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Metrologia 2
SUMARIO
1. METROLOGIA .................................................................................................................................................. 4
1.1. Um Breve Histórico das Medidas ..................................................................................................... 4
1.2. Medidas Inglesas .............................................................................................................................. 8
1.3. Padrões do Metro no Brasil / 1.4. Múltiplos e Submúltiplos do Metro .......................................... 9
1.5. Verificando o Entendimento - Exercícios ....................................................................................... 10
1.6. O Sistema Inglês / 1.7. Leitura de Medida em Polegada .............................................................. 11
1.8. Sistema Inglês – Fração Decimal / 1.9. Conversões ...................................................................... 12
1.10. Conversão de Milímetro em Polegada ......................................................................................... 13
1.11. Representação Gráfica ................................................................................................................. 14
1. METROLOGIA
Como fazia o homem, cerca de 4.000 anos atrás, para medir comprimentos?
1 polegada = 2,54 cm
1 pé = 30,48 cm
1 jarda = 91,44 cm
O côvado era uma medida-padrão da região onde morava Noé, e é equivalente a três
palmos, aproximadamente, 66 cm.
Em geral, essas unidades eram baseadas nas medidas do corpo do rei, sendo que tais
padrões deveriam ser respeitados por todas as pessoas que, naquele reino, fizessem as
medições.
Há cerca de 4.000 anos, os egípcios usavam, como padrão de medida de comprimento,
o cúbito: distância do cotovelo à ponta do dedo médio.
Como as pessoas têm tamanhos diferentes, o cúbito variava de uma pessoa para
outra, ocasionando as maiores confusões nos resultados nas medidas.
Para serem úteis, era necessário que os padrões fossem iguais para todos.
Nos séculos XV e XVI, os padrões mais usados na Inglaterra para medir comprimentos
eram a polegada, o pé, a jarda e a milha.
Entretanto, esse padrão também foi se desgastando com o tempo e teve que ser
refeito. Surgiu, então, um movimento no sentido de estabelecer uma unidade natural, isto é,
que pudesse ser encontrada na natureza e, assim, ser facilmente copiada, constituindo um
padrão de medida. Havia também outra exigência para essa unidade: ela deveria ter seus
submúltiplos estabelecidos segundo o sistema decimal. O sistema decimal já havia sido
inventado na Índia, quatro séculos antes de Cristo. Finalmente, um sistema com essas
características foi apresentado por Talleyrand, na França, num projeto que se transformou em
lei naquele país, sendo aprovada em 8 de maio de 1790.
Estabelecia-se, então, que a nova unidade deveria ser igual à décima milionésima
parte de um quarto do meridiano terrestre.
Essa nova unidade passou a ser chamada metro (o termo grego metron significa
medir).
Os astrônomos franceses Delambre e Mechain foram incumbidos de medir o
meridiano. Utilizando a toesa como unidade, mediram a distância entre Dunkerque (França) e
Montjuich (Espanha). Feitos os cálculos, chegou-se a uma distância que foi materializada
numa barra de platina de secção retangular de 4,05 x 25mm. O comprimento dessa barra era
equivalente ao comprimento da unidade padrão metro, que assim foi definido:
Foi esse metro transformado em barra de platina que passou a ser denominado metro
dos arquivos.
Com o desenvolvimento da ciência, verificou-se que uma medição mais precisa do
meridiano fatalmente daria um metro um pouco diferente. Assim, a primeira definição foi
substituída por uma segunda:
Escolheu-se a temperatura de zero grau Celsius por ser, na época, a mais facilmente
obtida com o gelo fundente.
No século XIX, vários países já haviam adotado o sistema métrico. No Brasil, o sistema
métrico foi implantado pela Lei Imperial nº 1157, de 26 de junho de 1862. Estabeleceu-se,
então, um prazo de dez anos para que padrões antigos fossem inteiramente substituídos.
de tempo de de segundo.
É importante observar que todas essas definições somente estabeleceram com maior
exatidão o valor da mesma unidade: o metro.
0,91440 m. As divisões da jarda (3 pés; cada pé com 12 polegadas) passaram, então, a ter
seus valores expressos no sistema métrico:
O sistema inglês tem como padrão a jarda. A jarda também tem sua história. Esse
termo vem da palavra inglesa yard que significa “vara”, em referência a uso de varas nas
medições. Esse padrão foi criado por alfaiates ingleses.
