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Por Ray A. Smith, The Wall Street Journal — Valor


Colarinho italiano meio aberto: estilo sóbrio, mas não excessivamente clássico, que pode ser harmonizado com diferentes tipos de nós de gravata — Foto: Folhapress
Colarinho italiano meio aberto: estilo sóbrio, mas não excessivamente clássico, que pode ser harmonizado com diferentes tipos de nós de gravata — Foto: Folhapress

Agora existem não só colarinhos italianos - aqueles mais abertos e que são chamados de "spread", em inglês-, mas também colarinhos italianos meio abertos e muito abertos (o inglês), e não só colarinhos com botões, mas colarinhos curtos com botões e colarinhos arredondados com botões.

Há ainda o retorno do colarinho "snap-tab" - aquele com uma alcinha e um botão de pressão por trás da gravata -, que a texana Hamilton, fabricante de camisas de alta costura criada há 130 anos, está promovendo agressivamente para a primavera americana.

A Thomas Pink é uma das grifes que estão lançando elegantes camisas de colarinho com botões - ou colarinho "button-down", como é chamado em inglês - para serem usadas com terno e gravata, o que costumava ser considerado de mau gosto.

Os menos familiares, e, portanto, mais chocantes para os olhos, são os colarinhos extremamente curtos que alguns estilistas têm mostrado nas passarelas nos últimos dois anos.

Essas novas formas e estilos de colarinhos se devem em parte ao ressurgimento na indústria de roupa masculina de visuais que estiveram muito tempo fora de moda. Por exemplo, o colarinho curto de pontas arredondadas, chamado de "club collar", está de volta.

A tendência atual de adelgar a silhueta masculina pede colarinhos menores. Estilistas e varejistas também vêm promovendo roupas que ficam num meio-termo entre a moda do trabalho e a casual, e ao fazer isso acrescentam mais opções de colarinho.

A rede americana de confecções de grife Brooks Brothers, que atualmente oferece dez estilos de colarinho, vende camisas com versões "english spread" e "londoner" do tipo de colarinho mais aberto, de pontas afastadas, conhecido no Brasil como italiano (a largura, ou distância entra as golas, é de cerca de 13 centímetros no colarinho "english spread" e de 15 centímetros no "londoner"). Há colarinhos de tênis e colarinhos de golfe, chamados de "club collar".

O lado bom é que os homens ganham mais formas de comunicar seu estilo pessoal por meio de suas camisas sem ter que recorrer a cores e estampas. O lado ruim é que aqueles que quiserem escolher o colarinho apropriado para o dia-a-dia ou ocasiões especiais podem precisar de um guia.

As fabricantes de camisa e os varejistas começaram recentemente a dar mais ênfase a colarinhos meio abertos (ou seja, com as pontas menos afastadas), que são abotoados sob a gravata, mas, convenientemente, também podem ser usados com o botão de cima aberto e o colarinho caindo harmoniosamente sob a lapela de um casaco esportivo, sem se deformar.

Autor — Foto: Valor
Autor — Foto: Valor

A Banana Republic começou a redesenhar os colarinhos das suas camisas há três anos em busca de tal modelo. A varejista realizou uma série de testes nos quais os homens usavam as camisas com gravatas e diferentes nós e então experimentavam as mesmas camisas com o botão do alto aberto.

Simon Kneen, diretor de criação da Banana Republic, diz que a empresa também usa nos colarinhos uma goma mais leve para deixá-los menos rígidos, na tentativa de obter colarinhos "mágicos", diz Kneen. "A magia acontece quando o primeiro botão abre e o colarinho não pula nas suas orelhas, o que nunca é um bom visual."

A Banana Republic chama o colarinho resultante dessa iniciativa de sua "marca registrada" - esse é o colarinho que os consumidores vão encontrar na maioria das camisas de colarinhos com botões da varejista.

Já Brooks Brothers, Hamilton, Thomas Pink e Turnbull & Asser afirmam que os colarinhos italianos são seus modelos mais populares, sendo os meio abertos os mais vendidos, principalmente entre os homens na faixa dos 20 até 40 e poucos anos.

As vendas refletem uma preferência dos homens por camisas que podem ser usadas com ou sem gravata. As tradicionais camisas com colarinho clássico - às vezes chamados de colarinho inglês -, mais fechado e pontudo, geralmente são usadas com terno e gravata, já que golas longas e pontudas podem parecer esquisitas quando o botão do alto está aberto.

David Elrod, um advogado de Dallas, diz que prefere usar colarinhos clássicos com terno e gravata a colarinhos italianos. "Tento me vestir de modo mais austero no tribunal", diz Elrod. Quando viaja, ele usa colarinhos italianos com casacos esportivos e sem gravata.

