado o
proprietário, quanto aos bens moveis que ele trouxer ou
se destinarem a transporte para outros lugares.
§ 2o O penhor regula-se pela lei do domicílio que tiver a
pessoa, em cuja posse se encontre a coisa apenhada.
o Art. 9. LINDB: Lex causa
Art. 9o Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei
do país em que se constituirem.
§ 1o Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil
e dependendo de forma essencial, será esta observada,
admitidas as peculiaridades da lei estrangeira quanto aos
requisitos extrínsecos do ato.
§ 2o A obrigação resultante do contrato reputa-se
constituída no lugar em que residir o proponente.
Instituição estrangeira desconhecida
Algo que existe na lei estrangeira indicada pela regra do DIPRI mas não
existe na lei interna
o O juiz deve adaptar, isso é, procurar no direito interno algo que seja
minimamente correspondente
o Fraude a lei: manipulação artificial da lei aplicada
Exemplo: divorcio no exterior, não reconhecemos para que o
brasileiro não fosse ao exterior e fraudasse a lei
Questão Prévia
Vinculo de prejudicialidade: relaciona duas questões multiconectadas
o Quando duas questões estão relacionadas entre si, a lei aplicada em
uma delas se estende a outra?
Questão principal e questão prejudicial (prévia/menor)
Teoria da conexão subordinada: a questão prévia
aproveita a lei aplicada a questão principal
Teoria da conexão autônoma: cada questão sendo regida
por uma lei
Nacionalidade