No século XII, em consequência da sua grande utilização, esse padrão foi oficializado
pelo rei Henrique I. A jarda teria sido definida, então, como a distância entre a ponta do nariz
do rei e a de seu polegar, com o braço esticado. A exemplo dos antigos bastões de um cúbito,
foram construídas e distribuídas barras metálicas para facilitar as medições. Apesar da
tentativa de uniformização da jarda na vida prática, não se conseguiu evitar que o padrão
sofresse modificações.
(meia polegada)
, , , , ...
Quando o numerador for par, deve-se proceder à simplificação da fração:
:2 =
:8 =
Exemplo:
a) 1.003" = 1 polegada e 3 milésimos
b) 1.1247" = 1 polegada e 1 247 décimos de milésimos
c) .725" = 725 milésimos de polegada
Exemplo:
.000 001" = 1 μ inch
1.9. CONVERSÕES
Sempre que uma medida estiver em uma unidade diferente da dos equipamentos
utilizados, deve-se convertê-la (ou seja, mudar a unidade de medida).
Exemplos:
b) = = = 9,525mm
Exemplos:
a) 12,7 mm
12,7mm
Simplificando: = = = = = =
b) 19,8mm
19,8mm arredondando:
Simplificando: = =
Exemplos:
a) arredondando: Simplificando:
b) arredondando: Simplificando:
Exemplo:
Escolhendo a divisão 128 da polegada, usaremos esse número para:
• multiplicar a medida em polegada milesimal: .125" x 128 = 16";
= =
Outro exemplo:
Converter .750" em polegada fracionária
Para converter polegada milesimal em milímetro, basta multiplicar o valor por 25,4.
A equivalência entre os diversos sistemas de medidas, vistos até agora, pode ser
melhor compreendida graficamente.
2. TERMINOLOGIA E CONCEITOS
DE METROLOGIA
Metrologia é a ciência da medição. Trata dos conceitos básicos, dos métodos, dos
erros e sua propagação, das unidades e dos padrões envolvidos na quantificação de
grandezas físicas.
Instrumentação é o conjunto de técnicas e instrumentos usados para observar, medir
e registrar fenômenos físicos. A instrumentação preocupa-se com o estudo, o
desenvolvimento, a aplicação e a operação dos instrumentos.
Medida
Erros de medição
Por razões diversas, toda medição pode apresentar erro. O erro de uma medida é
dado pela equação:
E = M - VV
onde:
E = Erro
M = Medida
VV = Valor verdadeiro
Erro aleatório: resultado de uma medição menos a média que resultaria de um infinito
número de medições do mesmo mensurando, efetuadas sob condições de
repetitividade. O erro aleatório é igual ao erro menos o erro sistemático.
Fontes de erros
Curvas de erro
Correção
Lc = L + C
onde:
C = Correção
L = Leitura
Lc = Leitura corrigida
Resolução
É a menor variação da grandeza a medir que pode ser indicada ou registrada pelo
sistema de medição.
Histerese
Exatidão
Observações
As normas da série NBR ISO 9000 permitem tratar o ciclo da qualidade de maneira
global, atingindo desde o marketing e a pesquisa de mercado, passando pela engenharia de
projeto e a produção até a assistência e a manutenção.
Essas normas são tão abrangentes que incluem até o destino final do produto após seu
uso, sem descuidar das fases de venda, distribuição, embalagem e armazenamento.
Ainda não existe no Brasil uma terminologia que seja comum às principais instituições
atuantes no setor. A terminologia apresentada é baseada no VIM (Vocabulário Internacional
de Metrologia), que busca uma padronização para que o vocabulário técnico de Metrologia
no Brasil seja o mesmo utilizado em todo o mundo.
a) ( ) observação;
b) ( ) medição;
c) ( ) comparação;
d) ( ) experimentação.
3.1. INTRODUÇÃO
Utiliza-se a régua graduada nas medições com “erro admissível” superior à menor
graduação. Normalmente, essa graduação equivale a 0,5mm ou ".