O advogado de 61 anos diz, porém, que nunca usaria colarinho italiano com gravata: "Muitos caras mais jovens fazem isso, mas a maioria na minha idade usa o mais conservador colarinho clássico com gravata."

Algumas regras tradicionais sobre colarinhos parecem estar desaparecendo. Usar colarinho com botões com terno e gravata é às vezes reprovado pelos puristas. Ainda assim, os estilistas de moda masculina e as revistas de moda têm exibido esta combinação nos últimos anos.

A Brooks Brothers lançou uma elegante camisa da sua linha mais cara Luxury na sua coleção primavera. A varejista introduziu os colarinhos com botões em 1896 e elas continuam sendo seu segundo artigo mais vendido, depois do modelo Ainsley de colarinho italiano, segundo Richard Cristodero, gerente de roupas masculinas.

A Brooks Brothers decidiu lançar, na sua linha Luxury, uma camisa de colarinho com botões feita de um tecido italiano mais fino porque clientes vinham pedindo ao pessoal de vendas um modelo assim, diz ele. Isso é "algo que nos faltava".

Homens que preferem usar colarinho com botões com terno e gravata devem considerar um tecido mais elegante.

O colarinho italiano clássico (à esq.) fica perfeito com nó de gravata mais cheio; já o estilo "button-down" (acima) foi criado para ser usado sem gravata e o estilo "pontudo" (à dir) para ser com, mesmo assim isso não se torna um dogma — Foto: Valor
O colarinho italiano clássico (à esq.) fica perfeito com nó de gravata mais cheio; já o estilo "button-down" (acima) foi criado para ser usado sem gravata e o estilo "pontudo" (à dir) para ser com, mesmo assim isso não se torna um dogma — Foto: Valor

"Camisa de colarinho com botões é na verdade a camisa esportiva americana, usada com casacos e gravata para produzir um visual universitário formal, ou fora de contexto com um terno italiano à Gianni Agnelli", o falecido líder da Fiat conhecido por seu estilo, diz Tom Julian, um consultor de moda masculina que trabalha em Nova York.

Colarinhos com botões geralmente ficam melhor quando usados com calças informais ou um suéter com gola arredondada. "O suéter é o visual americano esportivo mais casual e, assim, melhor complementado pelo colarinho esportivo americano [com botões]", diz Julian, autor de dois guias de estilo masculino. O colarinho com botões também pode ser usado com casaco esportivo e sem gravata.

Outro colarinho que vai bem com casaco esportivo sem gravata é o colarinho semi ou meio aberto, espécies de colarinhos italianos mais fechados, já que ambos "se realçam por conta própria sem a gravata" e não alargam.

Além dos colarinhos clássicos, Julian tem uma regra para camisas que pedem gravatas: "Quanto mais aberto é o colarinho, mais ele precisa de uma gravata". Assim, camisas com colarinho muito curto da Thomas Pink, chamadas Beaufort, ou a Londoner, da Brooks Brothers, devem ser usadas com gravata. Além disso, quanto maior a abertura do colarinho, maior deve ser o nó da gravata.

O homem deve considerar também seus traços físicos. "Um colarinho largo pode ampliar um pescoço e um rosto estreitos, atraindo o olhar das pessoas para fora", diz Julian. "Por outro lado, um colarinho pontudo pode atrair os olhos para dentro e para baixo quando o homem tem um rosto e um pescoço largos."

Os "club collars", enquanto isso, "são uma novidade maior nesse ponto, mais divertidos para os mais aventureiros", diz ele. O pop star Harry Styles, da banda One Direction, tem sido flagrado usando colarinhos arredondados do tipo "club". Só não tente usá-lo com um suéter de gola em "V" ou arredondada, aconselha Julian. O colarinho é muito baixo para qualquer uma das duas e então o conjunto perderá o equilíbrio.

"Um homem que usa um terno ou blazer mais delgado com uma lapela mais estreita no escritório deve optar por um colarinho de pontas estreitas, cerca de 2,5 centímetros mais curto do que a média, para manter as proporções mais finas", diz Julian.

Esse tipo de colarinho pode ser esguio demais para um casaco esportivo de lapela convencional, diz ele. O colarinho com botões pode ser mais apropriado nesse caso. As proporções de um colarinho italiano poderiam funcionar melhor com um casaco esporte com duas linhas de botões ou um com lapelas largas, diz ele.

Os adeptos de um casaco esporte de tweed com calças de veludo para trabalhar devem optar pelo visual esportivo de um colarinho com botões. Para um jantar ou um drinque à noite, um colarinho italiano combina bem com um casaco esporte ou um suéter de gola V e parece moderno.

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