As réguas graduadas apresentam-se nas dimensões de 150, 200, 250, 300, 500, 600,
1000, 1500, 2000 e 3000mm. As mais usadas na oficina são as de 150mm (6") e 300mm (12").
Dotada de duas escalas: uma com referência interna e outra com referência externa. É
utilizada principalmente pelos ferreiros.
3.9. CARACTERÍSTICAS
De modo geral, uma escala de qualidade deve apresentar bom acabamento, bordas
retas e bem definidas, e faces polidas.
Assim, a leitura pode ser feita em milímetro. A ilustração a seguir mostra, de forma
ampliada, como se faz isso.
Exemplo: →
+ + + + + = Þ
Conservação:
Exemplo:
Conservação:
3.13. TRENA
A fita das trenas de bolso são de aço fosfatizado ou esmaltado e apresentam largura
de 12, 7 mm e comprimento entre 2 m e 5 m.
Quanto à geometria, as fitas das trenas podem ser planas ou curvas. As de geometria
plana permitem medir perímetros de cilindros, por exemplo.
Não se recomenda medir perímetros com trenas de bolso cujas fitas sejam curvas.
As trenas apresentam, na extremidade livre, uma pequenina chapa metálica dobrada
em ângulo de 90º. Essa chapa é chamada encosto de referência ou gancho de zero absoluto.
4.1. PAQUÍMETRO
PAQUÍMETRO UNIVERSAL
Empregado para medir peças cônicas ou peças com rebaixos de diâmetros diferentes.
Serve para medir a profundidade de furos não vazados, rasgos, rebaixos etc.
Esse tipo de paquímetro pode apresentar haste simples ou haste com gancho.
Veja a seguir duas situações de uso do paquímetro de profundidade.
Utilizado para leitura rápida, livre de erro de paralaxe, e ideal para controle estatístico.
Essa diferença é de 0,2 mm entre o segundo traço de cada escala; de 0,3 mm entre o
terceiros traços e assim por diante.
Resolução =
UEF = unidade da escala fixa
NDN = número de divisões do nônio
Exemplo:
Resolução = = 0,1mm
Resolução = = 0,5mm
Resolução = = 0,2mm
Exercício 3: Para medir peças cônicas ou com rebaixos, que apresentam diâmetros
diferentes, usa-se paquímetro:
a) ( ) de profundidade;
b) ( ) com bico móvel (basculante);
c) ( ) com relógio indicador;
d) ( ) universal com relógio.
Resolução: = = 0,1mm
Resolução: = 0,05mm
Resolução = = 0,02mm
d)
e)
f)
g)
No paquímetro em que se adota o sistema inglês, cada polegada da escala fixa divide-
se em 40 partes iguais. Cada divisão corresponde a:
Resolução: R= = 0,1mm
Resolução: = R= +8= x =
A partir daí, vale a explicação dada no item anterior: adicionar à leitura da escala fixa a
do nônio.
Exemplo:
Você deve ter percebido que medir em polegada fracionária exige operações mentais.
Para facilitar a leitura desse tipo de medida, recomendamos os seguintes procedimentos:
1º passo - Verifique se o zero (0) do nônio coincide com um dos traços da escala fixa.
Se coincidir, faça a leitura somente na escala fixa.
2º passo - Quando o zero (0) do nônio não coincidir, verifique qual dos traços do nônio
está nessa situação e faça a leitura do nônio.
3º passo - Verifique na escala fixa quantas divisões existem antes do zero (0) do nônio.
e com base na leitura do nônio, escolhemos uma fração da escala fixa de mesmo
denominador. Por exemplo:
5º passo - Multiplique o número de divisões da escala fixa (3º passo) pelo numerador
da fração escolhida (4º passo). Some com a fração do nônio (2º passo) e faça a leitura final.
Exemplos de leitura utilizando os passos:
2º passo →
3º passo → 1 divisão
2º passo →
3º passo → 2” + 8 divisões
1º passo - Verificar se a fração tem denominador 128. Se não tiver, deve-se substituí-
la pela sua equivalente, com denominador 128.
Exemplo:
18 8
2 2
Resto Quociente
25 8
1 3
Resto Quociente
Exercício 2: Leia cada uma das medidas em polegada milesimal e escreva a medida na
linha abaixo de cada desenho.
Exercício 3: Leia cada uma das medidas em polegada fracionária e escreva a medida na
linha abaixo de cada desenho.
7. PAQUIMETRO: CONSERVAÇAO
7.2. PARALAXE
Dependendo do ângulo de visão do operador, pode ocorrer o erro por paralaxe, pois
devido a esse ângulo, aparentemente há coincidência entre um traço da escala fixa com outro
da móvel.
O cursor onde é gravado o nônio, por razões técnicas de construção, normalmente
tem uma espessura mínima (a), e é posicionado sobre a escala principal. Assim, os traços do
nônio (TN) são mais elevados que os traços da escala fixa (TM).
Para se deslocar com facilidade sobre a régua, o cursor deve estar bem regulado: nem
muito preso, nem muito solto. O operador deve, portanto, regular a mola, adaptando o
instrumento à sua mão. Caso exista uma folga anormal, os parafusos de regulagem da mola
devem ser ajustados, girando-os até encostar no fundo e, em seguida, retornando de volta
aproximadamente.
Após esse ajuste, o movimento do cursor deve ser suave, porém sem folga.
A precisão das divisões é obtida por métodos especiais de trabalho, tendo em vista a
elevada dureza do material com que é confeccionado o instrumento. Admite-se um erro de
execução em função da fórmula:
f = ± 5 + (L/50).
Pelos mesmos motivos da anterior e, ainda pelo fato de ser uma escala menor, são
admitidos erros de ± 5 μm.
Ocorre quando os zeros das escalas principal e do nônio não coincidem, devido à
deposição de impurezas nas faces de medição, ou pelo desgaste das mesmas, pelo uso
frequente. Pode apresentar um erro de, no máximo, ± 5μm.
Pelo que foi exposto, pode-se calcular o erro máximo de medição pela soma de todos
os erros, na possibilidade de um mesmo instrumento e operador assim se apresentarem.
ERROS m (micrômetro)
Planidade das superfícies de medição +2
Paralelismo das superfícies de medição +3
Objetivos Divisão de régua principal + 5 + L/50
Divisão da régua do nônio +5
Colocação em zero +5
Diferença de pressão de medição +2
Subjetivos
Leitura + 15
TOTAL + 37 + L/50
Na prática, tal erro não se deverá verificar, pois é improvável a ocorrência simultânea
de cada erro, em seus limites máximos. Deve-se, então, considerar a probabilidade de erro
máximo em Paquímetros com resolução de 0,02 mm pela fórmula.
É importante abrir o paquímetro com uma distância maior que a dimensão do objeto a
ser medido.
O centro do encosto fixo deve ser encostado em uma das extremidades da peça.
Convém que o paquímetro seja fechado suavemente até que o encosto móvel toque a
outra extremidade.
Feita a leitura da medida, o paquímetro deve ser aberto e a peça retirada, sem que os
encostos a toquem.
As recomendações seguintes referem-se à utilização do paquímetro para determinar
medidas:
externas;
internas;
de profundidade;
de ressaltos.
b) Verifique também o perfeito apoio nas faces de medição como mostra a figura
abaixo, para maior segurança nas medições.
7.7. CONSERVAÇÃO
Exercício 1: Quando o cursor tem uma espessura muito grossa, pode ocorrer erro de
leitura por:
a) ( ) pressão;
b) ( ) paralaxe;
c) ( ) desvio;
d) ( ) desregulagem.
Exercício 3: Ao medir uma peça, ela deve ficar bem colocada entre os bicos de
medição para evitar:
a) ( ) erro de paralaxe;
b) ( ) erros de medidas dos bicos;
c) ( ) pressão das pontas dos bicos;
d) ( ) desgaste das pontas dos bicos.
Exercício 4: Ao medir o furo de uma peça, o paquímetro deve ficar sempre na posição:
a) ( ) inclinada;
b) ( ) perpendicular;
c) ( ) vertical;
d) ( ) paralela.
Jean Louis Palmer apresentou, pela primeira vez, um micrômetro para requerer sua
patente. O instrumento permitia a leitura de centésimos de milímetro, de maneira simples.
Com o decorrer do tempo, o micrômetro foi aperfeiçoado e possibilitou medições
mais rigorosas e exatas do que o paquímetro.
De modo geral, o instrumento é conhecido como micrômetro. Na França, entretanto,
em homenagem ao seu inventor, o micrômetro é denominado palmer.
O princípio de funcionamento do
micrômetro assemelha-se ao do sistema parafuso e
porca. Assim, há uma porca fixa e um parafuso
móvel que, se der uma volta completa, provocará
um descolamento igual ao seu passo.
Desse modo, dividindo-se a .cabeça. do parafuso, pode-se avaliar frações menores que
uma volta e, com isso, medir comprimentos menores do que o passo do parafuso.
8.3. NOMENCLATURA
8.5. CARACTERÍSTICAS
Este micrômetro é dotado de arco especial e possui o contato a 90º com a haste
móvel, o que permite a introdução do contato fixo no furo do tubo.
É para uso comum, porém sua leitura pode ser efetuada no tambor ou no contador
mecânico. Facilita a leitura independentemente da posição de observação (erro de paralaxe).
Ideal para leitura rápida, livre de erros de paralaxe, próprio para uso em controle
estatístico de processos, juntamente com microprocessadores.
Exercício 4: Para medir uma peça com Æ 32,75, usa-se micrômetro com a seguinte
capacidade de medição:
a) ( ) 30 a 50;
b) ( ) 25 a 50;
c) ( ) 0 a 25;
d) ( ) 50 a 75.
Resolução =
= 0,01 mm
Assim, girando o tambor, cada divisão provocará um deslocamento de 0,01 mm no
fuso.
Exemplos:
Quando no micrômetro houver nônio, ele indica o valor a ser acrescentado à leitura
obtida na bainha e no tambor. A medida indicada pelo nônio é igual à leitura do tambor,
dividida pelo número de divisões do nônio.
R= = 0,001mm
4º passo - leitura dos milésimos com o auxílio do nônio da bainha, verificando qual dos
traços do nônio coincide com o traço do tambor.
c)
d)
Exercício 2: É importante que você aprenda a medir com o micrômetro. Para isso, leia
as medidas indicadas nas figuras.
Para a leitura no micrômetro de .0001", além das graduações normais que existem na
bainha (25 divisões), há um nônio com dez divisões. O tambor divide-se, então, em 250 partes
iguais.
A leitura do micrômetro é:
c)
d)
Esse micrômetro é apropriado para medir furos roscados, canais e furos sem saída,
pois suas pontas de contato podem ser trocadas de acordo com a peça que será medida.
Para obter a resolução, basta dividir o passo do fuso micrométrico pelo número de
divisões do tambor.
Resolução = = 0,005 mm
Esse micrômetro serve para medidas acima de 5 mm e, a partir daí, varia de 25 em 25 mm.
Quando a ponta de contato sofre uma pressão e o ponteiro gira em sentido horário, a
diferença é positiva. Isso significa que a peça apresenta maior dimensão que a estabelecida.
Se o ponteiro girar em sentido anti-horário, a diferença será negativa, ou seja, a peça
apresenta menor dimensão que a estabelecida.
Existem vários modelos de relógios comparadores. Os mais utilizados possuem
resolução de 0,01 mm. O curso do relógio também varia de acordo com o modelo, porém os
mais comuns são de 1 mm, 10 mm, .250" ou 1".
Os relógios comparadores também podem ser utilizados para furos. Uma das
vantagens de seu emprego é a constatação, rápida e em qualquer ponto, da dimensão do
diâmetro ou de defeitos, como conicidade, ovalização etc.
Consiste basicamente num mecanismo que transforma o deslocamento radial de uma
ponta de contato em movimento axial transmitido a um relógio comparador, no qual pode-se
obter a leitura da dimensão. O instrumento deve ser previamente calibrado em relação a uma
medida padrão de referência.
Esse dispositivo é
conhecido como medidor interno
com relógio comparador ou
súbito.
Os instrumentos mais
comuns para medição por
comparação possuem sistema de
amplificação por engrenagens.
As diferenças de grandeza
que acionam o ponto de contato
são amplificadas mecanicamente.
Relação de amplificação =
Durante a medição, a haste que suporta o cutelo móvel desliza, a despeito do esforço
em contrário produzido pela mola de contato. O ponteiro-alavanca, mantido em contato com
os dois cutelos pela mola de chamada, gira em frente à graduação.
Amplificação mista
Antes de medir uma peça, devemos nos certificar de que o relógio se encontra em
boas condições de uso.
A verificação de possíveis erros é feita da seguinte maneira: com o auxílio de um
suporte de relógio, tomam-se as diversas medidas nos blocos-padrão. Em seguida, deve-se
observar se as medidas obtidas no relógio correspondem às dos blocos. São encontrados
também calibradores específicos para relógios comparadores.
12.5. APLICAÇÕES
DOS RELÓGIOS
COMPARADORES
12.6. CONSERVAÇÃO
É um dos relógios mais versáteis que se usa na mecânica. Seu corpo monobloco possui
três guias que facilitam a fixação em diversas posições.
O mostrador é giratório com resolução de 0.01 mm, 0.002 mm, .001" ou .0001".
Por sua enorme versatilidade, pode ser usado para grande variedade de aplicações,
tanto na produção como na inspeção final.
Exemplos:
Excentricidade de peças.
Alinhamento e centragem de peças nas máquinas.
Paralelismos entre faces.
Medições internas.
Medições de detalhes de difícil acesso.
Exemplos de aplicação:
12.8. CONSERVAÇÃO
Observações:
A posição inicial do ponteiro pequeno mostra a carga inicial ou de medição.
Deve ser registrado se a variação é negativa ou positiva.
Exercício 6: Para elevar a sensibilidade do relógio em 0,001 mm, usa-se o seguinte tipo
de amplificação:
a) ( ) por engrenagem;
b) ( ) por alavanca;
c) ( ) mista (alavanca/engrenagem);
d) ( ) por alavanca de revisão.
13. GONIOMETRO
13.1. INTRODUÇÃO
Na leitura do nônio, utilizamos o valor de 5' (5 minutos) para cada traço do nônio.
Dessa forma, se é o 2º traço no nônio que coincide com um traço da escala fixa, adicionamos
10' aos graus lidos na escala fixa; se é o 3º traço, adicionamos 15'; se o 4º, 20' etc.
A resolução do nônio é dada pela fórmula geral, a mesma utilizada em outros
instrumentos de medida com nônio, ou seja: divide-se a menor divisão do disco graduado
pelo número de divisões do nônio.
Resolução =
Ou seja:
Resolução = = = 5’
Os graus inteiros são lidos na graduação do disco, com o traço zero do nônio.
Na escala fixa, a leitura pode ser feita tanto no sentido horário quanto no sentido anti-
horário.
A leitura dos minutos, por sua vez, é realizada a partir do zero nônio, seguindo a
mesma direção da leitura dos graus.
13.4. CONSERVAÇÃO
Os furos existentes no corpo da régua reduzem seu peso e possibilitam a fixação das
peças que serão medidas.
A distância entre os centros dos cilindros da régua de seno varia de acordo com o
fabricante.
Recordando a trigonometria: sen a =
Então:
Por exemplo: deseja-se inclinar a régua de seno 30º (a), sabendo que a distância entre
os cilindros é igual a 100 mm (L). Qual é a altura (H) dos blocos-padrão?
seno a = → H = seno a . L
H = 0,5 . 100
H = 50 mm
A mesa de seno com contrapontas permite medição de peças cilíndricas com furos de
centro.
Para medir o ângulo de uma peça com a mesa de seno, é necessário que a mesa esteja
sobre o desempeno e que tenha como referência de comparação o relógio comparador.
Nessa medição, a mesa de seno e a mesa de seno com contrapontas possuem uma
diferença de plano (dp). Essa diferença de plano varia de acordo com os fabricantes, sendo
que as alturas mais comuns são de 5, 10 e 12,5 mm.
Exercício 4: Para inclinar 30º numa mesa de seno, com distância entre os cilindros de
200 mm e dp = 5, a altura dos blocos-padrão será:
Dado: seno 30º = 0,5
a) ( ) 100;
b) ( ) 105;
c) ( ) 10;
d) ( ) 15.